A dificuldade da cobertura jornalística entender a operação Pasadena

Persiste ainda uma enorme dificuldade na cobertura da mídia, em analisar tecnicamente a operação Pasadena.

  1. Cláusula put option: em si, não tem nada de anormal.  É uma cláusula que garante aos sócios que a parte do outro não será vendida a terceiros, nem que o outro irá exorbitar no preço, quando oferecer ao sócio remanescente. O problema de Pasadena foi estar amarrada à cláusula “Marlim” – pela qual a Petrobras garantia ao sócio Astra 6,9% de rentabilidade ano. Esse foi o pecado original, grave, central.
  2. Quando o mercado desabou e a rentabilidade das refinarias ficou negativa, a parte da Petrobras perdeu valor; a da Astra permaneceu com valor alto, justamente devido aos 6,9% de rentabilidade assegurada.  Além do prejuízo global da refinaria, a Petrobras ainda tinha que bancar os 6,9% garantidos à Astra.  Por isso, não interessava à Astra investir para aumentar a rentabilidade da refinaria. Para quê investir se, não investindo, tinha os 6,9% assegurados?
  3. A Astra exerceu seu direito de “put”, oferecendo sua metade à Petrobras. E a Petrobras teve que aceitar, porque estava presa à armadilha da cláusula Merlim.
  4. Os cálculos do prejuízo da Petrobras estão  superavaliados. Nao tem pé nem cabeça dizer que a empresa pagou US$ 1,2 bi pela refinaria ou teve prejuízo de US$ 1,2 bi. A Petrobras pagou US$ 196 milhões pelos primeiros 50% e US$ 292 milhões pela segunda metade. No total, US$ 492 milhões. Outros US$ 340 milhões referem-se ao pagamento do petróleo estocado na refinaria, tanto na primeira quanto na segunda compra. Inclui-lo como parte do valor da refinaria é incorreto. E US$ 173 milhões são de honorários advocatícios, garantias bancarias e juros. Sobre esse valor, há que se analisar melhor.
  5. Quando se deu conta da armadilha que a Astra armou, houve uma reação intempestiva do Conselho. Havia um acordo de arbitragem, que definiu em US$ 296 milhões a parte da Astra. Decidiu-se partir para discutir na Justiça. O acordo final baixou o valor para US$ 292 milhões mas impingiu à parte derrotada – a Petrobras – um adicional relevante de honorários advocatícios e garantias bancarias. Esse provavelmente foi o segundo erro.
  6. Portanto, o custo total da Petrobras foi de US$ 491 mi pagos efetivamente pela refinaria, mais os as custas decorrentes da decisão de apelar do resultado da Arbitragem (seriam os US$ 170 mi integrais?), mais as tais garantias bancárias. No total US$ 662 mi. Para saber o prejuízo efetivo, há que se descontar desse valor, o valor real atual da refinaria.

 

Luis Nassif

26 Comentários

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  1. Não é problema de entendimento

    os tais “jornalistas” não são pagos para entender, mas para ridicularizar a presidenta, e para isso qualquer coisa serve.

  2. O problema é a rentabilidade assegurada.

    6,9% de rentabilidade sobre o que? O faturamento total da refinaria? ou sobre o lucro obtido nas operações?

    Esta história está mal contada desde o princípio e para piorar têm um espertalhão, especializado em comprar e vender empresas com problemas para governos pouco transparentes, ou sujeitos a corrupção.

    Cadê o advogado que defendeu o Brasil na demanda judicial?

    Se alguém deve explicações sobre a implementação de um contrato ruinoso assimétrico extremamente lesivo ao dinheiro do povo é ele.

    1. Pelo que eu entendi, havia um

      Pelo que eu entendi, havia um acordo de arbitragem que deveria conter uma multa para a parte que questionasse o resultado da artitragem na justiça e fosse derrotada.

