Pela não instrumentalização da homofobia na política

Não é de hoje que percebo o desalento de meus amigos aecistas e dilmistas com meu voto para Marina num eventual 2º turno.

De fato não pegou nada bem o recuo dela em 3 pontos do programa. Irritou-me na hora também.

Mas meus amigos estão decepcionados por eu não ter mudado o voto para um candidato da cômoda ordem polarizadora PT X PSDB.

Só que, no caso, se trata de 3 pontos que não são defendidos nem por Dilma nem por Aécio. Nunca foram e também não estão sendo defendidos agora.

Assim, na pior das hipóteses, nivelou por baixo. E acho crível que o recuo tenha se devido à afoiteza de mostrar um programa antes defendido por Campos (que era minha preferência declarada desde começo de 2013.)

E Marina, caso eleita, será tão constantemente patrulhada pelas mídias e classe médias que certamente não moverá um dedo contra o Estado Laico. 

Podemos dizer o mesmo dos candidatos apoiados pela ordem?

Malafaia é um oportunista barato (mas atento) e nem aecistas nem dilmistas podem negar o quanto foi cortejado no passado por Serra e Lindberg. 

Ainda bem que Fidélix é católico (como Aécio e Dilma), pois, se evangélico fosse quem tivesse falado tantas asneiras no debate de domingo 28/09, aecistas e dilmistas estariam hoje em polvorosa povoando a internet de preconceito contra evangélicos, buscando associar a homofobia em público às doutrinas evangélicas.

Forninhos caíram e você não me avisou, amor.

Vamos lembrar que Bispo Tutu e Obama são protestantes. Obama inclusive é filho e enteado de muçulmanos. E que Papa Francisco é o mais inclusivo dos papas.

E que Bolsonaro é católico, o governista Magno Malta não é Assembleia de Deus e que Putin é cristão ortodoxo.

Então, em qualquer crença ou não crença tem gente que fala idiotices homofóbicas e gente com bom senso.

E as campanhas “não vote em evangélico” são tão preconceituosas como “não vote em LGBTs” ou “não vote em ateus”.

Seria muito bom se os candidatos do G3 repudiassem a fala de Fidélix, como Luciana Genro e Eduardo Jorge já o fizeram.

Mas porque eu não acho grandes coisas a sinceridade dos meus amigos…

A realidade é que há muito “falso simpatizante” de direitos civis LGBT nos meios tucano e governista.

Toda a turma, por exemplo, que me critica hoje por ser marineiro, que “curtiu” o recuo de Marina no programa, mas que se CALOU completamente quando:

– (agosto/2010) Serra gravou YouTube declarando que iria vetar o PLC 122/06

– (março/2011) Gleisi declarou-se contra o PLC 122/06

– (maio/2011) Dilma cancelou o kit antihomofobia (elogiado uma semana antes por seu ministro da Educação)

– (setembro/2012) Serra ironizou o mesmo kit antihomofobia (no que foi muito elogiado por Malafaia.) [menção honrosa para a jornalista Monica Bergamo que fez matéria a respeito]

– (março/2013) Padilha recolheu, no que foi elogiado por Feliciano (indicado logo após para a CDHM), a cartilha de orientação sexual do Min. da Saúde (projeto de Temporão, hoje PSB)

– (abril/2013) Jacques Wagner declarou desejar, após Feliciano ser guindado à CDHM, o apoio do PSC em 2014

– (maio/2013) Agnelo revogou, a pedido de um deputado distrital, a lei antihomofobia do DF, projeto de Rollemberg (PSB) 

– (nov./2013) Idely pediu para os senadores governistas engavetarem pela segunda vez (a outra foi em nov./2009 pra quem quiser lembrar do presidente em exercício) o PLC 122. Apenas 4 de 12 senadores do PT apoiaram o projeto, com vistas a não prejudicar o tempo de TV de PP/PR/PRB usado agora para “desconstruir” Marina. O PT é a favor da criminalização da homofobia apenas através do apensamento ao Código Penal, mas isso Aécio e Marina também não são contra

– Nenhum dos senadores do PSDB foi a favor também. E o vice de Aécio (Aloysio Nunes) foi um dos que votou contra. Em contrapartida, 3 dos 4 senadores do PSB votaram a favor. E os senadores únicos de PSoL e PV também. E Beto Albuquerque é conhecido como simpatizante

– (maio/2014) Lindberg posou em cultos ao lado de Malafaia (o que deixou de fazer ao receber o apoio de Romário-PSB)

– (junho/2014) O Min. da Saúde, a pedido de Eduardo Cunha, revogou a portaria do SUS sobre aborto legal

– (setembro/2014) Dilma recuou da promessa de pôr a criminalização da homofobia em programa (algo prometido para 20-set e que não foi cumprido.)

Gostaria mesmo de ter visto em posts e artigos nos últimos anos os comentários desses “simpatizantes de ocasião” que andaram surgindo nas redes sociais.

Mas nem a blogosfera nem a mídia comentaram muito nesses anos, não é mesmo? Aliás, o papel da blogosfera em relação aos recuos do governo (e à homofobia no mundo supostamente “antiamericano”) beirou sempre o patético. [exceção honrosa e percebida para Cynara Menezes, que abordou algumas vezes o assunto ano passado, inclusive com críticas ao governo federal.]

Foram presidentes (do PT) colocados nas comissões de Constituição e Justiça, Família e Seguridade Social e atualmente também em Direitos Humanos e Minorias, que em 4 anos não colocaram um único e sequer projeto de interesse LGBT em votação. Total “engavetation”, mas nenhum defensor de Reforma Política toca nisso.

Em total cumplicidade com a homofobia rampante no país.

Enfim, o desempenho recente do PT e PSDB (com a exceção possível de Alckmin, que, em março/2012, antes de Obama, declarou-se favorável ao Casamento Igualitário) na questão LGBT não é das melhores. Certamente não foi melhor que o do PSB, que tem em Lídice (candidata na Bahia) uma das melhores defensoras.

Eu ainda prefiro Marina. Menos escorregadia na questão de direitos civis de LGBTs. O que certamente não é o ideal. Mas não foi ela quem começou esse joguinho.

E Marina, entre outras coisas, não é favor do “embromation” nas Comissões do Congresso (o PSB só tem presidência de uma comissão) e fala melhor a respeito de Povos Indígenas, Gestão Pública, Meio Ambiente e Política Externa.

Se Marina não é melhor que Eduardo Jorge, paciência.

Mas é o que a gente tem pra hoje. Ou pra 26-out.

Redação

78 Comentários

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  1. A palhaçada dos “ativistas” não tem limites

         Depois de encher o saco de todo mundo aqui justamente ensinando a “instrumentalização da homofobia na politica” agora decreta que não pode mais no momento em que isso se vira contra sua candidata, mas no mesmo post ainda usa essa mesma artemanha contra os leitores do blog.

    como diria o filósofo JOEL

    TU TA DE BRINCATION UITE ME BROW ?

  2. Gunter,

    Engano seu, prezado Gunter. Pelo que conheço do PT, Dilma fará um governo bem melhor do que o primeiro, certamente. Terá aprendido com seus erros e os de sua equipe. Aliás, você deve ter notado que as posições dela já melhoraram, enquanto as de Marina vão de mal a pior, pela pusilanimidade que já demonstra, inclusive quanto a esse recuo vergonhoso do programa de governo, mudado de um dia pro outro, por oportunismo de quem nem chegou ao governo e já vendeu ao alma a Deus e ao Diabo na Terra do Sol. Quanto ao outro candidato In-Fidelix, e sua indignidade de ontem, veja isso, relativo ao seu acionamento pela OAB:  “O deputado Renato Simões (PT-SP) também acionou o candidato. A primeira representação foi feita à Procuradoria Regional Eleitoral do Ministério Público Federal, instituição cujo procurador-geral, Rodrigo Janot, recentemente se pronunciou pela adoção do crime de discriminação previsto na legislação contra o racismo para embasar processos por homofobia.”

    http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/oab-quer-cassar-candidatura-de-fidelix-por-homofobia.html

    1. Essa é uma hipótese, um diagnóstico

      Nós nunca teremos certeza, Jair, sobre quem teria feito melhor governo porque a experiência simultânea é impossível.

      A possibilidade de escolha para o período 2015-2018 é dada apenas uma vez.

      Agora, se Dilma ganhar e fizer um governo melhor (em alguns assuntos foi um desastre no governo em curso), será elogiada. Mas as posições terem melhorado um tiquinho vis-a-vis o passado não me animam em nada.

      (E nem é mais o problema: tem meioambiente, indígenas, gestão da economia e o sem número de declarações em política internacional que também não me agradam, embora agradem a seus apoiadores.)

      Se Marina ganhar e fizer um governo ruim, será criticada.

      E vice-versas.

      Aliás, já passei pela experiência, tanto que votei em Dilma em outubro/2010 mas passei à oposição em 26/05/2011.

      E acho que o Brasil merece um 2º turno para que as candidatas realmente se exponham e a população as conheça.

      Porque até aqui foi só propaganda.

      E o PT não disfarça o receio de que haja dois turnos.

       

      1. Eu tenho certeza das

        Eu tenho certeza das consequências nefastas de um Banco Central comandado pela Neca do Itaú(“independente”, no jargão marinês).

        Mas daí, eu não comprei meu diploma de economia, como uns e outros.

      2. Claro que temo um segundo turno

        E você não é ingênuo para saber que os reaças do PASB já anuciaram que estarão todos de mãos dadas com a Marina. O que me espanta é que você sabendo disto, com toda a equipe econômica da Marina sendo a mesma do PSDB, com tudo que fizeram na década de 90, ainda acreditar nela como uma nova política. Ou então você sempre foi PSDB, apoiou as privatizações, a falta de políticas públicas de investimento e sociais e apoia mesmo o neoliberalismo. Aí tu mente quando disse que já votou no PT. 

