Advogado diz que secretarias de Segurança adotaram uma “política de caça às bruxas”

Patrick Mariano

Enviado por sergior

Do Viomundo

Mariano: Festejar prisões “antecipadas” de ativistas é um “viva a morte”

por Conceição Lemes

Em 11 de julho, o juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal da cidade do Rio de Janeiro, determinou a prisão temporária de 26 ativistas e a busca e apreensão de dois menores.

O delegado Fernando Veloso, chefe de Polícia Civil, alegou: “Estamos monitorando a ação desse grupo de pessoas desde setembro do ano passado. A prisão delas vai impedir que outros atos de violência ocorram neste domingo [final da Copa do Mundo]”.

Ou seja,  as prisões foram para “garantir a ordem pública”.

“O uso do conceito de garantia da ordem pública  é um cheque assinado em branco para o exercício do poder punitivo”, alerta o advogado Patrick Mariano, da Rede Nacional de Advogados e Advogadas Populares (Renap).  “Baseia-se na presunção, sobretudo. É completamente subjetivo.”

Foi com base nesse conceito que, no Brasil, muitos comunistas foram presos, torturados e mortos entre 1936 até 1975. É também com essa  “justificativa” que,  de 1990 para cá, vários militantes de movimentos sociais  foram presos. E, agora, as  secretarias de Segurança Pública do Rio e a de São Paulo, com o aval de parte do judiciário local, prendem ativistas.

“As  secretarias de Segurança Pública do Rio e a de São Paulo têm desenvolvido uma política caça as bruxas que não faria inveja ao macartismo”, afirma Mariano. “De novo, o conceito de ordem pública cai como uma luva. Essas prisões são autoritárias, arbitrárias e sem respaldo legal. Foram baseadas em ilações e conjectura. A motivação é política.”

“Se alguém festeja a violência e a dor alheia, definitivamente, não é de esquerda”, observa. “Festejar o encarceramento de pessoas antes mesmo da culpa formada é dar um “viva a morte” e um brinde ao falecimento da inteligência. No caso, a inteligência democrática”.

Além de integrar a Renap, o advogado Patrick Mariano é doutorando em Direito, Justiça e Cidadania na Universidade de Coimbra, em Portugal. Segue a íntegra da nossa entrevista.

Viomundo — O que significa prisão para garantia da ordem? 

Patrick Mariano — Para responder, é necessário um breve histórico sobre conceito de “garantia da ordem”. Ele tem origem na Alemanha. Lá, a reforma legislativa nacional-socialista de 1935 fez com que o processo penal alemão incorporasse a permissão para se determinar o encarceramento provisório, com fundamento na excitação da opinião pública provocada pelo delito.

Antes disso, o artigo 48 da Constituição de Weimar [primeira Constituição da Alemanha, vigorou a partir de 1919] conferia ao presidente o poder para suspender total ou parcialmente os direitos fundamentais no caso de constado ameaça grava à ordem pública.

Para Giorgio Agamben [ no livro Estado de  exceção, Boitempo Editorial, 2004, págs 28 e 29] “não é possível compreender a ascensão de Hitler ao poder sem uma análise preliminar dos usos e abusos desse artigo nos anos que vão de 1919 a 1933”.

Essa matriz ideológica e jurídica influenciou o Código Rocco no fascismo italiano e, depois, o nosso Código de Processo Penal de 1941.

Trocando em miúdos: o uso desse conceito é um cheque assinado em branco para o exercício do poder punitivo.

Viomundo –  Em que a Justiça se baseia para prender pessoas  a fim de  garantir a ordem pública?

Patrick Mariano — Em uma presunção, sobretudo. O juiz presume que o acusado seja um perigo à ordem estabelecida ou que sua liberdade ofereça risco à ordem pública; por isso, deve ser encarcerado e, portanto, extirpado do convívio social.  A ideia de ordem aqui utilizada é a do autoritarismo.

Viomundo – Então, é um conceito subjetivo?

Patrick Mariano — É completamente subjetivo. Em 2013, sob a orientação da professora doutora Ela Wiecko,  fiz uma pesquisa na Universidade de Brasília sobre o tema. Analisei 76 anos de jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Foram 460 acórdãos estudados. Concluí exatamente que as decisões não se afastam da subjetividade.

Viomundo – É legal a prisão preventiva com vistas à garantia da ordem?

Patrick Mariano — A Constituição da República veda, em meu entendimento, o uso desse conceito para determinar a prisão preventiva de qualquer acusado.

Viomundo – Em São Paulo, os ativistas Flávio Hideki Harano e Rafael  Rafael Lusvarghi estão presos há 29 dias. No Rio, em 11 de julho a Justiça determinou a prisão preventiva de 26 ativistas; vários continuam encarcerados. Essas prisões estariam fora da lei?

