A inquisição paranaense e o pedido de recuperação da empreiteira, por Motta Araújo

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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O pedido de recuperação judicial da Galvão Engenharia S.A., uma das empreiteiras do ranking das dez maiores e provaelmente a maior na construção de ferrovias é uma das consequências aqui cantadas da insanidade da Lava Jato que leva à destruição do setor de construção de obras públicas no Brasil.

Ao que autoridades respondem isoladas em suas torres de vidro, não tem importancia, as empreiteiras médias e estrangeiras as substituirão, como se isso fosse uma coisa simplizinha que acontece em duas semanas. A Galvão, antes de pedir recuperação, demitiu milhares de empregados, para obras fundamentais como a Ferrovia Centro Oeste, sem que qualquer autoridade não ligada ao processo, como o Ministro dos Transportes e o Ministro da Fazenda, ousasse se contrapor à sanha destrutiva da “”força-tarefa”, ousasse dar a sua palavra em benefício do País.

Outro dia elogiou-se o Presidente Roosevelt por sua obra de recomposição da economia americana no New Deal. Mas Roosevelt LUTAVA, punha a boca no mundo, batia de frente com a Suprema Corte para mostrar a loucura dos bem pensantes do tipo que temos hoje no Brasil, para os quais é melhor uma fogueira queirmar tudo do que se salvar algum.

No cardápio Globo de cruzada contra as empresas aparece um advogado meio gagá dizendo o mesmo “deixa quebrar” que virão as estrangeiras, estamos esperando há um ano, não veio uma sequer, o próprio estrondo da escandalização  afasta essas empresas, tudo para a glória da inquisição paranaense, pararam o País e acham lindo.

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

48 Comentários

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  1. Estes funcionários públicos

    Estes funcionários públicos concursados do judiciário e o minstério público não sabem avaliar o risco-benefício. São uns decoradores de textos fundamentalistas e querem aplicá-los do jeito que está escrito.

    Mas, por trás disto tudo, acredito que há uma conspiração entre judiciário e ministério público(poderes conservadores cujos integrandes se consideram ungidos por deus para praticar a justiça, mesmo que tenham de transformar tudo em sal) e a mídia golpista, que eu achava que representavas os consevadores, mas que também representa os fascistas e nazistas.

    Mas. concordo com o posição do André sobre salvar as empresas e o que manifestou no programa Brasilianas, acho eu, sobre o ministério público. Estão dando poder demais para estes coxinhas e eles estão enfiando os pés pelas mãos.

  2. O que acho engraçado, é que

    O que acho engraçado, é que no formato atual, cada juiz é uma república, cada um, pode ter a sua disposição a polícia federal de todo o país para atender a sua investigação particular. Não acredito que um sistema se sustente por muito tempo, essa investigação sim deveria receber o nome de investigação do fim do mundo.

  3. Vamos esperar sentados a

    Vamos esperar sentados a Presidente Dilma bater de frente com a suprema corte ou com os deuses do MP. A vaga de Joaquim Barbosa continua aberta, fazem só 8 meses. 

    O inquisidor paranaense vai arrebentar com as empresas, com a economia e com as familias dos trabalhadores. Dia desses eu li que só em uma obra em Goiás foram demitidas quase 2 mil trabalhadores. O inquisidor parananse vai continuar isolado em sua torre de vidro sem ninguém para incomodá-lo.

    Quero ver quem vai cortar a cabeça da anaconda, antes que ela engula todos nós.

  4. logo a Galvão Engenharia…

    distanciando-se coincidentemente da nova série de reportagens da Globo sobre mobilidade urbana e construção de estradas e ferrovias

    sem dúvida alguma uma força tarefa para novos clientes desse tipo de mercado

    isto sim é o que podemos chamar de poder de convencimento das propinas com obras paradas projetos abandonados e paralelamente outra série de cobranças e acusações desfavoráveis ao governo

    compra-se fraquezas e paga-se muito bem, até com redirecionamento de todos os projetos para as áreas nobres, cidades e estados onde mais investiram

    1. Rio de Janeiro…

      governo federal quer melhorias no deslocamento de trabalhadores

      e a Globo insiste que tem que ser só para os bacanas se divertirem e seus propineiros negociarem

  5. Liberalismo já!

    Olá debatedores, bom dia.

    Estou de acordo com o velho advogado supostamente gagá, considerando-se apenas o que foi escrito no texto: deixa quebrar.

    Outrora ouvíamos: “vote certo no velhinho ele sabe o que faz”….

    Ora, aqueles que não conseguirem trabalhar com as regras de mercado que saiam do mercado. Mercado é mercado e o Estado deve ser mínimo. Estado deve cuidar apenas da segurança jurídica, da polícia e “deixar-fazer”,  a liberdade e a propriedadade! Portanto, quebrou? Está fora!  Legislação civil neles! Pacta sunt servanda já!

    Impitiman não! 

    Liberalismo já!

     A oportunidade está lançada para os que são competentes. Afinal, o welfare state faliu. Keynes morreu, assim como Roosevelt , Getúlio, JK, Jango( ops, esse não! Esse foi “comunista”!  “Inda bem que saiu do país “legitimamente” com aquele ato fantástico do congresso de Ranieri! ) 

    Ninguém vai “perder” emprego. Emprego não se perde. Ao contrário, um  CONTRATO será encerrado. Outros contratos poderão ser assinados.  E os que são competentes logo estarão atuando em outras organizações de fatores de produção. Quem sabe não levam todo o CHA( competência, habilidade e atitude) para uma nova SA( sociedade anônima) cujas ações estejam devidamente distribuidas? 

    E para o empresários  falidos que, eventualmente, tenham “exportado” dinheiro,  do tipo dinheiro ilegal depositado fora do país – ou que tenham provocado algum tipo de confusão patrimonial para “driblar” as regras do jogo, então, o Estado  com sua mão pesada e nada invisível,  deve  retirar parte da propriedade privada da pessoa natural que organizou fatores de produção e , por incompetência e falta de meritocracia, quebrou. Deve o estado recolher os tributos atrasados diretamente do propriedade das pessoas naturais, também  para pagar os direitos dos credores, inclusive, os quirografários.

