A “normalidade” da morte operária

Referindo-se ao acidente fatal que ocorreu na Arena Corintians, Pelé disse o seguinte:

“Isso que aconteceu no Itaquerão é normal, são coisas da vida. Foi um acidente, coisa normal, nada que assuste…” http://copadomundo.ig.com.br/2014-04-07/pele-diz-que-morte-na-arena-corinthians-e-normal-e-se-preocupa-com-aeroportos.html

As palavras do rei do futebol deveriam causar espanto jornalístico e indignação humanitária. A morte nunca é normal, especialmente para os entes queridos do falecido. Mas não foi isto o que ocorreu. O IG, por exemplo, reportou o que foi dito por Pelé sem fazer qualquer referência ao operário morto. Sua despersonalização evidente corresponde à desumanização dos parentes dele, que não tiveram a oportunidade de dizer o que sentiram em razão das palavras do ídolo futebolístico.

O massacre de índios foi uma constante no Brasil colonial. Em sua História do Brasil, por exemplo, Robert Southey, narra como os portugueses vingaram a morte do primeiro Bispo enviado à colônia e a repressão aos Tamoios em Cabo Frio.

“A vingança que se tomou dos Caetés remove deles a nossa indignação para sobre os seus cruéis perseguidores. O povo inteiro com toda a sua descendência foi condenado à escravidão, decreto iníquo, que não só confundia o inocente com o culpado, mas até oferecia pretexto para escravizar todo e qualquer índio. Bastava afirmar que pertencia a esta tribo precita, e o acusador era juiz na sua causa. Ao perceberem-se estas conseqüências, mitigou-se a sentença, de cujo rigor se eximiram todos os que se convertessem, e como isto ainda não aproveitasse, revogaram-na afinal inteiramente; mas antes deste ato de tardia justiça já quase a tribo toda estava exterminada.” (Robert Southey, Vol I, Edusp, 1981, pág. 198)

“Entre os Tamoios fez-se tremenda matança; a sua perda em mortos e cativos orça-se em oito ou dez mil, e foi tão pesada, que as relíquias desta formidável tribo, abandonando a costa, retiraram-se para as serranias.” (Robert Southey, Vol I, Edusp, 1981, pág. 226).

Há alguns séculos os índios não tinham direitos. Eles eram coisas que podiam ser removidas de seu território pelos colonos com uma crueldade repugnante. Atualmente, os operários brasileiros – muitos dos quais descendentes daqueles índios combatidos pelos colonos portugueses – são formalmente considerados cidadãos. Eles tem direitos garantidos na constituição e na CLT. Sua dignidade humana é reconhecida pelo Estado brasileiro e deveria ser respeitada por Pelé e pelos jornalistas. Mesmo assim, a morte de um deles é considerada normal, a reação dos familiares dele às palavras de Pelé não interessa. Tudo se passa como se Fábio Hamilton da Cruz, o jovem morto, fosse apenas um índio cuja vida ou morte são absolutamente irrelevantes.

A diferença entre a narrativa de Robert Southey e do jornalista do IG é evidente. O inglês Southey (1774/1843) demonstra mais compaixão pelos índios brasileiros massacrados pelos colonos portugueses no Brasil do século XVI do que o jornalista do IG demonstrou por Fábio Hamilton da Cruz e pelos familiares dele, cujo luto foi tratado de maneira indigna por Pelé. O show tem que continuar e assim como os colonos trituraram seus inimigos indígenas, Pelé e a imprensa podem triturar seus irrelevantes descendentes.

O discurso de Pelé e o da mídia são absolutamente fantásticos. Eles provam a gravidade da patologia que acomete nosso país. O processo de desumanização dos operários é evidente. Não é nenhum um exagero dizer que, apesar das garantias constitucionais e legais, eles são tratados como se fossem aqueles índios do século XVI dizimados aos milhares pelos colonos. Só em São Paulo, por exemplo, morre em média um operário por dia http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/noticia/2013-08-11/acidentes-de-trabalho-matam-em-media-um-por-dia-em-sp . A quantidade de mutilados e incapacitados é assustadora.

