Wilson Ferreira
Wilson Roberto Vieira Ferreira - Mestre em Comunição Contemporânea (Análises em Imagem e Som) pela Universidade Anhembi Morumbi.Doutorando em Meios e Processos Audiovisuais na ECA/USP. Jornalista e professor na Universidade Anhembi Morumbi nas áreas de Estudos da Semiótica e Comunicação Visual. Pesquisador e escritor, autor de verbetes no "Dicionário de Comunicação" pela editora Paulus, e dos livros "O Caos Semiótico" e "Cinegnose" pela Editora Livrus.
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Os “rolezinhos” são um Cavalo de Tróia?

Sintoma do apartheid social? Flash mob da periferia? Movimento consciente de protesto? Movimento político? Luta de classes? Repique das grandes manifestações de Junho? A maioria das abordagens sobre o fenômeno dos rolezinhos parece se esquecer de um importante detalhe: são eventos feitos para a mídia, divulgados pela mídia e repercutidos pela mídia. Antes de ser um sintoma sociológico ou econômico, é um evento midiatizado. Por isso se aplicaria nessa discussão o clássico enigma pragmático dos estudos de comunicação: quem comunica o que, para quem e com qual efeito. Em outras palavras, para além do fenômeno sociológico ou econômico, há o semiótico cuja análise traz uma importante suspeita, a de que os rolezinhos teriam se tornando para a grande mídia um autêntico cavalo de Tróia, uma nova modalidade de bomba semiótica na atual guerrilha linguística que se trava no contínuo midiático pela conquista da opinião pública.

Certa vez o professor de filosofia Boris Groys fez em 2001 uma profética advertência às ciências sociais como a Economia e a Sociologia: “Sem prejuízo do que todas essas veneráveis ciências são capazes, incorrem elas num erro fundamental. Não consideram a possibilidade de que a própria realidade, inclusive toda a sociologia, a ciência econômica etc., possa ser um filme mal produzido.” – veja GROYS, Boris. “Deuses Escravizados: a guinada metafísica de Hollywood”. Groys não se referia apenas ao súbito interesse metafísico de Hollywood através de filmes como Show de Truman ou Matrix. Mais do que isso, lançava uma suspeita de que Hollywood já expressava o fato de que a própria realidade estaria se transformando em um filme. E, o que é pior, mal produzido.

Para Groys o “erro fundamental” seria o fato dessas ciências não perceberem que os seus “objetos” (o “econômico”, o “sociológico” etc.) estariam sendo assumidos ou simulados em ambientes altamente midiatizados pelas tecnologias de comunicação e informação. Em palavras diretas: os fenômenos econômicos e sociológicos seriam antes de tudo fenômenos midiáticos nas suas diversas modalidades: efeitos virais, profecias auto-realizáveis, paradoxos quânticos (o olhar tecnológico da mídia altera o próprio objeto que está sendo observado) etc.

Por isso, os fenômenos e eventos atuais cada vez mais se tornam uma “segunda natureza”, isto é, linguagem. Deixam o campo econômico, político ou sociológico para se inserir no linguístico ou semiótico.

A natureza midiática dos rolezinhos

Portanto, qualquer fato ou fenômeno deve ser analisado não somente pela sua área de especialização científica (sociologia, economia etc.), mas, segundo o método semiótico, deve ser analisado por três planos ao mesmo tempo distintos e simultâneos: o semântico, o sintático e o pragmático.

Com o fenômeno dos chamados “rolezinhos” não seria diferente: seja um fenômeno de antropologia urbana (envolvendo identidade, consumo e discriminação) ou sociológico (o confronto de uma nova classe média em ascensão entrando em choque com redutos de consumo tidos como exclusivos da classe média alta), ele possui uma evidente natureza midiática – ocorre em ambientes altamente midiatizados dos shoppings (câmaras de segurança, câmaras das próprias vitrines onde o consumidor se vê não mais em espelhos, mas em telas; grifes, marcas e décor televisivamente familiares), para repercussão viral por meio das redes sociais e pelas ondas concêntricas das mídias de massa, o que faz os rolezinhos se retroalimentarem em looping.

