A repaginação e um retrospecto de Dilma, por Nicolas Crabbé

Voto nela justamente por ela

Voto nela justamente por ela ser do jeito dela. 

Opa, acabei de me enderecar a

Opa, acabei de me enderecar a esse assunto aqui:

https://jornalggn.com.br/noticia/pesquisas-mostram-aecio-cada-vez-mais-escanteado-na-eleicao#comment-423644

Só pra saber: quais são as

Só pra saber: quais são as críticas que se faz neste blog visando a demonização de Marina que são risíveis?

Personalismos à Parte…

Dilma é autoritária, Dilma não é afeita ao diálogo, Dilma é isto, Dilma é aquilo!

Cultos personalistas à parte, embora muito ao gosto dos brasileiros, Dilma representa a política do Estado Social que virá abaixo se qualquer um dos outros candidatos for eleito.

Portanto, VIVA DILMA! Com todos os defeitos que possam atribuir a ela.

Mil vezes DILMA durona,

Mil vezes DILMA durona, mostrando a realidade e falando sério, do que a Bláblárina com suas balelas sonháticas que só enganam os TROUXAS.

O “BRASIL PARA TODOS não passa na REDE GLOBO DE SONEGAÇÃO – O que passa na RAEDE GLOBO DE SONEGAÇÃO é um braZil-Zil-Zil para TOLOS” 

Diálogo, ou resultado, eis a questão!

Afinal, o que é mesmo que queremos, e importa, diálogo até a exaustão ou resultados que eram pra ontem?!

Quase perfeito, se houver retificações nos parágrafos iniciais

Nicolas Crabbé,

Não há perfeição e por isso não vou dizer perfeito. Além disso, penso que o fato de Dilma Rousseff não ter vivência nos movimentos sociais não significa que ela tenha feito mudanças no governo dela ou não faça mudança ou que ela não esteja aberto aos movimentos sociais. Quem foi guerrilheira e hoje é presidenta, não pode ser avaliada como alguém sem capacidade de mudança.

É claro que ela é de um tipo autoritário. Não vejo nela, entretanto, a soberbia da sapiência a que eu me refiro quando me dirijo a PSDBista de alto coturno, atribuindo a ele a prepotência vaidosa da arrogância pretenciosa do autoritarismo presunçoso da soberbia sapiente. De todo modo, a perfeição que eu vi no seu comentário foi ele não ser o tipo de comentário para fazer parte de propaganda eleitoral, principalmente na parte de que eu mais gostei. As pessoas imaginam que fazer campanha por candidato em blog é igual fazer campanha na propaganda eleitoral. E ai parte para uma crítica que pode até ser verdade, ou poderia até ser válida se utilizada no veículo de comunicação pertinente, mas não é a crítica própria em um determinado tipo de blog e é uma crítica que muitas vezes volta-se contra os valores que você defende. Com a revolta que existe na população contra o PT, daqui a pouco em um afastamento de qualquer lógica os próprios PTistas vão acusar a Marina Silva de ter sido PTista.

Recentemente eu ia comentar sobre a questão do Banco Central Independente. Uma idéia equivocada para o Brasil, mas que não é o fim do mundo, ainda mais quando se considera que o dono do blog só faz é alertar para o fato de o Banco Central do Brasil ter sido apropriado pelos mercadistas. Deu, entretanto, uma preguiça em ficar avaliando esta questão que estava sendo analisada apenas na condição de uma proposta eleitoral.

Assim fui procurar outros assuntos e em razão do nó da gravata da foto de Aécio Neves no post “Aécio diz que não vai buscar ajuda no terreno do vizinho” de quarta-feira, 03/09/2014 às 11:09, aqui no blog de Luis Nassif e com matéria do Jornal GGN eu resolvi comentar lá no post. Não foi de todo ruim o post, pois até pelo título do post houve um enfoque mais pelo lado do humor. E acabei escolhendo o comentário da Maria Luiza que com o enfoque mais crítico me pareceu bem mais ameno que os demais com o mesmo enfoque. O comentário da Maria Luiza pareceu-me um comentário construído não na imparcialidade que está só possui o cabeça oca, mas na racionalidade.

Um blog deveria ser um lugar de lógica. Não é a academia e por isso cabe no blog emoção, mas há que fazer a fundamentação do seu argumento.