    2. Prá mim o grande mistério

      Prá mim o grande mistério continua sendo porque alguém com rentabilidade assegurada exerce a sua opção de venda.

      Inexplicável.

  3. Nassif, não são os

    Nassif, não são os jornalistas, bem ou mal intencionados, que possuem dificuldade pra entender, se olharmos bem um acordo desa magnitude o que nã deve haver de filigranas jurídicas que só entendidos conseguem debulhar não deve ser fácil. E sendo claro, o governo, nossa presidente que o diga, com nem sei quantos conselheiros e acessores-que não trabalham(?) de graça-, que solta uma nota fajuta daquelas, incapaz de apresentar uma explicação razoável- olhe a tua, por exemplo- só mostra que o assunto não é tão elementar como possa ou queiramos que pareça.

    Você consegue explicar o silêncio depois da nota da Dilma? O por quê da demissão do tal engenheiro? E olha que quando reesolverem cobrar o que vem ocorendo com a Abreu Lima, o que vemos hoje vai ser café pequeno.

  4. Pobre Nassif.
    Ainda

    Pobre Nassif.

    Ainda acreditando no jornalismo…

    Ninguém da mídia quer entender nada. Querem prorrogar esse assunto indefinidamente. Não vieram para explicar e sim para confundir.

    1. Obrigado. Me poupou de

      Obrigado. Me poupou de comentar. (Este comentário do Nassif me lembra aquele outro, sobre a “dificuldade” do judiciário entender o conceito de “liberdade de imprensa”).

  5. Acho que a questão nem é essa

    Nassif, o grande erro nem são esses referentes ao negócio, em si. Penso que o governo erra quando não assume seus fracassos.

    Ora, em meio a tantos sucessos nas mais variadas áreas, não é possível que não existam insucessos. Só que os insucessos nunca são assumidos.

    Insucessos existem também na iniciativa privada, ou não? Recentemente a Vale adquiriu super-cargueiros pra levar minério de ferro à China, cargueiros estes que não podiam atracar nos portos chineses.

    O Silvio Santos quebrou o Baú.

    O Antonio Ermírio vendeu seu banco pro Banco do Brasil.

    O Eike quebrou.

    A Vale teve prejuízo porque lançou impostos atrasados no balanço.

    O Paulo Henrique Amorim lembrou hoje do rombo da Globo quando tentou adentrar na Europa com a TV Montecarlo.

    A Sadia quebrou e foi vendida à Perdigão.

    O Itaú deve até as cuecas em impostos atrasados, se pagar vai amargar algum prejuízo tb.

    Que tal completar a lista?

    O que mais irrita, uma vez que recebem pra isso, é que as respostas e explicações nunca são fornecidas pelos funcionários, seja das empresas ou dos ministérios, seja do Congresso. O silêncio dos parlamentares, tanto no Senado quanto na Câmara, é ensurdecedor.

  6. A refinaria existe e está em atividade

    O que não vejo ninguem comentar é que a refinaria está em plena atividade. Não foi um dinheiro que sumiu tipo privataria tucana, por que a Petrobrás não vendeu patrimônio. Ao contrário, comprou patrimônio. E desde aquela época ela está refinando petrôlio. Quanto já rendeu de lucro? Quanto ela vale hoje? É que nem imóvel. Você investe em patrimônio, mas nunca vi imóvel desvalorizar. Paguei caro no meu imóvel quando eu o comprei a 25 anos. Mas ele valorizou e hoje vale muito bem. Nenhuma poupança daria o que ele valorizou. Cadê a Petrobrás que está quietinha vendo o circo armar-se para a nossa presidenta? Ou aquela nova presidente da Petrobrás está louca para subir os combustíveis e ver a Dilma se ferrar? Tá na hora da própria Petrobrás dizer se a refinari está gerando lucro. Quais os benefícios dela para a empresa! Ou então demite-se a dita cuja. Já basta os traíras tradicionais no governo!