    Liberalismo já!

    Portanto, ai está um importante oportunidade para aqueles que têm know how na área. Aproveitem!

    Saudações  

  6. Essa “força tarefa” da

    Essa “força tarefa” da república do paraná é política. Se destroi o país para derrubar o grupo político que está no poder. Eles sabem a quem servem e para que servem. Não é possível ver ação da justiça por trás de tanto autoritarismo e irresponsabilidade.

    E falta coragem para esse governo enfrentar o insano poder judiciário representado pela  república do paraná e pela imprensa.

    1. Paraná? República?

      Paraná não é república, atualmente é uma capitania. Pena!

      Realmente, está na hora do resto do país se impor contra este grupo lá estabelecido  que, por interesses pessoais, razões políticas e midiáticas, quer quebrar o país e nossas maiores empresas. Este grupo que tem a testa um senador do psdb, é formado por um juiz, também com ligações com este partido nefasto, e uma pseudo PF que arrotando bobagens, inclusive inconstitucionais (agridem a presidente da república), se preocupa em enaltecer uma figura totalmente ineficiente, um inepto, que é o sr Aecio.

      Este grupo tenta, de todo modo, acabar com nosso conhecimento, nossa engenharia, mas não conseguirá: #BrasilContraFeudo.

  7. Outras três prisões, duas

    Outras três prisões, duas preventivas – sem prazo determinado, ocorreram sob a LJ hoje, desde a madrugada. Um dos presos é Dário Queiroz Galvão, da Galvão Engenharia.

  8. Sinceramente, esse governo

    Sinceramente, esse governo Dilma não precisa de oposição, basta jogar a corda que ela se enforca sozinha.

    Como eleitor do PT desde os tempos da primeira campanha de Lula à presidência estou completamente decepcionado com tanto imcompetência. Tudo isso isso em nome de um republicanismo tosco que vai afundar com o país. Fica difícil defender tanta babozeira.

    Por enquanto a única coisa que está segurando esse governo é o emprego, mas pelo jeito, logo isso vai virar pó…

    Por outro lado, algum presidente da republica demorou mais de oitos meses para nomear um ministro do STF? para mim não tem nenhuma explicação para isso. E o pior é que despois de tanta demora, ainda nomeiar um vai ferrer o proprio nomeador….

    1. E daí o sujeito vem com

      E daí o sujeito vem com aquela velha conversa mole para enganar trouxa:

      “Como eleitor do PT desde os tempos da primeira campanha de Lula à presidência estou completamente decepcionado com tanto imcompetência.”

       

    2. Também não entendo essa tão

      Também não entendo essa tão propagada tibieza presidencial. Afinal, a presidente está lidando com problemas tão triviais. É só um golpe em andamento patrocinado ostensivamente pela mídia com a prestimosa colaboração de representantes de dois poderes independentes, o MP e o judiciário,  pautados  pelos barões midiáticos que, por seu turno, podem estar a serviço, junto com expoentes da oposição, de forças não tão ocultas. Tem tb o congresso mais hostl e reacionário desde os governos militares. Questões banais. Eu, no lugar da Dilma, tiraria de letra com a minha “sabedoria”.

  9. Motta Araújo não conta os

    Motta Araújo não conta os ganhos em termos de “risco moral”.

    A falência e tão importante no capitalismo como o inferno é para os teista.

    1. No caso a situação da empresa

      No caso a situação da empresa se deteriorou POR CAUSA da Lava Jato. Antes disso era uma empresa em franca ascensão no setor de obras publicas. A Lava Jato ao criminalizar 23 empreiteiras CORTOU o credito bancario delas,

      fez a PETROBRAS parar de pagar serviços já prestados e suspendeu os que ainda deveriam ser prestados, com isso até

      a maior empreiteira do mundo quebraria.

      1. Pablo Escobar empregava

        Pablo Escobar empregava quantos trabalhadores.

        “Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada”.Ayn Rand

        1. Que tipo de canalha compara

          Que tipo de canalha compara uma empreiteira com os negócios de Pablo Escobar?

          Vale tudo para abater um adversário político?

      2. Era uma empresa em franca

        Era uma empresa em franca ascenção turbinada pelo dinheiro da corrupção.

        Dinheiro que poderia ser utilizado pelo poder público em outras obras.

        Acho que o Motta subestima o mal que a corrupção faz a um país, lidando como se ela fosse um mal necessário para o desenvolvimento.

      3. Era uma empresa em franca

        Era uma empresa em franca ascenção turbinada pelo dinheiro da corrupção.

        Dinheiro que poderia ser utilizado pelo poder público em outras obras.

        Acho que o Motta subestima o mal que a corrupção faz a um país, lidando como se ela fosse um mal necessário para o desenvolvimento.

    2. “Risco moral” haveria se

      “Risco moral” haveria se achassem o dono de 0,5 ton de cocaína, o dono do jatinho, se construir aeroporto em terra de parente fosse errado, se sonegação desse cadeia, e por aí vai. 

  10. Como mudar a cara do setor
    Esses empresários ao que tudoindica Não Merecem Ter o controle das empresas que tem. E elas tem uma função economica e social muito relevante.

    Proponho uma especie de Plano Marshall Pos Corrupção. O Governo Eatatiza as empresas, pagando o valor Justo, MUDA A GOVERNANÇA PARA UM PADRA MELHOR, se possivel definido peloa padrões da OCDE, e LEILOA estas mesmas empresas a quem se comprometer com estes padrões, garantindo uma abertura de capital em 3-5 anos, após sanear os contratos..

  11. Plano Marshall nas empreiteiras
    O governo federal deveria comprar as empreiteiras pelo valor de mercado MENOS o custo da e LEILOAR e com a obrigação de os novos donos seguirem padrões de Governança Decentes, tipo Suecos, Norueguêses, e capitalizar as empresas. O SETOR É MUITO IMPORTANTE ECONÔMICA E SOCIALMENTE PARA FICAR ASSIM.