A imprensa, porém, parece não se interessar pelo assunto. Pesquisando no Google podemos encontrar apenas 11.600 notícias para a expressão “acidente de trabalho”. Sobre a “Copa do Mundo de 2014” existem 85.600 notícias. Há oito vezes mais notícias sobre o evento esportivo deste ano de 2014 do que a totalidade das notícias sobre acidentes de trabalho de uma década de jornalismo virtual.

Pelé quer que o Estado e o respeitável público esqueçam a tragédia de Fábio Hamilton da Cruz e a dor dos familiares dele. Apenas a Copa do Mundo importa. E ao que tudo indica a imprensa já fez o que é necessário para ajudar o ídolo futebolístico marcar mais este gol, pois o processo de desumanização dos operários na mídia é evidente hoje como num passado recente. Cresci vendo Pelé dizer na televisão que a voz do povo é a voz de deus. Mas a verdade é que a voz da mídia é capaz de calar qualquer voz que tente se elevar da multidão quando se trata de morte ou mutilação em acidente de trabalho. Lamentável em todos os sentidos.

Fábio de Oliveira Ribeiro

42 Comentários

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  1. o que já teve de comentador

    o que já teve de comentador na blogosfera dizendo que sempre morre gente em construção civil mas que é coisa do PiG “chamar a atenção apenas durante a Copa”… pois é, as vezes dá impressão de que quem odeia pobre é mesmo o pessoal a favor da Copa: não liga para despejados, não liga para trabalhador morrendo, não liga para vendedor ambulante, não liga para exploração sexual, ao menos não durante a Copa das Copas.

  2. Há algum tempo…

    ..em outro post sobre esta criatura repelente e asquerosa, o pelé, muitos defensores do elemento apareceram por aqui. Se existe um exemplar paradigmático do pior que existe no Brasil ele é o édson arantes do nascimento. Esta excrescência deve ser esquecida e apartada.

    1.   Rebolla, COOOM certeza até

        Rebolla, COOOM certeza até entristece ver o descompasso de Pelé ao cidadão Edson Arantes, mas existem brasileiros muito mais nefastos – para evitar discussões, é fácil lembrar de um Maluf, por exemplo. 

  3. O neoliberalismo explica

    O neoliberalismo, com sua ênfase (um dogma na verdade, que não admite interpretações ou dissidências) no individualismo, está finalmente chegando aonde quis; produzir uma sociedade de alienados, que pensam apenas em si mesmos, ou no maximo, em como tirara vantagem de movimentos coletivos (vou na onda porque vou ganhar)

    E o neoliberalismo (que arrasou o estado de SP, que vendeu praticamente tudo e quer passar nos cobres o que restou) foi tão nocivo que envenenou todas as relações, tudo é na base da grana hoje em dia. Vamos precisar de anos para “desneoliberalizar” as mentes

    1. Que bobagem, estamos falando

      Que bobagem, estamos falando de moralidade, da valot da vida humana.

      Os regimes socialista não tem esta coisa ocidental pequeno burguesa de direitos humanos.

      Neoliberalismo seja lá o que for isso é espantalho criado para bater sem refutação.

      Tem os snticomunistas que veêm vermelhos em todo lugar, tem esquerdistas que veêm neoliberalismo ate no Pelé.

      1. E tem troll profissional que

        E tem troll profissional que vem bater o ponto no blog escrevendo qualquer bobagem irrelevante, inútil e mentirosa.

  4. A situação da construção dos
    A situação da construção dos estádios no Qatar é extremamente preocupante, analisada sob qualquer ângulo, 1200 trabalhadores mortos na construção de dez ou doze estádios, é mínimo uma aberração. A mídia mundial mostra isso, a local, mostra as 6 mortes ocorridas aqui, como se fossem 6 mil, não que seja menos importante, o ideal, sempre, em qualquer obra é acidente zero. Atingiremos isso com profissionais mais instruídos e capacitados, estamos de fato no caminho, e devemos, podemos ser um exemplo denunciando essa situação desastrosa.

    http://www.archdaily.com.br/br/01-187794/the-indicator-continuaremos-em-silencio-o-custo-humano-da-copa-do-mundo-no-qatar

  5. E os comentários do Andres Sanchez???
    “Na vida, cometemos erros e excessos. Já dirigi carro a 150 km/h. Eu não bebo. Vocês já devem ter dirigido ‘mamados’. Infelizmente, cometemos erros que acabam em fatalidade. Realmente, é padrão na construção civil.” Supernormal…

  6. Entêndê ??

    Quem fez o melhor comentário a respeito deste cidadão foi mesmo o Romário, o baixnho: 

    “Pelé calado é um poeta.”