Patrick Mariano – São prisões arbitrárias e sem respaldo legal. A motivação é política. Ao que consta são jovens que, embora se possa discordar dos seus métodos de atuação política,  acreditam em um país melhor. Além disso, a prisão foi baseada em ilações e conjecturas. Para isso, a ideia de “ordem pública” cai como uma luva para o arbítrio estatal.

Viomundo – Qual a influência dos secretários de Segurança de São Paulo e Rio de Janeiro nessas prisões? 

Patrick Mariano – Muita influência. A decisão política tomada é a do uso da violência e do autoritarismo para resolução dos conflitos sociais. Em São Paulo, não podemos esquecer do que aconteceu na ocupação do Pinheirinho. No Rio, os exemplos são corriqueiros também. Cabe aqui uma questão: será que após 25 anos de democracia nossos gestores públicos ainda não foram capazes de assimilar a cultura democrática? A impressão que se tem é a de que a ideologia que sustentou o regime militar ainda está muito viva, infelizmente.

Viomundo – Qual o peso do Judiciário nessas prisões?

Patrick Mariano – O Judiciário não deveria se influenciar por manchetes sensacionalistas de grandes jornais afinados com a cultura autoritária. E os discursos de Lei e Ordem, proferidos por alguns gestores públicos, deveriam passar ao longe das decisões judiciais.

No entanto, não é o que se vê. Uma exceção que é preciso ser feita é com relação ao desembargador do Rio que não aceitou esse caldo autoritário e concedeu a liberdade aos ativistas.

Viomundo – Quatro parlamentares denunciaram o juiz Flávio Itabaiana ao  Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O juiz atacou-os.  Ó comportamento do ministro Joaquim Barbosa durante todo julgamento da Ação Penal 470 estaria já influenciando juízes?

Patrick Mariano – Sem dúvida. A ação penal 470 estabeleceu um padrão de violação de direitos fundamentais e reforçou a imagem do juiz justiceiro. Cenas deploráveis como a expulsão de advogado do tribunal, o desrespeito à opinião contrária até mesmo de outros pares e a não aceitação da própria jurisprudência da Corte.

Vou parar de citar exemplos porque a entrevista precisa ter um fim, mas todos esses fatos lamentáveis irradiam para o resto do sistema de justiça. Esse comportamento autoritário do magistrado foi, de certa forma, estimulado ao vivo pela principal Corte do país.

Viomundo — Em que medida?

Patrick Mariano — Os juristas portugueses Figueiredo Dias e Manuel da Costa Andrade falam em sociologia da ação jurisdicional. O que é isso? Nada mais do que essa importância das decisões e práticas dos tribunais para o resto do sistema. Seria como aquele efeito concêntrico da pedra jogada na água produzindo ondas.  O que se assistiu foi a irradiação de uma prática autoritária de se julgar e se relacionar com a sociedade.

Viomundo — A justificativa da garantia da ordem é usada habitualmente no Brasil?

Patrick Mariano — Infelizmente, muito. O país apresenta taxas monstruosas de encarceramento provisório (cerca de 40% da população carcerária) em razão da existência, em nosso ordenamento jurídico, do conceito de ordem pública para justificativa da prisão preventiva.

No início do século passado, foi muito utilizado para a expulsão dos estrangeiros que aqui vieram trabalhar. Em razão das greves por melhorias das condições de trabalho, foram taxados de anarquistas e subversivos.

O “medo” das revoltas trabalhistas populares fez com que milhares de estrangeiros fossem expulsos, sem justifica concreta, somente porque seus ideais representariam risco à ordem pública (Lei Adolfo Gordo).

Mas foi com o Código de Processo Penal feito por Francisco Campos em 1941, que o conceito passou a servir como “justificativa” para a prisão preventiva. O objetivo era o de arrefecer os ideais comunistas.

Com isso, muitos comunistas foram presos, torturados e mortos entre 1936 até 1975. O Decreto-Lei n. 640, de 22 de agosto de 1938, estabeleceu a criação de Colônia Agrícola no arquipélago de Fernando de Noronha, “destinada à concentração e trabalho de indivíduos reputados perigosos à ordem pública”.  Por lá estiveram Marighela e Gregório Bezerra.

De 1990 para cá, muitos militantes de movimentos sociais foram presos com essa “justificativa”. Agora, a Secretaria de Segurança Pública do Rio e a de São Paulo, com o aval de parte do judiciário local, têm desenvolvido uma política caça as bruxas que não faria inveja ao macartismo. De novo, o conceito de ordem pública cai como uma luva para essas prisões autoritárias.

Viomundo — Essa prática viola o Estado democrático de direito?

