Sobre o segundo debate entre os presidenciáveis

 

No debate de hoje Dilma Rousseff foi mais incisiva. Seu desempenho melhorou em relação ao debate anterior. Marina Silva continuou ambígua, incapaz de abandonar aquela pose de estar acima de partidarismo, apesar de ter sido criada por intermédio de um partido e ser sustentada atualmente por outro. A candidata do PSB não conseguiu explicar seu recuo em relação ao casamento gay depois que foi enquadrada pelo Malafaia no Twitter. Sob intenso ataque de vários adversários, Marina não conseguiu esconder sua fragilidade política.

Aécio Neves foi o grande derrotado no debate do SBT. O tucano ficou sem iniciativa, agiu como se fosse uma bandeirinha de escanteio. Sumiu diante das câmeras. Levy Fidelix e Eduardo Jorge conseguiram ser mais interessantes do que o candidato tucano. Aécio parece sofrer de um grave problema. Ele está tão acostumado a ser paparicado pela imprensa simpática à sua candidatura que se tornou incapaz de superar qualquer adversidade. Pobre menino rico… Aécio será derrotado facilmente e no primeiro turno. José Serra pode até ser considerado asqueroso por seus adversários, mas nas eleições presidenciais que disputou ele demonstrou muito mais fibra do que o neto de Tancredo Neves.

Luciana Genro também se saiu melhor do que Aécio Neves no debate do SBT. A jovem candidata do PSOL é promissora, mas condenada a ficar na lanterna em razão de pertencer a um partido nanico que mais parece uma religião sem deus. Mesmo assim, devemos admitir que Luciana Genro é mais coerente do que Marina Silva. E certamente menos ridícula que o pastor Everaldo, candidato a presidente que deveria se limitar a fazer o que faz bem (usar a bíblia para tirar dinheiro de crédulos em situação de fragilidade econômica na sua igreja).

O predomínio de temas religiosos foi evidente neste debate. Bom para os pastores e seus seguidores, ruim para o público em geral. Quando a religião entra por uma porta do debate, a política sai pela outra. A política é um campo delicado em que deve prevalecer a disputa racional, a qual desaparece junto com o próprio campo se ele for invadido pela intolerância religiosa.

Não tenho nenhum problema em defender abertamente a tese de que os temas religiosos deveriam ser banidos das disputas eleitorais e proibidos nos debates televisivos. Quem quiser discutir a sua religião que faça isto na sua comunidade religiosa. Num debate político aberto a todos os cidadãos, assim que o candidato começasse sua arenga religiosa ele deveria ter o microfone cortado. Em caso de reincidência, deveria ser colocado para fora do recinto. Os temas religiosos impedem os fieis de verem as virtudes dos candidatos que não professam seu culto e os defeitos dos pastores que eles seguem irracionalmente nas igrejas (e que poderiam não seguir nas urnas). Além disto, as altercações por causa dos dogmas conspiram contra a saúde da CF/88, diploma que prescreve o caráter laico do Estado e garante a liberdade de culto e de consciência política e ideológica (algo absolutamente necessário num país plural que não pretende se tornar uma teocracia comandada por pastores).

As eleições presidenciais de 2014 deveriam ser uma oportunidade para os partidos discutirem o presente e os futuros possíveis do Brasil. O que interessa aos eleitores são os programas de governo, não os projetos teológicos de cada candidato. As discussões teológicas realizadas nos debates são inúteis, elas roubam dos eleitores a única oportunidade que eles tem para ver os candidatos em conflito direto e longe dos ambientes controlados das propagandas eleitorais. Isto para não dizer o óbvio: a teologia não é capaz de resolver os problemas concretos econômicos, urbanísticos, hídricos e energéticos do Brasil. No limite os conflitos teológicos tendem a evoluir para o fanatismo e para o conflito armado entre os fieis nas ruas.

Já que estamos falando de um debate na TV – que pode também ser interpretado como um programa de entretenimento –  farei uso de algumas metáforas cinematográficas para qualificar o desempenho dos candidatos.

Aécio Neves entrou em cena como se fosse um grande cavaleiro andante montado num alazão cintilante. Mas foi ignorado e incorporou Lorde Farquaad (o vilão baixinho do filme Shrek). Marina Silva se apresentou como se fosse senhora absoluta da disputa eleitoral, como se já estivesse eleita por antecipação, como se fosse um dragão capaz de aniquilar seus adversários. Após receber algumas críticas contundentes a candidata do PSB começou a se coçar, a mudar de cor e a perder a saúde exatamente como a Madame Mim durante a disputa com Merlin no filme A Espada era a Lei.