    Resta agora descobrir se o comentário acima é mesmo coisa do Pelé, ou coisa do Edson Arantes do Nascimento, entêndê?? 

  7. Pelé nasceu para jogar bola e

    Pelé nasceu para jogar bola e nada mais. Como ele não pode mais fazer o que ele sabe, deveria manter a boca fechada. É, sem dúvida, um preconceituoso da pior espécie..

  8. A opinião do Pelé

    Excelente texto. Só um adendo. Continuo aifrmando e confirmando minha opinão quando digo que: Pelé e o Roberto Carlos, só deveriam fazer a unica coisa que sabem, jogar futebol e cantar.  aBRIR A BOCA PRÁ FALAR? NUUNNCCAAAA….

    1. Bem entendido, Senhorinho…

      ‘Pelé e Roberto Carlos só deveriam fazer a única coisa que sabem, jogar bola e cantar…”

      Respectivamente, de preferência.

  9. Putz! Quer dizer então que, a

    Putz! Quer dizer então que, a Odebrecht subcontrata a XPTO que subcontrata a KYZW que não põe as devidas redes protetoras nem treina seus funcionários e este cai e morre. Depois disso vem um tal de Medeiros (velho conhecido) e libera tudo para continuar a construir porque a COPA DAS COPAS têm que acontecer….    e a culpa é do 

     

    P E L É                     ?????

  10. O que é asqueroso também

    O que é asqueroso também neste país é a HIPOCRISIA, o falso moralismo, o oportunismo político-ideológico e a transmutação da realidade para que apareça da forma que nos interessa. No caso em foco, a tentativa de transformar em amoralidade uma frase dita por uma celebridade sem levar em conta seu real significado. Ou sua interpretação à luz de ideologias disfarçadas sob o manto de análises em que matreiramente indistinguem verdade de verossimilhança. 

    O moralista hipócrita no fundo sabe, ou seja, é um estelionatário da sua própria consciência, que a palavra “normal” dito por Pelé em momento algum teve por inspiração o desdém, o deboche, a indiferença para com os milhões de trabalhadores desta Nação. Pode-se até deplorar o uso do termo em si, mas isso é secundário. O que deve ser sopesado é qual a mensagem que se esconde por detrás dele. 

    A primeira indagação a se fazer é: é anormal, inusitado, coisa de outro mundo, acidentes de trabalho aqui no Brasil e em outras partes do mundo? Quantos, neste exato momento, estão ocorrendo aqui e alhures? Ou Pelé incidiu numa mentira para convalidar suas visões do problema? 

    Vou repisar para não ser mal-entendido: em termos semânticos foi, sim, catastrósfica a fala de Pelé. Mas a partir daí se fazer ilações e elucubrações academicistas  acerca do “processo de desumanização dos operários” é desonestidade intelectual. Como é o cúmulo da falácia afirmar que os operários de hoje são tratados como os índios do século XVI pinçando tragédias pessoais que, inevitavelmente, sempre terão o POTENCIAL de ocorrer numa ordem capitalista. 

    Outro dia em conversa com um amigo chegamos a uma síntese: atualmente no Brasil, aliado ao já famoso “complexo de vira-latas”,  temos a “sindrome da grandiloquência totalizante”: tudo ou é ruim ou é excelente; feio ou lindo; moral ou amoral; e assim por diante. Os conceitos se sobrepondo às ponderações, aos contextos; às proporções. O discurso reducionista, mais preponderantemente negativista, dificultando ou eliminando a possibilidade de outras percepções que levem em conta as inúmeras nuances de uma realidade complexa e sempre mutante. 