  3. Espero não ser mal interpretada.

    Me questiono por que, aqui, se discute “acirradamente” como um único problema neste país: as questões LGBT.

     

      1. Não é só pra se divertir… É

        Não é só pra se divertir… É pra acirrar o debate. E o Gunter tem razão, pois tal dialética é mesmo necessária. O preconceito é grande não só entre direitistas, como esse In-Fidelix e os In-Felicianos da vida etc. O problema é muita gente achar que há uma única verdade nuns comentários  de redes sociais, e seguidores cegos acreditarem em algo que leem como a verdade absoluta, etc. Mas nem tudo se reduz à redes ditas sociais, graças! Citando um escritor peruano, El mundo es ancho y ajeno…

        1. Não é verdade, Gunter crítica

          Não é verdade, Gunter crítica a esquerda que tentou promover campanhas de tolerância e os direitos LGBT(como o caso do kit gay, citado em seu artigo), mas acabou recuando diante da oposição virulenta da direita.

          Até aí tudo bem, todo mundo demonstra certa insatisfação com a covardia do PT em levar adiante certas bandeiras progressistas.

          Mas o que faz Gunter?Ele crítica e depois declara voto na candidata da direita mais intimamente ligada a esses grupos recionários, como o tal Malafaia.

          Aí já é incorente demais para se considerar uma posição em boa-fé.

      2. Infeliz/ nao. Ele fechou o cérebro dele p/ raciocinar sobre isso

        Ele se engajou tanto nessa hipótese maluca (de que com a fundamentalista Marina a situaçao seria melhor para os homossexuais) que agora pôs antolhos, nao há nada que o faça ver o contrário. Além disso, o conheço há bastante tempo, é uma característica dele, quando nao quer ver algo, nem esfregando na cara dele ele vê. E nao é por má-fé, é escotoma mesmo. 

  4. Gunter apresenta uma falácia

    Gunter apresenta uma falácia como argumento e que seria o seguinte Marina errou ao retroceder, mas como os outros não tocam no assunto então todos são iguais. Peraí, ninguém é obrigado a prometer nem dizer nada, mas tendo dito não pode desdizer assim tão facilmente. Então todos são iguais em não defender tal assunto mas somente uma disse e desdisse, como se pode confiar em uma pessoa assim que já como candidata não faz como se diz aqui em Minas: Não firma o taco. Logo, Marina é muito pior que os outros. OUtro assunto é que questões LGBT sejam mais importantes para todos que EMPREGO E RENDA. Marina em seu programa, falas e também de seus assessores acenam para mais da mesma política neo liberal, de estado mínimo, política mínima, salário o mínimo do mínimo, emprego o mínimo que não gere inflação e os juros do BC no Máximo, e a máxima sintonia com o mercado e os MELHORES. Me poupe de passar a mão no cabelo na menina dos olhos do Gunter. Marina você se pintou, Marina você faça tudo mas faça o favor. Marina você tucanou!!

  5. Que comodismo….

     

    A grande verdade inserida neste texto enorme, é que pela primeira vez em muitos anos, votar no Pt ficou muito cômodo, porque ora bolas, não há a menor , mais a menor chance de comparação entre as realizações, os programas e as capacidades dos candidatos.

    Ainda se tivéssemos, sei lá, um Ciro Gomes na parada, no primeiro turno dava pra dar uma arriscada.

    O autor parece achar que os eleitores tem o voto definido e pronto para determinado partido.

    Gunter, as pessoas sentem , vêem, e vivem emprego, renda, satisfação pessoal, etc…e tem lembranças e referências do que era o passado.

    Na verdade eu acho que o Gunter está dando um trote em todo mundo,pois fez uma aposta com alguém dizendo que agüentaria o tranco aqui no Nassif só para provocar o debateabrindo o voto para a Marina.

    Só pode ser isso.

    Pois como alguém com sensibilidade para com o próximo pode querer resolver uma questão específica, e ao mesmo tempo, acabar com o país…? Educação, emprego, saúde, milhões de vidas em jogo, e trocadas pelo que, mesmo…?

    Só dá para desdenhar. Não levar a sério.

    Mas fique tranquilo Gunter, que suas demandas serão atendidas, mais cedo ou mais tarde. O importante agora é manter a direção certa. Neste caminho as coisas se resolvem.

    Em outros, só acreditando em milagres.

     

     

  6. marina

    Gunter

    gosto da sua argumentação.

    Não consigo engolir é candidata do Itaú

    E o conceito pouco claro de desinvestimento que polulam os discursos ambientalistas

    acho tudo isto muito solto

    Sei que vc vai dizer que capital acaba no financeiro que é internacional e pouco importa o presidente do Brasil…

    mas para nós será ? dá pra enfiar tudo neste funil ?

    1. A questão, Alexandre

      é que eu não vejo problemas em Marina receber doações do Itaú se os outros candidatos recebem mais doações ainda de bancos.

      Nem vejo problemas na Neca, educadora, ser coordenadora de programa.

       

      E eu não vou dizer que “capital acaba no financeiro que é internacional” porque não entendi essa frase.

      Mas eu sou social-liberal em economia.

      1. Eu por gostar muito de Gunter, fico sem jeito de contestá-lo

        É o tipo de pessoa que deixa a gente meio com dó de contestar, e até gostaria que ele(Gunter) tivesse razão e que sua candidata fosse de fato muito boa e mais avançada que Dilma mas sinto muito, não é o que dizem os fatos, me desculpe Gunter mas, mais do que educadora, Neca é uma banqueira prá lá de esperta, e grande abraço meu amigo.

        Sobre comentários e relações de apreço:

        Participo de um grupo de 50 membros no WhatsApp, todos familiares, sobrinhos, crianças, primos, irmãos e irmãs. Quando comentamos nas redes sociais geralmente não conhecemos o outro e por isso não nos preocupamos muito com a repercussão, o eco de nossos comentários no outro. Não é o caso quando participamos de grupos onde existem relações afetivas e de apreço entre as pessoas, como ocorre aqui no GGN, o que nos deixa preocupados quanto a repercussão de nossas respostas no outro. É a mesma sensação que sinto por participar do grupo familiar no WhatsApp.

        Uma revelação de sonho

        Talvez por isso nesta noite tenha tido a seguinte revelação de sonho: Um jovem sobrinho assim meio diferente comigo por causa de uma resposta que tive que lhe dar num comentário no tal grupo. Acho que peguei pensado, fiquei pensado sobre isso e sonhei, ao fechar os olhos para ver, vi: Ele era tão parecido com meu irmão! Eu deveria ter pegado mais leve. Ele era tão jovem e, como qualquer um de nós, aprendendo!  Estava eu ali diante de um jovem filho de um irmão que quer participar, opinar, aprender. Noto que o que ele posta são coisas que saem na Veja, Globo..,,gente como Constantino…Como lidar com isso?  É cada post que vc vê no grupo no whatsApp, postaram o video do Fidelis, achei aquilo tão danoso à formação dos jovens que participam daquele grupo no WhatsApp, eu deveria ao menos ter informado que a OAB e outros partidos e candidatos e a até a PGR pediram ou devem pedir a impugnação do candidato. Não respondi. Deixei passar batido.

        Ficar em silêncio

        Ou será que devo responder tudo por lá. Talvez. Vou tentar. Estou vivendo este dilema, espero solucionar isso logo logo, se isto for possível. Ainda nãos sei como. Uma coisa é certa: Romper com laços afetivos e de amizade que me fazem bem, nem pensar. Por outro lado, se não nos manifestarmos, aquela linha de governo que abominamos poderá sair vitoriosa. Parece que ainda estamos na Idade da Pedra Lascada,..,,..depois vejo pq..,…que história é essa de debate truncado..,…preciso resolver isso, nem que seja entre 4 paredes: Para o médico desta cidade-estado que, enquanto Poder Curador, trará o que penso a esta juventude,…talvez ele me entendam através de um personagem, um heterônimo qualquer,…alguém que não seja eu.,,,..sei lá…

        INSTITUTO DE MARINA LEVOU R$ 6,8 MI DE NECA E LEAL

        :

         

        Acionistas do Itaú e da Natura, Neca Setubal e Guilherme Leal bancaram praticamente todos os custos do Instituto Democracia e Sustentabilidade, criado por Marina Silva; ambos deram R$ 6,8 milhões, em cotas idênticas de R$ 3,4 milhões, dos R$ 7 milhões arrecadados pela entidade desde 2010; revelação foi feita pela ex-secretária-executiva da ONG, Alexandra Reschke, ao jornalista Thiago Herdy, do jornal O Globo; tanto o Itaú quanto a Natura foram multados pela Receita Federal durante o governo Dilma; o banco em R$ 18,7 bilhões e a produtora de cosméticos em R$ 628 milhões; Neca, que fala em nome da candidata sobre temas como a independência do Banco Central, também doou mais R$ 1 milhão para outra entidade criada pela ex-senadora, o Instituto Marina Silva

         

        30 DE SETEMBRO DE 2014 ÀS 05:41

         m247 – Dos R$ 7 milhões arrecadados desde 2010 pelo Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS), uma das ONGs de Marina Silva, 97,1% vieram de dois empresários que têm participação ativa em sua campanha: Neca Setubal, a herdeira do Itaú que coordena o seu programa de governo, e Guilherme Leal, um dos sócios da fabricante de cosméticos Natura. Cada um contribuiu com cerca de R$ 3,4 milhões, segundo a ex-secretária-executiva da entidade, Alexandra Reschke.