Levi Fidelix parece até o Gato Felix, sempre querendo tirar um monotrilho de sua sacola. O pastor Everaldo não ficaria mal como o Bispo Pierre Cauchon no filme “A Paixão de Joana d’Arc” de Carl Theodor Dreyer. Se ele ficasse mudo talvez conseguisse convencer o respeitável público a queimar Dilma Rousseff. A candidata do PT é combativa, não foge da briga e resiste bem aos confrontos verbais. Dilma lembra a heroína do filme Jogos Vorazes  (um pouco mais velha e volumosa, certamente pior vestida que Jennifer Lawrence).

Fábio de Oliveira Ribeiro

34 Comentários

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  1. Para que servem os debates?

    Os candidatos apenas dizem o que os seus marqueteiros e patrocinadores mandam. Não perco o meu tempo com isso. O quê qualquer um deles disse que foi novidade? Não vi um segundo do troço, mas posso afirmar: NADA!

    É a propaganda, dita gratuita, ao vivo e sem direção. Para quem foi bem treinado ou possui cara de mogno é mais fácil.

    O que qualquer candidato fala durante o show de horrores não tem o menor valor. Horror? Sim! A pequena turma dos moralmente estropiados que querem governar o país seria apenas cômica se fosse apenas um programa televisivo, desses de baixa qualidade que ocupam a programação em sua totalidade, mas sabendo que alguém dali dirigirá a nação por quatro anos é uma tragédia incomensurável. Pobre Brasil…

  2. Marina e o Pré-sal

    http://blogdomariomagalhaes.blogosfera.uol.com.br/2014/09/01/freio-no-pre-sal-sugerido-por-marina-seria-catastrofico-para-o-extremo-sul/

    Freio no pré-sal sugerido por Marina seria catastrófico para o Extremo Sul

     

    Mário Magalhães

    01/09/2014Caso não tenha mudado de novo seu programa lançado na sexta-feira _no sábado recuou em passagens sobre direitos LGBT_, a candidata Marina Silva (PSB) propõe mesmo frear com pé de chumbo a política nacional de investimento no pré-sal. 

    O programa praticamente ignora essa mina de ouro. Talvez temerosos de declarar com todas as letras a proposta de liquidar a orientação governamental em vigor, os correligionários de Marina escreveram assim, ao apresentar a plataforma: “3) realinhamento da política energética para focar nas fontes renováveis e sustentáveis, tanto no setor elétrico como na política de combustíveis, com especial ênfase nas fontes renováveis modernas (solar, eólica, de biomassa, geotermal, das marés, dos biocombustíveis de segunda geração); 4) redução do consumo de combustíveis fósseis”.

    Nas “Diretrizes de nossa política nacional de energia”, enumerando os eixos de ação, não aparecem as palavras “petróleo” e “pré-sal”. Apenas uma referência indireta, mas nem tanto: “Reduzir o consumo absoluto de combustíveis fósseis”.

    Deixo para quem sabe mais as observações sobre a impossibilidade, ao menos durante décadas, de o Brasil dispensar a energia poluente do petróleo; a evidência de que, se a Petrobras não explorar a camada do pré-sal, outros o farão, sobretudo empresas privadas chinesas, norte-americanas e europeias; os recursos a serem arrecadados com o pré-sal seriam destinados a educação e saúde, portanto a questão não se resume a energia e combustíveis; abrir mão do pré-sal equivale ao sujeito tirar a sorte grande na loteria, mas jogar no lixo o bilhete premiado; sem o pré-sal, Estados como o Rio de Janeiro sofrerão danos devastadores.

    Trato de um aspecto mais pontual: se Marina Silva vencer a eleição e aplicar sua proposta de secundarizar a exploração do pré-sal, o Extremo Sul do Brasil regredirá décadas, com aumento do desemprego, depressão econômica e expansão da pobreza.

    Refiro-me à região gaúcha do Polo Naval de Rio Grande e São José do Norte. Especialmente, à cidade mais populosa daquelas bandas, Pelotas. O polo criado no governo Lula (a paternidade, no caso, é o de menos) recuperou o território que de uns tempos para cá passou a ser chamado de “Metade Sul” do Estado do Érico Verissimo,do Lupicínio Rodrigues e do Vitor Ramil.