    Todo dia e o dia todo temos acidentes de trabalho(alguns fatais) que só são ecoados quando não há interesses envolvidos. Seja de que lavra for. De resto, uma omissão comum quando se trata desse ente chamado “povo”. No caso espefícico dos que ocorrem nos estádios da Copa é porque são dos estádios da Copa! Copa que muitos fazem campanha contra, seja isso cabível ou não, isso nem vem ao caso. Onde estavam, em que estágio de sono desfrutavam, os que hoje reverberam “indignados” contra esses acidentes?

    Ora, não nos façam de tolos, senhores. 

     

    1. “Onde estavam, em que estágio

      “Onde estavam, em que estágio de sono desfrutavam, os que hoje reverberam “indignados” contra esses acidentes?”

       

      Trabalhei uma década em Sindicatos defendendo operários mutilados e recorrendo a Delegacia Regional do Trabalho para fiscalizar empresas que prejudicavam a saúde de seus empregados e para interditar máquinas que causaram mutilações. Participei de centenas de reuniões com empresários em que o tema “segurança do trabalho” era objeto de discussão e negociação. Advoguei em dezenas de dissídios de greves em que o Sindicato reivindicava, dentre outras coisas, melhorias das condições de segurança e higiene nos locais de trabalho das empresas paralizadas. Há duas décadas, em meu escritório, defendo operários mutilados em processos contra o INSS e contra empresas que violam sistematicamente a legislação de segurança e medicina do trabalho. Este é um tema que diz respeito à minha vida profissional. 

       

      E você falastrão? O que você faz além de chamar as pessoas de hipócritas?

      1. Nem vem com essa, como o JB

        Nem vem com essa, como o JB falou: em MOMENTO NENHUM foi desdem. Vc, que trabalhou com seguranca do trabalho, na parte juridica, deveria saber que acidentes acontecem, assim como a morte, assim como MERDA tbm. O problema eh querer imprimir em fala de pessoas publicas a entonacao que se deseja para defenestra-las ao seu bel prazer. Ninguem eh insensivel a morte de operarios e qualquer trabalhador que seja, afinal, poderia ser a gente tbm, nao? Mas querer espetacularizar uma fala do Pele, lhe dando carga que vc nem sabe o que eh eh sim, me desculpe hipocrisia. E pq? Pq a sua antipatia ao Pele lhe confere isso. Assim como a minha antipatia ao FHC jah me fez dar contornos as suas falas que na verdade enm sei se eram os contornos corretos. Em suma, nao se pode mais falar o obvio, o que se deve fazer eh evitar os acidentes ao maximo, ao maximo, buscar sempre o zero, mas sabemos que essas coisas acontecem, e nao, nao eh desdem meu caro.

        1. Não vem com essa você, meu

          Não vem com essa você, meu caro. Numa democracia como a nossa não existem e não devem existir personalidades públicas que tenham o direito de ficar imunes a crítica e impunes quando ofendem as pessoas. Pelé errou feio ao desumanizar a vítima do acidente dizendo que a morte dela foi “normal”. A morte de um parente dele (do Pelé) em circunstâncias semelhantes não seria “normal” e ele certamente ficaria horrorizado se alguém afirmasse isto. A imprensa também errou feio ao não dar aos familiares do morto o direito de falar publicamente o que pensaram em sentiram em razão das odiosas e desumanas palavras proferidas por Pelé. A imprensa não deveria ter o direito de silenciar um dos lados numa situação delicada como esta, mas foi exatamente isto que ocorreu (na verdade é isto que você está a defender aqui, pressupondo que o Pelé tem mais direito de falar sobre o morto do que os familiares dele).

          Você falou em “devido processo legal” porque quer pretende desviar-se do tema? Não é disto que estamos tratando aqui, meu chapa. Aqui estamos tratando da dignidade dos operários acidentados, da dignidade humana dos parentes dos mortos durante jornadas de trabalho. Os direitos da personalidade de um acidentado foram ofendidos por Pelé e pisoteados pela imprensa. Eles foram tratados como se fossem aqueles índios massacrados no século XVI. E se dependesse de você eu mesmo seria tratado desta maneira.  Sorry brô, aqui você não conseguirá me desumanizar. Nem desumanizará um operário morto e seus familiares com minha ajuda.

