PROTESTE detecta fraude e incompetência em assistências técnicas

Enviado por PROTESTE Associação de Consumidores

Em teste com dez assistências técnicas da cidade de São Paulo, a PROTESTE Associação de Consumidores encontrou problemas graves, como quatro estabelecimentos que declararam ter realizado serviços não executados, a substituição por peças não certificadas e a não entrega de nota fiscal. O estudo reflete o que muitos consumidores têm de enfrentar quando um aparelho necessita de conserto.

Três empresas, as não autorizadas Alv Aguilar e Servilar, e a autorizada Eletrônica Assaí, não identificaram corretamente a avaria no produto e substituiram peças desnecessárias ao reparo. E quatro delas, a autorizada Assaí e as não autorizadas Leader Net Srvice, Alv Aguiar e Servilar, afirmaram ter feito um serviço que não foi executado. E a substituição do fusível queimado por um sem certificação, que pode vir a causar danos ao aparelho foi feita por: Eletrotécnica Makoto, Leader Net Service, Servilar e Eletrônica Campo Belo.

Para a PROTESTE é inadmissível que as assistências técnicas, autorizadas ou não, continuem desrespeitando o Código de Defesa do Consumidor (CDC) e até cometendo fraudes. Por isso, encaminhou o estudo para a Secretaria Estadual da Fazenda-SP, para a apuração de crime de sonegação fiscal, para o Procon São Paulo, solicitando a fiscalização dos serviços prestados pelas assistências, e para o Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), para a apuração das fraudes encontradas.

Para o teste, em laboratório, foi provocado um defeito muito simples em dez fornos de micro-ondas: a ruptura do fusível principal. Um bom técnico reconheceria facilmente o problema, consertando-o sem demora. Após cada conserto, o equipamento voltava para o laboratório avaliar o que havia sido trocado.

Em quatro das assistências técnicas às quais foram levados os aparelhos foram cobrados por serviços não prestados. E várias usaram peças de qualidade duvidosa na troca de componentes, enquanto outras não emitiram comprovante de pagamento ou nota fiscal. Um serviço que deveria solucionar problemas acabou se tornando uma dor de cabeça.

O estudo indica que as empresas precisam acompanhar mais de perto o trabalho de suas oficinas autorizadas. Elas espelham a qualidade dos produtos da marca e estão denegrindo a imagem das indústrias que representam.

Já que  o consumidor não tem como avaliar a qualidade do serviço prestado, do jeito que a PROTESTE fez, fica desamparado quando precisa levar equipamentos para conserto. Não há como confiar que a entrega das peças substituídas seja prova de boa-fé, pois como garantir que foi retirada do produto entregue?

Foram avaliadas as seguintes empresas autorizadas: Tecbras, Multicenter, Electrolux do Brasil, Eletrotécnica Makoto e Eletrônica Assaí. E entre as especializadas: Plustec, Eletrônica Campo Belo, Leader Net Serviçe, Alv Aguilar e Servilar.

Como ninguém está livre de precisar do serviço de uma oficina de assistência técnica, no estudo são apontados os  principais problemas e como se cercar de garantias para o caso de algo sair errado. 

Redação

5 Comentários

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  1. Verdade!

    Acabei de receber um orçamento de um aparelho de TV.

    A moça me diz que precisa trocar capacitores e fonte..

    O valor do serviço e peças: R$ 421,00!!

    Digo que não quero que realizem o serviço.

    A moça diz que vai avisar ao departamento técnico para fechar o aparelho de TV.

    20 minutos depois liga novamente e diz que o serviço pode ser realizado de “outro jeito”!

    Agora vai ficar só em R$ 180,00!

    Não faz meia hora….

    Todo cuidado é pouco em lidar com esses pupilos da CBF! 

     

  2. Computadores

    E os prestadores de serviço para computadores ? Parece que toda vez que um ‘técnico’ vai resolver um problema em computador, a coisa destrambelha de vez ! Pelo menos é o que mais ouço como reclamação em termos de serviço.

  3. Há muitos anos,

    numa certa revista automobilística, o pessoal de lá fez testes parecidos com concessionárias. O teste foi bobo: trocaram dois cabos de velas, e o carro perdeu potência. 

    Se não me engano, apenas uma única concessionária acertou e corrigiu a falha. 

  4. Mas, muito cuidado com esse

    Mas, muito cuidado com esse tal de PROTESTE: não há dia em que eu não receba e-mail deles querendo me “vender” um brinde em troca da minha associação à eles. Baita picaretagem. E não adiante devolver o e-mail que no dia seguinte vem novamente. Para alguém se diz preocupado com o consumidor, não “cola”.

  5. Oficinas de roubos.

    Comprei uma vez um aparelho na loja PoliShop do Shopping Frei Caneca, bairro Bela Vista, São Paulo. É um desses aparelhos de limpeza a vapor, marca Lavor, azul claro. O vendedor me empurrou uma tal “garantia estendida”. Uma fria mais gelada que inverno na Sibéria. O aparelho nunca funcionou direito, mas um ano e uma semana depois, pifou geral. Levei para a tal “garantia estendida”, que na verdade é um maldito seguro. Para evitar que as pessoas usem a tal “garantia”, a seguradora só trabalha com uma ou duas oficinas numa cidade do tamanho de SP. Queriam me mandar para a Penha ou fim de Santo Amaro, a primeiro na Zona Leste, a segunda, extremo da Zona Sul e eu moro na Zona Oeste. Dos males o menor, lá fui eu para Santo Amaro. Disseram que não havia defeito. O aparelho funcionava, parava no meio da operação e ponto, não funcionava mais. Depois de umas quatro vezes, desisti. Usava muito pouco o aparelho. Depois de vencida a “garantia estendida”, resolvi levar a uma oficina da Vila Mariana. R$ 250,00 depois, fizeram um ótimo trabalho e a porcaria do aparelho funciona até hoje. O Ministério Público precisa ficar de olho nessa espelunca de “garantia estendida”, que na verdade é um maldito seguro desonesto, já que você não pode levar a qualquer oficina como pode fazê-lo durante a garantia normal, de um ano.

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