    No século 19, Pelotas talvez tenha sido a cidade mais rica da região Sul do país. A exploração do charque em larga escala gerou fábulas de dinheiro. A economia se baseava em relações escravagistas, com multidões de africanos aprisionados desembarcando dos navios no litoral de Rio Grande. Em mil oitocentos e pouco, para cada branco de Pelotas havia um africano. Até hoje Pelotas e Rio Grande são famosas pelo melhor Carnaval do Estado, reflexo da ampla população e cultura negras nos dois municípios. A fortuna dos barões de Pelotas esteve na origem da fama gay local: os pais abonados enviavam os herdeiros para estudar na França e em Portugal, os rapazes voltavam educados e viraram alvo de comentários dos homens rudes e preconceituosos do seu tempo.

    Isso, a farra da dinheirama, acabou no século 20. A economia desse Extremo Sul permaneceu agrária, com os velhos senhores feudais e novos burgueses do campo mantendo uma concentração obscena da, agora menor, riqueza. Enquanto a Serra gaúcha se industrializou e prosperou, Pelotas (que já foi a segunda cidade com mais habitantes no Estado, depois de Porto Alegre) e Rio Grande empobreceram.

    Com uma excelente escola técnica federal, uma universidade federal respeitável e outra católica também, nos anos 1970 e 1980 Pelotas passou a formar mão-de-obra qualificada para “exportar”: não havia bons empregos por lá.

    Os índices sociais despencaram a níveis de regiões paupérrimas do Nordeste, e a decadência da economia fez estragos em todos os segmentos da vida cotidiana.

    A despeito da desigualdade social atávica que persiste, o cenário melhorou com o Polo Naval de Rio Grande. Dezenas de milhares de vagas, boa parte para peões qualificados, foram abertas nos estaleiros e em função deles. Plataformas de petróleo já saíram prontinhas dali, e há expectativa de que para o pré-sal sejam feitas muitas outras. Em Pelotas não há estaleiro, mas muitos trabalhadores moram lá (a uma hora de ônibus), para fugir dos preços exorbitantes dos imóveis em Rio Grande.

    O polo tem muitos problemas, e um deles é a ressaca provocada a cada término de plataforma. Os contratos dos trabalhadores são encerrados, até os empregados retomarem seus postos com novas encomendas. O dinheiro que a economia movimenta resultou em aumentos de preços que castigam os mais pobres. Mas é em função do polo que há não somente mais empregos, como ocupações mais bem remuneradas.

    Escolas na região passaram a formar técnicos para o polo, empresas foram abertas e se desenvolveram para fornecer de alimentação a equipamentos.

    O Polo Naval foi decisivo para a retomada do desenvolvimento regional da Metade Sul. Uma política que leve ao seu fim seria socialmente catastrófica. Com menos investimento no pré-sal e baque na produção de petróleo, os estaleiros fechariam ou reduziriam seus portes.

    Os candidatos a governador e senador no Rio Grande do Sul, alguns manjados balaqueiros (marrentos ou contadores de vantagem, em linguagem gaudéria),  terão de se pronunciar sobre as propostas dos candidatos a presidente em relação a petróleo, Polo Naval de Rio Grande e pré-sal.

    Quem calar consentirá.

     

  3. Dilma defende a criminalização da Homofobia

    Essa é pra todos aqueles a favor do secularismo e dos direitos das minorias (agora você tem motivos pra repensar o voto, hein Gunter!)
     

    Detalhe, A página da Dilma no facebook já assumiu a defesa da criminalização da homofobia.. é um primeiro passo (caso não recue que nem a Marina) pra reconciliação com o secularimos e um avanço à esquerda que nós tanto esperamos!

     

    pós recuo de Marina, Dilma defende criminalização da homofobia pela 1ª vez

    Do UOL, em São Paulo

    01/09/201420p6Compartilhe3983,4 mil Imprimir Comunicar erroAmpliar

    Debates entre os presidenciáveis 88 fotos

    82 / 881º.set.2014 – Dilma Rousseff (PT) cumprimenta Marina Silva (PSB) após debate dos candidatos à Presidência da República promovido pelo UOL, Folha de S. Paulo, SBT e a rádio Jovem Pan, nesta segunda-feira (1º), no estúdio do SBT,em São Paulo Leia maisEduardo Knapp/Folhapress

    Logo após o fim do debate com os candidatos à Presidência da República realizado nesta segunda-feira (1º) pelo UOL, Folha, SBT e Jovem Pan, a presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff, defendeu que a homofobia se torne crime.

    “Fico muito triste de ver que nós temos hoje grandes índices de violência atingindo essa população, principalmente quando se trata de homossexuais, mas também em todas as outras áreas. Acho que a gente tem de criminalizar a homofobia. O que eu estou dizendo é que se deve criminalizar a homofobia. A homofobia não é algo que a gente possa conviver”, afirmou a candidata petista, questionada por jornalistas sobre o tema.

     

    É a primeira vez que Dilma defende publicamente a criminalização da violência contra homossexuais. A posição coincide com o recuo da ex-senadora Marina Silva (PSB), principal concorrente de Dilma, no tema.

    Programa do governo da candidata do PSB divulgado na sexta-feira (29)defendia a criminalização da homofobia, além do casamento de pessoas do mesmo sexo, entre outras propostas, inclusive relativas a direitos aos transexuais. No dia seguinte, entretanto, o programa foi alterado, em meio a críticas de representantes religiosos, como o pastor Silas Malafaia.

    A nova edição não traz a defesa da criminalização da homofobia e do casamento igualitário, além de utilizar temos mais vagos para tratar do tema. A mudança foi usada pela campanha petista para atacar Marina. Hoje, Dilma também  criticou a adversária. “Eu acho que não se deve mudar a proposta principalmente quando se referia a direitos”, disse a mandatária.

    O programa de governo de Dilma que já foi divulgado, contudo, não cita a criminalização da homofobia, nem outras pautas do movimento LGBT. Segundo o PT, o documento é provisório, e uma nova versão, completa, será divulgada em breve.

    Por orientação do Planalto, a base governista não votou o projeto de lei que criminaliza a homofobia (PLC-122). A matéria acabou sendo anexada ao projeto de reforma do Código Penal, que ainda não tem data para ser votado.

    Revoltados com a não votação da matéria, militantes e entidades LGBT criticaram o governo pela decisão de não se mobilizar para aprovar o projeto. Na última edição da Parada do Orgulho LGBT, em maio deste ano, houve cobranças ao governo.

    Fonte: http://eleicoes.uol.com.br/2014/noticias/2014/09/01/apos-recuo-de-marina-dilma-defende-criminalizacao-da-homofobia-pela-1-vez.htm

     

     

  4. Estão caprichando no horário

    Estão caprichando no horário dos debates.

    O primeiro começou às 22:00hs e foi até altas horas. Quem estava acordado no início deve ter ido dormir na metade dele.

    O de hoje começou às 17:30hs. Pouquíssimas pessoas estão em casa a essa hora.

    Parece proposital.

  5. Discordo…

    Discordo sobre a afirmação do autor, pois, não houve um “debate teológico”  além do autor ser autoritário em sua afirmação de colcar para fora quem colocar assuntos religiosos. 

    Se alguns temas que tem haver com algums religiões são políticos, qual o problema? se as pessoas não tem conhecimento para diferenciar? é um problema de educação. Como acho que noções de direito eeconomia deveriam conter na grade educacional, mas, muita pessoas não lembram de fatos históricos “inclusive eu” e vimos isso na escola na disciplina da história, ou seja, a reciclagem de estudar por conta ou não é importante e vai de cada um. Agora querer proibir alguns temas religiosos é autoritário.

  6. Você começou como quem iria

    Você começou como quem iria fazer uma análise do debate e depois transformou todo o texto numa tentativa de satanização das religiões. Chegou ao ponto de quase uma ditadura ateístas e não de estado laico. De gente extremista seja pelo lado religioso, ateu, ou de qualquer ideologia política estou farto.

    Sou evangélico, voto em Dilma e no debate se quiserem entrar no tema religioso, que entrem, isso é uma democracia, o outro que tem que ter competência, para no debate demonstrar que questões religiosas  prejudicam o desenvolvimento de leis laícas dentro estado  e não proibir de se discutir a questão. Isso que você propos tem nome DITADURA.

    Eu sou evangélico e desmontaria as teses religiosas que defendessem legislações feitas por critérios de fé num debate. Demostraria como é falso querer que se tenha leis para impedir o homem de pecar, porque o estado tem que criar leis para punir crimes e infrações penais e ilicitos civis e não para impedir o homem de pecar, porque o que é pecado numa religião pode não ser na outra ou para quem não tem credo. Era, e é muito fácil desmontar o discurso de quem tenta colocar critérios de fé para governar ou legislar. Agora isso é muito diferente de querer colocar uma mordaça na boca de quem pensa difrerente, como você colocou no teu texto.

    Um texto lamentável que começou querendo ser uma coisa, mas no fundo se transformou num texto de exaltação a DITADURA para calar a voz dos que lhe são contrários na questão religiosa.

    Eu, mesmo sendo evangélico, desmontaria quem quer que fosse candidato e quisesse colocar critérios de fé para legislar ou governar,  não preciso calar quem queira dizer o contrário. Ditadura em qualquer sentido jamais.

    1. Até o Facebook e o Twitter

      Até o Facebook e o Twitter permitem ao interessado bloquear pessoas que fazem comentários considerados inadequados pelo usuário. No meu Facebook e Twitter nenhum cretino fala de religião. Não fico triste quando alguém se sente ofendido e me bloqueia por motivo religioso (ele tem o direito de fazer isto). Ninguém deve ser obrigado a discutir religião ou a escutar o que não quer ouvir em razão da sua crença ou ideologia. Os eleitores não deveriam ser obrigados a votar em pastores ou em quem usa a religião para fins eleitorais. Ditadura, meu chapa, é querer usar um espaço que tem uma finalidade (o debate político) para outros fins (o religioso). No mais vá encher o saco dos seus iguais na sua igreja. Se quiser votar na Marina ou no pastor Everaldo, faça isto. Se quiser votar em Dilma não faça isto por razões religiosas. 

      1. Manifestacao grosseira de intolerancia

        Fabio, manera ai’, meu caro.

        Ghandi afirmou que quem acha que politica nao tem nada ver com religiao nao entende nem de uma e nem de outra.

        Longe de mim dizer que voce nao entende de politica; mas de religiao seu conhecimento me parece um tanto quanto baseado em preconceitos. O que voce esta’ defendendo aqui e’ uma mera opiniao “partidarizada” do cientismo e da anti-religiao, e de uma intolerancia radical, totalitaria mesmo.

        Ocorre que o blog e’ democratico (muito grato Nassif), e o dono nunca manifestou nenhuma disposicao em eliminar a dimensao religiosa dos debates politicos aqui no blog.

        Independentemente desta diferenca de opinao, leio seus comentarios politicos com interesse.

        Abraco.

    2. Por Deus! (Ou não no caso dos

      Por Deus! (Ou não no caso dos ateus) Da onde as pesoas tiram asneiras com Ditadura Ateista, Gayzista e sabe-lá-mais-o-quê…Quantos igrejas evangélicas, elas basicamente emulam o modelo da gringolandia (EUA), a sua lógica neoliberal predatória bem como oustras bobageiras inomináveis. 

  7. Texto horroroso, autoritário,

    Texto horroroso, autoritário, ditatorial… Pretende banir temas do debate para a escolha da maior autoridadade da República.

    Coisa repugnante… Tem gente que perdeu o senso não só de democracia, mas de ridículo.

    O sujeito quer criar uma Santa Inquisição ateísta, criando seu Índex de temas proibidos.

    Vou sair para vomitar o texto tirânico que ingeri e sem querer…

  8. Concordo com a maior parte do

    Concordo com a maior parte do texto, mais expulsar pastores me pareceu um tanto Kin Dong Il. Não esquecer que tudo é, religião, sejam evangélicos, católicos, gays, indios, cada um tem sua fé e quer ver PREVALECIDA. Por que podemos falar gatos e cachorros com um Pastor e querem CRIMINIZAR alguém por falar o mesmo gatos e cachorros com um gay? Viram como tudo é religião e tem seus FANÁTICOS?

  9. Esse dabates são 

    Esse dabates são  insuportaveis e previsiveis. Os nanicos se saem melhor por que não tem nada a perder. Quem tem 0% de intenções de voto, ja sai no lucro só de mostrar a cara. Os candidatos principais repetem o script. Só dizem aquilo que ensaiaram. São sempre as mesams perguntas e as mesmas respostas. A vida real é  solenemente ignorada. Só a verdade de cada um importa. É um “dialogo” de surdos.O tempo cronometrado não permite que o candidato explique seu pensamento. É tudo feito na base do cliche e das frases de efeito. Um tedio mortal. Não consigo nem  chegar ao fim do primeiro bloco …

  10. Concordo com o Fábio.

    Sou católica. Respeito todas as religiões. Mas sou radicalmente contra a interferência de qualquer religião na política. Os países que permitem essa convivência, não têm sido bem sucedidos, muito pelo contrário. A política é dinâmica, onde devem ser debatidos os complexos problemas de um país. Já a religião deve ser processada em seus próprios locais de culto, na intimidade de sua fé, buscando uma paz interior para tornar-se uma pessoa melhor. Como já afirmei há dias, jamais votaria em quem usa a religião em seus programas políticos. Constrangedor assistir um candidato a presidente, se comportando num debate como se estivesse em sua igreja. Isso vale também no caso de um CATÓLICO. Estaria criticando com a mesma veemência. Soa muito falso essas apelações religiosas e, obrigam candidatos ao constrangimento, tendo que agradar católicos, evangêlicos, espíritas etc… Acho uma lamentável perda de TEMPO!!!!

  11. artigo apaixonado pelo PT

    Este artigo é apaixonado pela candidatura DIlma. Assisti a ambos debates e realmente é uma tarefa herculea. Agora dizer que a Dilma se saiu melhor, e descer a lenha em todos os outros é no minimo apaixonado. Parece-me que existem interesses aqui neste blog em defender o PT. 

  12. Acho que o Fábio de Oliveira

    Acho que o Fábio de Oliveira exagerou com a questão religiosa, que não foi o assunto dominante durante o debate. Até o candido Levi tentou fazer uma profecia dizendo que o caso de corrupção do nosso país só se resolveria com a ajuda de Deus, foi uma tentativa de provocar o Pastor Everaldo, que tratou de ficar em silêncio e defender a suas teses.

    Levi também provocou o candidato do PV para apoiá-lo em outro tema. Mas nada que não pudesse cair na graça dos presentes que com a negativa deste, só sobraram  risos e gargalhadas.

    Quem dominou, apesar dos malogros e algores dos outros candidatos foi a Dilma. Realmente, respondeu a altura e sem “devorteio”. Com certeza a Dilma, se dependesse desse debate, já estaria eleita. Pois, os outros candidatos são incapazes de apresentarem algo de bom para o Brasil, os projetos deles afundam antes de chegarem a praia, são feitos flocos de neves, apesar da beleza, ninguém conhece a sua arte num todo, pois derramam feito águas ao calor da explanação da Dilma.

  13. Que diferença se um candidato é de uma ou outra religião?

    Tem aparecido em currículos dos mais diferentes níveis e objetivos o fato de se apontar a que religião se pertence. Fico a me perguntar: praticar, seguir uma religião por si só faz alguém ser diferente/melhor do que o outro? Tenho lá minhas dúvidas. O que vejo é a exploração, a banalização da religião em todos os aspectos, a maioria deles não muito dignos! 

    1. Faz diferença

      Se um candidato se propõe a decidir políticas públicas e rumos do governo com base em preceitos bíblicos, isso é deveras relevante e preocupante!

  14. É impróprio falar de religião

    É impróprio falar de religião em debate midiático político, a menos que a religião tenha se tornado um problema político. E não se pode deixar de fazê-lo, quando a prática de certas religiões assomam autoritárias e interferem em normas de cunho geral dentro de uma república laica. Torna-se necessário o debate para acentuar que a pregação de certos princípios está invadindo a liberdade de cidadãos que não professam aquela religião e não podem por ela ser perseguidos ou importunados. Se algum candidato tem dificuldade de entender isso por conta da religião que professa, então é seu comportamento firmado sobre suas convicções o que não pode de modo algum deixar de ser debatido pelos outros candidatos, a bem dos princípios republicanos, para que todos conheçam quais são as suas posições.

  15. TV: Amplifica o simples e anula o excesso

    Na Band foi tarde demais e, no SBT, muito cedo, Os nanicos aproveitam os poucos minutos para fazer o seu show. Marina tenta manter a imagem divina e foge de qualquer assunto real. Aécio diz que o Brasil parou e que o governo fracassou (demonstrando ação orquestrada com empresários e com o PIG). Dilma deveria ser mais bem orientada, pois perde chance de soltar algumas “tiradas” e respostas mais curtas e espertas. Possui tempo demais na sua propaganda gratuita para gastar estes poucos minutos de debate em falar o mesmo. Uma pausa, um sorriso maroto, uma reflexão sincera e curta, vira um barulho ensurdecedor para o telespectador. A TV é uma máquina que amplifica o silêncio e anula o excesso.

  16. Marina, a mágica.
    Conciliar

    Marina, a mágica.

    Conciliar independência do BC ( a glória do neo liberalismo ) com investimentos sociais.

    PIADA.

    Após as manifestações de junho de 2013, que começaram por causa de 0,20 centavos e se agigantaram ( com ajuda da violência da PM e do apoio da mídia monopolizada- que tem pavor do governo obrigá-la a respeitar o Parágrafo 5 Artigo 220 da Constituição Federal- conseguiu-se disseminar um veneno extraordinário na sociedade, maior que aquele construído durante o julgamento espetacular do caixa 2 petista, e hoje temos um antipetismo totalmente irracional e sem base real.

    As pessoas pouco politizadas e inocentes só querem uma coisa: fora o pt. 

    Preferem eleger qualquer um, ( poderia ser até o satanás em pessoa ).

    Não percebem a inconsistência do discurso da Marina, não percebem o oportunismo, não percebem nada.

    Estão loucas e cegas ( graças, em grande parte, à mídia ).