          Você entendeu isto ou terei que ser mais didático?

           

           

          1. …”Pelé errou feio ao

            …”Pelé errou feio ao desumanizar a vítima do acidente dizendo que a morte dela foi “normal”. A morte de um parente dele (do Pelé) em circunstâncias semelhantes não seria “normal”…

             

            Sei não Fábio. Um sujeito que virou a cara para não reconhecer a filha. Um cabra que não se tem notícia, ter dito uma, umazinha palavra, condenando as constantes manifestações de torcedores racistas (nem ontem, muito menos hoje), em defesa de seus colegas de profissão. É um merda. Além de puxa-saco dos poderosos. Sovina, ao ponto de não ser capaz de usar um tostão de seu grande prestígio, pra defender homens e mulheres (putas, pobres e pretos),  junto à suas amizades brancas e poderosas. Certamentge para não incomodá-los com essas bobagens sem importância e normais.

            Devo adiantar que parte dessas palavras que dirijo ao merda do Pelé (o civil), foram proferidas em recente entrevista, pelo também craque de futebol, Paulo Cezar(Cajur). Pra quem nasceu “antonte.” Trata-se de um ex-jogador de futebol, que, em dezembro de 1966, portanto, apenas há dois anos passados, do golpe de 64, se manifestava publicamente contra a censura.  Já era um cara conhecido,  não era ainda tão celebrado nem gozava de privilégios, restritos à artistas ricos. Mesmo assim, não colocou o rabo entre as pernas, temendo represálias.

            O Paulo Cezar a Cajur, tendo sido jogador da seleção brasileira, nem por isso, se tornou um Pelé, digo, um pai Tomaz. Nem se travestiu de homem bom, aquele que nem anúncio de cerveja fazia, pra não influenciar as cabecinhas das criancinhas. Vá cultivar uma alma branca dessas na P.q. P.

            Orlando

      2. Pelé e acidentes de trabalho

        Fábio de Oliveira,

        Pelé não falou nada de mais.

        Você conhece muito bem o assunto Segurança do Trabalho, que foi muito aprimorado nos últimos 20 ou 25 anos, conforme qualquer levantamento estatístico confirma.

        Se, até o início dos anos 80, a indiferença por parte dos empresários ainda era forte, hoje o clima já é outro.Em obras de grande porte, e uma delas pode ser a de construção de estádios, existe um coeficiente  para perdas (não lembro o termo exato), só não sei se a obra do Itaquerão já supera o previsto como aceitável.

        Tendo em vista a importância por ser estádio a ser utilizado em uma Copa do Mundo, o Ministério do Trabalho deveria ter mantido uma equipe de fiscais em cada um dos estádios em recuperação ou construção.

        Já tive conhecimento de muitas perdas, na Ponte Rio-Niterói se desconhece o número delas, mas o coeficiente de perdas melhorou bastante. Me refiro às obras de construção civil, mas é do conhecimento de todos os acidentes em diversos setores de produção.  

        1. Você tem algum parente que

          Você tem algum parente que perdeu a mão ou morreu num acidente de trabalho? Não tem? Que pena… Isto explica a sua incapacidade de perceber como a natureza humana reaage diante da mutilação. Converse com alguém que tem parentes nestas condições, mas tome o cuidado de não dizer – como o Pelé disse – que isto é “normal”. Normalmente as pessoas reagem mal quando a dignidade humana delas ou dos parentes delas é ofendida. Ha, ha, ha… 

          1. Sem resposta

            Fábio,

            Eu comentei com você a respeito do assunto que você conhece por força profssional, Segurança do Trabalho.

            Abordei como o assunto era encarado por todos e o progresso quanto esta percepção, e você, ao invés de esclarecer melhor todos sobre  a atual situação – afinal, existe ou não existe uma previisão para perdas em grandes obras, sim ou não?, preferiu me responder com argumentos utilizados por um Silas Malafaia da vida.

            Fique com a última palavra.