Por ser um fenômeno realizado através das mídias, para as mídias e alimentado pelas mídias, ironicamente os discursos sociológicos ou antropológicos seriam como que “canibalizados” pela lógica midiática como fator que gera ambiguidade e polêmica (o que são, afinal, os rolezinhos?) que, como sabemos, é o fator propulsor para a disseminação de memes (sobre esse tema clique aqui). Ao tentarem explicar ou dar sentido aos rolezinhos, esses discursos seriam “devorados” pelo próprio fenômeno midiático, ajudando a repercutir eventos cuja recorrência nos meios de comunicação possui certamente um interesse “pragmático”.

Ou seja, essa midiatização dos rolezinhos transforma-os em mais uma bomba semiótica, mas agora uma bomba de nova modalidade: um cavalo de Tróia. Para compreendermos os rolezinhos por esse ponto de vista que vê esse fenômeno como uma nova modalidade de bomba semiótica, vamos compreendê-los como funcionam por meio da articulação de três planos semióticos: o plano semântico, o sintático e o pragmático.

Nível semântico: o que significam os rolezinhos?

Fenômeno que rompe o apartheid social? Flash mob da periferia? Movimento consciente de protesto? Movimento político? Luta de classes? Estranha pós-modernidade? A esmagadora maioria das abordagens mobiliza um arsenal de conceitos clássicos das ciências sociais (Marx, Durkheim, Weber) para entender o que esse fenômeno denota ou conota. Qual o seu sentido, entender o seu significado profundo para que possamos ver nos rolezinhos o início de alguma tendência.

Rolezinhos: mobilizações conscientes ou
de “conotação política”

Na massa de análises das últimas semanas, abriram-se dois caminhos que tentam dar um significado ao fenômeno: ou há uma consciência nessa mobilização (e, por isso, adquirem o status de “protestos”) ou então o fenômeno possui uma “conotação política”, isto é, a cabeça daqueles rapazes com bombetas, bermudas e tênis Mizuno que lotam os corredores de shopping não tem a menor consciência do significado dos seus atos, embora em si os eventos tivessem um significado político.

Em síntese, o plano semântico abre para uma espiral ascendente de interpretações cuja principal consequência é transpor o fenômeno do campo policial ou das notícias diversas para as editorias nobres de Política, das colunas de editorialistas até chegar a artigos de natureza acadêmica.

O nível sintático: arbitrariedade e recorrência nos rolezinhos

Nesse nível encontramos um padrão, um modus operandi, um código que parece organizar a transformação do fenômeno em notícia e, depois, em evento midiático.

Primeiro: a arbitrariedade. De repente, rolezinho vira um conceito elástico: já existiria desde os anos 1960 nos EUA quando universitários negros vestindo suas melhores roupas entraram em uma lanchonete reservada a pessoas brancas, sentaram e fizeram seus pedidos para a perplexidade dos clientes bem nascidos. Estratégia retórica para atribuir um significado histórico a um fenômeno atual. Dessa forma, os rolezinhos ganham um status histórico, conquistando a seriedade e o peso de significação que o nível semântico tanto procura.

Num esforço de pesquisa
etnográfica Folha de São Paulo 
monta o “estilo rolezinho”: grande mídia
morre de amores por eles

Com as grandes manifestações de rua a mesma operação semiótica foi acionada ao aproximar as fotos das multidões nas ruas de São Paulo com as antigas fotos em preto e branco dos protestos estudantis de maio de 1968 na França ou os movimentos de resistência de rua ao golpe militar brasileiro de 1964.

Outra questão seria o timing do evento: por que só agora ganhou a atenção midiática e transformou-se em notícia? “Bandos”, “ameaças de arrastão” ou “grupos exaltados” assombram espaços de consumo como em janeiro de 2013 no Itaú Power Shopping em Contagem/MG, em 2012 no mesmo local em um show do funkeiro Mr. Catra ou em agosto do ano passado no Shopping Estação em BH com encontro de mil pessoas que supostamente teriam combinado pelo Facebook. Eventos como esses ocupavam espaços nas mídias em editorias menos nobres, já que as principais se ocupavam com as grandes manifestações de rua.