  12. Plano Marshall nas empreiteiras
    O governo federal deveria comprar as empreiteiras pelo valor de mercado MENOS o custo da e LEILOAR e com a obrigação de os novos donos seguirem padrões de Governança Decentes, tipo Suecos, Norueguêses, e capitalizar as empresas. O SETOR É MUITO IMPORTANTE ECONÔMICA E SOCIALMENTE PARA FICAR ASSIM.

  13. neste fim dos tempos, creio

    neste fim dos tempos, creio que, o blog em momentum crítico bipolar inaugura o novo formato GGN-NASSIF CANDOMBLÉ – Um Blog-Terreiro Pai de Santo, para advogar no “aqui agora” ao invés de estudar e analisar a fundo os Poblemas Brasileiros IV, primeiro semestre.

    é impressionante o que “baixa” por aqui de espíritos passados a limpo de ilustres entidades do além-mundo:

    uma hora “baixa” o espirito JK, outra hora “entra na roda” o espírito Roosevelt, há momentos em que o espirito do imperador Hirohito dialoga com o espírito do ditador Getúlio e assim por diante… não param de “baixar” por aqui notáveis entidades além-mundo para justificar sofismas e filigranas formais para explicar pelo em ovo… para livrar a cara de corruptos e ladrões político-empreiteiros do erário, tudo isso e mais um pouco, em nome “cívico do pau oco” de uma pretensa governabilidade, de se evitar uma pretensa crise social, de se advogar um pretenso caos social etc e tal, e dá-lhe “economia puxa-brasa pra minha sardinha podre” quando o núcleo duro da crise é político é moral é cultural.

    diante deste expediente ilustrativo sintomático de advogar causas ativistas sobre Problemas Brasileiros II, lanço mão também deste método da moda por aqui:

    invoco sagradas teses bíblicas da verdade verdadeira, da gestão pública e da condução político-religiosa de tribos e povos, que já fundaram e destruíram impérios e civilizações…

    “é preciso cortar o mal pela raíz” e, se necessário para salvação de todos e, principalmente, das gerações futuras herdeiras das terras brasilis, é preciso ir a fundo e “cortar na própria carne”.

    tá tudo lá na Bíblia de Jerusalém bem explicadinho…

     

     

  14. JB apenas renovou a velha

    JB apenas renovou a velha sociedade servil/senhorial do tempo da Colônia. Há 300 anos ele seria mais um “negro ladino” que submetia “negros boçais” com chicotadas para ganhar favores do sempre impune senhor da casa grande. Isto explica porque ele rasgou a CF/88 para punir severamente alguns petistas e se recusou a julgar o Mensalão Tucano (cujo destino é a prescrição/impunidade dos envolvidos).

    Sérgio Moro dá sequencia à rebelião da casa grande iniciada por JB: agora são chicoteados os senhores brancos que ousaram se unir aos “negros boçais” petistas que ousaram tentar destruir a senzala-Brasil.

    Nosso problema continua sendo o mesmo. Não fizemos uma revolução francesa e Napoleão, aquele desgraçado, deixou D. João e milhares de nobres escaparem das garras dele em Portugal. Eles chegaram ao Brasil criaram a “sua boa sociedade” e os descendentes deles a preservaram. 

  15. O Dr. Moro fez diferença.

    A conta não fecha: por conta de desfalque de algo em torno de 2.1 bi durante os últimos 12 anos, de uma pernada só querem impor ao pais prejuizos na casa do trilhão de reais….já que quer salvar o pais, a tal força-tarefa não deveria centrar esforços para recuperar 502 bi sonegados ao fisco só em 2014…grana que se recuperada pelo menos uma parte, seria bem vinda e não levaria a industria naval a falencia..há os 20 bi do suiçalão…19 bi roubados por empresas em conluio com funcionários da Receita, a Globo sabe do que estou falando..kd o DARF
    O Dr. Moro fez diferença. Fez, na vida de 250 mil operários humildes e agora desempregados

    Autor: Fernando Brito

    fazdiferencaO Dr. Sérgio Moro recebeu com muita justiça o Prêmio Faz Diferença, conferido pelas Organizações Globo, outro dia.
    Fez.
    Os números que mostram que a construção civil demitiu 250 mil trabalhadores depois da “Lava Jato”. A quatro pessoas por família, um milhão de seres humanos que, aparentemente, não fazem diferença.Gente que, sem sombra de dúvida, não roubava e não enriquecia, como os premiados pela delação.
    E que não molhava a mão de ninguém, como os empreiteiros.
    Não se tem notícia de alguma filha de Paulo Roberto Costa  ou de Alberto Yousef indo filar a bóia no vizinho, ou que alguma delas esteja pegando uma faxina na casa das madames para pagar a conta de luz.
    Não existe Justiça quando, em seu olhar, não são as consequências sociais que ocupam o primeiro plano na visão de um juiz, salvo se o juiz é um obtuso.
    Se milhares de famílias ocupam ilegalmente o Pinheirinho, não é o “mande a polícia expulsar imediatamente e cumpra-se a lei” a sabedoria que se espera de quem tem o poder de julgar, por maiores sejam as razões do proprietário.
    Isso é algo que se espera de um energúmeno, não de alguém que recebe do Estado a missão de resolver conflitos de forma justa e humana.
    A falência das empresas, sua bancarrota, está sendo o mecanismo usado para forçar as “confissões”, está evidente.
    Os “confessantes”, entregando a rapadura, veraz ou fantasiosa, são soltos quase imediatamente.
    Para cada preso de Sérgio Moro, porém, dezenas de milhares de homens, mulheres e crianças já são imediatamente condenados: à fome, às necessidades, ao desespero.
    Não têm confissões a fazer, muito menos quem as premie por elas.
    Significa que se devesse aceitar a corrupção em nome do emprego?
    Não, absolutamente não.
    Havia um sem-número de medidas que se poderia tomar.
    Reter, por exemplo, uma parcela de seus ativos e faturamento, de forma a garantir a devolução do desviado.
    Determinar a auditoria dos  contratos imputados de desvio.
    Como escreveu um amigo, “Quem comete crimes são pessoas, não instituições. Torturadores eram militares, não o Exército. Corruptores eram dirigentes, não empresas”.
    Empresas podem e devem ser punidas com multas, até porque é inimaginável que se possa “enjaular” uma pessoa jurídica.
    Mas, quando são punidas com meses de insegurança, onde até mesmo pagá-las o contratado, por obras efetivamente realizadas, torna-se um perigo para qualquer dirigente público  que as contratou –  só deixa um caminho possível: parar.
    E, parando a construção pesada no país, o Dr. Moro fez diferença.
    Uma dramática diferença, não para os ricos, que viverão à farta com tudo o que lhes sobra.
    Mas para os pobres, a quem não sobra nada e agora falta tudo.
    Faz diferença, não é, Dr. Moro? http://tijolaco.com.br/blog/?p=25828