             

      3. Caro Fabio de

        Caro Fabio de Oliveira,

        Calma, calma: “quem vai para a chuva tem que se queimar”, como costumava afirmar um conhecido meu para “desanuviar” o ambiente. Em vez de rebater minha réplica escreves tu biografia que, sinceramente, não vem ao caso. Como também não leva a nada apelares para a famosa, e repetida à exaustão, falácia “contra a pessoa”. Se sou falastrão ou não, isso é de somenos importância. 

        Esse teu currículo tão avantajado, precioso, até comovente, não te faz dono da verdade ou te dá licença para argumentar dispensando rebates. Entenda que estais num ambiente democrático no qual todos podem se expressar, assim como o dever de ouvir, atentar para as réplicas sem necessariamente o mundo se acabar com isso. 

        Quando usei o termo “hipócrita” não procurei atingí-lo pessoalmente. Sinceramente, nada sei e nada tenho contra a ti. Não teria assim nenhum sentido embasar minha réplica com ofensas pessoais. Minha crítica foi generalizada, ou seja, procurou atingir comportamentos que acho comuns para muitas pessoas. 

        Depois te mando meu currículo por e-mail. Adianto que não levará duas linhas. E olhe lá se chegqr a isso tudo.

         

    2. “Ora, não nos façam de tolos,

      “Ora, não nos façam de tolos, senhores. “

      Não tem limites a defesa incondicional dos governistas.

      O que será necessário acontecer para que um governista deixe de defender o governo.

      Talvez quando acontecer um enforcamento publico de um opositor do governo, JB estará lá gritando:

      Traidores! traidores!

       

       

      1. O que é preciso acontecer

        O que é preciso acontecer para o “Aliança Liberal” parar de atacar o governo?

        Simples.

        É só os tucanos pararem de pagar o salário dele.

        Isso aí é troll profissional.

         

        1. Um judeu não precisa de

          Um judeu não precisa de salário para ser contra o nazismo..

          Não precisa me pagar para combater a escória petista isso eu faço de graça e com prazer, defender o povo contra bandido não precisa me pagar.

          O que é ruim para o PT é bom para o Brasil.

           

          1. Combater o PT?
            Ora, você é o

            Combater o PT?

            Ora, você é o maior propagandista do PT que existe!

            Vendo a safadeza de suas mentiras, a forma suja com que faz suas trollagens e percebendo que você age a mando dos tucanos (e não se engane, as pessoas percebem claramente), você mostra a sujeira que o PT enfrenta e coloca mais pessoas ao lado do partido.

            Incrível que você não perceba o desserviço que presta aos tucanos justamente por defender eles com mentiras e dissimulações. Parece que o auto-engano está no DNA da tucanalha, junto com a desonestidade e a incompetência.

             

      2. Aliança Liberal,
        A

        Aliança Liberal,

        A racionalidade, ou até mesmo só o raso senso, me impediria de retrucar essas tuas observações rasteiras e mesquinhas. Tu me conheces aqui neste espaço há anos. Sempre estamos interagindo geralmente em clima ameno, salvo uns altercações aqui outras acolá. 

        Assim, te pergunto: onde, quando, por que, como faço a “defesa incondicional do governo”? Se tivesses escrito que na maioria das vezes fico do lado do PT e do governo a ele vinculado, aí sim, terias sido preciso. Mas concordância eterna e acrítica? Estão arquivadas aqui  várias participações minhas nas quais não poupei nem governo,  nem PT e a esquerda.  Não para me mostrar “imparcial” ou demonstrar equilíbrio. Mas para expressar o que penso. E pensar foi o único ofício que me restou nessa fase da vida. 

        O que parece não ter limites é a tua fixação nesses entes citados. Aí, nesse ponto, devolvo a bola para ti: será que o PT, as esquerdas modo geral,  e o próprio governo nunca fizeram nada de positivo, de bom, de louvável? Por que, então, tu nunca reconhestes isto? Claro que pela cega e desvairada oposição política-ideológica que não se permite uima nesga de honestidade intelectual.

        Podes me avaliar da maneira que quiseres. Tenho tantos defeitos que essa será uma tarefa fácil. O que não aceito é inventar.  