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Wilson Ferreira

Wilson Roberto Vieira Ferreira - Mestre em Comunição Contemporânea (Análises em Imagem e Som) pela Universidade Anhembi Morumbi.Doutorando em Meios e Processos Audiovisuais na ECA/USP. Jornalista e professor na Universidade Anhembi Morumbi nas áreas de Estudos da Semiótica e Comunicação Visual. Pesquisador e escritor, autor de verbetes no "Dicionário de Comunicação" pela editora Paulus, e dos livros "O Caos Semiótico" e "Cinegnose" pela Editora Livrus.

9 Comentários

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  1. Achei bacana a citação das

    Achei bacana a citação das ideias do professor de filosofia Boris Groys. Legal a forma como ele enxerga a possibilidade da sociologia e da economia falarem de pseudo-realidades ou realidades fabricadas pela mídia etc.

    Mas voltando ao ponto do texto, a tal análise pragmática dos rolezinhos (uma das dimensões da análise semiótica, de acordo com o texto), acredito que faltou apontar então o que fazer com o fenômeno dos rolezinhos diante dessa suposta manipulação praticada pela grande mídia, que geraria um “cavalo de Tróia”.

    Não acreditar que a ascenção da classe C só gera o caos e a desordem? Não acreditar na suposta criminalização das redes sociais, das quais cada vez mais pessoas participam?

    Se for esse o ponto do texto, creio que isso naturalmente pode ser compreendido pelas pessoas em geral, sem precisar desse sofisticado arsenal linguístico como background argumentativo.

  2. A semiologia é poderosa, mas tem limites

    Nao passa por cima da realidade econômica e social, que podem ser transformadas sim, mas só até certo ponto, a partir do qual a realidade se impõe. 

  3. “… pela conquista da

    “… pela conquista da opinião pública”

    Taí de novo… se não souber o que falar tasca um “opinião pública” ou um “soberania nacional” que serve tanto pró como contra…

  4. Como a mídia noticiou o primeiro rolezinho em BH em 15/08/13

    Venda Nova
    Encontro marcado pelo Facebook causa tumulto em shopping de BH
    A administração do shopping informou que estariam acontecendo rixas entre os jovens, e que, talvez, alguns deles estivessem armados
    PUBLICADO EM 15/08/13 – 19p6
    Gustavo Lameira

    Lojistas e clientes do shopping Estação BH, na região de Venda Nova, foram surpreendidos na tarde desta quinta-feira (15), com uma aglomeração de jovens no local. O encontro teria sido marcado pelo Facebook, para este feriado em Belo Horizonte.

    De acordo com a Polícia Militar (PM), a administração do shopping informou que estariam acontecendo rixas entre os jovens, e que alguns deles poderiam estar armados. Uma pessoa foi detida pela segurança, por ter quebrado uma das portas de vidro do shopping. O suspeito foi levado para a 7ª Seccional, no bairro Santa Branca, na região da Pampulha.

    Uma funcionária do Estação BH ligou para a reportagem de O TEMPO, dizendo que a suspeita era a de arrastão, apesar de a loja em que trabalha não ter sido saqueada. A mulher disse ainda que a segurança teria pedido aos lojistas que baixassem as portas e não saíssem do shopping até segunda ordem. Ainda conforme os militares, o grupo entrou e saiu do local diversas vezes. O shopping tem sua saída principal pela avenida Cristiano Machado, e também é ligado à estação de metrô Vilarinho.

    Às 20h, a administração informou que o grupo estava do lado de fora, se dispersando. Neste momento, a segurança mantinha a guarda e o shopping estava em funcionamento. Ninguém ficou ferido.