  7. O reajuste das teles

    FHC garantiu às teles juros e correção monetária todo mês mesmo que não invistam 1 centavo sequer: Lucro garantido sempre. e o pig não vê

  8. Foram desenterrar um assunto

    Foram desenterrar um assunto de 8 anos atrás para dar uma mãozinha ao Aécio das Neves, que não decola nas pesquisas, e para o Geraldinho Pinheirinho, que está secando São Paulo.

  9. Não entendi.

    “A Astra exerceu seu direito de “put”, oferecendo sua metade à Petrobras. E a Petrobras teve que aceitar, porque estava presa à armadilha da cláusula Merlim.”

     

    Porque a Petrobras teve que aceitar, ou seja, porque a cláusula Merlin inviabilizaria a venda da metade da Petrobras para a Astra pelo preço que esta se proppos a comprar a metade da Petrobras?

    1. Não sei também se entendi,

      Não sei também se entendi, mas creio que, se do que a Petrobras tivesse a receber da Astra em caso de venda da sua parte fosse descontado o valor devido à cláusula Marlim, talvez a Astra recebesse a refinaria quase de graça.

      Pode ser essa a armadilha a que o Nassif se refere.

      1. Tentando entender dentro da guerra de desinformação

        Vamos tentar entender:

        1) A Petrobrás não aceitou a (pós) cláusula camuflada (internamente) dos ~7% garantidos, por razões óbvias: para a Petrobrás ganhar, o lucro teria que ser sempre maior que ~7%. Mesmo lucrando, só ganharia o mesmo que a sócia a partir de ~14%. Se for menor que ~7%, a Petrobrás sempre teria prejuízo (e a sócia, NUNCA!). Palmas (provavelmente) pro Nestor e seus assessores e colegas. 

        2) Não sei o valor oferecido entre as sócias, mas vamos supor que fosse o valor arbitrado judicialmente de 294 (que não sei se ou quanto incluiu de estoque, suporei que nada). Também não sei quanto ela faturou (base para o lucro), mas vamos supor que 2 bi no período (e nada tivesse sido pago ainda pela Petrobrás). O máximo que poderia acontecer seria descontar 7% de 2 bi (140 milhões) dos (supostos) 294. Ou seja: a Astra venderia por 294 (fato) e a Petrobrás por 154. Perderia na compra x venda (não necessariamente na operação) 36 milhões e (supostamente) não gastaria 600 milhões (refinaria + custos do processo litigioso- valor atual). Lembrando que poderia também ter ganho o processo.

        Tudo com as variáveis hipotéticas acima.

        Ressaltando que o prejízo (sem considerar os resultados de 16 bilhões de faturamente) não passa, hoje, de 0,6 bi e não o tal “1,2 bi” da míRdia ignara de má fé. Na compra pura (sem custos de processo), ~0,3.

        E tome “escândalo”!

        É só esta a patética (e incansável) “contribuição” da nossa oposição, entre bolinhas de papel e almoços portugueses.

  10. Complemento e resumo do que Nassif já trouxe sobre o não-assunto

    Boa Nassid, já estava escrevendo sobre exatamente isso que não preciso mais mencionar, e alguns complementos. Vamos a eles:

    A COMPRA:

    1) Não sabemos em que condições a belga comprou a refinaria. Por ex. se a família estava com a corda no pescoço, se a refinaria estava inoperante, se foram assumidos compromissos e passivos não inclusos no preço, etc.

    O fato é que se alguém comprar um Gol usado, que vale 30 mil no mercado por 2 mil e depois eu faço sociedade nele pagando 10 mil não significa que fiz um mal negócio. Pelo contrário. 

    Portanto, comparar o preço de oportunidade da belga com o que foi pago pela Petrobrás é irrelevante e incorreto. O que importa é quanto valia a refinaria no mercado e quanto se pagou por ela.

