Jornal GGN – A arrecadação de impostos e contribuições federais chegou a R$ 91,387 bilhões no mês de junho, em termos nominais. O valor representa alta de 0,13% em comparação ao mesmo período do ano passado, já corrigida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Nos primeiros seis meses do ano, a arrecadação ficou em R$ 578,594 bilhões – crescimento real de 0,28% em relação ao mesmo período de 2013.
Segundo a Receita Federal, esse aumento não foi maior devido à arrecadação extraordinária, em maio de 2013, do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e do PIS/Cofins, que chegou a R$ 4 bilhões – o que não ocorreu este ano. Essa arrecadação extra é resultado de depósito judicial e venda de participação societária. Outros fatores que afetaram os resultados foram a redução na arrecadação do IRPJ/CSLL ocorrida, principalmente, nos meses de janeiro e fevereiro.
De acordo com informações da Agência Brasil, o secretário adjunto da Receita Federal, Luiz Fernando Teixeira Nunes, afirmou que a reabertura do Refis – programa de refinanciamento de impostos atrasados – deverá garantir o crescimento da arrecadação federal próximo a 2%. “Temos um impacto bastante grande esperado em relação aos recolhimentos do Refis da ordem de R$ 18 bilhões até dezembro deste ano. Isto vai impactar positivamente”, destacou
Para o secretário, o número de dias úteis menor em 2014 também influenciou comparativamente a arrecadação no primeiro semestre, incluindo as paralisações devido à Copa do Mundo. “Tivemos, por exemplo, em relação ao Imposto de Importação, que é calculado e apurado no próprio dia da operação, nos dias em que foi feriado ou ponto facultativo devido ao jogos, uma diminuição expressiva no recolhimento de tributos”, disse.
A economia fraca e as desonerações para estimular o setor produtivo diante da crise iniciada em 2008 são outros fatores que influenciaram a arrecadação. Entre as iniciativas adotadas pelo governo estão a desoneração da folha de pagamento, da cesta básica e redução no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na base de cálculo de PIS/Cofins-Importação.
Houve ainda queda na produção industrial e também do valor em dólar das exportações. Por outro lado, registrou-se a melhora nas vendas de bens e serviços e na massa salarial.
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