    Atualizada às 20p0

    VIROU FESTA
    Tumulto em shopping de Venda Nova termina com oito detidos
    Nesta semana, outro conflito aconteceu no mesmo centro comercial; com medo, lojistas baixaram as portas
    PUBLICADO EM 17/08/13 – 22p9
    CAROLINA CAETANO

    Seis adolescentes com idade entre 14 e 17 anos foram apreendidos e dois homens, de 19, foram presos após um tumulto no Shopping Estação BH, na região de Venda Nova, em Belo Horizonte, neste sábado (17).

    Mais uma vez, os jovens marcaram o encontro pelo Facebook e teriam informado que quem fosse ao evento teria comida e bebida liberadas.

    De acordo com a Polícia Militar, a confusão começou na praça central e, durante o tumulto, os jovens começaram a correr pelo centro de compras. Com medo de um arrastão, alguns lojistas fecharam as portas de suas lojas.  

    Militares do 13º Batalhão e o Juizado da Infância e da Adolescência  foram acionados pela administração do shopping. Quando chegaram ao local, a situação já estava controlada.

    Ainda segundo a polícia, a intenção dos jovens era saquear lojas. Um deles estava com dois rojões, que seriam usados durante a bagunça.

    Pelas redes sociais, alguns clientes repercutiram o caso. Pelo Twitter, um usuário chegou a afirmar que não voltaria ao shopping nunca mais. Outros destacaram as últimas confusões no local. Dois frequentadores chegaram a comparar o shopping a uma casa de shows da região, que já foi palco de várias brigas.

    Segunda vez

    Pela segunda vez nesta semana, frequentadores e funcionários desse centro comercial presenciam confusão protagonizado por jovens.

    Nessa quinta-feira (15), um encontro marcado pelo Facebook também causou tumulto. Duas gangues rivais se enfrentaram no local.

    Na ocasião, uma pessoa foi detida e levada à  7ª Seccional, no bairro Santa Branca, na região da Pampulha.

    Atualizada às 22p7

    Prevenção
    Shopping em Venda Nova tem segurança reforçada após série de tumultos marcados pela internet
    Durante a semana dois encontros foram marcados pela internet e prometiam lanches de graça para participantes; com medo de um arrastão, alguns comerciantes fecharam as portas de suas lojas
    PUBLICADO EM 18/08/13 – 17p1
    FELIPE WEYKMAN
    CAROLINA CAETANO

    A segurança do Shopping Estação foi reforçada na tarde desse domingo (18), após tumulto que terminou na prisão de oito pessoas, na região de Venda Nova. Na ocasião, seis adolescentes foram apreendidos e dois rapazes foram detidos.

    Apesar do reforço, o centro comercial funciona normalmente. Além da Polícia Militar, o Juizado de Menores também está trabalhando em parceria com o shopping para orientar e garantir a segurança do público e dos lojistas.

    Por questões de estratégias, a assessoria de imprensa do Shopping Estação não informou quantos seguranças foram acionados para fazer a proteção do local, mas, que o trabalho será rotineiro e sempre que necessário.

    RELEMBRE O CASO

    Seis adolescentes com idade entre 14 e 17 anos foram apreendidos e dois homens, de 19, foram presos após um tumulto no Shopping Estação BH, na região de Venda Nova, em Belo Horizonte, neste sábado (17).

    Os jovens marcaram o encontro pelo Facebook e teriam informado que quem fosse ao evento teria comida e bebida liberadas.

    De acordo com a Polícia Militar, a confusão começou na praça central e, durante o tumulto, os jovens começaram a correr pelo centro de compras. Com medo de um arrastão, alguns comerciantes fecharam as portas de suas lojas.

    Militares do 13º Batalhão e o Juizado da Infância e da Adolescência  foram acionados pela administração do shopping. Quando chegaram ao local, a situação já estava controlada.

    Ainda segundo a polícia, a intenção dos jovens era saquear lojas. Um deles estava com dois rojões, que seriam usados durante a bagunça.