    2) A belga (pelo que se divulga), pagou 42 e investiu 84. Portanto no momento que a Petrobrás chegou, o valor pago pelos belgas estava em 126, e não 42. A mídia fica papagueando 360 sabendo (ou não) que foi 360, mas 170 foi de estoque, comercializado em seguida (sem lucro, vamos ajudar os papagaios na conta: -170+170=nada).

    3) Como se deve saber, o valor de mercado de uma refinaria é considerado pelo valor de sua produção. Em NENHUM MOMENTO, a Petrobrás ofereceu pela refinaria um valor acima do mercado. Pelo contrário o valor de 190 significava um pagamento cerca de $ 4 mil por produção, quando outras petroleiras na mesma época estavam pagando 9 mil por produção.

    4) Como os papagaios de (e da) míRdia deveriam saber, construir uma refinaria custa muitos bilhões e leva anos. Portanto, a decisão de compra uma já pronta por 190 para processar óleo que não conseguíamosprocessar à época e tinhamos que vender barato foi estrategicamente boa (e barata!).

    RESUMO DA COMPRA: Os belgas gastaram (pelo menos) 126 milhões, vendendo sua metade por 190 milhões. Supondo que seja só isso, a petrobrás pagou, em momentos diferentes de mercado (valor e demanda do óleo) uma refinaria valorada em 380, comparado aos 124 dos belgas. Comparação irrelevante, pois como já dito, o valor pago não influi no negócio (bom pros belgas, não cedíveis a terceiros”), mas sim o valor de MERCADO. A Petrobrás pagou um valor bem menor que o do mercado, por uma refinaria estrategicamente desejável e bem localizada.

    A DECISÃO. culpas e responsabilidades:

    5) Querer insinuar que a Dilma decidiu mal e sozinha é pura guerra (SUJA) politico-eleitoral, obviamente. A decisão foi COLEGIADA (e pelo que li, UNÂNIME), por empresários privados como Gerdau (que tem empresas até nos EUA), Fabio Barbosa (presidente do Santander e da Febraban, hoje presidente da Abril/Veja, Sendas (rede nacional de supermercados), Hadadd (ex Banco Garantia), Roger Agnelli (Bradesco e presidente da Vale). Sem citar os demais, já é suficiente para saber que não tem bobinho decidindo pela compra.

    6) O problema está em que as informações sobre os itens que levaram a transformar um bom negócio em um negócio ruim (mas não ilegal ou imoral, apenas contingências de qualquer negócio e empresa) não foram passadas aos decisores. 

    7) Por tais cisrcunstâncias, qualquer que seja a razão (ex: negociadas depois) isso deve ser investigado e esclarecido, mas é evidente que se houve incompetência, ma fé (não estou sequer dizendo que houve, apenas que deve ser esgotado. Em qualquer hipótese, não será este consleho o culpado, tão somente o responsável pela decisão mal assessorada. E unanimente, todos os decisores se mantém unidos nesta questão: decidiram com falhas de informações.

    8) Se a míRdia quer sangue (e não tirar votos da presidenta), que investigue os negociadores das cláusulas e dos detalhes do negócio, Não o conselho. Até a “insuspeita” Abril/Veja já isentou o conselho neste caso.

    9) Ainda assim, as tais cláusulas não são ilegais ou incomuns. Obviamente poderiam alterar a decisão (e acho que alteraria). Cláusulas de compra por sócios remanescentes é comum até em contratos societários, desde o direito de preferência até a obrigação (put option). O único ponto que não entendi é se a Petrobrás poderia inverter a oferta: “não pago, vc paga pra mim o mesmo valor e eu saio”. 