         

  11. Eu ainda nao entendi onde

    Eu ainda nao entendi onde estah a coisa “horrivel” na fala de Pele. O pecado dele eh falar para alguns aqui. Eu nao tenho nada que me ligue ao Pele a nao ser a sua historia no futebol, mas a forma como as pessoas o tratam eh de tao nefasta quanto. Quer dizer que morte em acidente de trabalho nao acontece? Eh a triste espetacularizacao de todo que eh dito por uma pessoa publica. Nesse sentido, voces tem de concordar que a maioria das pessoas publicas que inflam o odio contra o Pele tambem sao poteas quando calados, vide Romario, etc. 

    Com relacao o comentario do Rebolla, falar que Pele eh tuo de ruim que eprsenta nesse pai eh mais um exercicio de odio contra um individuo do que  ter nocao do contexto em que se vive. Nada a ver isso. Ontem eu fui chamado a atencao por, erroneamente chamar a imprensa de corja, ou seja, pequei na generalizacao. O fato eh que se tornou mais facil encontrar Cristo para serem sacrificados do que olhar para o proprio umbigo.

    I! vc leu o que o Pele disse?

    Pele vc eh um $£^%%$$$###

    – I! vc leu o que a “Cheirazade” isse?

    Essa mulher eh uma filha da ####%%$$$*

    I! vc leu o que o fulano disse

    Esse fulano eh um ##%6^@~, dveria ir pra **7^^*

    E assim vamos descarregando…

     

    1. Você é capaz de entender

      Você é capaz de entender algo? Acredita realmente que todos nós somos ou devemos ser tão subservientes quanto você aos padrões desumanos e imorais criados pela imprensa brasileira? 

      As escolhas são duas: o mercado ou as pessoas. Eu escolhi as pessoas, você escolheu o mercado. A minha escolha me permite humanizar você, mas a sua permite que você seja tão desumanizado quanto o trabalhador que morreu, quanto os familiares dele que foram silenciados pela mídia. O azar é só seu, meu chapa. 

  12. Pelé

    Fãbio,

    Pelé parou de jogar futebol há 37 anos.

    Durante muitos anos foi a personagem mais conhecida do planeta, superando até mesmo o Papa, o que já não mais deve ocorrer em função de alguns fatores.

    Depois de quase quatro décadas, ele ainda continua sendo reverenciado por todos em qualquer país que esteja visitando, a menos do patropi, é claro, a terra da gigantesca República  dos complexados, a turma do complexo de vira-latas.

    Em NY, megalópole na qual um morto na calçada  não provoca comoção por parte de ninguém, Pelé demorou uns vinte minutos prá ir da porta do prédio da Warner até o carro ( menos de cinco metros de distância), pois era autógrafo em cima de autógrafo, fotografia, etc…, isto em 1990, quando já tinha parado de jogar. Ninguém sabia que ele iria sair naquele momento. Isto é Pelé.

  13. O Pelé se expressa muito mal.

    O Pelé se expressa muito mal. Ele pode ter todos os defeitos do mundo, mas é evidente que não quis desprezar a vida dos operários mortos.

    A morte de um operário em uma obra nunca é normal. O que ocorre é que uma coisa é a segurança no trabalho, que deve ser observada com todo o rigor par garantir a vida e a integridade física dos operários, outra coisa é o objetivo da obra.

    Acidentes existem em construções de edifícios, pontes, escolas e hospitais… Não ocorrem porque a obra é um estádio.

    A questão das fatalidades citadas é gravíssima, mas diz respeito à construtora e segurança do trabalho, não diz respeito especificamente ao estádio.

    Seria menos trágico se o operário morresse por um acidente durante a construção de um hospital?

    Não tem absolutamente nada a ver comparar estádios com hospitais. Quem fala uma ASNEIRA dessas faz o mesmo que se disesse que não se pode construir teatros enquanto não existirem hospitais suficientes, ou como dizer que não se pode construir aeroportos enquanto as rodoviárias não tiverem nível de primeiro mundo.

    Estádios dizem respeito ao esporte (que deve ser incentivado) e ao entretenimento, que não pode ser desprezado.

    Além disso a lógica de criticar a Copa como se ela fossse drenar os recursos do País é mentirosa. A Copa trará recursos para o País. A Copa dá lucro e traz uma série de coisas positivas.

    Mas tem um bando de pessoas que querem fazer proselitismo com a Copa e por isso espalham mentiras, nas quais uns tantos outros idiotas acreditam.

    São mentiras tão toscas que não resistem a um minuto de raciocínio ou a uma argumentação minimamente honesta. Por isso os mal intencionados, seguidos pelos idiotas, ficam gritando as mesmas mentiras, sem aceitar nem responder a nenhuma argumentação honesta.

  14. Pelé se expressa muito mal…

    E sempre está falando o que não deve.

    Deveria se abster de comentar o acidente de trabalho (no caso, a morte do operário). Mas, é compreensível que ele quis dizer que acidentes de trabalho ocorrem, principalmente, em obras e que isto não é motivo para tanto escarcéu contra a Copa. A construção civil, infelizmente, ainda tem altos índices de acidente. Não por causa de estádios, que isso fique claro.

    No futebol, Pelé é o máximo. No dia a dia da vida, um desastre. Caiu muito em meu conceito quando não reconheceu a filha, que veio a falecer. Neste quesito, Roberto Carlos não errou: reconheceu o filho, deu os conselhos (“apronta que te tiro todas as regalias”) e pronto. Aliás, nem sei o nome do filho reconhecido, pois fez a coisa de forma que não causou alarde e sim, a simpatia de todos.

  15. É um imbecil. Prá mim, a

    É um imbecil. Prá mim, a idolatria por esse sujeitinho mundo afora é uma das maiores provas que a população mundial é formada essencialmente por imbecis.

  16. Mesmo tendo seus direitos

    Mesmo tendo seus direitos como cidadãos em sociedade, a morte de  um operário em pleno ambiente de trabalho são “coisas da vida” de acordo com opinião de ” Rei Pelé”, que diz que esses tipos de acontecimentos são normalidades e devemos seguir  em frente ,pois, a Copa do Mundo esta próxima.Acidentes em obras de grande vulto e longa duração são inevitáveis,mas isso não significa que devam ser encarados como “normalidades” ,coisa banal e corriqueira no entendimento de Pelé, desvirtuando ao sentindo e valor da vida humana.

    A figura do operários devem ser respeitada mesmo após sua morte,acidentes em construções as vezes acontece ,mas tratar isso como uma situação normal e algo errado.Espero que opiniões  desse carácter sejam abolidas de nosso país e que todos possam ter sua figura respeitada.

  17. Mesmo tendo seus direitos

    Mesmo tendo seus direitos como cidadãos em sociedade,a morte de um operário em pleno ambiente de trabalho “são coisas da vida” de acordo com a opinião do “Rei Pelé” que diz que acontecimentos desse tipo são normalidades que devemos seguir em frente,pois, a Copa do Mundo estar próxima.Acidentes em obras de grande porte ou longa duração são passiveis de acontecer,mas isso não significa que devam ser encarados como “normalidades” ,coisa banal e corriqueira no entendimento de Pelé,desvirtuando o sentido e valor da vida humana.

    A figura dos operários devem ser respeitada mesmo após sua morte,acidentes em construções  é inevitáveis,mas tratá-las como situação normal é algo errado.Espero que opiniões desse carácter sejam abolidas de nosso país e que todos possam ter sua figura respeitada.

  18. Mesmo tendo seus direitos

    Mesmo tendo seus direitos como cidadãos em sociedade,a morte de um operário em pleno ambiente de trabalho “são coisas da vida” de acordo com a opinião do “Rei Pelé” que diz que acontecimentos desse tipo são normalidades que devemos seguir em frente,pois, a Copa do Mundo estar próxima.Acidentes em obras de grande porte ou longa duração são passiveis de acontecer,mas isso não significa que devam ser encarados como “normalidades” ,coisa banal e corriqueira no entendimento de Pelé,desvirtuando o sentido e valor da vida humana.

    A figura dos operários devem ser respeitada mesmo após sua morte,acidentes em construções  é inevitáveis,mas tratá-las como situação normal é algo errado.Espero que opiniões desse carácter sejam abolidas de nosso país e que todos possam ter sua figura respeitada.

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