    Pelas redes sociais, alguns clientes repercutiram o caso. Pelo Twitter, um usuário chegou a afirmar que não voltaria ao shopping nunca mais. Outros destacaram as últimas confusões no local. Dois frequentadores chegaram a comparar o shopping a uma casa de shows da região, que já foi palco de várias brigas.

    Segunda vez

    Pela segunda vez nesta semana, frequentadores e funcionários desse centro comercial presenciam confusão protagonizado por jovens.

    Nessa quinta-feira (15), um encontro marcado pelo Facebook também causou tumulto. Duas gangues rivais se enfrentaram no local.

    Na ocasião, uma pessoa foi detida e levada à  7ª Seccional, no bairro Santa Branca, na região da Pampulha.

  5. Claro e didático

    Olá Wilson, gostei muito do seu texto, achei bastante claro e didático. Sinceramente não tive paciência de ler todas as análises pretensamente sociológicas que foram escritas sobre esses “rolezinhos”, elas me parecem mais masturbação intelectual de quem quer tirar uma casquinha para aparecer. Creio que aparecer é a palavra-chave, gostaria de perguntar se você tem dados sobre a repercussão desse tema rolezinhos nas redes sociais. Também gostaria que se possível você comentasse sobre a teoria do Agenda-setting. A grande mídia não é amadora, o material com que eles lidam é a informação. Não há ninguém ingênuo ali. Um abraço.

  6. “Certa vez o professor de

    “Certa vez o professor de filosofia Boris Groys fez em 2001 uma profética advertência às ciências sociais como a Economia e a Sociologia: “Sem prejuízo do que todas essas veneráveis ciências são capazes, incorrem elas num erro fundamental. Não consideram a possibilidade de que a própria realidade, inclusive toda a sociologia, a ciência econômica etc., possa ser um filme mal produzido.” – veja GROYS, Boris. “Deuses Escravizados: a guinada metafísica de Hollywood”. Groys não se referia apenas ao súbito interesse metafísico de Hollywood através de filmes como Show de Truman ou Matrix. Mais do que isso, lançava uma suspeita de que Hollywood já expressava o fato de que a própria realidade estaria se transformando em um filme. E, o que é pior, mal produzido.

    Para Groys o “erro fundamental” seria o fato dessas ciências não perceberem que os seus “objetos” (o “econômico”, o “sociológico” etc.) estariam sendo assumidos ou simulados em ambientes altamente midiatizados pelas tecnologias de comunicação e informação. Em palavras diretas: os fenômenos econômicos e sociológicos seriam antes de tudo fenômenos midiáticos nas suas diversas modalidades: efeitos virais, profecias auto-realizáveis, paradoxos quânticos (o olhar tecnológico da mídia altera o próprio objeto que está sendo observado) etc.”

    Só quem somente “ouviu falar” de rudimentos de sociologia pra achar que essas tais “advertências” são assim tão sérias. o conceito de “profecia auto realizável” é tratado por Robert K. Merton desde, pelo menos. a década de 50; a noção de paradoxo já foi tratada sociologicamente por Luhmann, Teubner e outros. Sobre o olhar do observador, meudues, a antropologia e a sociologia modernas até anteciparam essa percepção antes mesmo da demonstração física e matemática…

    Esse pessoal que enfiou no bestunto que socioloogia é sinônimo de socialismo ou otros economicismos vulgares não me acrescenta quase nada.

  7. Rolezinho

    Vamos traduzir do academiquês e resumir um pouco, afinal falamos de “rolezinhos”, coisa de “pobre”zinho, afinal de contas se vc. tiver dinheiro no bolso, mas não tiver o “glamour”, não é considerado alguém… os ricos trazem o legado da casa grande, enquanto os pobres levam consigo o legado das senzalas, de seculos de escravidão, rolezinho é o cacete, acontecem encontros de muita gente nos shoppings e dentre essas centenas e milhares de pessoas, muitos, muitos são pobres, negros, e levam consigo a marca da desigualdade flagrante. Derrubem os shoppings e levantem-se as multidões.

     

     

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