    EFEITO LAVA JATO: 250 MIL DEMITIDOS NA CONSTRUÇÃO

    :  Saldo negativo foi registrado nos últimos cinco meses e é o reflexo direto da investigação no setor econômico; segundo o ministro do Trabalho, Manoel Dias, a Lava Jato fez com que houvesse demissões em empresas que prestam serviços à Petrobras; se não bastasse, o deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE), ex-ministro de FHC, entrou com representação questionando todos os acordos de leniência que possam ser firmados com a União; sem os acordos, a consequência será a quebradeira geral das construtoras brasileiras, tornando ainda mais aguda a crise no setor de infraestrutura; ex-governador paulista Alberto Goldman chegou a dizer, em artigo, que uma das condições para um eventual impeachment é a deterioração econômica; tucanos e aliados apostam no “quanto pior, melhor”

    26 DE MARÇO DE 2015 ÀS 19:58
    247 – A Operação Lava Jato causou um forte efeito negativo na construção civil. O setor registrou nos últimos cinco meses, de outubro a fevereiro, a perda de 250 mil empregos formais, com carteira assinada, segundo dados do Caged – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Ministério do Trabalho.
    Na opinião do ministro do Trabalho, Manoel Dias, a investigação de esquema de corrupção em contratos da Petrobras, envolvendo políticos e empreiteiros, fez com que houvesse demissões em empresas que prestam serviços à estatal. “Neste primeiro momento, a Lava Jato influenciou na redução de emprego”, disse ele na semana passada, quando foram divulgados os números relacionados a emprego de fevereiro.
    O impacto no setor é mais forte no Rio de Janeiro e em Pernambuco, onde a Petrobras tem forte presença. Mas na avaliação de Dias, as consequências de paralisação de obras em decorrência da crise financeira pela qual passa a petroleira devem ser sentidas em todo o País. Para os empresários, os números dos últimos meses refletem a falta de investimentos e atraso de pagamentos.
    Ainda segundo dados do Caged, o estoque de empregos com carteira assinada foi reduzido em 10% na construção civil, a maior queda entre todos os setores. Segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada, que falou ao jornalista Carlos Madeiro, do portal UOL, a Petrobras tem contrato com 70% do setor e, por isso, “a Lava Jato é disparado o maior problema” das demissões. Segundo ele, “estamos vivendo uma crise institucional e da engenharia nacional, sem perspectiva a médio prazo”.
    Em nome do governo, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, defendeu em janeiro que a investigação não prejudicasse o setor econômico, mantendo a preservação das empreiteiras e o andamento das obras. “Economicamente, tem que tomar as medidas necessárias para que o mercado não sofra nenhum abalo. Aliás, é perfeitamente possível o rigor da lei e a saúde econômica”, disse ele, acrescentando que há o “desejo” de não atrapalhar a “vida econômica dos brasileiros”.
    Já o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato, acredita que só o rompimento das empresas investigadas com o governo acabaria com a corrupção. “A única alternativa eficaz para afastar o risco de repetição dos crimes seria suspender os contratos”, declarou em ofício enviado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), também em janeiro.
    PPS entra com ação contra acordos de leniência
    Não bastasse o cenário crítico, o deputado Raul Jungmann (PPS-PE) entrou com um projeto de decreto legislativo contra a regulamentação da Lei Anticorrupção, assinada pela presidente Dilma Rousseff, em que questiona os acordos de leniência que eventualmente serão firmados entre empreiteiras e União.
    O argumento do partido é o de que a lei, prevendo os acordos de leniência, “beneficia as empreiteiras do petrolão” e permitiria que as empresas “continuassem a fechar contratos públicos e receber empréstimos de bancos estatais. Em troca tácita, as empreiteiras não entregariam Lula e Dilma Rousseff”.
    Sem acordos, a consequência será a paralisação das obras e, consequentemente, a quebradeira geral das construtoras brasileiras, tornando ainda mais aguda a crise no setor de infraestrutura. Recentemente, o ex-governador paulista Alberto Goldman, do PSDB, chegou a dizer em artigo que uma das condições para um eventual impeachment é a deterioração econômica.

     

  16. MANDAR PRENDER o principal

    MANDAR PRENDER o principal executivo da Galvão NO DIA EM QUE PEDE RECUPERAÇÃO JUDICIAL, quer dizer , no dia que a empresa mais precisa dele, o pedido de recuperação precisa ser preparado e defendido junto ao Juiz da Vara Empresarial, é o momento mais delicado na vida da empresa, se o pedido é recusado automaticamente a empresa vai à FALENCIA. Pois exatamente nesse dia o Juiz do Paraná mandar prender o presidente da empresa, é o cumulo da crueldade para com o empresario e para com a empresa, é como prender o marido no dia em que a esposa está morendo

    no hospital.

    O impressionante é que ninguem nesse contexto tem algo a ver com o Paraná, nem a Galavão Engenharia, nem seu presidente pessoa fisica, nem os negocios da empresa, nem a a empresa causa do problema, a PETROBRAS.