    10) Quanto a cláusula Marlin, apesar de ser (no Brasil) cláusula leonina, o piro que ela trouxe foi aumentar o “break-even” da Petrobrás no percentual de 6,9% (obviamente desinteressante, mas não necessariamente desastroso). Se a refinaria der lucro acima disso, não há prejuízo nenhum para a Petrobrás: apenas um lucro menor que a da sócia entre 6,9% e 13,8%. E um prejuizo maior e órfão, se abaixo deste breakeven de 6.9%. Portanto, indesejado, mas não desatroso. E ao saber disso, a Petrobrás (conselho) tentou desvencilhar-se desta (escondida) cláusula e do negócio, como é de se esperar.

    11) Infelizmente, o sócio (digamos nescrupuloso) ao invés de negociar, partiu para o litígio (lógico, estava com a put option e o queijo na mão). E a Justiça americana penalizou a Petrobrás (2 coelhos numa cajadada).

    12) Daí a Petrobrás teve que pagar mais 296 milhões, totalizando na compra 486 milhões, FORÇADA pela justiça americana. Do resto propagado indecentemente pela míRdia, uns 300 foram de estoque (ativo) e o resto de custos juduciais, advocatícios e financeiros (custos que acontecem em qualquer negócio e empresa).

    13) Notar que a própria justiça americana, ao valorar a parte belga em 294 milhões, disse que a refinaria valia quase 0,6 bilhão! O que é bem mais do que a Petrobrás pagou inicialmente. Ou seja, em todos os momentos, os valores pagos pela Petrobrás (valor/produção) foram MENORES que os do mercado.

    RESUMO DA VENDA:

    A Petrobrás pagou 484 pela refinaria que já teve oferta (neste momento de mercado) de 180. Portanto, estaria perdendo no negócio cerca de 300 milhões. Isto sem considerar os resultados de cerca de 16 BILHÕES de receita advinda no período.

    Se der prejuízo, os 300 milhões (fora os forçados custos judiciais de ~300) serão aumentados. Se der um lucro de míseros 4%, toda a “operação PASADENA” será POSITIVA, trazendo lucro à toda a operação, sem prejuízo algum, quanto mais “1,18 bilhão” (que já de demonstrou ser de no máximo 0,6, com os custos judiciais).

    RESUMO DA ÓPERA (bufa):

    Uma decisão acertada (com base nas premissas e dados utilizados pelos decisores) que, pela desconsideração de cláusulas desconhecidas e de risco e das mudanças de cenário (preços do óleo, pré-sal, uso inescrupuloso de prerrogativas pelo sócio e decisões da justiça americana a seu favor), tornou-se um negócio ruim (mas que ainda assim não necessariamente trará prejuízos, que hoje não superariam 0,4 bi, se for o caso da revenda). Poderá no entanto vir a dar lucros e até ser vendida por um valor positivo no futuro. gerando receitas enquanto isso, mesmo não sendo mais estratégica.

    O que deve ser investigado (e não é o conselho): (a) Porque as cláusulas não foram destacadas ou resubmetidas, se negociadas depois? ; (b) Se a claúsula camuflada permitisse, porque a Petrobrás não inverteu a oferta, saindo ela do negócio? (se não permite, já está respondido, voltamosao (a) acima.

    O resto é similar a transformar caixa 2 de coalizão de campanha em “mensalão”. E disfarçar mais de uma centena de bilhões em trensalões e demais roubos públicos, privatarias e quetais. Não eventuais negócios meros ruins que fazem parte de qualquer empresa no mundo.

    Convido e desafio os criadores de escândalos contra o governo e a Petrobrás (demotucanos, míRdia e seus papagaios) a demonstrar que não é isso (não me venham por favor com mi-mi-mis, trololós e nhenhenhéns de arredondamentos e diferenças irrelevantes).

