Wilson Ferreira
Wilson Roberto Vieira Ferreira - Mestre em Comunição Contemporânea (Análises em Imagem e Som) pela Universidade Anhembi Morumbi.Doutorando em Meios e Processos Audiovisuais na ECA/USP. Jornalista e professor na Universidade Anhembi Morumbi nas áreas de Estudos da Semiótica e Comunicação Visual. Pesquisador e escritor, autor de verbetes no "Dicionário de Comunicação" pela editora Paulus, e dos livros "O Caos Semiótico" e "Cinegnose" pela Editora Livrus.
[email protected]

O logo da novela e a bomba semiótica da pararrealidade

O logo da telenovela “Geração Brasil” da TV Globo traria no seu design uma subliminar sugestão dos números dos candidatos de oposição ao Governo? Delirante teoria conspiratória? Prepotência dos jornalistas? Designers e profissionais criativos veem exagero em tal acusação, já que toda marca produziria espontaneamente associações visuais, já que para a Semiótica todo signo produziria uma imagem mental. Posições ideológicas à esquerda, já calejadas com a desconfiança em relação à grande mídia, falam em manipulação subliminar. Mas parece que todas as posições acabam se tornando vítimas da espiral das interpretações, a doença infantil da Semiótica. A cura? Desconstruir o logo da telenovela através de técnicas as mais objetivas possíveis como a de recorrência sincrônicas e diacrônicas, comutação e Gestalt. E no final descobrirmos que, na verdade, o suposto poder subliminar do logo não provém dele mesmo. Sua força é alimentada por uma pararrealidade criada pela TV ao fundir diariamente ficção com não-ficção.

Surge a polêmica entre jornalistas, simpatizantes da esquerda e profissionais de design e criação de que logomarca da novela das 19h Geração Brasil (ou “G3R4Ç4O BR4S1L”) conteria “coincidentemente” em sua linguagem “internetês” (ou Leet, para ser mais preciso) os números dos candidatos de oposição: o “40” (PSL de Eduardo Campos – PE) e “45” (PSDB de Aécio Neves – MG).

O problema de toda análise semiótica ou gestalt é que, se tomarmos o objeto de forma isolada, todas as análises podem se cancelarem como meras interpretações subjetivas: se todo signo cria uma imagem mental no interpretante, logo o que estamos vendo poderia ser apenas o signo de outro signo da realidade – e o que é “realidade” para a Semiótica é uma questão metafísica, já que seu interesse é puramente pragmático: entender as significações obtidas de acordo com a posição relativa do interpretante.

O velho e bom Roland Barthes

pode nos ajudar

Para superar esse problema do relativismo das interpretações, nada como sair um pouco da escola norte-americana de Charles Pierce e entrarmos na velha e boa escola linguística da semiologia francesa de Roland Barthes. Para ele, os significados e as intencionalidades de quem está significando (os “emissores”) devem ser confrontados com duas técnicas: a da “recorrência” e o chamado “teste de comutação”.

Recorrência busca repetições, padrões, que por serem recorrentes vão além da mera coincidência, tornando-se um fato linguístico de significação, um sentido.

Procuremos o fenômeno da recorrência envolvendo esse logo em dois eixos: diacrônico e sincrônico.

a) sincrônico

          Há pelo menos um mês, desde que saiu o logo definitivo da telenovela, em muitos sites especializados (que não podem ser propriamente chamados de “blogs sujos” ou “de esquerda”), leitores postavam comentários sobre a “coincidência” e a polêmica que isso iria produzir no futuro, como essa do Portal O Planeta TV de 03/04/2014:

Karla comentou:

Os petistas de plantão vão dizer que tem mensagem subliminar em prol do Aécio Neves e do PSDB no logo, hehehe.

Di Almeida respondeu:

Pior que dá pra ver um “45” no meio da palavra Brasil. Hahaha

Ou ainda em um blog hospedado pelo UOL:

Zigzang: Até agora gostei muito. Achei apenas que a Globo forçou a barra com aquele 45 no nome da novela na abertura. Não precisava escancarar assim a sua preferência política nesse ano eleitoral. 