    O unico ELO que está no Paraná é o delator-profissional com carteira assinada, sr.Youssef, que há 21 anos tem um estoque de delações na prateleira, como loja de armarinho, mais 9 anos pede aposentadoria, é um nome tradicional no ramo da delação, trabalha no Paraná desde o caso Banestado.

    1. Parece que o Juiz do Paraná

      Parece que o Juiz do Paraná impera absoluto nessa operação.  É primeira e única instância. Ninguém das instâncias superiores parece ter poder para rever suas decisões.  Nem o STF. A sensação que tenho, na condição de leiga nessas questões, é que o premiado Dr. Moro tornou-se o rei da Lava Jato. O “faz a diferença” começa a fazer sentido.

  17. força-tarefa

    Bem disse o Sr. Bernardo Kucinski:   “… o 5o. Poder – a Força Tarefa – se aliou ao 4o. Poder e tem total autonomia…”.

    Disse ainda:  “Fazem jogo político sem terem mandato para isto…”, “Quem determina o que vai acontecer amanhã no Brasil é o juiz Moro …”, “Procuradores jovens, com sentimento de missão…”.

    Bernardo KUCINSKI deu entrevista ao Programa Espaço Público, da TV Brasil, em 17/03/15.  Ele é autor do livro “Cartas para Lula”.

    Que força constituída e institucionalmente legítima pode controlar este partícipe sem que desvios sejam cometidos?

  18. Caro Motta Araújo,
     
    Não se

    Caro Motta Araújo,

     

    Não se faz uma omelete sem quebrar ovos.

    Se este é o preço pelo fim da impunidade, pela mudança de padrão nas obras públicas, com o fim da corrupção endêmica, que paguemos.

    1. Este não é o preço, porque

      Este não é o preço, porque nada vai mudar.

      Como não consegue enxergar uma coisa tão óbvia ?

      Incrível como a visão de munda é pequena.

        1. Vai mudar? No caso Colloer

          Vai mudar? No caso Colloer dizia-se “”O Brasil foi passado a limpo”

          No caso “”Anõs do Orçamento” dizia-se acabou a corrupção nas obras publicas.

          É muito, mas MUITA ingenuidade achar que essa operação parcial e assimetrica mudem alguma coisa.

          Porque algumas empreiteiras MAIORES que as incriminadas não foram chamadas?

           

  19. Me engana que eu gosto…

    Nosso querido Motta Araújo continua com a sua cruzada “MUITO GRANDE PARA QUEBRAR” e, principalmente, “MUITO AMIGO PARA ERRAR”.

    Motta, eu te dou o benefício da duvida pelos anos de comentários e por ter em você um modelo para certos assuntos. Meu caro, pare com essa conversa de que o governo não paga as empreiteiras por conta da operação lava jato. O governo brasileiro não está pagando o que deve pura e simplesmente porque, como dizemos aqui no Ceará, “ALISOU”. O governo(???) de Dilma “deu” o dinheiro que tinha e, principalmente, o que NÃO TINHA colocando a TODOS nesta barca. Tenhamos, pois, a coragem de dizer em alto e bom som. O resto é fanatismo torpe e o povo vai resolver.

    Está é a verdade que você, inocentemente, suponho eu, e outros, por pura má fé, estão querendo mascarar. Tivesse o ilegitimo governo de Dilma Rousseff algum interesse em evitar estas demissões, e os dramas humanos por elas causados, já poderia te-lo feito à muito. O governo não paga as empreiteiras como NÃO PAGARÁ uma série de outros compromissos. Você sabe, eu sei e o povo também. Coragem Motta, coragem…

    O governo, sordidamente, está usando a caça aos LADRÕES, que os partidos SITUACIONISTAS, instalaram na petrolífera estatal brasileira para, isto sim, acobertar sua insolvência (do governo).

    Outra coisa, o fato de os LADRÕES mais notórios estarem ligados aos partidos SITUACIONISTAS não se deve a OPOSIÇÃO ser “santa”, muito pelo contrário. O brasileiro, alguns não acreditam, é mais inteligente do que se pode achar. Ele sabe muito bem que isto deve-se ao fato dos partidos que comandam o governo federal a 12 anos terem tomado para si todas as “tetinhas” do governo federal, SÓ ISTO. Não sobrou “tetinha” para os demais. SORTE…e AZAR…

    1. Simplificar temas complexos é

      Simplificar temas complexos é para leigos, eu não sou leigo nesse tema.

      1.A PETROBRAS em 2010 tinha as mesmas empreiteiras, as mesmas propinas e valia CINOC vezes mais que hoje. A situação de gestão e financeira da PETROBRAS de hoje deve-se à perda de RATING, à perda de linhas de crédito, dela e das empresas do sistema, como a SETE BRASIL.

      2.Com a perda das linhas de credito e do valor das ações a PETROBRAS não pode se financiar nem no mercado de ações e nem no mercado de credito. Consequentemente não tem caixa para pagar os compromissos antigos e nem para sustentar seu plano de investimentos de 220 bilhões de dolares.

      3.É dentro desse contexto que a PETROBRAS não paga os serviços já prestados e suspendeu os programas de investimentos futuros. Em consequencia não paga as empreiteiras e estaleiros.

      4.Quanto a outras obras de infra estrutura, cada contexto é especifico, algumas tem fontes de recursos grantidos, outras não, mas no geral há escassez de recursos. Portanto as mesmas empreiteiras não recebem da PETROBRAS e tem dificuldades em continuar outras obras de hidreletricas, rodovias e ferrovias.

      5.A escassez de recursos vem da necessidade do ajuste fiscal, da falta de caixa do BNDES, da baixa geral do rating das empreiteiras que foi desencadeada pela Lava Jato.

      A questão é portanto complexa e não simplizinha como vc alega, na linha, eu sei de tudo, só contaram para mim e voce é um ingenuo.