    O governo tinha ótimos índices de aceitação poucos meses antes dos vandalismos de junho de 2013. Não se justifica o tamanho das manifestações que houve. ( Havia um componente a mais naquela ocasião, a revolta, muito bem manipulada pela mídia, contra a Copa, e isso aditivou mais ainda o movimento ).

    Acho que a mídia vai levar essa. O eleitor, principalmente o jovem de celular na mão, não sabe nada de história, não sabe nada de política, não sabe nem quem foi o FHC e muito menos Collor e Jânio.

    O futuro do Brasil está na não da mídia monopolizada e dos iludidos.

  17. A maioria das pessoas está

    A maioria das pessoas está pouco se lixando para os programas dos partidos e de governo. Pelo que converso, pelo que tomo contato até via facebook, as pessoas ainda estão mais interessadas nos candidatos sem nem se importarem com as propostas dos partidos a que pertencem. É por isso que uma Osmarina faz tanto sucesso, inclusive porque a partidarização a descarada atuação política da mídia procura manter o eleitor ignorante sobre a importância de saber o que propõem os partidos de cada candidato. Além disso, quem disser que a mídia não pratica um anti-petismo cavalar está mentindo ou é mal intencionado mesmo. Daí que a situação atual da campanha é mais consequência da atuação do Partido da Imprensa do que dos políticos. Qualquer um com um mínimo de bom senso perceberia o que é a candidatura Osmarina a partir da observação do tipo de gente e de políticos que está tentando embarcar nesta canoa furada para o Brasil. Ontem foi a vez de agripino…

  18. Aécio nunca entrou em bola dividida

    Essa é a razão pela qual o Serra sempre se impôs ao PSDB, enquanto quis. Aécio tinha medo, preguiça ou simples desinteresse de disputar o protagonismo com Serra.

    Duvido muito que ele leve essa campanha presidencial até o fim. Se o fizer será por comodismo, pra não ter o trabalho de disputar o governo de Minas. Muito cansativo, mais de 800 municípios pra visitar! Ele prefere ir tomar cerveja no Leblon…

  19. “Não tenho nenhum problema em

    “Não tenho nenhum problema em defender abertamente a tese de que os temas religiosos deveriam ser banidos das disputas eleitorais e proibidos nos debates televisivos.”

    Acrescento que padres, pastores, diáconos, obreiros ou o que quer que seja que tenha ligação com religião, deveriam ser impedidios por lei de disputar cargos públicos, em qualquer nível.

  20. “….Ele está tão acostumado

    “….Ele está tão acostumado a ser paparicado pela imprensa simpática à sua candidatura que se tornou incapaz de superar qualquer adversidade. Pobre menino rico… Aécio será derrotado facilmente…”

     

    Ai também tão querendo muito esforço do vadio garotão. Esse neto de raposa felpuda, tal qual um outro neto, esse, do contraventor baiano acm. Qualquer dos dois que se examine a trajetória, nunca trabalharam de verdade. Sempre estiveram á disposição, ora de gabinetes dos painhos, ora, debaixo da asa do voinho. Quando mais taludinhos e de pescoço mais grosso, logo foram agraciados com presidencia e cargos públicos de relevância, que não passavam de vantajosas senecuras.

    Nâo é por menos, que o gajo “governou” Minas Gerais diretamente de Copacabana a princezinha do mar. Pelas manhãs tu és a vida a cantar…na verdade, esta parte não dava pra rapaz desfrutar. Como trabalhava à noite….

    Orlando

  21.  
    O Estado brasileiro é

     

    O Estado brasileiro é laico*. No entanto, as autoridades constituida ainda não tiveram a hombridade para fazer cumprir o respeito a este preceito Constitucional. Do contrário, não teria cabimento manter simbólos da religião Católica Apostólica Romana emoldurando o espaldar das cadeiras dos presidentes dos tres poderes da República Brasileira. Vejamos o que diz o livro da Constituição cidadã, como a batizou Ulysses Silveira Guimarães.

    No artigo 5º da Constituição Brasileira (1988) está escrito:

    “VI – é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;”

    Pelo que me consta, os locais, que na forma da lei são assegurada proteção a culto e liturgias, não são os prédios públicos, escolas e palácios dos poderes Constitucionais. 

    Orlando

    *Um Estado laico defende a liberdade religiosa a todos os seus cidadãos e não permite a interferência de correntes religiosas em matérias sociopolíticas e culturais. Além do mais, há necessidade de se respeitar a isonomia. Ou seja, que se estabaleça a justiça mediante a igualdade de direitos a todos usando os mesmos critérios.

  22. Impressões sobre o segundo debate dos presidenciáveis

    Ontem, aconteceu outro debate entre os presidenciáveis, desta vez, promovido pelo UOL, Folha e SBT. Novamente, houve a aporia de respostas que não respondem. Marina, logo no início, foi indagada por Dilma acerca da procedência dos recursos para implementar suas propostas, mas disse apenas que o orçamento poderia ser aumentado a partir da eficiência. Em outra ocasião, Aécio teria que comentar sobre violência doméstica e política pública para mulheres, porém se restringiu a mencionar a Lei Maria da Penha e escapou do tema. Esta evasão esclarece sobre a ausência de projetos referentes aos direitos das mulheres. Sobre isso, um parêntese se faz necessário: apesar de o governo Dilma estar aquém das expectativas e das demandas de nós, feministas, obteve avanços significativos, sobretudo para a população mais pobre. Cerca de 93% dos titulares do Bolsa Família são mulheres e 87% dos contratos do Minha casa, minha vida têm mulheres como signatárias, o que significa um empoderamento real e uma libertação da dependência masculina. 

    Em um dos momentos mais interessantes do debate, Luciana Genro questionou, fortemente, o discurso conciliatório de Marina, seu flerte com o programa do PSDB e seu recuo na agenda GLBT, fazendo lembrar o xeque-mate de Plínio, no debate de 2010. Marina, que parece ter escorregado e quase chamou a candidata do PSOL de “Luciene”, mobilizou, como de costume, o argumento (ou a ausência dele) da polarização, das velhas estruturas, afirmando que a esquerda é tão dogmática, quanto a direita. Neste sentido, apresenta a si mesma como a promessa da neutralidade: “nem de direita, nem de esquerda”. Sabemos, porém, que definições são necessárias quando direitos estão em disputa. Ademais, qual a concretude e a factibilidade do intento de Marina de articular uma política econômica talvez mais liberal que a de FHC com a política social de Lula?

    Dilma, a princípio, também tergiversou, todavia, cresceu, ao longo do debate. Em especial, ao rebater a fala de Marina sobre seu intuito de selecionar os bons de cada lado, Dilma disse que quem escolhe os bons é o povo, por eleição direta. Pairar sobre a política, subestimar a organização partidária, o corte ideológico e a escolha direta dos representantes são gestos que somente esvaziam a política, em nome do convencimento de um eleitorado desacreditado. Esta postura de Marina pode ser traduzida em uma de suas frases, nas considerações finais, quando assegurou “estar aberta ao diálogo e não ficar fazendo apenas o embate político”. Ora, política é, exatamente, embate e confronto de perspectivas e formas de ação.

    Aécio, esquecido e menos expressivo que Eduardo Jorge e Levy Fidelix, foi desbancado por uma Dilma bastante “bolada”, que contestou a memória do mineiro sobre os investimentos do governo federal em obras de mobilidade urbana e na criação de vagas em presídios em Minas Gerais.

    Se Dilma seguir fazendo mais política, guiando-se menos pelos roteiros publicitários, terá a oportunidade de mostrar que, não obstante os vícios e as fragilidades de seu governo, a aposta na inclusão é a sua marca. Uma inclusão não limitada à entrada no mundo do consumo, como sustentam alguns críticos, mas direcionada à renda básica, ao emprego, ao atendimento médico e à educação (quem irá negar a expansão da universidade pública federal e do ensino técnico?). Se Dilma se soltar das amarras dos marqueteiros, pode até gaguejar, mas o melhor projeto político não se define pela eloquência do discurso.
     

  23. Parabéns!

    Enfim alguém que entende os anacolutos de Dilma!

    Se for para banir dogmas religiosos dos debates, que sejam banidos dogmas morais como união gay e aborto.

  24. acho que dilma levou vantagem

    acho que dilma levou vantagem no debate porque os outros andidatos pareciam todos de partidos nanicos,

    com porpostas estapafúrdias sem noção com a realidade nua e crua da política brasileira.

    aliás uma contradição de marina é exatamente essa.

    a nova política dela trombará necessariamente com a velha política brasileira, queira ou não queira o espírito messianico dela.

    como ela entrou num partido pequeno que ja dividiu, não houve tempo para que  seu nome tivesse lagumas ligações estaduais, com  a realidade local.

    percebe-se nos estados que os programas  são todos mais velhos do que eleições de prefeito.

    então os deputados a serem eleitos não terão nada a ver com marina.

    como ela articulará com essa gente?

     

    melhor nem pensar…. 

    melhor que dilma ganhe ntes que eu funda a cuca.

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