        A revelação foi feita por ela ao jornalista Thiago Herdy, do jornal O Globo, e publicada nesta terça-feira pelo jornal. Procurado pelo jornal, Leal confirmou ter feito a doação de R$ 3,4 milhões. Neca, que concedeu entrevistas falando em nome da candidata do PSB e defendendo temas como a independência do Banco Central, confirmou a doação, mas não o valor.

        A doação de Neca não se restringe ao IDS. Ela também bancou 83% dos custos de outra ONG da candidata do PSB, o Instituto Marina Silva, com uma doação de R$ 1 milhão em 2013 (leia mais aqui).

        Na entrevista ao Globo, Guilherme Leal afirmou que “ideais debatidas e consensuadas no IDS são convergentes com o ideário de Marina”. Neca Setubal, por sua vez, já foi presidente da entidade, que a tem como uma das principais mantenedoras.

        Durante o governo da presidente Dilma, tanto o Itaú quanto a Natura foram autuados pela Receita Federal por suposta sonegação de impostos. O banco, em R$ 18,7 bilhões, pelos efeitos da incorporação do Unibanco. A fabricante de cosméticos, em R$ 628 milhões.

         

         

         

        1. Bhagavad Gita

          Prezado IV Avatar,

          Muito aprendo contigo aqui e é uma honra poder sugerir a vc uma leitura tradicional da cultura hindu que talvez ajude-o a equilibrar esta dicotomia entre afeto e convicções—se é que já não a conhece: o sublime diálogo do Avatara Krishna com seu discípulo Arjuna. A questão toda do Arjuna, que permeia todo o livro, de grande profundidade, é justamente esta. Boa leitura!

      2. confiança

        o problema é que vejo marina para lá de liberal

        e eu desconfio dos conceitos de green peace wwf que vem com toda essa sustentabilidade

        ela nnão passa segurança nesse discurso atrapalhado.

        desculpe não fui claro no comentário acabei supondo coversas anteriores. 

        ]quando vc comentava que havia pouco o que fazer quanto a grandes massas do capital que eram independentes de quem fosse o presidente.Enfim mas isto é uma coisa; outra é o que como fazer  por exemplo com o “conteúdo nacional” Como enfrentar o lobby do carbono sem exigir a contrapartida falando em “parar” o desenvolvimento por aqui como já disse o lara resende. Não dá para ficar no sonho só, tem que indicar como vai chegar lá a partir desta realidade que se vive . Acho tudo muito nas nuvens ….mesmo.Se não desenvolvo faço o que? uso camisinha ? para levar na brincadeira malthusiana….vida alternativa ? legalizo a maconha ? acredito em deus ?

         

         

        1. Ela defendeu 1 acordo q colocava hidrelétricas como nao renováve

          Pode? É maluquice, né? O Brasil já é o segundo páis que mais investe em eólicas, mas achar que um país continental como esse pode gerar energia só com solar e eólica é ter cabeça de camarao. (Fonte da informaçao: Ciro Gomes, numa entrevista anterior às eleiçoes de agora)

      3. O exercício na desfaçatez é

        O exercício na desfaçatez é impressionante, Gunter deveria abrir um cursinho de desonestidade intelectual.

        O problema não é a Neca do Itaú fazer doações e sustentar a Marina, mas, em trocsa, receber a “independência” do Banco Central(ou “Banco da Neca”, como seria em um felizmente improvável governo Marina).

      4. Agora entendi.

        O cara só é preocupado quando são as minorias sexuais. Para as minorias sociais ele, provavelmente bem nascido e com uma educação Casa Grande e Senzala, toma Johny Walker e come Activia. É um tucanão bravo mesmo. Eu ao contrário ponho as mazelas e misérias sociais na minha ordem de prioridades que as sexuais. Alias povo educado e com justiça social avança muito mais nestes critérios do quando separados em castas sociasi extremas, onde a violência e extremismo se alastra. Veja o crescimento destas igrejas neopentecostais no Brasil e seu ódio se alastrando. Nos paises europeus, principalmente do norte da europa, onde a justiça social é a preocupação máxima, a preocupação com a opção sexual do cidadão é coisa particular e aceita por todos naturalmente

  7. “Voto na minha causa…

    E que se exploda o país.”

     

    É assim que vejo a declaração de voto do Gunter,.

    “Candidatos apoiados pela Ordem.”??? Tá de brincadeira. Só pode ser.

    1. Infelizmente não é de hoje

      Infelizmente não é de hoje que o Gunter deixa transparcer esse vies de “Meu pirão primeiro”. Isso aponta que o que ele faz ´exatamente a mesma coisa que todos os grupos que compõem a sociedade fazem: primeiro o meu, depois…

        1. A questao tem cheiro, gosto,

          A questao tem cheiro, gosto, e forma  de meu pirao primeiro SIM, Gunter.  Jah externei a voce que abomino a homofobia, mas voce deixou sinais claros da sua Cruzada gerada pela magoa causada pelo caso do tal “Kit Gay” (nome esdruxulo por sinal).

          Decpecao de verdade nao foi ver voce deixar de ser apoiador do PT, mas sim pelo enredo que se sucedeu depois. Por exemplo, ficou clara a sua magoa com o PT, oK, Tambem ficou claro sua magoa com “militantes” petistas homofobicos, o que tambem me deixou decpecionado, pois acho que isso nao deveria ser coisa de militante petista de verdade.

          O problema eh deixar de apoiar o PT por isso e debandar para um lado que NAO faz diferente, ou mesmo depois de inumeras e inumeras demonstracoes da sua atuao opcao vc ainda nao considere esses atos tao ou mais graves do que aqueles que levou a sua magoa contra o PT? Sair atirando eh expediente comum, mas sair atirando e ir para um lugar onde o expediente tem cor e cheiro de ser pior ainda eh sim parecido com uma CRUZADA.

          Olha, realmente tem respeito por voce e ateh certa admiracao por ser, muita vezes, vidraca aqui nesse espaco. Mas nao espera que entenamos que a sua atual opcao eh melhor do que o PT nos direitos legitimos que vc defende. Um ponto que estressa ainda mais o aspecto de Cruzada dos seus posts eh a sua guinada contra a politica externa brasileira justamente pelo estreitamento dos lacos do Brasil com o homofobico Putin. Essa de dizer que o PT eh antiamericano nao cola. A sua otica estah mais voltada para criticar o Brasil por fazer aliancas comercias com um homfobico do que olhar para os beneficios independentes do Putin ser um FDP em termos de direitos das minorias (isso eu concordo plenamente).

          Mas a alianca com a Russia traz diversos dividendos economicos para o Brasil e nao podemos considerar errada soh porque o rapaz de Moscou tem um que de Levy Fidelix. Por isso que falo do tal “meu pirao primeiro”. Isso eh similar ao que ocorre com os criticos do tal Porto de Mariel. Colocando a ideologia anticomunista na frente dos beneficos comercias ao Brasil.

          Repito, realmente tem admiracao por voce, mas o que decpeciona eh que mesmo vc tendo o seu tapete puxado pela moca lah do Acre (Diogo Costa) mesmo antes das eleicoes, vc insite na ideia de que ela eh melhor do que o PT nesse ponto. Tudo isso leva a um ceneraio sim de lutas pelos meu direitos, o que eh legitimo, mas para por ai…eh o tal do “pirao”.

          1. Vc menciona uma questão sobre

            Vc menciona uma questão sobre a qual não há “embromation” na fala da Marina nem na do pessoal  de seu staff, ligado a Eduardo Campos: Política Externa. Eis a grande causa, o grande pirão. Outros temas são acessórios.  Dai,  o devagar com a champagne.

          2. Nessa questão do pirão, é

            Nessa questão do pirão, é óbvio que minorias devem sim defender seus direitos(e não vejo Marina Malafaia como a melhor opção para o movimento LGBT), mas, na minha opinião, o candidato que apresenta o programa de governo mais nocivo é justamente a Marina Silva, que, mesmo se defendesse os direitos de minorias(o que não faz), ainda assim isso não justificaria o voto nela.

            O programa de Marina é um projeto de desmonte do Estado brasileiro e sua entrega(incluindo seus recursos naturais)a interesses estrangeiros. Ponto final, basta ver a lista de suas propostas:

            1) Banco Central independente(ou seja, política monetária sob os cuidados do setor financeiro, o que todos sabem o que significa. Dada a importância da política monetária na economia do país – controla juros, política cambial, etc. – a Dilma foi muito feliz quando falou na formação de um Quarto Poder, comandando pelas elites financistas e não sujeitas ao escrutínio eleitoral);

            2) Fragmentação da forças políticas: esse é o significado da Nova Política, que consiste na negação da política, nos moldes das campanhas de desestabilização que os EUA promovem mundo afora.

            3) Entrega dos recursos naturais aos estrangeiros: essa é a plataforma ambientalista da Marina, que, em suas enrolações sem-vergonha, adota as teses de “crescimento zero” defendidas desde a década de 60 pelos países desenvolvidos.

            Assim, o programa de Marina é bem claro em suas intenções: desmontar o Estado brasileiro, incapacitando-o para reagir aos desafios do mundo contemporâneo; desmobilização e desarticulação das forças políticas, tornando o país uma espécie de Líbia; entrega de sua economia para o grande capital financeiro, nacional e internacional; entrega dos recursos naturais para esses mesmos grupos financeiros.

            Nenhuma causa LGBT(que, repito, Marina não defende)justifica esse projeto de saque e destruição do país.

  8. Resumindo…

    Entre o certo e o incerto, o Gunter opta por quem tem, pelo menos, o benefício da dúvida.

    Me parece a escolha mais correta.

    O que poderia fazer Marina para piorar a situação LGBT ? 

    Propor leis que criminalizassem os gays ?

    Propor leis que incentivassem a homofobia ?

    Acho que nao há mais espaço para isso.

    Ou, ela poderia, simplesmentente, fazer absolutamente nada. Mas isso com Dilma já quase uma certeza.

    Diante das dificuldades que se avizinham no próximo mandato na área econômica,a última coisa que  o PT e demais conselheiros permitiriam a Dilma seria abrir uma frente de luta com as forças reacionárias para beneficiar aquilo que o seu silêncio e inação a já deixaram bem claro tratar-se, para ela, de uma pequena parcela da população que não decide eleições, que não aumenta seus índices de popularidade e que, principalmente, não ajuda a elevar as taxas de crescimento do PIB.

    Colocando-me no seu lugar Guinter, faria esta mesma aposta.

     

     

  9. Não existe “bancada das

    Não existe “bancada das minorias”, mas há uma enorme bancada evangélica de fato.

    Quando o PT optou por priorizar outras comissões na Câmara nenhum partido progressista, incluindo o PSB, se dignou a ocupar a vaga nem no primeiro e nem no segundo ano. Preferiram deixar par ao Feliciano e no ano seguinte insisitr para que o PT a retomasse, como se não houvesse outro partido digno de ocupar essa posição. Hipocrisia maior eu desconheço.

    Quando não se é governo pode-se dar ao luxo de exigir tudo como se fosse possível preceder a mobilização. É assim com o PSOL que reclama que o PT não rompeu com os banqueiros; com o PSTU que cobra do PT a revolução socialista; com os humanistas que querem ver intervenção federal em estados que desrespeitem direitos humanos; com os verdes que querem desmatamento zero (apesar de 10 anos de quedas sucessivas e revelevantes)…

    Lula e Dilma bancaram uma política social forte, distribuição de renda, combate à miséria, integração sul-sul, igualdade de oportunidades… mas entregaram mesmo alguns anéis para não perder os dedos. A bancada do PT é quem propôs a PLC122, mas assim como a Reforma Política, depende da organização social mais do que a vontade da presidência sua efetivação. 

    O Marco Civil da Internet só se tornou realidade porque a sociedade se uniu a seu favor tanto quanto a vontade da presidência em apróva-lo. Já a Norma da Participação Popular deve ser enterrada se só a presidência quiser sua aprovação.

    Achei uma das coisas mais curiosas que depois do recuo da Marina, Dilma tenha conseguido apresentar o combate contra homofobia como programa de governo sem ser atacada pelos religiosos. Pelo contrário, isso não impediu que tivesse o apoio de suas lideranças.

  10. As desigualdades desfavorecem os direitos civis

    São ainda modestos, tudo bem,  mas nítidos os avanços dos governos do PT no campo daquela que é a prioridade das prioridades do país em minha opinião: a redução das desigualdades. E a experiência internacional deixa nítido que a superação das desigualdades materiais e de direitos sociais impulsiona decisivamente – através do distensionamento do ambiente social e da elevação do acesso à informação e à cultura – a redução de preconceitos e os avanços nas liberdades individuais.

    Se a “opção Marina” acenasse com políticas de desenvolvimento com inclusão social e equilíbrio ambiental de perspectivas superiores – ou mesmo equivalentes – às do campo lulodilmista, porém com maior abertura para as liberdades individuais em geral (como a de orientação sexual), ao meu ver se caracterizaria como alternativa de voto atraente nestas eleições. 

    Porém, considerando o perfil conservador da candidatura de Marina em termos econômicos (subordinação de políticas sociais e investimentos indutores ao dogma neoliberal do superavit primário) e ambientais (modelo neoclássico de atribuição de valores monetários e direitos de propriedade aos bens naturais coletivos para viabilização de mecanismos “de mercado” de gestão ambiental), vejo com pessimismo qualquer possibilidade de que um eventual governo do PSB escape tanto de políticas “de austeridade” recessivas e socialmente desastrosas quanto de equívocos em políticas ambientais excessivamente suscetíveis às assimetrias de poder econômico entre os atores econômicos e sociais.

    Mesmo na perspectiva específica dos direitos civis de LGBTs, na ausência de diferença significativa entre os discursos e alianças das candidaturas Dilma e Marina me parece claro que a resultante desenvolvimentista e socialmente progressista do campo liderado pelo PT antecipa maiores e mais consistentes avanços do que os descortinados pela “hipótese Marina”. A continuidade na construção de um Estado de bem estar social livre de retrocessos conservadores, mais provável caso a candidatura Dilma prevaleça, é caminho mais claro para a ampliação dos direitos civis do que a trajetória até agora sugerida pela frágil e economicamente conservadora composição política que sustenta Marina.

     

    1. Concordo. nem ser petista,

      Concordo. nem ser petista, nem liberal, nem o diabo a quatro. O que eh pre-condicao para ter bom senso eh a busca pela reducao da desigualdade mesmo com todo o conservadorismo embarrerando. O resto…eh resto.

  11. Incrível Hulk: Marina não!

    Autor: Miguel do Rosário, em O Cafezinho

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    Foi um dia engraçado.

    Marina abriu sua campanha nesta segunda-feira ostentando o apoio do ator norte-americano Mark Rufallo, famoso por interpretar o Incrível Hulk, um filme do qual sou fã.

    Ele defende Marina em inglês californiano.

    Entretanto, horas depois, Ruffalo, alertado por seus amigos da furada em que tinha se metido, apoiando uma neoliberal de intenções obscuras, alianças reacionárias, e que recuou no apoio ao casamento gay, divulga um comunicado voltando atrás.

    Ruffalo NÃO vota nem apoia nem chancela Marina Silva.

    Em linguagem política contemporânea, poderíamos dizer que Ruffalo “marinou”.

    Só que a gente o perdoa, porque ele não tem pretensão de ser presidente da república de um país com 201 milhões de habitantes.

    O ator foi enganado, assim como milhões de brasileiros, achando que Marina era progressista.

    Não é.

    Marina é a direita de Pastor Malafaia, Marcos Feliciano e Paulo Bornhausen.

    Marina é o Itaú.

     

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    E outras conexões mais sinistras que talvez ela tenha ido visitar, na última sexta-feira, em Washington DC, USA.

     

     

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    Tradução do texto de Ruffalo:

    Olá a todos,

    Chegou ao meu conhecimento que Marina Silva, candidata a presidente do Brasil, seria contra o casamento gay. Isso me colocaria em conflito direto com ela. Como vocês sabem , eu luto pelo casamento igualitário no meu país e encaro isso como um reflexo da qualidade do candidato. Eu não sabia que esse era o posicionamento dela quando fiz o vídeo apoiando sua candidatura. Eu tinha visto apenas o debate em que Marina falava que apoiava o casamento gay e só soube posteriormente que seu partido retirou seu apoio à causa. Eu não posso, com consciência, apoiar uma candidata que tenha uma visão de extrema direita em assuntos como o casamento gay e direitos reprodutivos, mesmo se essa candidata está disposta a fazer a coisa certa na causa ambiental.

    Eu não sou expert em política brasileira, mas eu posso dizer que os direitos das mulheres, os direitos LGBTQ+ e os direitos ambientais são todos parte de um tipo de visão de mundo com o qual eu me identifico. Ter uma visão de mundo que não inclui essas três posições torna impossível que eu endosse qualquer candidato.

    Eu tenho de me desculpar por não ter feito um trabalho melhor ao embasar minha decisão [de apoiar Marina]. Eu peço desculpas se decepcionei alguém ou se fiz alguém pensar que fiz vista grossa para esses assuntos, pelos quais eu sempre lutei.

    Nesse momento, seria bom saber, definitivamente, como a candidata Silva se posiciona com relação a esses assuntos, sem termos incertos. A questão está um pouco obscura e incerta atualmente. Até lá, baseado no que pude apreender de algumas postagens aqui, e pelo que está disponível na internet, eu estou retirando meu apoio. Eu solicito à campanha de Marina que não utilize meu vídeo de apoio até que eles afirmam seu apoio ao casamento gay e aos direitos reprodutivos das mulheres, ou que deixem claro seu posicionamento sobre esses assuntos. Sem isso, meu apoio é nulo e vazio.

    Eu peço desculpas à campanha de Silva por não ter tido melhor conhecimento de suas políticas e por haver criado essa incoveniência. Eu fiquei desapontado ao ver seu apoio ao casamento gay ser retirado por seu partido no dia seguinte ao discurso de apoio. Eu peço que levem meus votos em boa fé.

    Sinceramente,
    Mark Ruffalo”

    *

    Valeu, Ruffalo!

    PS: Marina tenta, desesperadamente, evitar o vexame, pedindo pelo amor de deus para Ruffalo recuar de seu recuo.

    Ruffalo, educadamente, pede mais informações, em inglês…

    É muito engraçado!

    Ninguém engana o Hulk duas vezes seguidas, Marina!

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    http://www.ocafezinho.com/2014/09/30/incrivel-hulk-marina-nao 

     

  12. Dillma fez muito pela comunidade LGBT e fará muito mais
    Coordenador dos Direitos LGBT esteve em Teresina e falou sobre homofobiaCrimes têm acontecido quando a sociedade se sente autorizada a corrigir a orientação sexual na facaAutor: Claryanna AlvesCréditos: Gabriel Tôrres/CTGustavo BernardesGustavo Bernardes
    Gustavo Bernardes é Coordenador Geral de Promoção de Direitos LGBT na Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. O coordenador esteve em Teresina para acompanhar e prestar solidariedade a Marinalva Santana, uma das fundadoras do grupo Matizes que sofreu recentemente uma ameaça do grupo neonazista que se autointitula Irmandade Homofóbica. Na ocasião, Gustavo concedeu entrevista ao Capital Teresina sobre o caso e a realidade nacional LGBT. 

    Capital Teresina: Antes de ocupar esse cargo, o senhor já trabalhava com direitos humanos e o público LGBT?
    Gustavo Bernardes: Sou formado em direito e trabalhava como advogado. Trabalhava no movimento LGBT no Rio Grande do Sul dos Direitos Humanos. Dava assessoria jurídica gratuita para pessoas vítimas de discriminação e preconceito. Foi a partir desse trabalho que fui convidado para ir à Brasília coordenar a Coordenação Geral de Promoção dos Direitos LGBT. Então, por sete anos fiz o trabalho de assessoria jurídica com ajuda do Governo Federal, pois tínhamos um projeto aprovado pelo Governo para que pudéssemos fazer esse tipo de atendimento jurídico.

    Como funciona a Coordenação Geral de Promoção dos Direitos LGBT?
    É uma coordenação que foi criada em 2009 com a alteração da lei que organizava a Secretaria de Direitos Humanos. Não existia até então esse setor dentro da Secretaria. É vinculado a Secretaria de Proteção e Defesa dos Direitos Humanos. Foi criada a partir da demanda das conferencias nacionais LGBT porque o movimento entendeu que deveria existir um órgão para gerenciar políticas no Governo Federal de forma transversal, abrangendo várias áreas da sociedade. Então, nós estamos vinculados à presidência da república justamente para fazer essa transversalização da temáticas, pois não são só os Direitos Humanos que tratam da questão LGBT, é a educação, a saúde, o Ministério da Cultura e em outros setores do governo. Então, a Secretaria fica, mais ou menos, centralizando e acompanhando o desenvolvimento de ações nos outros ministérios. Nós centralizamos dentro do Governo Federal a discussão dessa temática e a implementação de políticas públicas para essa população. Eu também sou presidente do Conselho Nacional LGBT atualmente. A vaga por um ano foi do governo e agora, no final do mês, nós teremos que fazer uma troca de presidente porque um ano fica um governo e um ano fica a sociedade civil. Eu fiquei durante esse ano e agora entra a sociedade civil para a presidência e o governo com a vice-presidência.
    Foto: Gabriel Tôrres/CT

    Qual é a realidade atual de crimes praticados por motivos homofóbicos?
    Essa questão da violência contra a população LGBT tem uma questão fundamental que é a questão de gênero. A violência se dá, basicamente, por um ódio por um homem ser mais feminino ou de uma lésbica ter um relacionamento com outra mulher, a questão de gênero é determinante nessa violência. Então, como temos uma violência muito grave contra as mulheres no Brasil, isso também se repercute na temática LGBT. É claro que nós temos avançado bastante nos últimos dez anos nos direitos de algumas minorias como LGBT, negros e negras, mulheres; isso gera uma reação e a reação dessa população que não aceita que sejam reconhecidos os direitos dessas minorias tem sido a violência. Nós acreditamos que parte dessa violência é uma reação às conquistas que têm sido alcançadas pela população LGBT. Mas é claro que tem outras motivações de ordem histórica. Durante 500 anos o Brasil não teve atenção para as minorias, as minorias foram relegadas a um papel subalterno ou marginal e isso começa a ser resgatado nos últimos dez anos. A reação tem sido a pior possível e nós estamos preparados com o governo para responder a altura essas reação, que é a punição através da justiça.

    Que ações são realizadas para combater esse tipo de violência?
    Nós criamos o sistema nacional LGBT que começa a ser fomentado. Estamos apoiando centros de referencia e centros de promoção e defesa da população LGBT para que essa população tenha acessos a advogados, assistentes sociais e psicólogos para suportar essas violências e, também, estamos fazendo um trabalho com a Secretaria de Segurança dos Estados para que capacitem agentes de segurança pública para que estejam preparados. Não é uma coisa que vamos conseguir terminar em tempo curto, precisamos de investimentos do Estado a médio/longo prazo para que tenhamos um resultado a curto, médio e longo prazo de redução. Precisamos mudar uma cultura que ainda é muito machista, sexista, misógina. Precisamos da parceria com os municípios para enfrentarmos esse tipo de violência. A democracia não significa ditadura da maioria, democracia significa também reconhecer os direitos das minorias.
    Foto: Gabriel Tôrres/CT

    Existe um monitoramento de crimes motivados pela homofobia?
    Temos um relatório pioneiro na America Latina com relação à violência LGBT. O Brasil foi o primeiro país da America Latina a produzir um relatório sobre esse assunto, seguindo também uma orientação da ONU (Organização das Nações Unidas) de que esses relatórios fossem produzidos. Fizemos o primeiro em 2011, o segundo em 2012 e agora estamos lançando o terceiro relatório, o de 2013. Nós temos visto um crescimento da violência contra essa população LGBT. Há alguns Estados que se destacam nessa violência. Em números de denuncia proporcional a população, o Piauí está em quinto lugar no número de crimes de ódio motivados pela homofobia. Mas os Estados que temos os números de mais graves são Alagoas e Paraíba. Temos, motivados por essas pesquisas, no Piauí, Paraíba e Alagoas investindo em projetos de combate a homofobia.
    Foto: Gabriel Tôrres/CT

    Como você analisa as atividades no Congresso Nacional nos últimos anos?
    Acho que nenhum tema que envolve direitos humanos consegue um consenso dentro do Congresso Nacional. Isso acontece porque os temas dos direitos humanos mexem com conceitos morais o que, muitas vezes, não conseguimos um posicionamento linear dos parlamentares. Essa não é uma questão política, é muitas vezes uma questão de valores que mexem muito com as pessoas e elas muitas vezes não conseguem distinguir os seus posicionamentos privados dos posicionamentos públicos. Acho também que ainda temos muito a tradição de intervenção do Estado na vida das pessoas, de não dar autonomia para as pessoas, que é herança de uma ditadura militar que intervinha na vida das pessoas, que tomava todo cidadão como suspeito. Para rompermos com essa lógica de 20 nos de forma brutal pela ditadura militar leva um tempo para que se adquira uma consciência social, política de que as pessoas têm que ter sua autonomia respeitada pelo estado, vamos levar um tempo e precisaríamos de mais discussões. O que não podemos é deixar de fazer esses debates. Vamos continuar fazendo isso, pois achamos importante e relevante que o Congresso Nacional criminalize a homofobia, por exemplo. Para nós isso é uma ação emergencial. Temos certeza que vamos conseguir avançar nessa discussão e entender que é importante que a sociedade brasileira respeite a orientação sexual das pessoas, a identidade de gênero e as minorias como um todo. Se uma discussão antiga como a questão do racismo ainda acontece, imagina como mais grave acontece com a população LGBT quando as pessoas da sociedade se sentem autorizadas a corrigir aquela orientação sexual na base da facada, na base do tiro, que é o que tem acontecido. Nós não seremos coniventes com essas praticas e faremos de tudo para fazer esse enfrentamento.
    Foto: Gabriel Tôrres/CT

    Como o você avalia a repercussão do beijo gay exibido em uma novela nacional?
    O beijo da novela foi extremamente benéfico. A mídia não tem só o papel de informa, ela tem também um papel pedagógico. Acho muito benéfico que a mídia mostre um afeto entre duas entre duas pessoas, sem importar se é entre um homem e uma mulher ou entre dois homens ou entre duas mulheres, como uma coisa positiva. Eu fico preocupado quando mostra só a violência, isso me preocupa muito mais do que um beijo. É positivo mostrar que um afeto entre duas pessoas do mesmo sexo é possível, assim como com duas pessoas de sexos diferentes. Acho que o beijo gay da novela contribui com o enfrentamento da violência e da homofobia.

    Você veio acompanhar um caso de crime homofóbico que aconteceu aqui em Teresina. Como avalia a investigação do caso?
    Esse caso nos surpreende porque é o primeiro caso de um grupo neonazista no nordeste. Para nós essa era uma possibilidade muito remota, até porque os grupos neonazistas do sul e sudeste são contra nordestinos, inclusive. Estamos aqui justamente para manifestar a solidariedade da Secretaria dos Direitos Humanos. Acho que a investigação feita pela polícia está sendo muito bem encaminhada. Nos colocamos a disposição de ajudar no que for preciso. Reiteramos o pedido de uma investigação rápida que contribua para a punição dos envolvidos e colocamos em disposição da vítima, que é a Marinalva, o nosso programa que oferece proteção, caso ela ache necessário.
    Foto: Gabriel Tôrres/CT

    O preconceito muitas vezes começa dentro de casa, com a própria família. Existe algum projeto para combater esses casos?
    Realmente essa questão do adolescente LGBT é muito grave. Nós temos um grande número de violência por negligência dos familiares que acabam abandonando o adolescente na rua porque não aceitam a orientação sexual divergente da heterossexual ou identidade de gênero. Isso nos preocupa bastante. O conselho nacional da criança e do adolescente tem lançado há dois anos um edital que trabalhem com crianças e adolescentes LGBT, mas não têm aparecido muito interessados. Acho que precisamos ainda trabalhar com as organizações para ver como é que elas podem participar disso e se envolver nesse processo. Mas é uma situação complicada porque é difícil do estado intervir dentro da família.

    Deve haver a relação educação x quebra de preconceitos?
    Acredito que deva existir sim. O MEC já tem feito um trabalho junto com os professores dentro das escolas para que passem isso dentro das escolas. Nós já temos escolas sensibilizadas para trabalhar esse tema. A escola tem recebido toda essa demanda, não só de LGBT, mas de deficiência, então elas nos procuram e temos procurado dar assistência. Temos financiado projetos para capacitação dos professores e servidores públicos. É um trabalho bem grande, mas que talvez só vá ter uma repercussão mesmo a médio e longo prazo, mas temos investido nisso.