      1. Gato é um bicho

        Meu caro Motta, somei, subtraí, multipliquei, dividi, radiciei, exponenciei, derivei e integrei o que você falou. NADA. Então, veja só, lembrei-me de uma palestra de Robert McNamara onde ele disse mais ou menos o seguinte: “É necessário ser muito inteligente pala falar um monte de coisas, durante um  monte de tempo e não dizer coisa alguma”.

        Tudo o que você escreveu, meu caro Motta, reduz-se a: “O GOVERNO TÁ LISO” (escassez de recursos, rsrsrsrsrs). Foi o que eu disse. Eu sei que, até pela sua idade, pela sua formação, você prefere, às vezes, falar através de paralelepípedos verbais e comete o erro de confundir boa fé e retidão moral com ingenuidade.

        Neste campo, te garanto, também não sou leigo. Ocorre que, apesar de mais cabelos brancos (vi a entrevista), sou relativamente mais jovem que você. Talvez por este motivo não tenha me entregado a este seu pragmatismo crepuscular. Vale, também, dizer que eu gosto de falar as coisas de forma direta e sem arrodeios. LADRÃO é LADRÃO, Homem honesto e honrado é Homem honesto e honrado e gato é um bicho.

        Você, é cristalino, fica dando um monte de voltas para nos convencer de que, para que a vida siga seu curso “normal”, devemos fechar os olhos para um “certo” nível de corrupção, que…TEM COISAS QUE SÃO ASSIM MESMO…

         

        P.S  Voce não lembrou da queda vertiginosa no preço do barril. Bom, talvez isto não tenha lá tanta importância…Afinal nenhum governo seria IDIOTA O BASTANTE para ficar fazendo planos achando que o barril iria custar $130,00 para sempre…NÃO É MESMO…rsrsrsrsrsrsrsrs…

         

        Abraço.

        1. Ora, ja que é assim então, o

          Ora, ja que é assim então, o Govenro deveria fazer uma devassa nas micro e pequenas empresas do País, visto que 99% sonegam impostos. Tem que fechar todas e prender os donos.

          O Governo deveria fazer uma devasa nos prestadores de serviços, eletricistas, encanadores, serralherios, etc, etc, ou voce acha que todos eles dão nota fiscal pelo serviço que prestam ? Tem que prender todos, não ?

          O Governo deveria dar uma devassa nas cracolandias País afora ou é legal agora usar drogas ?

          O problemas de pessoas como voce é que só se insurgem contra os probrlemas quando isso é interessante, quando não é, nada dizem. Não têm visão global dos problemas.

          E os camelôs Brasil afora, estão todos lícitos, é isso ? Por então os procuradores, promotores não vão atrás deles ? Por que operam livremente por ai ?

          Estudos dizem que por volta de metade da economia do Brasil é informal, então a pauta de investigação e combate ao crime é importante. Senão, acaba o País. Isso é um acordo tácito que é feito na sociedade. É dentro dessa lógica que se fala que tem que pesar os custos benefícios desse tipo de investigação “fim do mundo”. Sem falar das várias possíveis arbitrariedades cometidas.

          E olha que nem estou entrando no mérito das várias ações imorais, mas que são legais, com oo tal auxilio moradia do judiciário e mp.

  20. Já os juízes podem roubar

    A pena máxima pra bandidos de toga é uma gorda aposentadoria

    Juizes que venderam sentenças são condenados com pena de aposentadoria

     

    O Conselho Nacional de Justiça decidiu aposentar compulsoriamente os juízes César Henrique Alves, do Tribunal de Justiça de Roraima, e Ari Ferreira de Queiroz, do Tribunal de Justiça de Goiás, acusados de venda de sentença e quebra de imparcialidade. A decisão é dessa quarta-feira (24/3).

    http://www.conjur.com.br/2015-mar-25/cnj-aposenta-juizes-venda-sentenca-quebra-imparcialidade

  21. INTERESSE NACIONAL E PROPINA

    INTERESSE NACIONAL E PROPINA – A propina tem uma longa historia no mundo dos negocios. O caso mais celebre por sua repercussão, no Seculo XX, foi o da LOCKHEED, um dos maiores fabricantes americanaos de aviões.

    A Lockheed era praticante em larga escala no pagamento de propinas. Casos celebres foram a propina de $10 milhões de dolares para o Ministro da Defesa alemão Franz Joseph Strauss pela venda de aviões F 104 Starfighter,  em 1961.

    Depois ocorreu o caso da Italia, venda de aviões C 130 Hercules, pagamento de propina para os Ministros Luigi Gul e Mario Tanassi.  Depois no Japão, pagamento de propina de 2,4 bilhões de Yens pata um grupo de politicos e militares, incluindo Minoru Genda, Chefe de Estado Maior da Força Aerea de Auto Defesa do Japão, pela venda  de aviões Grumann F-11 Super Tiger. Curiosamente Genda foi o comandante da flotilha de aviões que atacou Pearl Harbor em 1941 e estrategista do plano de ataque, personagem de primeiro nivel no filme TORA, TORA, TORA. classico sobre o tema.

    Para a Arabia Saudita a LOCKHEED vendeu aviões  F-104, pagou 2,5% de comissão, equivalente a $106 millhões de dolares, Adnan Kashogi foi o intermediario, chegou nos anos 70 a ser considerado o lobista mais rico co mundo.

    Mas o caso mais notavel, porque gerou a legislação Foreing Corrupt Ptactices Act, foi o pagamento de uma comissão ao Principe Bernhard, da Holanda, marido da Rainha, no valor de $1,1 milhão de dolares, pela venda de aviões F-104.

    Com o escandalo do Principe aconteceu exatmente o que acontece agora com as empreiteiras da Operação Lava Jato,

    as ações despencaram , a empresa perdeu o credito e correu risco de quebra. O que fez o Governo dos EUA?

    Exatamente o contrario do que faz o Governo aqui, deu uma GARANTIA bancaria à Lockheed, no valor de $195 milhões, o que a empresa pediu, sem perda de tempo, através de um setor do Departamento do Tesouro, o

      Government Emergency Loan Guarantee Board, salvando a empresa, que hoje vale na bolsa US$63 bilhões.

    No caso mais recente da Siemens, o governo alemã pilhou a empresa em pagamento de propinas, inclusive no metrô de São Paulo, multou a empresa, que continua sendo uma das maiores da Alemanha, com valor de bolsa de 88 bilhões de Euros.  A mesma coisa ocorreu no caso Alsthim, empresa que é uma consolidação da Cie.Generale d´Electricité,

    da Alsacienne Thomson Houston, da Telemecanique e de outras, com DNA americano, na origem era uma subsidiaria da General Electric, houve punições, um executivo ficou preso 6 meses, voltou para a empresa e foi promovido,

    as duas empresas, Siemens e Alsthom, tiveram otimos balanços nos anos em que esses subornos ocorreram.

    No passado mais remoto a Siemens foi considerada grande parceira do governo nazista, fabricou os fornos usados em Auschwitz, uma empresa muito antiga, imagine se algum alemão proporia fechar a empresa porque deu propina, como aqui em São Paulo disse o Procurador que cuida do caso, simplesmente declarou na TV que a Siemens no Brasil deveria ser fechada porque deu propina no Metrô, fechar uma empresa que está no Brasil há mais de 100 anos, com 11.000 empregados, mas eles tem a coragem ou a insensibilidade de dizer algo desse  nivel.

    Vimos por esses exemplos que governos responsaveis jamais cogitariam fechar uma grande empresa por causa de propinas, simplesmente porque a importancia da empresa viva é mil vezes maior do que a propina.

    Aliás, nos EUA quando uma empresa, não precisa ser grande, com 7OO ou 800 empregados ameaça fechar, o movimento de salvação dos empregos é extraordinario, entra em cena o prefeito, o governador, o senador do Estado, o deputado da região, eles lutam por cada emprego, como se estivessem apagando um incendio na cidade.

    Aqui se fecham empresas com 10, 15 ou 20 mil empregados e NINGUEM SE MEXE, NINGUEM DIZ UM AI, ninguem reclama, comenta e luta, é uma COISA IMPRESSIONANTE, a Galvão teve antes da Lava Jato 16.000 empregados diretos, está na beira da quebra e NINGUEM DIZ NADA, para ajudar na quebra o Juiz manda prender o principal executivo no mesmo dia em que a empresa pede recuperação judicial, o Brasil é um Pais muito estranho, temos uma tendencia ao suicidio enquanto Pais, na linha de frente dessa causa o Ministerio Publico e o Poder Judiciario.

  22. Matem todos eles, Deus saberá quem são os seus

    O artigo de Andre Araújo me trouxe à mente a frase “Matem todos eles, Deus saberá quem são os seus”, proferida no conflito cátaro e atribuída a Arnold Amaury, líder da Ordem dos Monges Cistercienses, plenipotenciário papal no Languedoc.

    Um cronista relatou que Arnold disse essa frase de comando nas cercanias da cidade de Béziers, a 22 de julho de 1209, quando seus guerreiros cruzados, a um passo de atacar a cidade, após terem aberto brechas em seu sistema de defesa, tinham-se voltado em sua direção para perguntar se deviam distinguir os fiéis ao catolicismo dos cátaros heréticos.

    A instrução cabal foi obedecida ao pé da letra; diz-se que mais de 20 mil civis foram massacrados sem piedade, com 7 mil assassinados no recinto da catedral, para onde haviam fugido em busca de abrigo.

    (fonte: http://www.caminhodesantiago.com.br/walter_jorge/santo_graal/30_santo_graal_xxix.htm).

    Será que depois do massacre na “Lava Jato”, Deus também “saberá quem são os seus”?

  23. Dê nome às autoridades. Lava-jato não quebra país. Brasil ≠ US

     

    Motta Araujo,

    Você tem certa responsabilidade com as notícias que são dadas aqui no Blog e assim você deveria atentar mais para o que você diz. Eu vejo nesses seus comentários que abordam o comportamento do Ministério Público, da Justiça e do governo da presidenta Dilma Rousseff na operação Lava-jato eivado de mal entendidos que são disseminados como verdades. Três desses equívocos são fáceis de apontar.

    Primeiro você dá uma dimensão maior do que tem ao comportamento do Ministério Público e da Justiça no que diz respeito ao efeito que a Operação Lava-Jato terá na economia. Não vai parar coisa nenhuma.

    O próprio PIB do quarto trimestre foi maior do que o PIB do terceiro trimestre, dessazonalizado.

    Segundo, pare de ser genérico misturando Judiciário, Ministério Público e governo como se eles fossem unha e carne. É o que você expressa, por exemplo, na frase transcrita a seguir, a respeito da reação das autoridade sobre a possibilidade de grandes empresas quebrarem:

    “Ao que autoridades respondem isoladas em suas torres de vidro, não tem importância, as empreiteiras médias e estrangeiras as substituirão, como se isso fosse uma coisa simplizinha que acontece em duas semanas”.

    Primeiro que ninguém do governo disse isso. Segundo se promotores ou juízes de primeira instância disseram isso, o que eles disseram tem que ser medido nos seus efeitos na primeira instância. Nas instâncias superiores ninguém de razoável inteligência diz algo assim. Você faz uma acusação genérica que poderia ser feita dando os nomes e dando a acusação a especificidade que ela deve ter.

    E terceiro pare de comparar o Brasil com os Estados Unidos ainda mais em épocas diferentes. São realidades diferentes. Sem maioria na Câmara e no Senado, Obama não faz nada nos Estados Unidos. Agora só resta a ele fazer algo fora dos Estados Unidos, porque é onde o presidente dos Estados Unidos tem poder. Não é por outra que depois da derrota na Câmara e no Senado em 2014 e que ele foi acordar com Cuba e desacordar com a Venezuela. No Brasil, um partido que não conseguiu nem 30% para o seu candidato a presidente da Câmara tem o presidente do Brasil que faz muito mais coisa que o Obama apoiado em um partido que tem mais de 40% dos membros em ambas as casas.

