Após decisão nos EUA, bolsa encerra o dia praticamente estável

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O mercado brasileiro fechou o pregão desta quarta-feira praticamente estável, com os agentes repercutindo as divulgadas pelo Federal Reserve (o Banco Central dos Estados Unidos) em sua reunião, principalmente devido às expectativas em torno do início de ajuste dos juros no país.

O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) encerrou o dia com uma retração de 0,01%, aos 59.108 pontos e com um volume negociado de R$ 7,769 bilhões.

A bolsa brasileira chegou a operar acima dos 60 mil pontos durante o dia, puxado pelo desempenho das ações de empresas estatais, mediante a avaliação dos agentes aos últimos dados divulgados pelo Ibope sobre a disputa presidencial. Pesquisa Ibope divulgada na véspera mostrou aumento da vantagem de Marina Silva (PSB) contra Dilma Rousseff (PT) em um eventual segundo turno das eleições presidenciais, embora as duas continuem empatadas tecnicamente. Já o candidato do PSDB, Aécio Neves, ganhou força no primeiro turno. A pesquisa divulgada tem margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Contudo, os olhares dos analistas se voltaram para os Estados Unidos na parte da tarde. O comunicado divulgado pelo Federal Reserve ao fim da reunião manteve a referência ao “horizonte relevante” quanto ao início do processo de ajustes dos juros no país, o que chegou a trazer algum alívio para os analistas. Entretanto, a presidente da instituição, Janet Yellen, declarou que o comunicado não é promessa firme sobre o intervalo de tempo certo para iniciar a elevação das taxas de juros.

Conforme esperado, o Fed voltou a efetuar uma redução de US$ 10 bilhões em seu programa de estímulos mensais à economia, considerando que a atual política de juros segue adequada no médio prazo após o término do programa. Este foi o sétimo corte efetuado pela autoridade monetária, em processo que teve início em dezembro de 2013 – na ocasião, o pacote de socorro mensal era de US$ 85 bilhões.

Já a cotação do dólar disparou 1,25% nesta quarta-feira, fechando o dia a R$ 2,358 na venda (comercial). Este é o maior valor de fechamento desde 13 de março. Basicamente, os investidores acompanharam a decisão de política econômica do Federal Reserve após dois dias de reunião. Embora o corte no programa de incentivos mensais já fosse esperado, a grande preocupação estava em torno dos juros, que estão próximos de zero. Quando eles começarem a subir, os investidores podem achar mais vantajoso aplicar seu dinheiro nos EUA, o que poderia levar a uma migração de recursos que atualmente estão aplicados nos mercados emergentes, como é o caso do Brasil. No cenário doméstico, os agentes seguem acompanhando o cenário eleitoral.

Além disso, o Banco Central manteve seu programa de intervenções diárias, mediante a venda dos 4 mil contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futura de dólares) ofertados; sendo 3 mil com vencimento em 1º de junho de 2015 e outros 1 mil para 1º de setembro do próximo ano, em operação que movimentou o equivalente a US$ 198,2 milhões.

A autoridade monetária também realizou um leilão para rolagem dos contratos de swap que vencem em 1º de outubro. Foram negociados 4 mil contratos para 3 de agosto de 2015, e 2 mil para 1º de outubro de 2015, com volume correspondente a US$ 296,4 milhões.

A quinta-feira será de poucos indicadores econômicos, com a publicação da sondagem industrial, os pedidos de seguro-desemprego e dos dados de novas construções residenciais nos Estados Unidos, além do referendo sobre a separação na Escócia – o que deve gerar alguma movimentação nas bolsas da Europa.

(Com Reuters)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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