Temos, portanto, um aspecto sincrônico a favor das suspeitas sobre esse logo: em diversos sites especializados em TV com viés politicamente neutro (cujos leitores não podem exatamente ser considerados como um público politizado ou disposto a expor seus posicionamentos em polêmicas políticas) vemos muitos comentários espontâneos que atestam a presença dos misteriosos números, politicamente significativos no cenário eleitoral atual.

b) diacrônico

“Que Rei Sou Eu”: Celulari premeditou Collor de Mello?

Desde o fim dos governos militares e a volta das eleições presidenciais, não há como deixar despercebido as várias intervenções das atrações ficcionais e em produtos estéticos (vinhetas, animações etc.) no cenário político do momento.

No cenário da primeira eleição presidencial após o regime militar em 1989 as novelas O Salvador da Pátria e Que Rei Sou Eu foram nítidos produtos ficcionais cujos temas no mínimo pretendiam pegar uma carona na atmosfera política do momento. No primeiro caso, embora a novela de Lauro César Muniz quase tenha saído do controle da emissora (a própria direção da TV Globo passou a executar cortes devido ao enfoque politicamente de esquerda para onde a narrativa caminhava), seu título acabou virando um bordão político que alimentou um imaginário sebastianista ou messiânico em torno da figura de Collor de Mello (do caçador de marajá à “única bala que tenho na agulha” para justificar o sequestro da liquidez do Plano Color).

Já a novela Que Rei Sou Eu foi mais “ao gosto” da emissora: o jovem revolucionário lutando contra uma monarquia corrupta (Edson Celulari) foi a preparação imaginária da chegada de um jovem político desconhecido (aos poucos turbinado em aparições rápidas como em programas como o do Chacrinha) chamado Collor de Melo. O bordão “povo de Avilã” passou a ser usado por ele em palanques.

Ainda poderíamos citar a inacreditável mensagem subliminar em um “selo” (composição de elemento gráfico que identifica editorias em telejornais) do Jornal da Globo onde, em pleno “Caos Aéreo” após o acidente da TAM em Congonhas em 2007, aparecia a sigla PT em uma animação que simulava um letreiro de informações de voos em aeroportos (veja figura ao lado).

Ou ainda o sincronismo da vinheta de comemoração dos 45 anos da TV Globo não só com o número do PSDB como também a letra da música com os bordões usados pelo candidato Serra nos palanques.

O espaço aqui não permitiria uma extensa lista de intervenções explícitas e sincronismos mas o plano diacrônico deixa bem claro que a recorrência desses fenômenos é significativa, principalmente porque parece ser seletiva: durante os anos 1990, quando as políticas neoliberais de privatizações no atacado era hegemônicas, a TV Globo no máximo utilizava estratégias diversionistas como, por exemplo, o longo tempo dado para o nascimento da filha da Xuxa no Jornal Nacional em detrimento ao polêmico leilão de privatização da Telebrás em 1998, colocada em segundo plano naquele dia.

c) Teste de Comutação

Um teste simples sugerido por Roland Barthes para o analista encontrar as menores unidades de significação em um texto ou imagem: descobrir a existência de outros signos correlatos dentro do paradigma (no reservatório de signos disponíveis em uma determinada letra, palavra, frase etc.) e substituí-los, até encontrar a mudança de significado.

No caso do logo da telenovela global não é necessário muito esforço: na tabela do alfabeto Leet podemos encontrar os seguintes signos para designar a letra “A”: 4, /, @, /-, ^, ä, a . Por que não grafar o logo pelo alfabeto Leet dessa maneira: G3R@Ç@O BR@S1L? Ou em termos de um design mais elegante sem tantos movimentos em espiral: G3R/Ç/O BR/S1L?

O teste de comutação demonstra que houve uma escolha arbitrária dentro de um repertório de signos possíveis. Essa escolha arbitrária poderia ter sido casual ou motivada por alguma intencionalidade? Uma simples opção estética do designer ou alguma intencionalidade que perpassou por toda a cadeia criativa? Essa intencionalidade poderia ser percebida na evolução do logo: no início ele propunha um conceito totalmente diferente, com a letra “A” em destaque numa analogia ao símbolo do Anarquismo, já que o plot da novela lida com jovens e novas tecnologias.

Gestalt e o centro visual do logo

Mas com uma análise através da Gestalt (chamada psicologia da forma ou o estudo das maneiras como a mente configura formas através da percepção e visão pelo jogo figura/fundo) podemos nos certificar que o /4S1/ ocupa praticamente uma posição central na composição do logo.

 

Wilson Ferreira

Wilson Roberto Vieira Ferreira - Mestre em Comunição Contemporânea (Análises em Imagem e Som) pela Universidade Anhembi Morumbi.Doutorando em Meios e Processos Audiovisuais na ECA/USP. Jornalista e professor na Universidade Anhembi Morumbi nas áreas de Estudos da Semiótica e Comunicação Visual. Pesquisador e escritor, autor de verbetes no "Dicionário de Comunicação" pela editora Paulus, e dos livros "O Caos Semiótico" e "Cinegnose" pela Editora Livrus.

59 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Wilson, vc matou a charada

    “No caso do logo da telenovela global não é necessário muito esforço: na tabela do alfabeto Leet podemos encontrar os seguintes signos para designar a letra “A”: 4, /, @, /-, ^, ä, a . Por que não grafar o logo pelo alfabeto Leet dessa maneira: G3R@Ç@O BR@S1L? Ou em termos de um design mais elegante sem tantos movimentos em espiral: G3R/Ç/O BR/S1L?”

    E antes de ganhar o fundo azul tucano, a cor era preta, e ai foram moldando ao gosto do cliente…rsss

     

    1. Não se trata de intenção de operar no subconsciente coletivo?

      Logo Geração Brasil

      Hum….ainda há quem digia que é tudo coincidência….sei

      Não se trata de intenção de operar no subconsciente coletivo?

      Na verdade o povo brasileiro deixa-se manipular pq está na estaca zero no que diz respeito à alfabetização digital

  2. “Já a novela Que Rei Sou

    “Já a novela Que Rei Sou Eu foi mais “ao gosto” da emissora: o jovem revolucionário lutando contra uma monarquia corrupta (Edson Celulari) foi a preparação imaginária da chegada de um jovem político desconhecido (aos poucos turbinado em aparições rápidas como em programas como o do Chacrinha) chamado Collor de Melo. O bordão “povo de Avilã” passou a ser usado por ele em palanques.”

    Nunca ouvi falar disso, que Collor usou esse bordão em palanques.

    1. Nem eu, mas deve ter um vídeo

      Nem eu, mas deve ter um vídeo por aí. Tem youtube pra todo gosto e oportunidade.

      Aliás, por falar em Collor (desculpem, não é trollagem ), ele não ganhou nem mesmo pela edi,ão do debate com o Lula, e sim porque a eleição deve ter sido fraudada.  Afinal, 6 meses depois da posse não se encontrava um cidadão que votara nele …

      De acordo com o que diziam à época os que com certeza votaram no Collor e estavam envergonhados, declarando voto diferente, o eleito teria sido o Covas. Santa hipocrisia, Batman.

  3. Wilson, tem um porém no

    Wilson, tem um porém no início do texto. Você colocou que o partido do Campos é o PSL, quando o correto é PSB.

  4. O feitiço vira contra o feiticeiro

    Talvez seja por isto mesmo que o feitiço vai virar contra o feiticeiro. A Globo tem perdido velozmente audiência inclusive nas tão propaladas novelonas. O público que assiste aquilo lá não é tão passivo e manipulável como marqueteiros pensam. Em tempos de internet, este público está se acostumando com a interatividade e não gosta de ser tratado como massa de manobra. Quer opinar, quer debater, quer interagir negativa e positivamente, como na internet. A Glogo corre o risco de sair deste processo menor do que quando entrou. É o risco de partidarizar até as novelas (como tentaram fazer com as chuvas relacionando-as ao racionamento de eletricidade: o que vai ocorrer é o racionamento de água em São Paulo, sob a administração tucana, água que não gera eletricidade e que deixou de ser armazenada por falta de investimento e por imprevidência do governante tucano).

  5. O feitiço vira contra o feiticeiro

    Talvez seja por isto mesmo que o feitiço vai virar contra o feiticeiro. A Globo tem perdido velozmente audiência inclusive nas tão propaladas novelonas. O público que assiste aquilo lá não é tão passivo e manipulável como marqueteiros pensam. Em tempos de internet, este público está se acostumando com a interatividade e não gosta de ser tratado como massa de manobra. Quer opinar, quer debater, quer interagir negativa e positivamente, como na internet. A Glogo corre o risco de sair deste processo menor do que quando entrou. É o risco de partidarizar até as novelas (como tentaram fazer com as chuvas relacionando-as ao racionamento de eletricidade: o que vai ocorrer é o racionamento de água em São Paulo, sob a administração tucana, água que não gera eletricidade e que deixou de ser armazenada por falta de investimento e por imprevidência do governante tucano).

  6.   A essa altura alguém pode

      A essa altura alguém pode até se contrapor ao que diz o Wilson, mas que ele embasou muito bem o artigo, embasou.

      Eu acredito na versão da “bomba semiótica”, e lembrei de outra coisa: essa novela (obviamente com seu logo) não acaba bem no horário em que começará o horário eleitoral?

  7. Se O PT consente?

    Por qual motivo os outros partidos, principalmente o PT, não questionam, junto ao TSE, contra este “inocente” titulo.

    Na verdade o motivo de sempre: Medo da Globo.

    Só resta aguentar e ver isto se repetir até a eternidade ou até o partido ser destruído completamente.

  8. A única razão pra eu não

    A única razão pra eu não esquentar muito  minha cabeça com mais esta maquinação de rede globo é a mais baixa audiencia de suas telenovelas em todos os tempos. Não sei se são ruins mesmo, já que não assisto, ou se o povo já percebeu todas estas armações!!

    1. Pois é. Com a qualidade e a

      Pois é. Com a qualidade e a audiência das novelas da Globo, a “bomba” vai funcionar ao contrário, vinculando o PSDB a um novo fracasso.

       Seá a parceria perfeita…

    2. Braga, quisera fosse simples

      Braga, quisera fosse simples assim. A Globo tem uma equipe poderosa de psicólogos e psicólogas pagos a preço de ouro pra fabricar esse tipo de “inocência semiótica” ou “casual coincidência”; esses proficionais sabem que o objetivo é trabalhar o inconsciente dos desavisados, das donas de casa, dos jovens (novos eleitores); o 40 e e o 45 podem ser pra mim ou pra você facilmente indentificados no “despretencioso” logo da novela, mas não o são para a maioria dos fãs e maníacos pela Globo e suas novelas, note que essa á trama da 19 h, logo vai ser veícula antes do JN (o carro chefe da campanha tucana e de Campos/Marina); imagine o efeito que esses dois inocentes (os números 40 e 45 dispostos assim tão casualmente) insights não fabricam na cabeça das pessoas que se pautam por novelas e pelo noticioso de horário nobre dos Marinhos… é como lobotomia meu caro, quando se der conta o sujeito, ou a sujeita, estarão completamente entorpecidos pela ideia implícita dessa propaganda pra lá de escrota.

      Lembro bem de uma novela global em 2006 das 21h onde o personagem de Milton Gonçalves, um político pra lá de cafageste e corrupto, sempre aparecia em cena vestindo uma camisa vermelha, a tranposição para o vermelho do PT era evidente, e isso em plena eferverscência da campanha presidencial; a Globo é ardilosa e canalha, e isso desde seu surgimento em 1964.

  9. Incrível!

    Muitas vezes considero que a erudição é uma espécie de ignorância. Ao ler esse texto não pude deixar de perceber a lógica, a epistemologia, o logos, a razão pautada em conhecimentos bastante aprofundados de semiótica. Mas veja, ao mesmo tempo me pareceu aquelas teorias conspiratórias que dizem sobre bíblia e as palavras nela contida que com seu reagrupamento formam-se premunições e advinhações de acontecimentos históricos. Daqui a pouco utilizarão pseudociência para explicar a existência dos exilados de Capela, ou dizer que através da semiótica a lua é um signo do queijo, e portanto fico com vontade de comer provolone ao olhar para ela. Absurdo…

    1. é ao contrário

      Ao olhar para o queijo vc vai se lembrar da lua e vai dar vontade de comer, ao olhar pro cigarro vai se lembrar associar a uma bela mulher e vai querer fumar, mas é isso mesmo, imagens mentais despertando desejos através de associações

  10. Dia da Vitória

    Todos os anos, no dia 8 de maio, devemos prestar uma homenagem a todos que lutaram contra o poder nazista que poderia ter destruído a democracia no planeta Terra!!!

     

    8 de maio: NAZIS SURRENDER!!!!!

  11. Com tantas maneiras de

    Com tantas maneiras de escrever o nome da novela, eles escolhem essa ? Para mim tanto faz, pois voto nulo, só acho que foi burrice, depois eles reclamam porque o IBOPE tá fraco! A TV tem que ser imparcial!

  12. Defeito nas Avaliações

    Reitero que tem sido frequente a evidência de mal funcionamento no mecanismo de avaliação de alguns comentários neste blog. No caso presente, não funciona o mecanismo de avaliação dos comentários intitulados “O Feitiço Vira Contra o Feiticeiro” e “Mística, Fcição, Parrarealidade e Política”. Será que é efeito de algum hackeamento tucano?

    1. (O blog eh assim desde o

      (O blog eh assim desde o comeco, Maar, voce tem que vir pra pagina, apertar qualquer “link permanente”, e fazer o reload.  So depois voce pode estrelar os comentarios que quizer e que forem escondidos pelo “ver mais” defeituoso.)

      1. Procedimeno Dribla Defeito

        Caro Ivan, agradeço pela dica. Após a realização do procedimento recomendado por você, com o click no Link Permanente, o referido defeito foi superado e então foi possível registrar avaliação dos comentários citados. Todavia, cabe ressaltar que a perpetuação da existência do referido defeito constitui fato negativo, e considero recomendável que haja manifestação dos responsáveis pelo blog acerca deste problema e da busca de uma desejável solução efetiva.

  13. GLOBO TENTA MATAR 2 COELHOS COM UMA PAULADA SÓ

    Não sei se todos perceberam, mas dentro dessa armação tem o número do PSB = 40, portanto a globo tenta fixar nas mentes os números 40 e 45, realmente além de descarada e maquiavélica a platinada está desesperada. Acho que fugiram da escola e não aprenderam a somar, vamos ensinar: 40+45= 85, somando 8+5= 13 e 13 é DILMA na cabeça!!!!!

    1. Além disso

      Como diria Zagallo: geração brasil tem 13 letras. Outro tiro no pé.

       

      Att

       

      Tio_Zé_bloqueado_eternamente_na_papuda_do_nassif

  14. Mensagem subliminar

    A Globo lançou a novela G3R4Ç40 BR45IL. É um produto DE QUALIDADE DUVIDOSA, sob um ponto de vista subliminar.

    eu poderia dar 13 razões sobre como É MAIS importante o EMPREGO do tempo com SAÚDE e EDUCAÇÃO.

  15. Método paranóico-crítico.

    Conforme escrevi no outro post, há também aí o número 13, só que invertido: mais subliminar impossível… Claro que a Globo é tucana, ou mais propriamente anti-PT, mas isso é mais eficaz no noticiário, que impõe aos espectadores a visão político-editorial da empresa, disfarçada de neutralidade e objetividade jornalísticas. Isso se junta, claro, a outros setores de sua programação, devidamente contaminados, sob a capa da inocência consumível. Se isso aí era pra ser propaganda, já era. Foi desmascarada. Se não era pra ser, ficou sendo. Dançou.

  16.       A     T  V       6L030,

          A     T  V       6L030, introduz  novilíngua através da  semiótica. Graças  ao analfabetismo funcional, tão decantado e desejado pela  turma da bufunfa,  atingirão  o nível de incompreensão  nacional.

     Ao    Ali Kamel, restará o Esperanto…

  17. Não sei se tem algo a ver ou

    Não sei se tem algo a ver ou não, ou pode ser mera coincidência, mas, fato é que, aqui em Minas Gerais, a Unimed tem divulgado publicidade nas rádios que termina com a frase: “Vamos coversar?”.

  18. Então a situação poderia

    Então a situação poderia também lançar sua propaganda subliminar que o efeito seria melhor:

    13RASIL GERANDO ENERGIA

  19. O logo da novela e a bomba semiótica da pararrealidade

    Esqueceu de dizer que, quando a Glo bo quis o Collor fora do governo, colocou a minisserie “Anos Rebeldes” no ar.

  20. O logo da novela e a bomba semiótica da pararrealidade

    Quando vc olha para o nome da novela, o olho fica no BR4S1L, e não nos dois números 40 e 45. Então, a mensagem não considera o 40 do Eduardo Campos.

  21. Valeu Wilson. Mais claro que

    Valeu Wilson. Mais claro que isso, impossível. E permito-me ir um pouco além. Esse logo tenta firmar uma conexão entre a juventude que vai votar pela primeira vez e os candidatos da oposição. O número 45 é o gatilho. Mas obviamente haverá uma tentativa da direita em assossiar a juventude dos candidatos à juventude dessa tal “nova” geração, que rejeita a “velha política”

    O “internetês” ajuda nisso. E eles acreditam que confrontando os “garotos” 40 e 45 com a “coroa” 13 vão induzir essa geração a escolher os primeiros. O unico problema ao meu ver é que é dificil assossiar o PSDB a esse “desejo do novo”. Mesmo que o Aécio tivesse 19 anos de idade.

    Essa é uma geração que desconfia muito tanto do PT quanto do PSDB. Quem teria chance de implacar com uma estratégia desse tipo seria a Marina. Ou quem sabe o Barbosão. O Dudu não consegue disfarçar toda sua “politiquisse”. O que até acho bom

  22. Pois é, mas não esqueçamos das novas mídias!

    Sem prejuízo das preocupações com as mídias tradicionais, como TV e rádio, em que Globo e CBN são as principais armas da oposição, também deveríamos ficar atentos aos novos meios, como o Youtube e o Facebook.

    Tenho no meu FB muitas pessoas que têm cerca de 20 anos e postam frequentemente vídeos de um canal do Youtube chamado TV Revolta. Não sei se alguém mais já teve o desprazer de ver essa TV Revolta, mas tenho a impressão de que sua influência está se alastrando. Trata-se de uma coletânea de vídeos curtos de “ícones” da direita com certo apelo juvenil, como Gentili, Sheherazade, etc. No menu, só vídeos falando sobre os riscos da ditadura do PT, dos planos de dominação total do PT sobre o Brasil, etc. Creio que isso pode ter muito mais influência sobre a tal “geração Brasil” do que a mensagem subliminar da novela da Globo!!

    Para uma geração com pouco contato com a leitura, Gentilis e Sheherazades terminam sendo fontes de formação de opinião. Já tentei argumentar com o pessoal dessa geração, mas infelizmente a linguagem deles é outra, é a dos vídeos curtos, das pequenas tiradas ou dos pequenos discursos inflamados. A esquerda precisa urgentemente de comunicadores para essas novas linguagens. Acho que um dos efeitos colaterais do economicismo de Dilma foi perder o contato com as novas gerações, de forma que comunicadores espontâneos não estão surgindo para equilibrar o jogo nesse front.

  23. A Globo Sempre Se Valeu de Mensagens Subliminares

    Boa tarde. A diferença ora é que escancarou, perdeu todo o resguardo que o PIG, como um todo, ainda buscava manter. Havia uma novela, nos tempos acres do FHC, com a poupança indo para o limbo, além, claro, do país, não me lembro de seu nome, pois não as costumo acompanhar, onde o canastrão Jece Valadão dizia, em tom de arrependimento:

    — “… Se eu tivesse uma Caderneta de Poupança.”.

    É possível que tenha funcionado, até certo ponto; mas, de cara, não impediu o FHC de fazer a sua catarse: quebrar o país, três vezes…

  24. Pararealidade é o seguinte: A

    Pararealidade é o seguinte: A Glbo já era, e ao fazer cena tenta demonstrar que ainda está viva . . . . acredite quem quiser . . . . .

  25. Quanta pseudociência. Quanto
    Quanta pseudociência. Quanto besteirol em linguagem rebuscada. Esta história de tudo ser bomba semiótica é de uma superficialidade que sequer esconde a teoria conspiratória embaixo do verniz científico. Daqui a pouco vão dizer que tudo vem dos Iluminatis ou dos onze sábios que dominam o mundo.
    Haja saco para esta gente que fica encontrando símbolos maçons e iluminatis até no meio das nuvens.
    Ou vendo “bombas semióticas” em simples trabalhos de designers.

  26. O cachimbo faz a boca torta.

    Nada é por acaso. Nenhuma obra é neutra. Todos sabemos que a mídia corporativa tenta induzir comportamentos (consumo) e sensos políticos, com a camuflagem das mensagens em formas e discursos.

    A indústria do tabaco utilizou-se de Hollywood e seus ícones para disseminar o hábito do fumo, assim como whiskhey e outros produtos, além da cultura do automóvel e das armas.

    A Fox e outras construíram a Guerra ao Terror, junto com os falcões neocons.

    Aqui, na globo e co-irmãs, a semiótica e a subliminaridade estão presentes em cada editorial e matéria, buscando moldar escolhas e gostos.

    Há sempre sucesso? Nem sempre.

    Mas ignorar que este é o motor da indústria jornalística e do entretenimento é bobagem.

    Wilson Ferreira, como sempre, só nos fez enxergar aquilo que não vemos, justamente, por estar embaixo do nariz.

    Como diz Jackson Antunes para Selton Mello, em seu personagem no filme O Palhaço, quando o último, protagonista busca sua própria definição: “O gato bebe leite, o rato come queijo, e a gente é o que é!”.

    A globo é a globo.

     

    1. Todos os números, exceto o 13.

      Nenhum especialista em exercício de imaginação, teria a capacidade humana, de “visualizar”o 13 neste logotipo. Consegue-se “enxergar” os números 30; 41; 44; e com uma imaginação fértil(não tão “criativa” quanto a do designer)só se consegue enxergar o número 31, ou seja, o contrário de 13, que é a intenção real. Agora o 40 e o 45, qualquer “inocente” enxerga.

  27. Criação estética, porra nenhuma !

    Será que qualquer brasileiro minimamente antenado com a informática, creditaria a um designer esta criação estética, tão coincidente com as simpatias da Rede Globo, que sem nenhum escrúpulo, tentam formar a opinião dos telespectadores , incrustando em suas mentes, os números dos partidos PSD e PSDB, e assim como aquele anúncio da Vivo, que choca e minimiza a inteligencia dos brasileiros, quando tenta desconstruir o número 13, do PT, como algo assustador e de mau agouro.

    Respeito a criação que alguns profissionais da criação de algumas agências de publicidade, porem não aceito que em nome de uma encomenda de um cliente qualquer, tentem “vender” uma mensagem partidária, e muito menos, que uma concessão pública dos meios de comunicações, queiram “enfiar goela abaixo” dos seus telespectadores, um título de novela, que deveria ser tirado do ar, pois afronta e desrespeita a legislação eleitoral, por ser uma propagand partidária perceptível por qualquer ignorante, e só aceita, por quem não liga pra política enm pelo respeito às regras políticas em vigor.

    Os têxtos sócio-fillosóficos do comentarista que teve seu post levado a debate, para ser pauta, explica mas não justifica, este absurdo praticado pela Globo, e esta afronta à inteligencia e às opções políticas dos brasileiros, “já” bem crescidinhos. 

  28. Globo

    Uma coisa tenho certeza se o Brasil não tivesse rede globo ja seriamos a segunda economia do planeta ela é o atraso do atraso.[é só nõ errar a mão no horario eleitoral].

  29. Desespero.

    A Rede Gllobo sempre se utilizou de mensagens subliminares.

    Em 2002 fizeram um série de reportagens sobre SERRRA Leoa.

    Em 2010 tentaram emplacar o 45 em seus anúncios, com a justificativa de que representavam o tempo de criação da rede.

    Então não há surpresa neste título alfanumérico.

    A pergunta que deve ser respondida é: por que em ano eleitoral cria-se uma chamada de novela com esta simbologia?

    O escorpião não muda. 

  30. vejo apenas a pintura do pensamento de quem criou…

    algo assim:

    eu não tenho o que escrever, mas sei como agradar o patrão

     

    tudo funciona assim na Globo

  31. O Jornal Nacional noticiando

    O Jornal Nacional noticiando a corrupção de um político do PP, Bonner fala “PP” e qualquer pessoa com audição normal jura ter ouvido “PT”. Isto acontece direto. Outra cena curiosa foi a queda de um avião de pequeno porte e o repórter da Globo se posicionou ao lado do prefixo “PT” numa das poucas partes que sobraram do avião. 

  32. Frase do grande Franklin

    Frase do grande Franklin Roosevelt ” Em política, nada ocorre por acaso. Cada vez que um acontecimento surge, pode-se estar seguro que foi previsto para levar-se a cabo dessa maneira”.

    A globo colocou o Collor, o FHC, o LULA, a Dilma e parece que agora quer colocar o Aécio ou tirar o PT; a globo é uma simples empresa e como tal visa o lucro, possivelmente o PT deve estar regulando o aporte de grana para a globo e o PSDB deve ser um melhor negócio, outra coisa é a tentativa da esquerdalha em censurar a mídia( hoje é o SBT amanhã quem sabe a globo) de forma que é melhor uma ação preventiva contra essa ameaça; seja como for com essa ação da globo todos os brasileiros serão beneficiados.

  33. De novo o mesmo artificio

    De novo a mesma ação da Globo. 

    Me lembro que na sexta-feira anterior ao domingo, da eleição de 2010, durante a exibição do Globo Reporter, apareceu o nome da reporter Cristiana SERRA umas 30 vezes, coisa que se fosse exibido em qualquer outra semana, o nome da reporter apareceria apenas no inicio do programa. Podem verificar, uma vergonha.

  34. Nassif,Se a globo teve a

    Nassif,

    Se a globo teve a intenção de fazer tal coisa, não duvido. No entanto, no meu caso e espero de muitos outros, é que isso não faz a menor diferença, pois não assisto a essa novela, nem mesmo sabia em que horário passava.Sério! Não é piada ou ironia, não sabia mesmo. Entendeu, Nassif, a tv dos marinhos já não atinge tanta gente. O que isso representa mesmo e de forma mais clara, é a sua cobertura jornalística tendenciosa, o que a faz cair ainda mais em descrédito.  

  35. Mística, ficção, pararrealidade e política

    A mística é usada como instrumento de dominação..ora usam a religião, ora a ficcção, isso que Wilson chama de pararrealidade, a suprarrealidade prá colocar o sujeito no céu e esquecer-se do seu entorno,,..é isso o que está acontecendo nestas eleições e será assim até a votação…vai Globeleza que essa eleição é tua….,

    “(…) O Brasil lúmpen e místico, secularmente confinado, reprimido, silenciado e desacreditado, emergiu nos interstícios do cerceamento partidário durante a ditadura e ganhou vida própria após a cessação do autoritarismo. Por meio deles as estruturas políticas profundas da sociedade brasileira redefiniram o sentido da política, as funções dos partidos e o alcance da democracia. O autor retoma neste livro a tradição esquecida da interpretação do Brasil político nas suas anomalias constitutivas, que o fazem discrepante dos modelos relativos às sociedades de clássica referência das análises políticas.” (Da Ficha Técnica do livro Política do Brasil  – Lúmpen e místico)

    http://www.editoracontexto.com.br/politica-do-brasil-a.html

     

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador