Oposição no Brasil não decola, diz Economist

Jornal GGN – O panorama pré-eleitoral para ano que vem, tendo em vista as recentes pesquisas de intenção de voto no Brasil, é tema de reportagem desta semana da revista britânica The Economist. Para a publicação, a queda de popularidade da presidente Dilma Rousseff, motivada pela série de protestos pelo país, não foi suficiente para dar fôlego aos principais nomes da oposição, como Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). A exceção seria a ex-senadora e ex-ministra Marina Silva (Rede), a única beneficiada dos protestos.

A revista britânica justifica a falta de reação dos nomes da oposição por conta dos escândalos e de disputas internas. O caso tucano refere-se às denúncias de formação de cartel no setor de transportes – trens e metrô – que envolve as principais lideranças tucanas em São Paulo. José Serra, que segundo a publicação mantém “intacta” a ideia da presidência, ainda precisa lidar com a falta de apoio do partido e com a disputa interna com Aécio.

Já o senador mineiro, de acordo com a revista, perdeu visibilidade desde que chegou ao Senado, depois de dois mandatos à frente do Governo de Minas Gerais, “o Estado mais populoso do Brasil” – o que justificaria a pequena reação nas pesquisas de intenção de voto mesmo depois da queda da popularidade de Dilma Rousseff. “Apesar disso (os protestos pelo país), a maioria dos adversários não conseguiu fazer muito progresso”, diz trecho da reportagem da revista britânica.

Enquanto isso, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), que teoricamente é aliado de Dilma, se prepara para uma disputa eleitoral ainda que também não tenha conseguido “decolar”. Sobre Marina Silva, a revista The Economist reconhece os benefícios que os protestos trouxeram à sua imagem, mas analisa que o partido em fase de criação, a Rede, vai “vai limitar seu direito a espaço na campanha no rádio e televisão”.

Redação

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