     

     

    1. Os números e os “escândalos”

      Resumo de valores em discussão:

      Item  Gasto Não GastoComentário    Compra 1-     190  Compra 2-     296  Custo Compra Refinaria-     486  Valor Atual Ofertado      190  Prejuizo Atual se Venda-     296  Estoque 1 170Vendido (lucro?)Estoque 2 170Vendido (lucro?)    Custos Judiciais 1-     170  Custos Judiciais Recurso-     180  Custo Total Atual Negócio-     646      Custo Total MiRdia Oposição-  1.180 (e seus papagaios amestrados)    Faturamento Acumulado 16.000  Lucro Necessário para Empate4,0%  

      Ou seja, se a operação estiver dando lucro maior que 4%, toda a operação já será positiva

      O mercado de refinarias, baseado no valor corrente do óleo pode ter um momento melhor (ou pior) de venda da mesma. Ainda assim, se o lucro operacional for suficiente, o preço de venda, qualquer que seja, nem precisará ser computado.

       

      PS: Sim, não podemos resumir um negócio deste porte em papel de padeiro. Mas é isto que estão fazendo.

  11. Operação Pasadena

    Nassif,

     

    Considerando os dados de 2006, quando as margens de refino giravam em torno de 14% ao ano, a cláusula marlim, que garantia uma rentabilidade mínima de 5,9% era um grande negócio.

    A crise de 2008 fez diminuir o consumo de derivados de petróleo e com isso despencaram as margens de refino. Tudo indicava um bom negócio. Nimguém previa a crise de 2008, nem a mãe Diná.

    Acredito que os jornalistas entenderam (ou poderiam consultar consultores) mas isso não interesa êles querem é manter esse assunto na pauto.

    Dionízio Marinho

  12. Gm e Grupo Fiat

    No começo do milenio ,a gigante americana comprou ações da Fiat com essas clausulas de obrigaçãode compra do restante da empresa ,o resultado foi catstrófico para a GM,pois teve de pagar uma pesada multa por não exercer sua opção de compra, alem de perder as ações de propriedade dela,até para grandes players do mercado há grandes armadilhas contratuais,se alguem falhou ,esse alguem é o depto juridico da empresa!

  13. “Dificuldade de entender” é

    “Dificuldade de entender” é eufemismo. Claro que o Nassif é educado e não diria que existe é má intenção por parte de alguns veículos de comunicaçao que vem praticando o jornalismo chacrinha: “Eu não vim pra explicar. Vim para confundir.”

    1. Exato

      Ela não desapareceu na bacia das almas como a privataria tucana. Ela não foi vendida, foi comprada  e é patrimônio da Patrobrás. Pelo que ouvi ela está em pleno funcionamento e dando lucro. Quer dizer, não foi 120 bilhões de dolares de patrimônio, valores de 1998 que sumiram do Brasil. Capiste?

  14. Tem uma coisa que não fecha

    Se a Astra tinha uma garantia de 6,9% ao, num país em que a aplicação bancária pagava metade disto, por que ela queria vender?

  15. 1,18 bilhão foi o dispêndio

    1,18 bilhão foi o dispêndio total gasto, nisto não há discussão. Desse valor, desconta-se a única proposta recebida pelo mico, R$ 120 milhões. O resto é prejuízo NOSSO.

    Nem a governanta quer assumir culpa, sabe que foi péssimo negócio, dizer o contrário é assessor tentando saber mais que o chefe.

  16.  
    Nassif,
     
             Continuo

     

    Nassif,

     

             Continuo achando o negócio de Pasadena um ótimo negócio para a Petrobrás.

     

           Explico:

     

    1- ASTRA. Não é uma empresa petrolífera. Ela não extrai e nem processa o petróleo. Ela apenas comercializa petróleo.

     

    Assim, para garantir sua mercadoria de comércio, adquiriu – quando na baixa do mercado – a Refinaria de Pasadena.

     

    Reformou-a e vendeu 50% (refinaria) para a Petrobrás por preço – no periodo da venda – bem inferior à media de outras refinarias vendidas naquele ano : na verdade, quase a metade do preço médio (US$ 7,200 o barril x US$ 12,424 o barril).

     

    2 – CLAÚSULA MARLIN. Para garantir seu empreendimento, a Astra assegurou um retorno (rendimento) de 6,9%, também bem abaixo da rentabilidade da época 14,4%.

    Nada mais óbvio e natural em negócios desse jaez a presença dessa clásula e, ainda, muito boa para a Petrobrás: menos da metade (7,2%) do valor de rendimento.

    Correta e normalíssima, portanto, a Cláusula Marlin como o foi, também, a Claúsula (de Opção de Compra) “put option”

     

    3 – PETROBRÁS. Desde 1999 (cf. Gabrielli) a Petrobrás desejava entrar nos EUA, o maior produtor e mercado consumidor mundial de petróleo.

    A oportunidade chegou em 2005 com a compra de 50% da Refinaria de Pasadena.

    A aquisição da refinaria, como já se viu, foi por um excelente preço para a Petrobrás: US$ 7,200 o barril quando a média de preço – na ocasião – era de US$ 12,424 o barril.

    Irrepreensível, portanto, o negócio.

     

     

    4 – SITUAÇÃO VIVIDA. Em 2006 – ano da compra (50%) da refinaria pela Petrobrás – havia farta liquidez internacional e negócios em expansão. Petróleo em alta e com tendência ascendente.

    Era bom fazer negócios e, ainda, a bom preço – no caso específico – abaixo do da media (US$ 7,200  x  US$ 14,424).

     

    2008/2009, início da maior crise do capitalismo moderno, ou seja, a maior e mais duradoura crise econômica mundial desde a Grande Depressão de 1929.

    Nenhum país, nenhuma grande economia, nenhuma grande empresa, nenhum grande empressário do mundo a previram.

    Crises, contração de negócios e investimentos.

    Primeiros – e pequenos – passos de normalização só agora são registrados.

     

    5 – PRÉ-SAL. Pouco antes da crise, 2007, há a descoberta do Pré-Sal nas costas brasileira.

    Novos parâmetros – óleo pesado para óleo leve – surgiram. Novas – importantes e inadiáveis – prioridades surgiram para a Petrobrás.

    Fluxos de investimentos, então, são direcionados ao projeto do Pré-Sal.

    Esperado, desejado e correto o comportamento da Petrobrás diante desse novo fato que se reforçou com a sobreposta crise econômica internacional.

     

     

    6 – LITÍGIOS COM A ASTRA E ARBITRAGEM. Bem postos face aos quadros sobrepostos (Pré-Sal e Crise Econômica Internacional).

    Com a diminuição da rentabilidade (que era de 14,4%) para margens baixas ou negativas à partir de 2008 e o com desenvolvimento de campo, de material, tecnológico e de novas perspectivas da Petrobrás, era imperiosa a revisão do contrato de compra.

    Juízo arbitral e acôrdo.

     

    7 – RESULTADO FINAL. A Petrobrás compra a parte  (50%) da Astra na refinaria pelo preço de US$ 292 milhões e fica com 100% da Refinaria de Pasadena, ao preço total de US$ 486 milhões e de US$ 4.860 o barril (100 mil barris). Melhor preço do ajustado na compra inicial.

    Às aquisições 50% + 50%, acresceram-se a compra de estoques e derivados que foram precessados e vendidos pela Petrobrás como titular de 50% e depois titular de 100%.

     

    8 – A REFINARIA DE PASADENA. Implantada num dos mais importantes e cobiçados centros petrolíferos, a refinaria sempre esteve – e está – em atividade.

    A Petrobrás teria – nesse periodo – lucrado US$ 16 bilhões (segundo Gabrielli) o que é um excelente lucro.

    Acresça-se a esse lucro a incorporacão da refinaria ao patrimônio da Petrobrás, a continuação da produção e o ingresso da empresa no solo norte-americano.

     

    9 – FOI, PORTANTO, E CONTINUA SENDO, UM ÓTIMO NEGÓCIO PARA A PETROBRÁS

     

     

     

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