O endereço do post “Aécio diz que não vai buscar ajuda no terreno do vizinho” é:

https://jornalggn.com.br/noticia/aecio-diz-que-nao-vai-buscar-ajuda-no-terreno-do-vizinho

O próprio dono do blog que achou na pluralidade um nicho bom para ele, depois de insistir em demasia na idéia de imparcialidade, embarca neste perfil de demonização, como é o tratamento atual que ele dá a José Serra, ou a acusação que ele faz ao que seria a apropriação do Banco Central pelo mercado, ou agora a crítica a priorização da educação que ele faz no post “Eleições: das balas de prata aos temas complexos” de domingo, 07/09/2014 às 06:00. O endereço do post “Eleições: das balas de prata aos temas complexos” é:

https://jornalggn.com.br/noticia/eleicoes-das-balas-de-prata-aos-temas-complexos

Até que no post “Eleições: das balas de prata aos temas complexos” a crítica a priorização da educação é mais consistente. A falha maior em meu entendimento foi ter mencionado a priorização da educação na Coreia do Sul ressaltando que tal priorização se deu em um contexto de forte política de industrialização sem dizer que a política educacional da Coreia do Sul foi assentada em bases ditatoriais.

A demonização da educação ele fizera antes no post “O embate de ideias econômicas nas eleições” de sexta-feira, 05/09/2014 às 06:00, ao criticar de modo bem tacanho outras idéias de Alexandre Rand Barros, representando o PSB, no Seminário da ANBB (Associação Nacional do Banco do Brasil) “Repensando Estrategicamente o Banco do Brasil”, ao mesmo tempo que criticava de modo mais fundamentado o foco excessivo que Alexandre Rand Barros colocava na educação para a solução dos problemas brasileiros. Demonização não só porque trata com demérito a análise que Alexandre Rands Barros faz sobre a questão do Banco Central Independente e sobre a mobilidade urbana e porque ele trata a proposta de priorização da educação pelo PSB como se fosse a proposta política única do partido. O endereço do post “O embate de ideias econômicas nas eleições” é:

https://jornalggn.com.br/noticia/o-embate-de-ideias-economicas-nas-eleicoes

De todo modo, quando eu falo que seu comentário que originou-se neste post “A repaginação e um retrospecto de Dilma, por Nicolas Crabbé” de quinta-feira, 04/09/2014 às 12:56, eu não me refiro tanto aos três primeiros parágrafos que não são grandes exemplos da perfeição. Você diz

“O retrospecto da Dilma não é muito favorável a mudanças, para ser educado.

Foram inúmeras as vezes em que ela acenou, sempre forçada pelas circunstâncias, com mudanças, anunciando com mais diálogo com a sociedade, meios empresariais, etc.

O fato é que assim que a pressão diminuiu, Dilma voltou a isolar-se no seu palácio, esvaziou os fóruns recém-criados e nunca levou adiante essas promessas”.

De certo modo, o retrospecto de todo mundo não é muito favorável à mudança, a não ser que não se tenha opinião. É aquela história: antigamente as pessoas cantavam “Opinião” e hoje cantam “Metamorfose Ambulante”. A letra de “Metamorfose Ambulante” é de Paulo Coelho o que não é em meu entendimento muito recomendável para escolher o partido da mudança. E você não precisava usar a expressão: “para ser educado”. São raras as pessoas que saem mudando todo dia. A maioria dos seres humanos precisa de terra firme e se apega aos valores que conhece e que lhe deu o que tem hoje. Então a resistência a mudança é natural no ser humano. Por outro lado, tudo muda e com toda razão e o ser humano até por conformismo se adapta as mudanças.

No segundo parágrafo você fala em inúmeras vezes, mas deveria ter mencionado pelo menos três para saber a que você se refere. E no terceiro parágrafo, não precisa explicar a frase “Dilma voltou a isolar-se no seu palácio” pois sabe-se evidentemente que se trata de retórica, mas seria bom referir-se a dois fóruns que ela tenha esvaziado.

O que eu chamei de quase perfeito foi o seu quarto parágrafo que transcrevo a seguir. Você diz:

“Será que vai ser diferente desta vez? Infelizmente tenho lá minhas dúvidas. Isso não significa que a Marina seja melhor, embora a demonização que comentaristas deste blog fazem dela seja risível, mas a natureza da Dilma é autoritária, não é nem nunca foi de diálogo”.

O início é do céptico, o que pelo menos na minha avaliação é muito próximo da perfeição uma vez que me arvoro como tal (Como céptico e não como perfeito). E então há a frase que eu gostei mais. Reproduzo mais uma vez o que você diz:

“Isso não significa que a Marina seja melhor, embora a demonização que comentaristas deste blog fazem dela seja risível”

É esta demonização dos adversários sem importar em discutir o assunto em seus desdobramentos é que me leva a recriminar o discurso fácil que talvez seja justificável em uma campanha eleitoral em que se conhecem todas as armas da disputa e todos os efeitos que elas possuem e há o amparo dos institutos de pesquisas para avaliar os ganhos e perdas que cada arma utilizada produz, mas que no blog me parece completamente desnecessária e inútil.

A única vantagem na demonização é que serve para avaliar não os que são demonizados mas quem faz a demonização. A menos quando a demonização é expressa em um dito espirituoso, com o intuito mais de humor, ela revela fraqueza de argumentação de quem dela utiliza.

E por fim lembro que a presidenta Dilma Rousseff deve ser realmente autoritária. Só que o autoritarismo não pode ser visto como um modelo falido quando se trata de atuação em gerência de cargo executivo. Um chefe de executivo é uma autoridade. Autoridade é quem toma para si a decisão. Autoritário é uma espécie de qualificação da autoridade.

O problema é que estabelecemos o antagonismo entre autoritarismo e democracia. A democracia deve ser vista em três sentidos. O sentido de igualdade e de exclusão de grupos sociais, o sentido de disputa eleitoral e o sentido de funcionamento do parlamento representativo da sociedade. Nesses três sentidos o autoritarismo se contrapõe à democracia. Só que no sentido de gerência do cargo executivo, não há muito porque falar em gerência democrática. Há gerência com mais delegação de competência e há gerência mais centralizadora. Na hora de decidir não se decide pelo voto da maioria. Voto pode haver mas é dos assessores. A decisão é da autoridade.

PS: Comecei a fazer este meu comentário no dia que este post “A repaginação e um retrospecto de Dilma, por Nicolas Crabbé” saiu. Só o concluir hoje, e ao pesquisar o post “A repaginação e um retrospecto de Dilma, por Nicolas Crabbé”, encontrei também o post “A repaginação de Dilma Rousseff” de quinta-feira, 04/09/2014 às 06:00, de autoria de Luis Nassif e que pode ser visto no seguinte endereço na página em que há o seu comentário enviado quinta, feira, 04/09/2014 às 06:52:

https://jornalggn.com.br/noticia/a-repaginacao-de-dilma-rousseff?page=2

Lembro que com 154 comentários no post “A repaginação de Dilma Rousseff” o seu comentário é o antepenúltimo da terceira página. Para o seu comentário, o IV AVATAR enviou um comentário na quinta-feira, 04/09/2014 às 07:26, e você respondeu na quinta-feira, 04/09/2014 às 09:29. Saliento que você aproveitou o exemplo que IV AVATAR dera da proposta da idéia de plebiscito e constituinte apresentado por Dilma Rousseff e depois o esquecimento desta proposta como reforço ao seu argumento de que a presidenta Dilma Rousseff não seria favorável a mudanças. Não creio que o exemplo serve para qualificar como favorável ou contra a mudança. Na verdade, Dilma Rousseff agiu com oportunismo eleitoral. Oportunismo eleitoral é uma qualidade que todo político deve ter. Pode ser qualidade pessoal ou via avaliação e conselho de assessores. Eu não julgo o oportunismo eleitoral, julgo o conteúdo do oportunismo. Sou contrário à proposta do plebiscito e da constituinte. Agora, não vejo uma só idéia que possa ser aproveitada ou possa ser útil para atender as reivindicações das manifestações de junho de 2013. Foi algo fora dos padrões e que ainda não foi compreendido e avaliar o político pela forma como reagiu diante das manifestações, talvez revele apenas uma dificuldade de quem avalia em compreender a atividade política em uma democracia representativa.

Clever Mendes de Oliveira

BH, 07/09/2014