    Como o senhor avalia o trabalho da Marinalva Santana e do grupo Matizes aqui no Piauí?
    A Marinalva é minha amiga. Nos conhecemos em Brasília no período que ela foi conselheira do Conselho Nacional LGBT. Ela é uma militante extremamente competente. Ela é referência para outros grupos no Brasil pelo trabalho que ela faz aqui no Piauí e nós não podíamos deixar de estar aqui prestando solidariedade a ela nesse momento. 
    http://www.capitalteresina.com.br/noticias/geral/coordenador-dos-direitos-lgbt-esteve-em-teresina-e-falou-sobre-homofobia-6105.html
    Não conheço os serviços prestados pelo PSB/Rede para os GLBT e muito menos suas propostas, vamos ao que o PT defende então. Publicado no Gay1:
     

    http://www.gay1.com.br/p/gay1-noticias.htmlCoordenadora nacional Setorial LGBT participou de reunião com Rui FalcãoPor Felipe Santos, em 16/07/2014Janaína Oliveira, Coordenadora do Setorial LGBT do PT.Por Felipe Santos.
    A coordenadora nacional do Setorial LGBT do Partido dos Trabalhadores, Janaína Oliveira, participou nesta terça, 15, de uma reunião com o presidente do PT, Rui Falcão, Alessandro Pereira, coordenador de Programa de Governo, coordenadores de Mobilização e Comunicação, secretário de Movimentos Populares, Bruno Elias, e demais coordenadores de setoriais vinculados à SNMP.

    Na ocasião, Rui Falcão, apresentou o cenário e conjuntura das campanhas majoritárias do PT nos Estados. Destacou a importância dos setoriais na formulação do programa de governo e na campanha, e apontou as reformas política, novo modelo de pacto federativo, serviço público com foco em educação e saúde. De 1 à 7 de setembro haverá um encontro onde será tratado do Plebiscito Popular.

    O coordenador do Programa de Governo, Alessandro Pereira apresentou a metodologia, composta de um (a) coordenador (a) e um (a) relator (a), totalizando vinte e três áreas temáticas: Agricultura (PMDB/PT), Reforma Urbana (PP/Inês governo), Desenvolvimento Agrário (PT/PT), Cultura (PT/PT), Ciência/Tecnologia/Inovação (PT/PT), Desenvolvimento Social (PT/PT), Economia Solidária (PT/PT), Educação (Selma Rocha/MEC), Esporte (P C do B/PT), Infraestrutura (PR/PT), Saúde (PT/MS), Segurança (Flávio Caetano/PT), Trabalho e Emprego (PDT/PT), Desenvolvimento Regional (PROS/PT), Meio Ambiente (PT/PT), Aquicultura e Pesca (PRB/PT), Desburocratização (PSD/PT), Política Energética e Mineral, Política Industrial e Comércio Exterior (PT/PT), Mulheres (PT/PT), Juventude (PT/PT), Promoção da Igualdade Racial (PT/PT) e Direitos Humanos (PT/PT).

    Após a reivindicação do setorial das Pessoas com Deficiência, Janaína Oliveira, coordenadora nacional do setorial LGBT e Marcelo Nascimento, expuseram os problemas causado com o tema direitos humanos, onde afirma, ainda no elenco de desafios institucionais, a luta pelos direitos humanos se mantém, sempre, como prioridade, até que não existam mais brasileiros tratados de forma vil ou degradante, ou discriminados por raça, cor, credo, orientação sexual ou identidade de gênero.

    Mesmo outros partidos fazendo referência aos eleitores LGBT, são inconsistentes, ao não apontar ações e metas. A expressão “opção sexual”, foi utilizada no Programa de Governo do PSB, porém de forma tendenciosa os adversários tentam polarizar este tema com o PT.

    Janaína Oliveira, apresentamos treze propostas para a cidadania LGBT, diante da peculiaridade, reivindicou uma coordenação específica para a temática LGBT, sendo acatada e aprovada, pela coordenação da Programa de Governo.

    Continuarmos este diálogo e construção coletivo de um projeto político bem sucedido que há trinta e quatro anos vem formulando políticas públicas de combate às desigualdades sociais, raciais e sexuais, implementando um novo modelo de Desenvolvimento Econômico, com o fortalecimento da Coordenadoria-Geral de Promoção dos Direitos de LGBT/SDH-PR e o Conselho Nacional de Combate à Discriminação (CNDC-LGBT).

    O governo do PT, foi o único que em doze anos, criou uma Coordenadoria-Geral da Cidadania LGBT, Conselho Nacional Combate à Discriminação contra LGBT, realizou duas Conferências, criou um Sistema Nacional de Segurança Pública, além de dezenas ações em vários ministérios, produziu o primeiro relatório de violência homofóbica, onde 60% das vítimas são de jovens e negros e segundo os dados hemerográficos, 51,86% travestis.

    Seguiremos firmes em frente, orientando e cobrando da nossa bancada no Legislativo que votem conforme o Estatuto, resoluções e programas de governo do PT, acerca das matérias que protejam os direitos humanos de LGBT. Nunca nos furtaremos de repudiar posturas de parlamentares do PT, que, durante Sessão na Comissão de Direitos Humanos, no dia 17 de dezembro de 2013, onde aprovaram um Requerimento do senador Eduardo Lopes (PRB-RJ), pelo apensamento do PLC 122/2006 ao novo Projeto do Código Penal (PL 236/2012), que será apreciada no plenário do senado, trabalharemos para renovar o Congresso Nacional, menos conservador, laico e não fundamentalista.

    Umas das principais metas para o próximo governo da presidenta Dilma Rousseff é aprofundarmos um novo modelo de Desenvolvimento Econômico que assegure a inclusão e o acesso de milhões de LGBT em todos os programas sociais, através do tripé da cidadania, com foco na educação, saúde, moradia, cultura e segurança pública, criando e fortalecendo um amplo sistema nacional de segurança de prevenção e combate à violência contra jovens travestis, transexuais, lésbicas e gays.
     

    Marina não é a secularista que diz ser

    http://www.jornalggn.com.br/blog/iv-avatar/marina-nao-e-a-secularista-que-diz-ser

    O braço direito de Marina Silva é o símbolo do que há de mais velho na politica
    http://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-braco-direito-de-marina-silva-e-simbolo-do-que-ha-de-mais-velho-na-politica/
     

  13. “(…) Malafaia deu o beijo da morte em Marina.

    Paulo Nogueira, no DCM:

    “(…) Malafaia deu o beijo da morte em Marina. Nenhum candidato sobrevive incólume ao abraço de um cafajeste medieval. O recuo na questão LGBT foi o primeiro e o mais escandaloso de várias idas e vindas clamorosas.

    Hoje, Marina e sua Rede condenaram veementemente o discurso de Levy Fidelix no debate da Record. “Nós manifestamos publicamente o repúdio diante das declarações homofóbicas, segregacionistas e pseudo-científicas do candidato Levy Fidelix”, lê-se no site. O partido (partido?) estuda entrar com uma ação.

    Ok. Mas por que agora? Malafaia e Feliciano, dois aliados, detonam homossexuais e ativista LGBT diuturnamente, numa obsessão doentia, para não dizer suspeitíssima — e Marina nunca levantou uma sobrancelha.

    O que explica a indignação seletiva?

    A saída de cena de Ruffalo é um vexame para Fernando Meirelles, o gênio do cinema brasileiro que ofereceu seus préstimos à campanha marinista e, suponho, deva ter costurado o contato com Ruffalo, que trabalhou em seu “Ensaio Sobre a Cegueira” (imagino Meirelles, exasperado, no FaceTime: “Que isso, Mark! É grupo dos caras! Confia!”).

    Seja lá o que o povo de MS possa alegar, está na hora de assumir alguma responsabilidade sobre as besteiras cometidas. Quando até o Hulk fica nervoso, é porque nem Jesus salva(…)”

    Segue link para texto na íntegra

      

    http://www.diariodocentrodomundo.com.br/as-altas-confusoes-de-hulk-marina-levy-e-malafaia/

  14. NÃO ME INCLUA NESTES, POR FAVOR

    Camarada Gunter, peço não me incluir entre esses decepcionados por não ter mudado de lado. Tenho um cunhado que ficou anos batendo no PT, mas que nesse ano resolveu votar na Dilma. Pois bem, tou fazendo campanha para que NÃO vote. Prefiro ganhar sem o voto de convertidos. Abraços…

  15. Voce escolheu uma candidata

    Voce escolheu uma candidata que precisa do patrulhamento da midia para manter o estado laico??

    É isto mesmo que vc quer nos dizer ???

  16. Qual o lado?

    Se a questão da homofobia não é o divisor, a questão que se pauta seria qual o lado escolher?

    O lado do capital financeiro, do arrocho e da destruíção do Estado ou o lado da inclusão social, desenvolvimento e democracia?

    No final, é disso que se trata. Ficar ao lado de poucos ou ao lado da maioria da população que sempre foi tratada como lixo e que MariONeca resolveu ignorar.

    MariONeca Itaú não representa nada de novo, ao contrário, está pronta para fazer o trabalho sujo com mãos de fada.

    Quando as urnas forem abertas o resultado indicará que rumaremos para a destruíção do Brasil com Aécio/MariONeca ou para a transformação do Brasil num  país desenvolvido com Dilma.

  17. MEU PARTIDO DE MIM MESMO

    Eu vejo, no PT (e neste blog), uma absoluta maioria de gente altruísta, que sai para rua a defender direitos de gente que nem conhece; lutando por melhorar a vida dos sectores mais desfavorecidos; botar comida na mesa de quem tem fome; construindo casa para quem não tem; lutando por direitos das minorias e dos desfavorecidos; pela compensação para cidadãos de raça negra; vaquinha para companheiros em dificuldades. Muitos petistas poderiam ser até incluídos em algumas das categorias acima, mas nunca vi nenhum deles barganhando voto por causa apenas disso, mas apenas pelo bem comum. Eu ganho muito, embora indiretamente, quando o Brasil ganha e isso me deixa muito feliz.