Patrick Mariano — Sim, sem dúvida. Entre 1945 e 1950 se procedeu a uma reforma nas leis alemãs e essa permissão para se prender quem colocasse em risco à ordem pública foi retirada do sistema jurídico.

Ou seja, a base que formou a “racionalidade” jurídica desse instituto soçobrou há 64 anos e ainda, por aqui, continuamos a utilizá-la. Claro, estamos aqui a falar de exercício de poder sem limitações, por isso a tentação autoritária ainda reside entre nós, infelizmente.

Viomundo — Quem se beneficia dessa medida?

Patrick Mariano — Juízes, políticos, secretários de segurança, representantes do ministério público e delegados que não se sentem constrangidos no uso do poder punitivo sem controle. Ao contrário.  Sentem verdadeira pulsão punitiva, mesmo que para tanto seja preciso desrespeitar a Constituição da República.

Nos dias de hoje, temos alguns arautos dessa onda autoritária em que se busca inimigo imaginário, para justificar ações violentas e o achincalhe aos direitos fundamentais. Essa ideia de inimigo, colada à construção do medo, sempre justificou ações violentas e arbitrárias por parte do poder político.

Os novos “inimigos” da ordem são jovens que, embora se possa discordar de seus métodos políticos, querem um país melhor. Assim como o “medo” dos traficantes é usado como justificativa para ações estatais criminosas nos bairros mais pobres.

Se o nosso regime é uma democracia, quem coloca em risco a ordem democrática são os arautos do autoritarismo e não esses pobres jovens idealistas.

Viomundo — Qual o risco dessa prática para a democracia?

Patrick Mariano — O risco é de não conseguimos alcançá-la com plenitude enquanto for possível prender alguém com base no conceito de ordem pública.

Viomundo — Tem gente, inclusive de esquerda, festejando essas prisões. O que acha disso?

Patrick Mariano — Se alguém festeja a violência e a dor alheia, definitivamente, não é de esquerda.

Lembro de um clássico diálogo relatado por Paul Preston em “Las tres Españas del 36″, em que José Millán-Astray y Terreros, militar da extrema direita espanhola foi trucidado moralmente por Miguel de Unamuno, na Universidade de Salamanca, em 1936.

Unamuno era reitor da universidade e, em certa solenidade, foi interrompido por Millán e sua legião aos gritos de “Viva a morte” e, depois “morra a inteligência”. Ao que Unamuno responde:

Venceredes, pero non convenceredes. Venceredes porque tedes sobrada forza bruta; pero non convenceredes, porque convencer significa persuadir. E para persuador necesitades algo que non tedes: razón e dereito na loita. Paréceme inútil pedirvos que pensedes en España.

 Festejar o atual estado das coisas no Brasil, em que se encarcera antes mesmo da culpa formada, é dar um “viva à morte” e um brinde ao falecimento da inteligência.  No caso, a inteligência democrática.

Redação

49 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

    1. Pois é Assis, temos que

      Pois é Assis, temos que pensar esse novo tempo do mundo, como bem expõe Paulo Arantes no seu recente livro.

      Como lutar contra essa tendência? Eis a questão. O que fazer?

  1. O que mais me impressiona é

    O que mais me impressiona é ver defensores do governo Dilma defendendo as prisões, criticando o pedido de asilo ao Uruguai, desqualificando ativistas políticos como “coxinhas”, classificando qualquer manifestante de Black Bloc… Qual a lógica? Paranóia pura.

    1. Isso é pra vc vê, né,

      Isso é pra vc vê, né, Helton… O país inteiro ocupado em encontrar uma solução para uma situação complicada e tem gente preocupada em faturar politicamente com o evento; por incrível que pareça, parece que são os apolíticos, que tem que dar um jeito de meter a Dilma na jogada de qq jeito.  Mas então vamos lá, quem prendeu foi o judiciário e o partido envolvido é o PSOL, o que os apoiadores do governo Dilma tem com isso. Deveriam estar agradecendo que estamos tentando ajudar qdo da AP 470, os “apartidários” de Rede, PSOL , PSTU, DEM e PSDB bem como seus apoiadores só faziam aplaudir JB, inclusive, elegendo-o o herói das jornadas. Acho que vc deveria reler o post.

        1. Sei… e a liberdade de

          Sei… e a liberdade de expressão que vcs defendem para os ativistas, é só pra vcs? Os ” ativistas” podem eleger um ditador como herói e os apoiadores do governo não podem achar nada de nada… No que diz respeito, a mim, não funciona, até pq, sou das que acreditam que o melhor é soltar todos eles pq isso é cenário puro.

    2. “O que mais me impressiona é

      “O que mais me impressiona é ver defensores do governo Dilma (…) classificando qualquer manifestante de Black Bloc”:

      Naaaaaaooooo senhor.  Quem classificou alguem de Black Bloc foi a investigacao policial.  E quem foi classificado foi os que foram presos ou estao foragidos.