    E Franklin Delano Roosevelt tinha maioria nas Casas quando lutou contra uma corte de justiça conservadora que era contrária as idéias dele. São realidades diferentes e que não podem ser comparadas. E você induz outros aos erros. Veja por exemplo o trecho a seguir transcrito do post “O presidencialismo frágil e as lições de JK” de quarta-feira, 25/03/2015 às 18:43, aqui no blog de Luis Nassif e de autoria dele em que ele embasado em você faz a seguinte afirmação:

    “As diferenças entre o presidencialismo brasileiro e o norte-americano foram bem colocadas por Araújo.

    Não se pode governar grandes países federados sem uma ampliação do poder do Executivo federal, diz ele. Nos Estados Unidos, o Ministério Público é uma extensão do poder do presidente da República. Ele nomeia e pode demitir a qualquer momento tanto o Procurador Geral quanto qualquer procurador federal”.

    Eu tenho por mim que Luis Nassif compreendeu você equivocadamente e disse essa frase despropositada. Nos Estados Unidos o que é mais reconhecido é o pouco poder dado internamente ao presidente principalmente quando comparado com os países da América Latina onde os presidentes gozam de tanto poder que se referem a esse poder como imperial.

    O que nós temos de real são dois problemas. A necessidade de o governo brasileiro se preparar para a mudança da taxa de câmbio. Aliás, não há nem a necessidade de se preparar, pois o preparo foi o que a presidenta Dilma Rousseff fez antecipadamente pois a escolha de Joaquim Levy foi exatamente para isso e foi o que ela avisou que faria ainda durante a campanha. O que há é um ajuste na economia diante dessas mudanças que trazem repercussões econômicas e políticas sendo essas mais de efeito imediato.

    E o outro problema é a dívida da Petrobras que deixa a empresa sem muitas opções, pois a dívida é em grande parte em dólares e a Petrobras não pode internalizar a dívida porque o país está enfrentando a questão do combate da inflação em razão da valorização do dólar via aumento de juro.

    Ocorre que a partir do ano que vem não há mais o problema com a economia brasileira e ao mesmo tempo o próprio governo pode tomar a frente de resolver o problema da dívida da Petrobras, capitalizando-a com recursos da reserva externa que deverão voltar a crescer.

    Você tem uma boa causa e muito conhecimento. A boa causa é mostrar que a corrupção não é este mal que falam. No fundo é o que eu sempre digo: a corrupção está diminuindo no mundo democrático, o volume em que ela ocorre é inferior ao que supõe o mais otimista e mesmo que ela ocorresse como supõe o mais pessimista, ela faz menos mal do que o mal que o mais otimista pensa que ela causa ocorrendo na fração inferior à estimativa do otimista. Só que esta boa causa não significa que devemos fechar os olhos para os casos de corrupção. Temos que a combater onde quer que ela ocorra.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 27/03/2015

    1. Meu caro Clever, é um

      Meu caro Clever, é um privilegio ser comentado por você, que tem conhecimento e articulação intelectual do mais alto nivel e tem a fluencia de texto para construir um raciocinio com começo, meio e fim.

      O eixo de minha proposição é que a Lava Jato extrapola a importancia da corropção para criar um ambiente altamente negativo para um dos setores mais importantes da economia, importante pelo volume de empregos diretos que proporciona. Só a Galvão tinha 16.000 empregados diretos, quebra-se uma empresa dessa em nome do combate a corrupção, como se a empresa só existisse por causa da corrupção. Na verdade para a empresa a corrupção é um onus, ela só pode operar dentro de uma regra do jogo que lhe é imposto, voce não pode culpar a empresa a esse nivel de quebra-la e prender os executivos porque ele apenas cumpriu uma regra do jogo. É como o feirante que para estar naquele ponto da feira precisa dar uma caixinha semanal para algum fiscal. Ele não faz isso porque gosta e sim porque sem a caixinha o fiscal lhe tira o ponto, é uma regra do jogo da feira.

      Então, se vc quer combater a corrupção o metodo não é prender o feirante e acabar com seu negocio e sim MUDAR AS REGRAS DO JOGO, definir o ponto de cada um, regularizar a situação do feitante e torna-lo imune ao achaque do fiscal.

      Na PETROBRAS para acabar com a corrupção será precisa MUDAR A GOVERNANÇA DA EMPRESA, por exemplo, na Shell nenhuma compra de mais de 5 milhões de dolares pode ser feita sem aprovação do Comité Executivo, composto pelos 7 diretores mais altos da empresa, precisa ter a assinatura de TODOS. Aqui, UM DIRETOR podia contratar 2,3, 5 bilhões de Reais SOZINHO, ninguem falou em mudar isso ou propos que se alterassem as regras do jogo, obviamente porque todos envolvidos nessa operação não tem nenhum interesse ou conhecimento em falar sobre a governança da PETROBRAS, elas só querem a brutalidade do ato unico de prender e quebrar as empresas, iimpondo multas e indenizações impagaveis, especialmente para uma empresa quebrada. O que siginifica para uma corrupção de estimados 400 milhões de Reais impor uma multa de 900 milhões, alem da devolução dos 400, como devolver se a empresa pagou?

      e em cima disso uma reparação por danos morais de 3,8 bilhões, vc acha que a empresa vai pagar essa conta, depois de quebrar?  Tudo isso não tem a minima logica economica, é um teatro a que todos assistem calados.

      A resultante será a quebra de todas essas empreiteiras e NADA GARANTE que a corrupção vai acabar no Brasil.

      Vc diz que o Presidente dos EUA pode menos do que o do Brasil, o Presidente dos EUA pode demitir na hora que quiser o Procurador Geral dos EUA e qualquer procurador federal, basta querer e nem precisa explicar porque,

      por ordem executiva pode chamar a si um processo fiscal e perdoar a divida, pode invadir um Pais sem autorização do Congresso, como então vc diz que ele não pode nada? No Brasil o Presidente NÃO pode fazer nada disso.

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