    Sou conhecido aqui no blog por ser contra o casamento gay (apenas concordo com a união estável) e pela adoção de crianças por parte destes, embora eu possa não ter nada com isso, mas apenas porque acho ruim para a sociedade (eu acho). Mas, nunca seria essa a razão pela qual deva apoiar ou não ao partido que acho seja o melhor para o Brasil de todos (por sinal, achei um horror as declarações do Fidélix).

    Se um dia Dilma e o PT aprovarem as coisas que hoje abomino (casamento Gay e adoção), não terei nenhum constrangimento em aceitar, numa boa, pois isso faz parte do jogo democrático e eu entenderei que foi discutido dentro de um partido enormemente plural (muitas correntes internas) e que a maior parte da população assim o estaria desejando. Sinto isso de alguns colegas Gays deste blog, que apóiam o PT embora com as respectivas ressalvas em relação ao assunto da homofobia, aos quais aprendi a respeitar e até gostar, pela sua posição corajosa e plural.

    Fico revoltado de ver uma pessoa inteligente como o Gunter, com preparo intelectual e de comprovada boa índole humana, utilizar apenas um argumento, em causa própria, para decidir o seu voto, passando por cima das necessidades de milhões. Gunter prefere um Banco Central privatizado, uma nação colonizada, mas apenas desde que possa casar de branco e adotar um hominho. Isso é egoísmo ou apenas infantilidade.

  18. Uma certeza que fica esas

    Uma certeza que fica esas eleições é que o poder dos evangélicos não é tão forte quanto se imaginava.

    Everaldo não passa de 1%, e Marina cai pelas tabelas. O que eles conseguem eleger são vereadores e deputados porque trabalham na região de suas próquias 200.000 votos elegem um deputado mas não um presidente.

  19. Qualquer candidato que seja

    Qualquer candidato eleito, para conseguir governar precisará de uma grande bancada parlamentar de apoio, e conhecemos nossos congressistas

    Qual a diferença?

    O PT tem uma base que sempre foi ligada aos problemas de base e da minoria. Essa base serve de pressão e contraponto

    Marina terá essa base sobretudo nos evangélicos que a pressionará

    Essa é a diferença que deveria ser observada

    Se nos governos do PT tivemos vários avanços nos direitos humanos e sociais isso se deve à sua base social

    Mas, infelizmente se vota em personas, sem sequer observar o partido a que pertence, quanto mais ao seu grupo base de apoio,  único contraponto ao nosso congresso conservador e de maior bancada formada exatamente por evangélicos

  20. Gunther,
    é engraçado como

    Gunther,

    é engraçado como você mesmo aponta, no final do seu texto, a conclusão lógica do seu raciocínio: votar no Eduardo Jorge. Poderia ser também a Luciana Genro. Entretanto, o que você pretende fazer é, depois de criticar acidamente o número seis, ficar com a meia-dúzia. Por que? Por ser “eleitável”? Mas na medida em que o é, é por que tem a mesma capacidade de articular com as forças “da ordem” –  para usar os seus termos – uma frente parlamentar e social que garante a governabilidade. Se não fosse uma candidatura da ordem, não teria essa capacidade, e não seria parte do G3.

    E se não fosse uma candidata da ordem, e pudesse mesmo assim se eleger, estaria sendo eleita para fazer um governo de crise. Ora, Marina não tem a estrutura necessária para fazer um governo de crise – um partido capaz de afrontar, isolado, todo o restante da sociedade, e impor, sem compor, seus pontos de vista a partir das ruas. Houve um momento em que o PT foi esse partido; neste momento, não é mais. Talvez nunca mais venha a ser. Mas o PSB ou a Rede Sustentabilidade não são, nunca foram, e nunca vão ser; se Marina tivesse a intenção de fazer um governo de crise, seria engolida pela crise, como Jânio ou Collor (ou Jango, ou Zelaya, se você não gosta da comparação).

    O xabu da candidatura de Marina não se deve ao seu recuo na questão do “casamento homossexual”; isto ficou apenas como símbolo da fragilidade programática de Marina. O xabu da candidatura de Marina é que não existe terceira via – a não ser, talvez, como um mal-estar indefinido e sem conteúdo político real com a cansativa polarização PT-PSDB. Enquanto Marina esteve em terceiro lugar (como em 2010), isso não era problema. Não se esperava que ela fosse uma alternativa real de poder, e não se cobrava dela um programa coerente. Ao ultrapassar Aécio, Marina precisou ou bem mostrar o conteúdo da terceira via, ou realinhar-se em termos das duas vias realmente existente. E como ela ultrapassou Aécio, e não Dilma, ela passou a encarnar, imediatamente, as esperanças da via representada pelo PSDB.

    Não acho que isso seja uma escolha pessoal dela, nem que ela esteja satisfeita com isso. Mas em política o voluntarismo tem limites. Ninguém é candidato de si mesmo, e Marina se tornou a candidata do anti-petismo – nele incluído a extrema-direita.

    Precisamos, de fato, quebrar a instrumentalização da homofobia na política. Mas a eleição presidencial não nos dá os instrumentos para fazê-lo. Primeiro, por que as mudanças legislativas necessárias dependem do Congresso. Eu gostaria muito que todas as iniciativas que você citou, e que foram congeladas pelo governo Dilma, fossem votadas e aprovadas. Mas a realidade é que, se elas tivessem sido votadas, teriam sido rejeitadas, por que vão contra as convicções da maioria dos parlamentares, e por que não há, ainda, um movimento social forte o suficiente para impô-las, goela abaixo, à maioria do Congresso. Que é o que explica os recuos do governo Dilma na questão.

    Avançaríamos mais na desinstrumentalização da homofobia, creio, se tivéssemos um ministro ou ministra assumidamente homossexual – e competente na sua área. Isso isolaria os homófobos, que ficariam espumando contra um ministro reconhecido pela população como um bom ministro.

    Avançaríamos mais nessa desinstrumentalização se os partidos políticos tivessem de fato seções comprometidas com o tópico, como têm seções comprometidas com a questão feminina ou a questão negra (seria divertido, com certeza, ver se o Tucanogay não seria presidido por um homem branco heterossexual).

    Avançaríamos mais, se elegêssemos mais deputados comprometidos com o avanço na dessegregação da população homossexual (há alguns candidatos com esse perfil em diversos partidos, tanto de situação como de oposição ou de enrolação) .

    Mas duvido que avancemos nisso se focarmos na eleição presidencial.

  21. Que pena…..

    Quando leio a opinião de uma pessoa esclarecida e percebo o discurso do ” o melhor é o menos pior” o que me causa é uma desesperança, um vazio, uma sensação de estar perdido sem direção que beira a vontade de dar razão àqueles que dizem que este país não tem mais jeito……..Trágico, trágico!

  22. Gunter só mais um…

    … que fica inventando motivos ‘não reacionários’ para não votar no PT.

    Ora, não vote e pronto! Vai estar de mãos dadas com Malafaia & Afins do mesmo modo!

  23. Vejam só, Gunter foi uma das

    Vejam só, Gunter foi uma das primeiras pessoas a instrumentalizar a questão LGBT para fins políticos, lembro muito bem que esse foi o motivo alegado por ele para defender o voto em Marina.

    Agora que sua candidata mostrou ser comandada por uma força superior, aquela do pastor Malafaia, provavelmente a principal voz no discurso homofóbico nacional, Gunter não quer mais que esse tema seja assunto de campanha.

    É um cara-de-pau inacreditável, vai votar na Marina por identidade de caráter(ou falta dele).

  24. Eu ainda prefiro Marina.

    Eu ainda prefiro Marina. Menos escorregadia na questão de direitos civis de LGBTs. O que certamente não é o ideal. Mas não foi ela quem começou esse joguinho.

    E Marina, entre outras coisas, não é favor do “embromation” nas Comissões do Congresso

    A cara-de-pau é impressionante, nem tem nem o que comentar.

  25. Oi, Gunter!

    Aqui perto de onde moro, em Santana do Livramento, atearam fogo em um CTG (centro de tradições gaúchas) por que duas mulheres iriam celebrar um contrato de união estável. Atitude extrema como essa só poderia partir de gaúchos reacionários que na sua maioria são eleitores de marina ou aecio. Quem vota em Dilma (não necessariamente do PT – meu caso) pode até não concordar com a união homoafetiva, mas dificilmente chegariam a um ato extremo como agredir ou atear fogo num prédio qualquer. Por essas e outras, Gunter, aderir ao obscurantismo por uma picuinha, não me convence. Respeito as escolhas e até mesmo entendo a opção de quem vota em marina ou aecio sem saber ou conhecer o passado e as reais propostas desses dois candidatos. Tenho parentes e conheço pessoas próximas que depois de ouvirem ou lerem verdades sobre os concorrentes da Dilma, estão no minimo repensando os seus votos. Gunter, te respeito muito, mas essas tuas tentativas de justificar a tua escolha não me descem goela abaixo.

  26. O cúmulo da contradição

    (ou da burrice). 

    O nosso amigo critica o PT por ter iniciado, na linha de frente, várias ações para combater a homofobia mas ter sido obrigado a recuar por pressão dos “aliados” (benvindo ao mundo real).

    No entanto, faz campanha a favor de uma candidata que, logo de saída, já diz que é contra o casamento homossexual e nunca foi conhecida por apoiar a causa LGBT, pelo contrário, tendo ao seu lado um grupo religioso claramente contrário aos gays.

    Se esse é o principal motivo para você votar na Marina, Gunter, me pergunto por que o Nassif (ainda) insiste em dar espaço para os seus péssimos comentários aqui, uma vez que ou você está usando de má-fé (e você é mesmo um propagandista nato, em diversas frentes, como por exemplo na sua xenofobia anti-Rússi) ou é realmente pouco inteligente.

    Um abraço!

    1. É pouco inteligente, por isso

      É pouco inteligente, por isso não entendo tanto espaço desperdiçado com os posts do Gunter. E mais ainda nós, já sabendo o nível das análises, perdendo tempo em ler e responder. rsrsrrsr

    2. Ei! Discordo do Gunter, mas democracia é bom e eu gosto…

      Contradizê-lo, sim, podemos e devemos. Querer calá-lo nao. Que história é essa de querer impedi-lo de postar? 

      1. Não quero impedir. Apenas

        Não quero impedir. Apenas acho que existem comentaristas mais gabaritados. Se o blog tem gente melhor porque não aproveitá-los? O Gunter é uma perda de tempo e espaço. Minha opinião.

        1. Diversidade

          A “onda” do Nassif inclui a diversidade de opiniões,  o que é um ponto importante do atrativo do blog. Neste caso específico, provocou contestações de excelente nível e por diversos ângulos. Não conheço espaço semelhante mais rico na Internet. Prefiro que continue assim.

          1. Também respeito a diversidade

            Também respeito a diversidade de opiniões, mas com qualidade. Sinto que muitas pessoas criticam o Gunter com um excesso de cuidado, talvez por medo da pecha de homofóbico. Minha opinião é: as análises do Gunter são rasas e panfletárias, como alguém já cunhou aqui no blog, além de pouco inteligentes. Só isso. 

  27. O Gunter ficou tão “PTfóbico”

    O Gunter ficou tão “PTfóbico” que sacrifica sua causa. Meu caro, será a última vez que comentarei seu voto e apoio à Marina. Isso porque não quero ultrapassar a perigosa linha que separa o debate da desqualificação pessoal.

    Para mim seu voto é indigente, para além do equivocado. Usa de sofisma rasteiro para tentar dar coerência a algo que está na cara. Voce pode até ter votado na Dilma em 2010, mas hoje iguala-se ao mais histérico e irracional anti-petista. Mesmo que se manisfeste de forma serena, como é de seu feittio

    Dizer que a Marina é “menos escorregadia”, depois que ela escorregou com meia-dúzia de cascas de banana twuitadas pelo Malafaia é incompreensível. E quem, já mais de uma vez, falou sobre criminalização da homofobia na presente campanha eleitoral? Dilma. A sua candidata mandou um “embromation” no ator hollywoodiano depois que esse questionou-a sobre o tema do casamento.

    Isso tudo foi nas Redes Sociais,imagina no jogo duro do poder, no Congresso? Mas vamos alargar a questão. Quem pode ser mais suscetível a pressão fundamentalista? Alguém como Dilma (e Aécio) que são católicos não praticantes, ou alguém que é criacionista, e é contra as pesquisas em célula tronco?

    Pela enésima vez elenca as razões que fizeram de voce um crítico feroz ao governo Dilma na questão LGBT. Sim, aí é compreensível. Mas é incapaz de citar uma unica razão aceitável para o voto e apoio numa candidata que demonstra de forma clara e cristalina seu compromisso com forças que representam o extremo oposto de tudo que voce defende 

    Para mim, voce perde a autoridade para falar em secularismo. Não é porque não vota na Dilma. Poderia ser no Eduardo Jorge, no Dudu, se vivo fosse, e até no Aécio. Mas seu voto em Marina baseado em argumentos pífios e tão frágeis quanto ela, o desqualifica para a causa. Sinto muito.

    Mas não sou a favor da criminalização da PTfobia. Pode ser anti-petista a vontade. Mas seu embromation para mim já deu. Só para terminar, não o desqualifico, caro Gunter, mas sim seu voto. Considero seu voto indigente de tão lamentável

  28. Gunter Zibell – SP…

    não quero nem saber em quem você vai votar: É problema seu. Mas acho que por masoquismo, você vai acabar no braços do Levy Fidelix.

  29. Parece que o gunter padece do

    Parece que o gunter padece do mesmo problema que sua candidata. Antes, afirmava que estava sendo contra a Dilma porque não havia POLÍTICAS específicas para os gays. Agora, depois de perceber que só há homofóbicos (pelo menos uns 95%) na coligação, patrões e possíveis ministros da osmarina, ele diz que a política não é o objetivo para ele. Gunter, toma jeito!

  30. Gunter!!! Não!!! Por favor,

    Gunter!!! Não!!! Por favor, Gunter!!! Não vote na Marina, por favor Gunter!!! Vote na Dilma!!!! Por favor Gunter!!!!!!!! Por favoooooooooorrrrrrr!!!! Você é muito importante, Gunteeeeeeerrrrrrr!!!! Por favor, apoie Dilma, Gunter!!!!!! Por favor!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Todos precisam que você apoie Dilma, Gunteeeeeeeerrrrr!!!!!! O Blog está paralizado porque todos esperam que você apoie Dilma!!!!!!!!

    POR FAVOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOR!!!!!!

    1. Vc está ironizando, OK. Mas é q o Gunter É respeitado aqui

      Fora dessa obsessao dele, Gunter merece respeito. É um cara íntegro, honesto (mesmo o nao ver dele é escotoma, nao creio que seja má fé, ele acredita nesses absurdos que diz), colaborador antigo do Blog, com boas colaboraçoes ao longo do tempo. Por isso muitos nao se conformam com esse “ataque de estupidez” que dá nele nesse assunto, ficamos todos tentando fazê-lo ver o que ele NAO QUER ver… 

  31. Apensamento é suficiente

    Não creio que seja necessária uma lei específica para trangêneros e que tais. O ser humano, seja hetero, homo, azul, branco ou negro, deve ser protegido e respeitado como um todo, sem especifidades, e o crime deve ser o mesmo, podendo apenas em caso de racismo ou preconceito sexual, tornar isto agravante do crime principal.

  32. Gunther, é engraçado como
    Gunther, é engraçado como você mesmo aponta, no final do seu texto, a conclusão lógica do seu raciocínio: votar no Eduardo Jorge. Poderia ser também a Luciana Genro. Entretanto, o que você pretende fazer é, depois de criticar acidamente o número seis, ficar com a meia-dúzia. Por que? Por ser “eleitável”? Mas na medida em que o é, é por que tem a mesma capacidade de articular com as forças “da ordem” –  para usar os seus termos – uma frente parlamentar e social que garante a governabilidade. Se não fosse uma candidatura da ordem, não teria essa capacidade, e não seria parte do G3. E se não fosse uma candidata da ordem, e pudesse mesmo assim se eleger, estaria sendo eleita para fazer um governo de crise. Ora, Marina não tem a estrutura necessária para fazer um governo de crise – um partido capaz de afrontar, isolado, todo o restante da sociedade, e impor, sem compor, seus pontos de vista a partir das ruas. Houve um momento em que o PT foi esse partido; neste momento, não é mais. Talvez nunca mais venha a ser. Mas o PSB ou a Rede Sustentabilidade não são, nunca foram, e nunca vão ser; se Marina tivesse a intenção de fazer um governo de crise, seria engolida pela crise, como Jânio ou Collor (ou Jango, ou Zelaya, se você não gosta da comparação). O xabu da candidatura de Marina não se deve ao seu recuo na questão do “casamento homossexual”; isto ficou apenas como símbolo da fragilidade programática de Marina. O xabu da candidatura de Marina é que não existe terceira via – a não ser, talvez, como um mal-estar indefinido e sem conteúdo político real com a cansativa polarização PT-PSDB. Enquanto Marina esteve em terceiro lugar (como em 2010), isso não era problema. Não se esperava que ela fosse uma alternativa real de poder, e não se cobrava dela um programa coerente. Ao ultrapassar Aécio, Marina precisou ou bem mostrar o conteúdo da terceira via, ou realinhar-se em termos das duas vias realmente existente. E como ela ultrapassou Aécio, e não Dilma, ela passou a encarnar, imediatamente, as esperanças da via representada pelo PSDB. Não acho que isso seja uma escolha pessoal dela, nem que ela esteja satisfeita com isso. Mas em política o voluntarismo tem limites. Ninguém é candidato de si mesmo, e Marina se tornou a candidata do anti-petismo – nele incluído a extrema-direita. Precisamos, de fato, quebrar a instrumentalização da homofobia na política. Mas a eleição presidencial não nos dá os instrumentos para fazê-lo. Primeiro, por que as mudanças legislativas necessárias dependem do Congresso. Eu gostaria muito que todas as iniciativas que você citou, e que foram congeladas pelo governo Dilma, fossem votadas e aprovadas. Mas a realidade é que, se elas tivessem sido votadas, teriam sido rejeitadas, por que vão contra as convicções da maioria dos parlamentares, e por que não há, ainda, um movimento social forte o suficiente para impô-las, goela abaixo, à maioria do Congresso. Que é o que explica os recuos do governo Dilma na questão. Avançaríamos mais na desinstrumentalização da homofobia, creio, se tivéssemos um ministro ou ministra assumidamente homossexual – e competente na sua área. Isso isolaria os homófobos, que ficariam espumando contra um ministro reconhecido pela população como um bom ministro. Avançaríamos mais nessa desinstrumentalização se os partidos políticos tivessem de fato seções comprometidas com o tópico, como têm seções comprometidas com a questão feminina ou a questão negra (seria divertido, com certeza, ver se o Tucanogay não seria presidido por um homem branco heterossexual). Avançaríamos mais, se elegêssemos mais deputados comprometidos com o avanço na dessegregação da população homossexual (há alguns candidatos com esse perfil em diversos partidos, tanto de situação como de oposição ou de enrolação) . Mas duvido que avancemos nisso se focarmos na eleição presidencial.

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