      Ninguem dos “defensores do governo Dilma” esta defendendo prisoes ilegais nem acusacoes esdruxulas por enquanto.  So que BB’s sao tao hipocritas que simultaneamente querem ajuda das esquerdas e as acusam de tudo que acontece com eles.  Ora, va pastar.

      1. “Ora, vá pastar.”
        Meu caro,

        “Ora, vá pastar.”

        Meu caro, acho que você errou de blog. O do Reinaldo Azevedo é em outro endereço. Lá são bem-vindas grosserias desse tipo.

        1. “O que mais me impressiona é

          “O que mais me impressiona é ver defensores do governo Dilma defendendo as prisões, criticando o pedido de asilo ao Uruguai, desqualificando ativistas políticos como “coxinhas”, classificando qualquer manifestante de Black Bloc”:

          Prove o que disse, depois eu vou latir pro Reynaldo.  Quem sao os defensores do governo Dilma que estao “defendendo as prisoes”, “criticando” o pedido INVALIDO de exilio a um CONSULADO, “desqualificando” ativistas politicos, e classificando “qualquer manifestante” fora do processo como BB?

          Voces NAO sao “ativistas” nem “manifestantes”.  Os Bb’s sao parasitas.

          1. Vocês quem? Quer dizer que eu

            Vocês quem? Quer dizer que eu também sou Black Bloc? Bem, era disso mesmo que eu estava falando. Você demonstrou corretamente minha hipótese. Obrigado!

          2. Pode nao ser Black Block. “Só” troll nao cadastrado

            Que vem aqui tentar imputar inverdades sobre os petistas. Vá pastar 2! 

        2. Parece que bebe! Tá invertendo as coisas

          Vem trollar aqui, nao é cadastrado, imputa aos petistas coisas que eles nao acham, e o Ivan é que é grosseiro? Ora ora… Você é que deveria ir para o Blog da Veja. 

    3. Isso é apenas uma percepçao q vc quer forjar

      Vá se catar falando que os defensores do governo Dilma estao defendendo essas prisoes. O PT já se pronunciou contra. E petistas dos mais assumidos aqui no Blog também (isso vc nao pode saber, né, quem é quem aqui, já que é NAO CADASTRADO). Vá trollar noutra parte. 

      1. Além de Black Bloc, sou

        Além de Black Bloc, sou Troll. Perfeito! Obrigado, Anarquista Lúcida, por apresentar mais uma comprovação da minha hipótese. 

        1. Ignorância sua do espaço em que veio trollar

          Se você tivesse se dado ao trabalho de pelo menos examinar antes o espaço em que veio trollar teria percebido que sou uma das pessoas que mais protestaram contra o arbítrio contra os manifestantes. E sou uma das petistas mais explícitas do Blog (o que vc, como troll novo, tb nao pode saber, claro). De modo que nao venha com esse blablablá de que os petistas estao a favor disso, viu? PASSA FORA! 

  2. Sinceramente nem li. Tudo

    Sinceramente nem li. Tudo muito bonito e “progressista”. Mas e as vítimas dos protestos movidos a bombas (com pregos) e coquetel molotov, que fatalmente haveriam se a Policia não tivesse agido?

    A investigação está desnundando tudo. Está tudo lá. A intenção era causar um acontecimento grave, porque o grupo não estava se conformando com o sucesso da Copa.

    Se não for isso, se as provas foram forjadas e o grupo queria apenas manifestar-se politicamente contra a Copa, ok, liberdade pare eles. E o estado deveria indenizá-los. Mas não é isso que está parecendo. Não é mesmo

  3. Eu acho muita cara-de-pau…

    Um pessoal que se propõe a derrubar um governo democraticamente eleito, usando molotovs, bombas com pregos e destruição de tudo que virem pela frente, vir falar em “atentado à democracia”…

    Aprenderam a ser cínicos assim com quem, com o Aécio, o Eduardo Campos ou o Marcola do PCC?

    1. Qualquer atentado ao direito de um é contra o direito de todos..

      A questao nao é a de se essas manifestaçoes estavam corretas ou nao. A questao é a de que se estao fazendo prisoes ilegais (como o caso do rapaz que foi preso acusado de ser hacker mas na verdade foi enquadrado foi como formaçao de quadrilha, e teve material apreendido em casa sem mandato judicial) e imputando provas arbitrárias (como no caso do japonês de S. Paulo, acusado de ter material na mochila que testemunhas que viram a prisao e a mochila na ocasiao da prisao dizem que nao estava lá, inclusive o padre Lancellotti). 

      Nao defenda o arbítrio, Alan, ele pode se voltar contra você. 

  4. Acho que esses advogados

    Acho que esses advogados deveriam questionar sua “mãe”, oab. Bom, senhores, quando vejo os “ativistas” se tornando manada em tempo integral e não possuirem a menor condição de isso perceber, concluo que o “eu” para(eles) vale mais que a segurança de uma nação inteira. O Léo V. diz que não faz nada relacionado a política ou politicos, que detesta essa “raça”, sem, ao menos perceber, que NÃO EXISTE MOVIMENTO QUE NÃO SEJA POLÍTICO, nem que ele seja de uma pessoa só. Se ele usa a bandeira do “povo”, isso é política! Fazer odiar política, é a arma que a mídia sempre utilizou para  que ela possa usufruir da alienação, do analfabetismo político para seus podres objetivos. Não há analfabestismo mais nocivo para uma nação do que o analfabetismo político. O Léo votará no psol. Foi treinado a odiar política, sem berceber que esse partido está sentado no colo dos piores políticos que nossa nação teve a desgraça de conhecer. Do Léo, não sinto medo, as vezes até vontade de confortá-lo tenho, mas o meu grande desgosto é esse psol, que como a máfia midiatica, tira proveito da desgraça alheia e, pior, nos momentos mais DECISIVOS PARA A NAÇÃO. Interessante que eles “querem” “resolver” seus próprios problemas, justamente nos momentos que as esquerdas deveríam estar unidas e deixar para, momentos menos críticos,discutir suas diferenças. Mas é óbvio que o psol sempre tentará tirar proveito em momentos que governos do povo estão sendo ameaçados pela máfia midiática, pois ele quer se beneficiar com isso.

    1. O tópico nao é s/ o Psol, mas sobre atentados ao Estado d Direit

      Você continua nao entendendo o óbvio e saindo do tema. Nao sao as manifestaçoes, ou o Psol, que estao em jogo. As manifestaçoes podem ser equivocadas e o Psol oportunista, OK. Mas nao é disso que se trata! 

  5. PERAÍ!

    Quer dizer então que a inteligência policial grava conversas de ativistas falando em bombas de pregos, coquetéis molotovs para serem lançados contra patrimônios e pessoas durante as programadas manisfestações e não deve fazer nada?….Durma-se com um barulho desses!…

  6. Esses tumultos sem causa

    Esses tumultos sem causa tiveram lugar pelos axiomas do sistema de negação da economia, em que, de outra parte, o governo nada pode assegurar se não o capacitarem a formalizar leis por referência de teorias independentes – que consequentemente levaram ao encarceramento de manifestantes.

    A questão é da Ciência da Economia que não assume sua culpa semântica, e não procura explicitar sua dificuldade perante os problemas socias, de entes concretos, de que falam a ala da população mais exaltada. 

    Caso contrário, a economia não pode atingir o grau significativo de ciência; ou, ficando assim, o próprio sistema capitalista pode ser “anulado” e como “não dado” às pesquisas que obrigam o governo a ter que dar soluções de interpretação política.

  7. Uai mas pq não perguntaram

    Uai mas pq não perguntaram como agir em casos como esses? De palpites eu já tô legal. Quero saber dos especialistas qual seria a ação adequada. Pq se for assim, eu vou poder fumar em lugares fechados até que eu mate algum fumante passivo; tb posso dirigir embriagada até que eu mate alguém em função disso; tb vou poder entrar no banco armada até que eu resolva assaltar. Posso ir ao Maracanã em dia de FlaXFlu armada até os dentes até que eu resolva incendiar o adversário… Quero saber o que deveria ter sido feito, a partir do momento em que foi constatado que pessoas planejavam promover depredações e explosões em áreas com grande concentração de pessoas? O que foi feito, a gente já sabe; mas o que deveria ter sido feito ou o que as “grandes democracias do mundo” fazem, ainda não sabemos. Os caras fazem um entrevista gigante com um especialista e não perguntam o óbvio… Não quer ouvir a resposta, né? 

  8. Onde a criminalização começou?

    Melhor, certeira e lúcida parte da entrevista, pena que o nano esquerdismo e os fantasiados (que aplaudiram efusivamente cada sentença proferida pelo sr. Joaquim Barbosa) talvez não irão ler… Segue:

    ‘(…) Viomundo – Quatro parlamentares denunciaram o juiz Flávio Itabaiana ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O juiz atacou-os. Ó comportamento do ministro Joaquim Barbosa durante todo julgamento da Ação Penal 470 estaria já influenciando juízes?

    Patrick Mariano – Sem dúvida. A ação penal 470 estabeleceu um padrão de violação de direitos fundamentais e reforçou a imagem do juiz justiceiro. Cenas deploráveis como a expulsão de advogado do tribunal, o desrespeito à opinião contrária até mesmo de outros pares e a não aceitação da própria jurisprudência da Corte.

    Vou parar de citar exemplos porque a entrevista precisa ter um fim, mas todos esses fatos lamentáveis irradiam para o resto do sistema de justiça. Esse comportamento autoritário do magistrado foi, de certa forma, estimulado ao vivo pela principal Corte do país.

    Viomundo — Em que medida?

    Patrick Mariano — Os juristas portugueses Figueiredo Dias e Manuel da Costa Andrade falam em sociologia da ação jurisdicional. O que é isso? Nada mais do que essa importância das decisões e práticas dos tribunais para o resto do sistema. Seria como aquele efeito concêntrico da pedra jogada na água produzindo ondas. O que se assistiu foi a irradiação de uma prática autoritária de se julgar e se relacionar com a sociedade. (…)’

    1. O melhor post nessa notícia é

      O melhor post nessa notícia é o menos comentado e o com menos linhas. A galera aqui tá indo na onda do blog do Uncle King e não tá percebendo o significado do texto enorme que postaram acima. Não é porque vocês não vão com a cara das reivindicações deles (nem eu vou, na verdade) que temos que clamar pela prisão (injusta, na maioria, no que tudo indica) deles.

       

       

      Vocês podem estar virando tudo aquilo que vocês odeiam ou dizem odiar.

      1. Pois é. A justiça nao é só para os amigos…

        Mesmo censurando os psolistas, detestando os black bostas e sendo contra essas manifestaçoes sem foco, temos que ser contra prisoes arbitrárias e exceçoes ao Estado de Direito. Onde o direito de todos nao é respeitado nao está seguro o direito de ninguém. 

  9. Caro Nassif e

    Caro Nassif e demais

    Meusdeuses, isto é uma guerra, não só uma mera eleição.

    JB entre outros pisotearam na Constituição, que por si só, já pisoteia no povo. Membros deste grupo, queria dar um role na CIA, ou em quer que fosse, aproveitando-ser da posível grana enviada por alguém, para pagar alguns manifestantes,a direita aplaudiu e apoio, mas o alvo era Dilma, o PT e as novas conquistas. Essa politica de desgaste não funcionou, direita é direita, ferre-se o mundo, ferrem-se o PSOL, PSTU, BB entre outros. Prenda-se os ativistas. Até parece que a direita se baseia em direitos. Os direitos da direita, é tudo anti povo, e não se retringe ao Brasil.A ordem é continuar o desgaste. Prender, acusar, criar mais notícas anti PT, anti Dilma.

    A direita quer os cofres federais.

    Wall Street agradece.

    Saudações 

  10. O diálogo  gravado entre  os

    O diálogo  gravado entre  os “ativistas”,faz   de um orangotango ,um Cícero. A “adevogada”,na sua auto defesa,mãe e futura sogra de ativistas,produziu perolas de difícil entendimento,pelo menos,  entre os perólogos do direito.

    O PSOL,perdeu-se como partido desde que sua musa foi rebaixada de senadora a vereadora em Maceió e  Babá , raspou a cabeça.

    Se deduz, do ilustre  causídico lusitano,que  democracia e coquetel molotov ,são irmãos siameses,um não existe  sem o outro.Cabotinismo,é  misturar o Justerine & Brooks, com operadores  do direito.

  11. A minha solidariedade eles não vão ter.

    Eu também acho que houve abuso de autoridade e erro no encaminhamento dessa questão pelas políicias estaduais e pelo judiciário.

    O correto seria monitorar as ações dos militantes e prender quando estivessem realizando ou prestes a realizar os atos violentos. Assim como seria necessário prender e punir os depredadores quando eles estavam realizando os atos violentos, inclusive porque aí haveria flagrante.

    O judiciário está abusando da autoridade e indo contra as leis ao decretar essas prisões pelo que iria ser feito e há sim um abuso que é antidemocrático.

    Ocorre que os próprios afetados por esse abuso defenderam o desrespeito aos dirieots indicviduais e a perseguição política ilegl feita na farsa do mensalão. Foram contra a PEC 37 que visava eitar abusos de autoridade por parte do ministério público. Eles desrespeitaram as leis, desrespeitaram os direitos individuais das outras pessoas, desde os transeuntes, passageiros do transporte público até os donos dos estabelecimentos comerciais depredos. Eles atcaram a democracia ao atacar os militantes de partidos políticos e quaisquer pessoas que não concordassem com seus atos.

    Ora, que moral eles tem agora para querer apoio das pessoas contra os abusos que eles mesmos defenderam, só porque os abusos agora são contra eles?

    Não defendo e quero que vão para o inferno. Reconheço que é até uma posição revanchista minha, mas eu avisei desde o ano passado e até poucos meses atrás que essa atitude iria se voltar contra eles. Que o fato de apoiarem os interesses da direita não impediria que essa mesmoa direita os atacasse da mesma forma que atacaram as vítimas da farsa do mensalão que eles mesmos aplaudiram.

    Pois se gostaram que o cassetete atingisse os lombo dqueles que achavam ser seus inimigos (e trataram como inimigos), não moverei uma palha pra defender que esse mesmo cassetete caia sobre os lombos deles.

    Alguns me dizem que precisamos combater os abusos da polícia e do judiciário para protegere a democracia e nisso eu concordo, mas com essa escumalha que se colocou voluntariamente como títeres da direita eu não me solidarizo MESMO.

    Não é rancor, é senso de justiça. Eles não merecem meu apoio. Que aprendam, mudem de atitude e paguem pelos crimes que efetivamente cometeram. As ações desses moleques foram protofascistas e eles mesmos acabaram se colocndo na posição de ameaça à democracia.

    1. Certíssimo!

      Concordo com você. Quem quer solidariedade não estimula injustiças contra os outros. Eu já declaro guerra a quem finge me amar, imagina a quem me detesta tão abertamente…

      1. Erradíssimo! Se achamos q eles tavam errados como fazer o mesmo?

        Isso é ter 2 pesos e 2 medidas. Eles tb tiveram, eu sei. Mas se acho que estao errados, como posso defender que se faça o mesmo? Um pingo de coerência, por favor! 

        E ademais, até por interesse próprio. Arbítrio começa com alguns e acaba atingindo a todos. 

        1. Não crio corvos

          Eu separo a crítica contra o arbítrio cometido (com o que concordo) da solidariedade e apoio aos atingidos pelo arbítrio (com a qual não concordo).

          E por separar posso criticar o arbítrio sem me solidarizar com aqueles que hoje estão sofrendo exatamente aquilo que quiseram para os outros. Eles criaram os corvos que lhes furaram os olhos. Esses corvos eu não vou criar.

          Cría cuervos y te sacarán los ojos

          1. A questao nao é a de ter solidariedade ou nao

            Solidariedade é um sentimento. Cada um sente ou nao, é algo pessoal, e na verdade nem mandamos nos nossos sentimentos. O que está em jogo é se apoiamos o arbítrio, porque se dirige contra antagonistas, ou se achamos que o Estado de Direito é mais importante do que “dar o troco” neles…  

          2. Eu fui bem claro em meu posicionamento.

            Eu não falei nada sobre “dar o troco”, quem está falando isso é você. Eu não.

            Solidariedade é uma atitude. Eu deixei bem claro, critico a ação policial e do judiciário mas não dou apoio aos moleques que até ontem defendiam essa mesma arbitrariedade, por que não eram eles que sofriam com ela.

            MInha posição é muito clara e bem definida. Eu disse o que eu disse, nada a mais e nada a menos.

          3. Relaxa Ruy. Entendi sua posiçao e nao te acusei de nada

            Nao respondi só a você, mas a esse “argumento” de que o Psol fez primeiro. Para mim isso é coisa de briga de crianças. No seu primeiro comentário você deu a entender que estava nessa lógica (mesmo assim já dizendo censurar o arbítrio) mas depois deixou claro que nao estava. Apenas mostra, A MEU VER, rancor demais no seu posicionamento, mas cada um sente o que sente, e nao mandamos nos sentimentos. Mas muitos aqui estao nessa de usar críticas ao PSOL e às manifestaçoes como justificativas do arbítrio, e acho isso muito perigoso. 

    2. Eu entendo, Ruy.Mas mas pra

      Eu entendo, Ruy.

      Mas mas pra mim o mais importante do que você comentou é o seguinte: que eles paguem pelos crimes, sim, crimes tipificados no código penal, que cometeram, e não pelos que não cometeram. Destaco isso porque senão a coisa fica pior ainda; daqui a pouco a polícia e o judiciário – que já gostam; que está no dna deles – vão desembestar a cometer qualquer tipoo de arbitrariedade com quem der na telha. E sabemos pra onde estrá apontado o aparato conservador.

      Enfim, não vejo como uma questão de solidariedade – pra mim são uns inocentes úteis – pra mim é uma questão de defesa das instituições. Por mais que sejam conservadoras, é melhor preservá-las – para que possam ser reformadas – do que apostar na anomia.

      É uma visão reformista? Sim. Nunca simpatizei muito com a esquerda revolucionária, sobretuto na atual quadra quando ela não tem nada pra botar no lugar.

      1. C/ exceçao do último parágrafo, clap, clap, clap!

        Concordo especialmente com a frase que nao é (só…) questao de solidariedade, isso cada um sente ou nao. A questao é a defesa do Estado de Direito, o nao ao arbítrio. 

      2. Entendo seu ponto.

        Concordo com você. É um perigo para a democracia e a questão dos direitos civis é muito mis importante do que as pessoas as quais esse direito se aplica.

        Por isso mesmo faço questão de deixar claro que sou contra a forma como essas prisões foram feitas e os abusos judiciais e policiais cometidos mas não me solidarizo com os moleques atingidos, pois eles apoiaram esses mesmos abusos quando não foram aplicados contra eles.

  12. Deveriam prender o Aecio

    Deveriam prender o Aecio preventivamente, sob a acusação de haver a possibilidade – ainda que minima – dele ganhar a eleição. Isso sim seria um crime.

  13. Um fato relevante nessa

    Um fato relevante nessa história é que , ao contrário do que todos pensavam , me incluo nessa , a polícia do Rio tem um trabalho de inteligência. A prevenção policial economiza várias instâncias de violência , de privação de direitos e de vidas , ao contrário do que bradam os que foram surpreendidos pelo excelente trabalho da polícia carioca …  

  14. Caça às bruxas é a regra no Brasil

    Policiais assassinam indiscriminadamente pretos e pobres nas periferias para revidar a morte de colegas por criminosos.

    Linchamento é cada vez mais comum no Brasil, insuflado pelo “julgamento” do “Mensalão” e pela grande mídia. Pouco importa se o linchado é culpado de alguma coisa. Basta ser preto e pobre, ou “esquisito”, ou simplesmente estar perto. “Alguém tem que pagar!”

    O ethos da sociedade brasileira é basicamente autoritário. Ninguém se solidariza com preso. “Alguma coisa ele fez, e se fez tem que pagar” – numa lógica medieval de punição violenta. “Bandido bom é bandido morto”. “Tem que apodrecer na prisão”. Etc. –

    Os manifestantes presos de forma abusiva por acaso desconheciam que esse tipo de ideologia campeia na sociedade brasileira?

    É incrível que, em tal contexto, um bando de desmiolados ajude a legitimar a falta de solidariedade com presos, a mentalidade justiceira, anti-política, anti-esquerda, anti-movimento-social, anti-“baderneiros” … e a licença para matar/encarcerar, arbitrária e indiscriminadamente, os “bandidos”.

    Quando apelam para a “ação direta”, é exatamente isso o que fazem. Quebram, machucam e matam, até que a opinião pública passe a incluí-los no conjunto dos “bandidos”.

    Não precisa ter feito nem jogado o coquetel molotov. Basta ter andado junto com a galera que fez isso, ainda que tentando dissuadir os violentos. É o mesmo que acontece com os pretos e pobres das favelas: não precisa ter antecedente criminal. Basta morar perto de outros pretos e pobres que, por acaso, tenham antecedente criminal. Sendo que, evidentemente, o caso dos favelados é ainda mais desoladoramente absurdo. Mas, quem liga? Faz parte da ordem das coisas. Os manifestantes presos, brancos e de classe média, esses ainda têm quem se importe com eles. Amarildos só dão mídia quando se acredita que falar deles vai desgastar o PT e seus aliados.

    Que um doidão do PCC ache boa ideia fuzilar a sangue frio um policial, pouco se importando com as consequências nefastas desse ato, que alimenta a espiral da violência das polícias, ainda se entende. O cara é bandido, talvez possua limitada bagagem intelectual…

    Mas que gente sofisticada e letrada flerte com black blocs e depredadores, isso ao meu ver é imperdoável. Irresponsabilidade demais, ou então desejo inconsciente de ver o circo pegar fogo: “Quanto pior, melhor!”

    Engrossam o caldo de cultura da intolerância, do arbítrio, do gosto pelo linchamento. Provocaram as forças que alimentam a barbárie. Agora têm o que buscavam. O mais engraçado é colocarem a culpa no PT, como se a máquina de extermínio e de arbítrio não tivesse quinhentos e tantos anos por aqui.

     

  15. Léo V: a forma que vocês

    Léo V: a forma que vocês escolheram, é a que dá sustentação ao que o Assis falou. Lutar contra a injustiça no TEU PAÍS, e uma coisa, agora, ser parte dos interreses contra o TEU PAÍS, é inadimissível. Até porque, o psol, e isso é evidente, tem tantado tirar proveito político desde o mensalão. Ou ouviste algum psolista se posicionar diante das câmaras contra os verdadeiros mensalões do psdb, do dem. Não há uma linha do psol contra os corruptos governos estaduais! Isso é fazer política rasteira, contra o povo que, pela primeira vez na história desse país, conseguiu comer, estudar, trabalhar, ter acesso ao dinheiro público através das políticas publicas do atual governo. Léo V., acorda, to te pedindo isso, porque percebo que não és mau intencionado, apenas usado pelas raposas por tua falta de conhecimento  a REAL HISTÓRIA DO TEU PAÍS.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador