As ideias para um segundo governo Dilma

Até agora não saiu o programa de governo de Dilma Rousseff. A rigor, o programa de governo de um candidato à reeleição é o que fez no primeiro mandato, mais as correções de rumo previstas.

No plano econômico, segundo o Ministro-Chefe da Casa Civil, Aloizio Mercante, o eixo estruturante continuará sendo o grande mercado de massa, com inclusão social e distribuição de renda.

Segundo Mercadante, as ações dos últimos anos reforçaram essa aposta, com a criação de 20 milhões de empregos, aumento do salário mínimo expandindo a massa salarial, Bolsa Família, crédito consignado, legislação especial para microempreendedor, universalização do Supersimples, Pronaf (Programa Nacional de Apoio à Agricultura Familiar), mudando o drive da economia.

Esse modelo tem um viés de parceria público privada, visando reduzir os custos de serviços para os usuários – como o que ocorreu no caso de aeroportos, ferrovias e energia. Segundo ele, trata-se da construção de um novo desenvolvimentismo.

***

É por aí que ele enxerga as diferenças em relação aos dois outros candidatos – Marina Silva e Aécio Neves. Não se pode propor retorno à visão ortodoxa recessiva e neoliberal, diz ele.

Na política externa, o caminho seria rever a integração regional. O Brasil tem mais da metade do PIB, território e população da América do Sul. “Temos que reduzir assimetrias regionais e  buscar modelo que integre estruturas econômicas, sociais e geográficas”, diz ele.

***

Passo central nesse desenho é a parceria com os BRICs, sem descuidar da agenda ambiental e de direitos humanos. Os BRICs representam hoje 20% do mercado consumidor mundial, tem o maior acúmulo de reservas  cambiais do planeta e é polo fundamental em um mundo multipolar, diz ele. Estão construindo a agenda de uma nova ordem econômica mundial, que não podemos perder.

O recém-constituído Fundo de Contingência de Reserva, de US$ 112 bilhões, é um poderoso instrumento de estabilidade econômica e estratégica e o banco dos BRICs já nasce maior que o Banco Mundial, diz ele.

A China já é o maior parceiro comercial, e ambos os países trabalham para melhorar a pauta de exportações brasileiras. Um dos resultados recentes foi a venda de 60 aviões da Embraer para o mercado chinês.

***

Também avança o comércio com a Rússia, com o Brasil ocupando mercado e deslocando outros países. Só a recente negociação da carne torna o Brasil o maior exportador mundial de alimentos. “É uma fronteira nova sem precedentes, que abre espaço para intercâmbios nas áreas de científica, tecnológica e indústria de defesa”.

***

Uma das propostas é a reorganização do governo.

Muitos Ministérios foram criados para tarefas específicas, como é o caso do Ministério dos Portos ou dos Aeroportos. Se não se criassem novas estruturas, jamais teria saído o programa de concessões, diz ele. Completada a missão, tem que haver um rearranjo.

Muitos dos Ministérios são secretarias que ganharam status de Ministérios, sem aumentar o custo da máquina. É o caso da Secretaria das Mulheres, da Integração Racial, dos Direitos Humanos. O status de Ministério foi a maneira do tema entrar na agenda nacional. Agora, tem que se pensar em um lugar para essas bandeiras continuarem na agenda.

***

Em um segundo governo, Mercadante diz já haver consenso interno para se trazer para o Ministério quadros estratégicos das principais áreas do país, Agricultura, Indústria e Comércio, movimentos sociais.

O novo governo tem que significar uma nova repactuação, diz ele.

Um exemplo da eficácia desse modelo é a vinda de Guilherme Afif Domingos para o Ministério da Microempresa. Em menos de um ano, Afif emplacou a universalização do Simples, montou um Projeto Aprendiz para PME junto ao Pronatec, visando dar formação profissional para os microempresários.

Mercadante acredita que no governo Dilma repetirá o que está sendo na campanha: liderança, articulação, ouvir a sociedade, dialogar, ser menos gestora e mais liderança nacional e política.

Considera que a ideia da democracia com participação cidadã é um dos conceitos contemporâneos mais fortes.

***

Se tais propósitos são apenas promessas de campanha ou intenção firme só se saberá a partir de janeiro, caso Dilma vença as eleições.

Luis Nassif

37 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Onde chegamos. Temos que

    Onde chegamos. Temos que torcer que o que Dilma é na campanha se repita se ela for reeleita. Umaisa é fato = vai ter que ser um mandato em que ela tem que fazer o Brasil crescer para compensar o aumento de gastos na área social – sem dúvda, o maior acerto do governo Dilma. 

    Bem, o negócio é torcer para ela escolher gente competente para os cargos e deixá-los comandar, sem querer interferir toda a hora. 

  2. Energia merece mais atenção

    Os custos de energia foram baixados num primeiro momento, agora não. Basta ver os aumentos autorizados pela ANEEL a diversas distribuidoras por causa do uso das termoelétricas.

    A falta de investimentos no setor depois da MP579, principalmente a falta de construção de PCH´s, fez com que junto com a seca, o preço do MWh disparasse.

    Por falar em energia, o rombo bilionário anual que a Petrobras tem subsidiando a gasolina e seu preço artifical para manter a inflação dentro da meta, precisa ser urgentemente revisto.

     

     

     

  3. O Brasil está no caminho certo

    O Brasil está no caminho certo, estando colocando nos primeiros 7 lugares em vários setores, claro, com alguns ajustes que com certeza serão feitos por Dilma caso seja eleita. O que não podemos é entregar nosso pais nas mãos dos abutres e CIA. Não podemos deixar a dupla Marina & Aécio detonar nosso presente e futuro e, se possível o passado,  para favorecer os EUA. Eles não passarão. Resenha de política exterior do Brasil, em 2004

    http://www.itamaraty.gov.br/divulg/documentacao-diplomatica/publicacoes/resenha-de-politica-exterior-do-brasil/resenhas/resenha-n94-1sem-2004

     

  4. Seria interessante articular

    Seria interessante articular políticas para que os partidos políticos evoluam e cumpram seu papel disseminador de ideias junto aos jovens para que desde cedo passem a discutir rumos exercitando a tolerância com os que pensam diferente. Criminalizar os partidos de alugueis ou os que não consigam arrebanhar novos adeptos forçaria a esse papel educativo inovador. Os centros acadêmicos precisam ser olhados com mais atenção pelas academias, voltadas que estão mais aos títulos. Às vezes parece que temos mestres mas nenhum discípulo. Isso é normal?

  5. temos que acabar
    E comecar outro ciclo, estamos para entrar, abrindo com nossas maos, nossas forcas, nossas ideias, nossas politicas, o grande desafio da fase do adolecente que vamos todos os brasileiros do passado, desta geracao do BF dos programas escolas e estudantes, das cotas, universidades, esta geracao nova energetica insatisfeitos querendo mais e o melhor, com estas criancas nascida ao sabor de maior igualdade, mais medicos, educacao, liberdade, oportunidade e com mais emprego. O desafio cada vez maior, os perigos nos ronda esperando uma oportunidade de uma falha e um deslize para destruir o que ainda nao se consolidou. Nao tem estrada e nos estamos abrindo nosso caminho, pq eh assim que queremos e fazemos.
    Vamos vencer, vamos pq o brasileiro em sua alma, alegria sempre foi e sera um vencedor.
    Vamos acabar!
    Vamos lutar.
    Brasil.

  6. Educação básica

    Postei ontem a noite -reproduzido abaixo- relato de aluna sobre experiência vivida por irmã que é professora em escola estadual em cidade vizinha a BH. Mesmo sabendo que a educação básica é responsabilidade de estados e municípios, acredito que há de se firmar um pacto para reverter os rumos que a mesma vem tomando. Digo isto por que sei o que grande número de professores está enfrentando em escolas públicas. E o mais grave, o alunado não está tendo interesse em crescer. Os resultados acadêmicos (Ideb) mostram uma realidade, que já não é das melhores, mas as outras, estão sendo ignoradas.

    Eu ainda acredito que as vivências pessoais são significativas para retratar o que acontece  em maior escala.

    Acabando de dar aula uma aluna comenta que está precisando de um estágio (engenharia). Por sorte, na semana anterior houve na escola exatamente um “feira” onde as empresas montaram stands, apresentavam opções de trabalho futuro e  os alunos se cadastravam para futuros estágios.

    Comentei esse fato com ela e lembrando que ela estava com sorte pois isso acontece na área de engenharia, e não com Ciências Biológicas. Parece ter sido o mote para ela relatar que a irmã, formada na mesma instituição em Ciências Biológicas, estava “amargando” um emprego de professora na rede estadual em Neves.

    Agora a parte interessante: Há na sala um menino de 11(onze) anos que já tem dois assassinatos nas costas. Por ocasião do primeiro ficou recolhido 30 dias, após ser solto cometeu o segundo e continua solto e, melhor, na sala de aula da irmã de minha aluna.

    Evidente que ela permite que o aluno faça o que bem entende, uma vez as alternativas não são muito seguras. Óbvio que atrapalha. Mas, e se ela não se submeter? 

    Isso são políticas públicas de quê? Acredito que, como disse no início, vem acontecendo em escala maior.

  7. Tudo isso precisa ser

    Tudo isso precisa ser explicado didaticamente ao eleitor no horário eleitoral. De modo especial a questão do número de ministérios. As crísicas vêm dos dois principais concorrentes e da imprensa. E o governo até hoje não respondeu à altura. 

    1. plenamente
      Ai esta um grande furo do PT e que Dilma precisa se explicar.
      Como sabemos se nao colocar estas secretarias como ministerios elas ficam alem de fracas politicamente sem orcamentos na mesa e disputas por espaco e programas. Considero temporaria e como ministerios jogadora no plano federal
      Precisa urgente explicar e seus ministros 5ambem.
      Muito lucido.

  8. No seu novo governo, Dilma

    No seu novo governo, Dilma tem que começar a quebrar os monopólios das empresas de comunicação e das de informática (especialmente daquelas que espionam brasileiros para a NSA).

  9. Gostei da maneira que o

    Gostei da maneira que o Mercadante expôs o que deverá ser um possível segundo governo da Dilma. Embora das lideranças mais veteranas do PT, ele, Dirceu, Genoino e Tarso, seja o que menos confio.

    Mas ele é eloquente, sem dúvida. Além de ser bom de vídeo. Deveria participar mais dos debates da GloboNews por exemplo. Ou aparecer nas propagandas da TV

  10. Voto na Luciana e depois na
    Voto na Luciana e depois na Dilma. Mas não tenho muitas esperanças. O vento favorável cessou e o nível dos problemas agora triplicou. Continuamos fantoches de paises desenvolvidos, presos na armadilha da história.

    O governo há doze anos – o que é muito tempo – é uma patota de provincianos incapazes de ver o pais alem das fronteiras paulistas.

    É a mentalidade de povoar espaços com postes que iluminarão o país que predomina alí.

    Saúde? Ponha um paulista. Educação? Outro. Planejamento? Uai, claro… Decidir sobre a economia? Chamem o Delfim, o Belluzzo e o Guido no BB e vamos bater papo (aconteceu na gestao Lula). E assim vai.

    O famigerado cosmopolitismo de araque não passa de 100 km.

    Não é por aí e enquanto não houver uma descentralização inteligente dos recursos continuará dessa forma com aqueles eleitos para nos “conduzirem”.

    Quem lamber mais o saco da patota, leva. Ou então quando tiver a sorte de fazer parte de sua estrategia eleitoral porque no final é o que conseguem ser: grandes estrategistas de eleiçoes.

    1. Depende.
      Se quiser ver a

      Depende.

      Se quiser ver a corrupção aumentar exponencialmente é só aumentar recursos para estados e municipios, é o jeito mais eficaz. É só ver as cidades que recebem recursos extraordinários, como royalties, recursos de enchentes, etc….

      Ou mesmo ver como é a administração pública, mesmo em cidades médias e grandes do País – imagine só nas outras.

      1. É porque nao passa pela
        É porque nao passa pela cabeça do cidadão medio que um poder judiciário cheio de valor deveria ser uma grande conquista da nação.

        Ninguém fala sobre isso por causa da mediocridade com cara de paisagem. Ora, é assim e ponto final.

        Então ao mesmo tempo que se fala em aproximar as decisões do cidadão não se sabe ou pensam como fazer.

        Enfim, por que acha que não me iludo com mudanças reais e de vulto? Porque não há homens.

        Só conversinha mole dos obreiros. Não tem acoes na política, nos tributos, no judiciário… Mas um monte de paliativos.

      2. Esse é um problema crônico

        A questão da corrupção nos estados e municipios deve ser mais investigada pelo Governo Executivo (ainda que não seja essa a prerrogativa primeira do Executivo. Mas como no caso da Santa Casa em SP, o governo federal tem que ficar atento). Tenho uma amiga que trabalha numa secretaria do estado de MT e que começou achar estranhas as planilhas dessa secretaria e passou a investigar documentos por conta propria. Chegou a numeros fantasticos. Claro que ela não teve coragem de denunciar, mas saiu nos protestos de 2013 contra a corrupção por causa do que sabia dentro do estado onde vive. Acho que negligenciar esses focos de corrupção, que dificilmente serão extintos completamente, mas que terminam caindo no colo do governo federal, como ocorreu com a conta pesada das manifestações de 2013, é deixar ir pelo ralo muito dinheiro dos investimentos federais nos estados, mesmo com os dispositivos existentes hoje. Ou seja, mais transparência nas contas dos Estados e Municipios e reforma politica na agenda.  

        1. Mas é complicado. De repente,

          Mas é complicado. De repente, o custo de se fiscalizar acabaria sendo maior e inviável.

          Eu não sou contra a descentralização na teoria. Mas não prática isso ainda não é possivel. Prefiro não descentralizar.

          1. E o custo de se manter uma
            E o custo de se manter uma máquina pesada e ineficiente?

            As coisas precisam de agilidade e de pessoas que conheçam seus reais problemas devido a proximidade com eles.

            O governo federal deixou uma ponte cair na saída de BH por falta de manutenção.

            Isso é ridículo. Então nem tudo pode ser descentralizado ao passo que nem tudo pode esperar a boa vontade de um presidente.

            É questão importante para destravar investimentos.

          2. Ai que tá, se voce aumentar

            Ai que tá, se voce aumentar muito a fiscalização também aumentará essa mesma máquina pesada e ineficiente.

          3. Companheiro,
            Chega uma hora
            Companheiro,

            Chega uma hora que vc não só pode como deve dar um passo adiante. O nome disso é evolução, progresso.

            Disse que faltam homens justamente porque do jeito que está não dá.

            Nós precisamos de aperfeiçoamentos estruturais e descentralizar não é nem de longe o mais complicado.

            Agora, se nem isso for possível, então melhor fechar as portas ou continuar submissos condenando o futuro do país ao berço esplêndido.

          4. Com relação à sua visão de

            Com relação à sua visão de que faltam Estadistas eu concordo.

            Com relação à sua visão de que é melhor descentralizar eu discordo.

            Simples assim. Mas quem sabe até mesmo nós dois possamos estar errados.

            Nem por isso temos que fechar o País.

          5. Companheiro,
            Chega uma hora
            Companheiro,

            Chega uma hora que vc não só pode como deve dar um passo adiante. O nome disso é evolução, progresso.

            Disse que faltam homens justamente porque do jeito que está não dá.

            Nós precisamos de aperfeiçoamentos estruturais e descentralizar não é nem de longe o mais complicado.

            Agora, se nem isso for possível, então melhor fechar as portas ou continuar submissos condenando o futuro do país ao berço esplêndido.

    2. Voto na Dilma sem medo de errar

      Não voto no PSOL por várias razões: uma delas é que o PSOL aproveita o discurso do PIG que ataca o PT e o usa a seu favor, mantendo as acusações infundadas que o PIG insistentemente faz contra o atual governo federal. Mar de Lama não é alternativa e nem novidade, mas o PSOL reitera e covalida isso. Propor coisas como IGF e Lei de Meios sem explicar como fazer também é bem fácil. Já existe iniciativa popular de Lei de Meios, mas tanto essa lei quanto a regulamentação do IGF não passarão sem o trabalho prévio de angariar enorme apoio popular através de entidades representativas. Outra coisa é fazer black-bloquismo e ‘hoje é dia de pular a roleta’ mas querer ao mesmo tempo a institucionalidade da política. Ou seja: por um lado apoiam vias subterrâneas, por outra querem ser partido e jogar o jogo institucional, mesmo negando a política em vários momentos. Isso é hipocrisia. Quanto a Dilma, voto nela por uma razão simples: tudo o que prometeu até aqui ela cumpriu ,e o fez a despeito de todas as dificuldades impostas tanto por uma direita raivosa e egoísta quanto pela esquerda que tenta inviabilizar o governo para se beneficiar. 

  11. Promessas…

    de ser o que não foram em 4 anos….

    20 milhões de empregos? Segundo o CAGED, da média de 2.238.000 empregos gerados em outubro de 2010 caimos para 566 mil em junho de 2014!

    Parece a conversa de 32 milhões tirados da pobreza (segundo o IPEA, caiu de 14,9 milhões em 2002 para 6,5 milhões em 2012, portanto a queda foi de 8,4 milhões)

    A Rússia foi um mercado que caiu no nosso colo por conta da crise da Criméia e o boicote europeu, nada tem a ver com a competência da gestão ou a política de comércio externo, de resto, um fracasso.

     

    “Não se pode propor retorno à visão ortodoxa recessiva e neoliberal….”

    Acho que eles é que não retornariam à visão estatista de tabelamento de lucros das concessões!

    1. Ora ora ora…
      São vinte
      Ora ora ora…
      São vinte milhões de empregos, sim! Está se gerando menos empregos porque vivemos uma situação de quase pleno-emprego!! Isso é um fato esperado!
      Existe desemprego? Então mostra pra gente as longas filas de desempregados formada por pessoas procurando emprego há um ou dois anos, como sempre existiu no Brasil!!
      E 32 milhões foram tirados da pobreza! O que teve queda de mais de 8 milhões, segundo o IPEA, foi a pobreza EXTREMA!! Gente que, sequer, estava no Bolsa-Família e teve que ser resgatada pelo governo!
      Por último, a Rússia não caiu no nosso colo! Estávamos preparados para recebê-la, isso sim!! E pertencemos ao mesmo bloco, os BRICS, qual o problema disso? A Rússia poderia ter ido fazer sua feirinha em qualquer outro lugar e, com certeza, não viria comprar aqui se um governo entreguista neo-liberal estivesse no comando do país, pois este estaria atrelado ao boicote americano/europeu contra a Rússia!!
      O resto é opinião pessoal altamente questionável!

  12. O material, o imaterial e o metafísico

    Um bom presidente da república do Brasil, seria, na minha humilde opinião, um que conseguisse sucesso na implementação de melhorias no plano material, no plano imaterial e no universo metafisico do povo e da nação brasileira.

    Tal presidente agiria num ponto central de uma estrutura de governo, um centro de gravidade de governança, onde comandando uma equipe estruturada e unitária, zelaria para a consecução deste objetivo.

    No Brasil de 2014 e nos programas de governo dos candidatos atuais, Dilma inclusa, não existe esta possibilidade, infelizmente, o que nos destina a mais um período presidencial onde soluções precárias, como as tais secretarias que viraram ministérios que o Mercadante fala, surgem como puxadinhos especiais numa estrutura capenga e mal ajambrada.

    Assim, apresento a idéia de estruturar os ministérios em 14 pastas, com 72 secretarias, onde a Dilma seja a ocupante da cadeira de controle no centro de gravidade imateria da presidência do Brasil, posição que a autorizaria a implementar medidas realmente eficazes nas três áreas de ações necessárias acima por mim elencadas.

  13. Se nem o Lula

    Na minha opinião só existiu um cidadão que ocupou o Planalto que poderia ter feito as grandes reformas que o país necessita (leia-se reforma política e tributária além é claro da lei do meios): Lula.

    Se ele com base aliada no Congresso grande, carisma, popularidade nas alturas além de um traquejo político único não conseguiu fazer as grandes reformas, alguém acha que DR vai conseguir ir além de paliativos?

    Digo paliativos, porque o principal no país depende disso: modelo tributação absurdo (o fiscalzinho sempre acha um jeito de autuar sua empresa), legislativos e legislação processual (civil, penal, etc) ridículos e mídia que passa o dia todo a mesma coisa para o país inteiro.

    Não há sistema de fiscalização eficiente contra em um sistema  ineficiente.

    Não há desenvolvimento sob égide de uma legislação subdesenvolvida.

    Não enriquecimento intelectual com programas idiotizantes em 99% do tempo e em 99% das emissoras.

     

    Concordo que o exposto pelo Nassif pode até ajudar o país – ao menos as intenções são ótimas – porém sem  as grandes reformas, que acho que DR não tem a mínima chance de executar, o país não andará da forma como tem que eu acho que deva andar.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador