As pontes para a normalização da economia

Em 2013, o Instituto Lula recebeu uma visita inesperada: João Roberto Marinho, um dos herdeiros das Organizações Globo. Veio com um pedido inusitado: que Lula se candidatasse a presidente da República nas eleições de 2014. Lula recusou, como recusou apelos idênticos de correligionários.

Pesou, para Lula, a leitura da biografia de Getúlio Vargas e a tragédia do segundo mandato.

***

Na ocasião havia sinais das dificuldades que Dilma já encontrava para gerir o governo, especialmente após as manifestações de junho de 2013.

Mas no decorrer da campanha havia esperanças fundadas de que a presidente recebesse um banho de realidade e ingressasse no segundo tempo sem o voluntarismo que caracterizou os dois últimos anos do primeiro governo. Principalmente porque a alternativa – Aécio Neves – não demonstrava a menor maturidade política.

Não aconteceu e deixou o país em uma sinuca.

***

A divulgação da queda recorde do PIB (Produto Interno Bruto) é um dilema a mais nessa longa marcha de volta à estabilidade.

Por várias razões, o plano Joaquim Levy falhou. A recessão aprofundou, com ela a queda das receitas fiscais.

Dias atrás, o economista Otaviano Canuto, brasileiro lotado no FMI, saiu em defesa do Levy apontando outros motivos para a recessão. A recessão foi provocada pelas expectativas negativas dos empresários, pelos efeitos da Lava Jato, pela crise política e pela política monetária do Banco Central. E, em muito, pela falta de articulação política do governo no Congresso.

Mas é evidente que nenhuma política fiscal ou monetária pode ser implementada sem a correta avaliação das condições da economia, de sua viabilidade política e do potencial da demanda futura. Sem a viabilidade política assegurada, o plano Levy não destravou expectativas.

Do mesmo modo, é impossível casar dois objetivos conflitantes: estabilização da dívida bruta e taxa Selic real recorde.

***

É uma quadra complexa e que exige estrita vigilância contramedidas heroicas ou oportunistas.

Há duas ideias polêmicas rodeando as discussões.

A primeira, a ideia de desvinculação orçamentária, em um Congresso pulverizado, dividido por mil-e-um interesses. Equivaleria a transformar a peça orçamentária em uma colcha de retalhos de emendas individuais.

Ou a ideia de que a recessão expôs desequilíbrios estruturais do país. Pergunto: que país consegue ter equilíbrios orçamentários em um quadro recessivo, de queda generalizada de receitas? Supor que os desequilíbrios atuais são estruturais significaria entender que a recessão de quase 4% faz parte do novo normal brasileiro.

***

Por outro lado, é cada vez mais flagrante que, mantido o modelo atual de gestão, o país caminha para a ingovernabilidade. Assim como forçar um impeachment significaria jogar o país em uma quase guerra civil.

Há um conjunto de fatores positivos no horizonte exigindo um ajuste na política: câmbio realinhado, início das grandes concessões públicas, manutenção da liquidez internacional.

A ponte para a normalidade passa por aprovar um imposto provisório, como a CPMF, para impedir que a crise fiscal do próximo ano leve o caos à economia. E, depois, contar com o bom senso de Dilma – que sempre se manifesta seis meses depois do desastre consumado – para montar um gabinete de crise suprapartidário que conduza o país até as próximas eleições.

Luis Nassif

65 Comentários

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  1. Creio que primeiro de tudo

    Creio que primeiro de tudo deveria-se começar do início, fazer uma análise da dívida pública brasileira nos mínimos detalhes. Pois é fácil achar fraudes depois de estarem consumadas ou em desvios de instituições reais, mas difícil é achar fraude em um Banco Central a via de ser privatizado e que realiza atividades obtusas longe da mídia e do povo brasileiro. Se formos direto a fonte, acharemos uma grande parte do montante endividoso do país. Grande parte da dívida brasileira deriva-se de títulos fraudulentos com lucros especulativos, ou seja, títulos futuros que não têm validade presente mas corroem o estado quando são emitidos sem nenhum tipo de responsabilidade. Este títulos futuro é um títulos em que o banco central emite uma provável venda que será realizada por uma empresa daqui 10 anos! Ou seja, sem base real, mas como o Banco Central é privatizado acata estes tipos de títulos de seus comparsas e vivem de juros encima do estado. Nos derivativos estão a origem da inflação do país, da alta taxa de juros e também do aumento exponencial das dívidas do estado e do lucro de bancos estrangeiros assim como de seus investidores através da alta taxa de juros do estado sequestrado.

    Derivativo é um contrato no qual se estabelecem pagamentos futuros, cujo montante é calculado com base no valor assumido por uma variável, tal como o preçode um outro ativo (e.g. uma ação ou commodity), a inflação acumulada no período, a taxa de câmbio, a taxa básica de juros ou qualquer outra variável dotada de significado econômico. Derivativos recebem esta denominação porque seu preço de compra e venda deriva do preço de outro ativo, denominado ativo-objecto.

     

    http://www.cartacapital.com.br/economia/201ca-divida-publica-e-um-mega-esquema-de-corrupcao-institucionalizado201d-9552.html

  2. O tempo Dilma

    E, depois, contar com o bom senso de Dilma – que sempre se manifesta seis meses depois do desastre consumado…

    O tempo Dilma é o de 9 meses, uma gestação, o mesmo que levou para indicar o Fachin ministro do supremo. 

     

  3. Uma Senhora cheia de traumas e tiques nervosos

    A Economia é uma senhora insegura e carente. Para funcionar precisa de um clima de otimismo até exagerado. Lula, quando era mais jovem e enérgico, conseguiu a façanha.

    Hoje quando se junta a outra Senhora, segura de si, até em demasia, obstinada e aferrada nos seus desígnios, temos que torcer para que sua intuição esteja na direção certa, embora tudo indique que não. Caso contrário, a primeira Senhora vai, de verde e amarelo, pro brejo!

  4. Nas crises surgem as oportunidades, logo será a hora da ação
    Qual é o novo normal da economia do Brasil?
    Mentes curiosas querem saber.

  5.  
    Se houve esse pedido para

     

    Se houve esse pedido para Lula se candidatar, já mostra que o empresariado, mais do que confiar no Lula, sabia que a Dilma seria um fracasso total.

    Apenas os tolos se recusam a ver essa realidade.

    O Brasil está para entrar em depressão.

    Lula não se candidatou em 2014 porque sabia da crise que que iria estourar. Achou que a Dilma poderia, pelo menos nesses 4 anos consertar os estragos feitos nos primeiros 4.

    A crise econômica vai levar inexoravelmente ao impeachment da Dilma.

    Cabe a ela impedir, segundo as palavras do Nassif, evitar uma guerra civil.

    Todas as chances já foram dadas para a Dilma “começar” a governar.

    O problema é que já nem vai dar mais para se fazer outra eleição. O Brasil em transe vai sofrer ainda mais.

    Por isso o TSE deve cassar o mais rápido possível, a diplomação por abuso de poder econômico e nomear imediatamente o Aécio Neves.

    Só isso salvará o Brasil.

    Me espanta ver que ainda tem 6% que acreditam numa saída com a Dilma.

     

    1. Aécio???

      Quando alguém apresenta o Aécio como opção, fico imaginando o Senador que foi na Venezuela, que fez uma aeroporto, que calou a impresa de Minas, que…

      Então a solução é dar dinheiro a impressa…calar e mentir.

      Uma pena para o país.

  6. Pequena divergência

    Só não concordo com a ideia de que temos uma “Selic real recorde”. Para uma inflação superior a 10%, uma Selic média inferior a 14% em 2015 está muito razoável. Em termos reais, dá uns 3%, ou 2% se considerarmos o imposto sobre os rendimentos. Se fosse na era FHC, a Selic já estaria perto de 30%.

    O problema real é que NÃO É HORA de sair cortando, ao contrário, o governo deveria enfrentar a pressão do “mercado” e ASSUMIR O DÉFICIT como necessário e inevitável, como fizeram todas as grandes economias a partir de 2008. A dívida líquida foi reduzida substancialmente em 10 anos, temos reservas mais do que suficientes para contrabalançar a dívida bruta e ganhamos margem de manobra para aumentar o endividamento em tempos de crise, o que é o beabá da política econômica após Keynes. O que está faltando é liderança política para bancar essa opção, mas tenho esperança de que o fracasso do Plano Levy sirva para apontar o caminho.

  7.  
    O que se conclui do grande

     

    O que se conclui do grande raciocínio do Nassif é que a Dilma, depois do Brasil ir para o buraco, vai precisar de 6 meses ainda para criar um gabinete anti-crise.

    Senhor, tende piedade de nós!

     

     

     

  8. A necessária substituição da direção do Banco Central

    Não há mais tempo para esperar um momento de lucidez da atual direção do Banco Central, a substituição é urgente!

    O fundamental agora é aproveitar a atual crise política para substituir a atual a direção do Banco Central, e para promover a redução dos juros da Selic, um rápido alívio monetário com a redução do compulsório e uma estabilidade cambial com a venda das Reservas Cambiais.

    Com o aumento das vendas e da produção haverá um aumento da arrecadação de impostos, sem falar na redução do custo de rolagem da dívida pública, cerca de R$ 500 bilhões nos últimos 12 meses.

    A atual direção do Banco Central do Banco do Brasil está seguindo os passos do BCE de Jean-Claude Trichet que levaram uma parte da zona do euro para o inferno da recessão e do desemprego.

    Precisamos de uma direção do Banco Central que siga os passos de Bernanke e principalmente de Janet Louise Yellen, e que entenda que a estabilidade dos preços internos passa por uma estabilidade cambial, e que precismos utilizar um conjunto de  ferramentas da política monetária e cambial, para enfrentar o provável aumento dos juros americano.

    Não há mais tempo para esperar um momento de lucidez da atual direção do Banco Central, a substituição é urgente!

     

     

    1. Há um tanto de superficialidades nas sugestões

       

      Roberto São Paulo-SP 2015 (quarta-feira, 02/12/2015 às 06:23),

      Ontem, terça-feira, 01/12/2015, em comentário que enviei às 23:24, para junto do comentário de Sergio Saraiva enviado também no mesmo dia às 16:54, junto ao post “A longa marcha nacional da insensatez” de ontem e publicado às 00:32, aqui no blog de Luis Nassif e de autoria dele, eu mencionei o comentário seu enviado também ontem, às 01:51, para o mesmo post. Você dava o seguinte subtítulo ao seu comentário:

      “A necessária substituição da direção do Banco Central e as eleições municipais de 2016”.

      E transcrevo a seguir o trecho do meu comentário para Sergio Saraiva em que eu faço menção a essa sua proposta de substituição da direção do Banco Central. Disse eu lá, já no final do meu comentário após apresentar a sugestão de juntar-se cem sábios para dizer quais seria as ações ou omissões que demonstrariam que a presidenta Dilma Rousseff teria começado a governar e após dizer que se fossem cem ações (ou omissões) diferentes todas elas estariam sendo cumpridas pela presidenta Dilma Rousseff:

      “É claro que os cem sábios não poderiam ser escolhidos assim ao alvedrio de quem quer que seja. Isso me faz lembrar uma demonstração irrefutável apresentada por padre nos meus anos de científico no Colégio Santo Agostinho em Belo Horizonte: “os verdadeiramente sábios acreditam na existência”. Vá lá que, escolhidos ao bel-prazer, um dos sábios proponha a demissão do presidente do Banco Central do Brasil (Roberto São Paulo-SP 2015, que não é um sábio, mas por quem eu tenho a maior admiração, em comentário enviado terça-feira, 01/12/2015 às 01:51, aqui neste post e que se encontra, com 88 comentários, na segunda página, propõe essa substituição). Não digo que alguém que propõe algo com este conteúdo, que não tem fundamento na realidade, não seja verdadeiramente sábio, mas uma afirmação assim revela desconhecer a maneira quase perfeita e nunca dantes verificada no Brasil (Taxa de inflação com baixa variância, taxa de juro real mais baixas da história do Regime de Meta da Inflação) de condução da política monetária que se verificou nos últimos cinco anos”.

      Não sou economista e, portanto, a minha opinião sobre a presidência do Banco Central é de leigo, mas a sugestão de substituir o Alexandre Tombini tem para mim a mesma avaliação que eu fazia da sugestão de se colocar o Henrique Meirelles como substituto de Joaquim Levy. É sugestão que apenas revela o completo desconhecimento da política econômica colocada em prática tanto no primeiro governo como no segundo governo da presidenta Dilma Rousseff.

      Considero que para entender a realidade brasileira atual, deixando de lado a grande inflexão para a direita que ocorreu na nossa Câmara dos Deputados em 2014 (Aconteceu também no Senado, mas só em 1/3, pois os outros 2/3 foram eleitos na eleição de 2010, mais favorável à esquerda) é preciso fazer comparação. Que outro país do mundo o governante de plantão enfrentou um julgamento que apenas revelava no partido do governante como foi o julgamento da Ação Penal 470? Que outro país do mundo enfrentou manifestações como as de junho de 2013, que fizeram a popularidade da presidenta Dilma Rousseff despencar de 65% (em 20-21 de março de 2013) para 30% (em 27-28 de junho de 2013) conforme se pode ver no gráfico provavelmente saído na Folha de S. Paulo e disponibilizado por Sergio Saraiva no comentário dele que eu mencionei acima? E há também o problema da falta de investimento da Petrobras que em princípio é mais decorrente de endividamento, mas que pode também ser decorrente da Operação Lava-Jato e perguntar se há um outro país no mundo que enfrenta problema semelhante?

      E ainda seria preciso saber se o que ocorreu no terceiro trimestre de 2013, com uma forte reversão na taxa de investimento foi algo natural ou decorrente de acontecimentos inusitados fora da responsabilidade do governo?

      Entendido isso e sabendo da previsível subida do juro americano, algo que um leigo como a mim previu em 2010 que aconteceria em 2014, e, portanto, era sabido por qualquer técnico mais bem equipado de conhecimento, de informações e de dados do que a mim, seria então de perguntar se o que ocorre no Brasil atualmente tem relação com a política econômica do governo ou é decorrente de outros fatores?

      E talvez essa comparação que eu estou propondo não explica tudo. Afinal se nada disso ocorreu com a Rússia, por que as previsões econômicas sobre a Rússia são muito semelhantes às previsões no Brasil? A este respeito vale ler o post “Global growth bounces back a bit” de segunda-feira, 30/11/2015, publicado no site de blogs do Financial Times, e de autoria de Gavyn Davies, e que pode ser visto no seguinte endereço:

      http://blogs.ft.com/gavyndavies/2015/11/30/global-growth-bounces-back-a-bit/

      E deixo também o link para o post “A longa marcha nacional da insensatez” que pode ser visto no seguinte endereço:

      https://jornalggn.com.br/noticia/a-longa-marcha-nacional-da-insensatez

      Enfim creio que sugestões como a sua ou posts como os de Luis Nassif não estão analisando todas as circunstâncias.

      Clever Mendes de Oliveira

      BH, 02/12/2015

  9. Serio isso, Nassif?

    “A ponte para a normalidade passa por aprovar um imposto provisório, como a CPMF”

    Você defende um novo imposto num quadro já recessivo?

    A volta a normalidade passa pela diminuição da SELIC, ou no mínimo que o depósito compulsório seja remunerado pela poupança e não mais pela SELIC.

    Daria todo o dinheiro que o governo precisa para voltar a investir e destravar a economia.

    Foi o corte de investimento do governo que causou a crise, não o contrário.

     

  10. J. Carlos de Assis em fev/2015
    Atribuir a retomada da economia a um fator psicológico é uma empulhação descarada. Empresário só investe quando tem a perspectiva de vender seus produtos. Ninguém investe para acumular produtos na prateleira.
    Para o empresário vender bens produzidos, é preciso que haja demanda. E o tal “ajuste” fiscal é a forma mais simples, mais direta, mais eficaz de liquidar com a demanda na economia. De forma similar, o aumento e manutenção da taxa básica de juros em níveis escatológicos é outra forma de reduzir a demanda. E piorar as condições de empréstimos de longo prazo do BNDES é cortar na carne dos investimentos dos poucos empresários que ainda teimam em investir nessa economia em estagnação, caminhando para a depressão.

  11. A política de Levy está dando
    A política de Levy está dando certo. O que se pretendia ea levar o país a um grande recessão para reorganizar a economia, leia-se trazer desrmprego e reduzir direitos trabalhistas .

    Tudo isso era previsto conforme antecipou o artigo de J.Carlos de Assis, trecho abaixo, publicado aqui no blog.

    A grsnde recessão era o que o mercado queria com a escolha de Levy, e muitos apoiaram.

    1. Lembro deste artigo do J  C

      Lembro deste artigo do J  C Assis.

      previa recessão de 5% para este ano e desemprego de dois dígitos. acho que ele acertará.

      A solução é simples. Mandar para a rua o Levy, o Tombini e o Zé e adotar o plano elaborado pelo J C Assis e o Requião.

      Sem isto não sairemos do buraco.

      Mas, concordo com um cometarista deste post que apesar da Dilma ser uma desgraça total, devemos lutar para manter o seu mandato até o fim. Somente assim aprenderemos a atingir a maturidade democrática.

      Os idiotas que pregam renúncia e impeachment são isto mesmo,  não passam de idiotas.

  12. Estou com Canuto no
    Estou com Canuto no diagnóstico das causas do desastre que ora vivemos. Sobretudo pela desarticulação no Congresso, causada por inabilidade, desautorização de negociadores, sentimento de superioridade moral e arrogância.
    Como dizia Ulisses, ali tem de tudo, tem corrupto, safado, bandido, só não tem quem não tenha chegado sem voto. Negociar e respeitar os compromissos assumidos é portanto um imperativo.
    Está colhendo o que plantou.
    Cassação e impeachment realmente são traumáticos demais. Mas se o bom senso aparecer, mesmo atrasado, na cabeça dessa moça, ela renuncia.

  13. Dilma é um desastre

    Dilma é um desastre economicamente, politicamente e qualquer outro -mente que lhe vier à cabeça, , mas quero e farei o que me for possível para que ela vá até o final de seu mandato. A grandeza de um país se mede tanto pela quantidade de líderes de primeira linha que o governou ( no Brasil, acho que, entre os mortos, só Getúlio e JK entram nessa lista ) quanto pela força do país de ter forças para aguentar até o último um líder que não se mostra à altura  ( como os EUA resistiram a Herbert Hoover, o presidente que, por erro de avalição,  foi destruído pela depressão de 29 e recentemente GW Bush ). Será uma prova difícil, mas o país terá que passar por ela para provar pra si mesmo que pode almejar ser um grande país – e não apenas um país grande. 

  14. Nassif, a recessão não foi

    Nassif, a recessão não foi causada pelos motivos que vc coloca no oitavo parágrafo. Tudo começa em 2012 com uma gestão errada da economia. Intervencionismo absurdo e ineficiente na economia. Redução de tarifas elétricas na canetada, imposição exdruxulas de TIRs nos projetos de infraestrutura, controle da tx de câmbio, redução forçada e irreal da tx de juros e, maquiagem da inflação através dos preços controlados – tudo isso afugenta investidor e acaba desaguando na recessão que temos hoje. A culpa, infelizmente pra vc, meu caro, nao foi do Levy. A recessão tem dona e se chama Dilmar!!!

     

    durma com isso.

     

     

  15. Crises podem abrir janelas.A

    Crises podem abrir janelas.

    A recessão é a grande oportunidade para baixar tanto a taxa selic, como as taxas de emprestimo para pessoa física e jurídca via mudança de política do BB e Caixa. 

    O problema são as condições políticas. Para os 20% mais ricos do Brasil, e aí estão incluídos os empresários em geral e a classe média  que se beneficia com os serviços prestados pelos pobres, a recessão é a janela para cortar direitos e oportunidades e voltar ao Brasil anterior à era PT. 

    Os 80% restantes da população são bombardeados com mídia negativa dia e noite e não sabe o que pensar. 

     

     

     

     

  16. A receita
    1- Retire a cabeça do tripé.

    2 – Escolha a perna que está em melhor condição e mantenha ela.

    3 – Você pode jogar fora as outras pernas.

    4 – Descarte todo o resto.

  17. Falta confiança no governo
    Sem confiança podem construir quantas pontes quiserem que ninguém irá se atrever a usá-las.
    Talves a ideia de um gabinete de crise não seja tão ruim assim. Resta saber se a Dilma aceita perder poder, mesmo que seja um que ela já não possua.

  18. podefazer o que quiser,

    podefazer o que quiser, enquanto não mexerem na taxa selic, não vai adiantar nada. 14% ao ano numa economia em recessão e desemprego? a palavra que mais se aproxima da realidade (e estou sendo extremamente educado) é SACANAGEM! a taxa selic no brasil é uma tremenda SACANAGEM

  19. Nassif, por favor,
    Nassif, por favor, explique:

    1 – o mundo se tornou rentista?

    2 – houve pressões irresistíveis para se implantar essa politica neoliberal de Levy?

    3 – os governos estão devedores?

    4 – Se o mundo se tornou rentista, se a ideia neoliberal é hegemônica, se os governos estão endividados, de onde virá o dinheiro para os investimentos?

  20. Fernando Brito
    Na política e na economia, afundou-se o Brasil com uma rapidez como poucas vezes se viu, num movimento tão rápido que não se pode deixar de ver que foi artificial.

    Não fomos afundando, fomos empurrados poço abaixo.

    E por maior que seja a força que isso faz, passou-se do ponto de equilíbrio, e o Brasil quer emergir.

    Porque o Brasil tornou-se algo tão grande que, como um corpo de grandes proporções, não pode ser mantido submerso por muito tempo, nem ser levado abaixo de certa profundidade.

    1. Quais economistas você andou
      Quais economistas você andou lendo de 2009 pra cá? Não foi em “um movimento tão rápido”, foi de forma previsível. Muitos já alertavam desde 2011, 2012, e a farra não tinha fim: controle de preços administrados, leniência com a inflação no topo da meta, bancos públicos bancando o aumento de crédito, BNDES emprestando (muito) para as empresas com maiores garantias e que poderiam ter acesso ao crédito no valor de mercado, bolha imobiliária crescendo alimentada por vendas falsas na planta (aquelas que na hora de financiar o mutuário não tem renda necessária), além do crédito fácil. Enfim, muitos previram e nada se fez. Muitos apontam caminhos (dolorosos, porque na atual situação não há mágica populista) e parte da sociedade ainda acredita que o país é muito grande pra ficar submerso por muito tempo, que uma CPMF resolveria e que não há ajustes sérios a serem feitos (no crédito, nos gastos públicos, na previdência, na burocracia, no sistema tributário, etc.). Que a realidade pegue leve conosco…

  21. O desequilíbrio é estrutural, e há inúmeros exemplos empíricos

    Com dinheiro transbordando mundo afora como durante os anos 2000, qualquer país vai para frente com o empuxo. Já quando o dinheiro seca é que se vê o que a maré alta escondia. Vejam exemplos de países gastadores que foram pegos com as calças curtas quando a liquidez internacional secou: Grécia, Portugal, Espanha, Itália,…. e isso para não falar nos gastadores em nosso quintal: Argentina, Venezuela e… Brasil. Então, pergunto: qual era o país estruturalmente mais bem preparado da Europa? A Alemanha, óbvio!!! Não é coincidência, não é acaso, é empiria. Países gastadores são os mais fracos estruturalmente nas épocas de tormenta. E depois dela os que saem na frente como líderes internacionais são os países que tiveram um mínimo de responsabilidade fiscal. Não é esse o caso do Brasil, como vemos mais uma vez… pela milionésima vez.

  22. Fernando Brito
    Tanto quanto não se inventam revoluções, também não se inventam retrocessos reacionários.

    Mas se alguma decisão precisamos tomar, não há dúvida que é a de oferecer uma direção à imensa força de sobrevivência que inscientemente está se despertando.

    O Brasil quer ir em frente, “apesar da crise”.

    É uma sociedade – e uma economia – que não pode ser contida artificialmente.

    O Brasil não cabe mais no figurino colonial.

    Podem ter nos roubado um ano; não roubarão uma era.

    1964 é impensável em 2015, ainda que com togas em lugar de fardas.

  23.  
     
    O nome correto do

     

     

    O nome correto do economista citado é Otaviano Canuto.

    Ele era do Banco Mundial, hoje esta no FMI.

  24. Assustador, e tudo a ver com o post e a situação atual
    Estamos a entrar em Portugal na segunda fase da implantação global do neoliberalismo. A nível global, este modelo económico, social e político tem estas características: prioridade da lógica de mercado na regulação não só da economia como da sociedade no seu conjunto; privatização da economia e liberalização do comércio internacional; diabolização do Estado enquanto regulador da economia e promotor de políticas sociais;

    De Boaventura Santos, em artigo publicado hoje aqui no blog

  25. É simples

    Uma análise bem simples, aliás, como sempre. Claro que é cômodo hoje colocar a culpa em tudo e em todos. É muito simples dizer ao povo que deve pagar mais impostos (nova CPMF) às custas daqueles que não pagam nada, claro que é…culpe-se o povo pelo erro de uma década e a incompetência de um governo populista imoral. Se saísse mais da mesa do computador e fosse as ruas, supermercados e postos de gasolina saberia a realidade que foge ao “neoliberalismo”, “classissismo”, “Marxismo” e a realidade é que já pagamos impostos demais, sustentamos “gente” demais e a conta já está no vermelho. A verdadeira inflação, a do dia a dia, está muito acima da casa dos 13% e faz tempo e isso vc nunca vê e nunca postou algo real sobre isso. Hoje pegar 8.000,00 reais emprestados em 48 parcelas fica no final a R$ 22.320,00 no final de tudo…isso mesmo…vá a um banco e confira. Não quero saber do século XX, dos militares, do Collor e do FHC, quero saber do hoje, quando as taxas de desemprego real passam dos 15%, juros extratosféricos e roubos a mil. Mas para vc e alguns lunáticos, a culpa sempre será de Pedro Alvares Cabral. Jamais seremos uma grande nação, pq sempre tivemos um povo fraco e medíocre, que sempre acredita em milagres feitos por outros, que sempre acredita na classe política, que sempre vende seus votos em troca de saco de arroz. Lamento afirmar que isto aqui jamais vai melhorar.

  26. Só com a Polícia .

    Caro jornalista , sem uma profunda investigação Polícial , sem um Julgamento Insento e com uma Condenação Exemplar dos Culpados , não tem saida para a crise .

    1. Provavelmente você será

      Provavelmente você será convidado a ocupar uma secretaria no governo de São Paulo.

      Sua sugestão está adequada aos métodos do governo tucano, sempre a polícia é a solução para qualquer problema.

    1. qq pessoa q se respeita e

      qq pessoa q se respeita e respeita o proprio voto nao srá capaz de aceitar o golpe de estado q esta sendo articulado, nem tão pouco q o voto seja roubado…foi uma eleicao mt equilibrada e o povo brasileiro jamais se permitirá ser roubado e “golpeado” dessa forma !!!…ninguem vai sair aas ruas para defender fulando nem cicrano, mas para defender o direito de ser respeitado e a decisao da maioria ser respeitada…”posso não concordar com o q vc diz, mas defenderei seu direito de dizer !”

        1. Meu caro. Não se trata de

          Meu caro. Não se trata de defender fulano ou beltrano. Se trata de ter brio Georgeis, e lutarr em defesa dos princípios nos quais você acredita, portanto, não se conforma em se comportar como avestruz enfiando a cabeça num buraco, enquanto um bando de golpistas, a pretexto seja do que inventem, roubarem seus direitos, sua cidadania, seu voto. Tem momentos na vida, em que devemos fazer uso dos culhões que carregamos.

          Orlando

    2. Uma guerra civil pela presidente mais impopular da história….?

      Às vezes parece que esse pessoal mora em outro país….  Outro dia estava o Jessé em uma entrevista dizendo que a classe média abomina o estado… e isso quando a classe média em peso vive de fazer concursos públicos….

  27. A ponte tem de ser sobre o caos Dilma

    A normalização passa pela remoção de Dilma do poder. Um governo absurdamente catastrófico, destruído no segundo mês de vida (e, pior, no segundo mandato, qdo já se esperava algum aprendizado), sem qualquer horizonte positivo que se possa enxergar.

    Pelo bem da democracia, o ideal seria Dilma renunciar — nem precisa reconhecer sua assombrosa incompetência, basta largar a caneta. Infelizmente ela não tem ciência do tamanho do mal que faz ao Brasil e da grandeza que seria esse gesto.

    Acabará sendo golpeada pragmaticamente.

     

  28. Comentário

    Sua afirmação “Assim como forçar um impeachment significaria jogar o país em uma quase guerra civil”, me parece ser totalmente exagerada e sem sentido. Certamente o impeachment de Dilma provocaria uma oxigenação política que teria reflexos extramente positivos na economia, oriundos da recuperação da confiança perdida.

    1. Luís Nassif

      Oxigenação? Significaria, sim uma intoxicação. O nível das lideranças políticas nesse país comprova isso. Seria realmente o caos.

  29. Nassif, analisando os números…

    Vamos ser direitos ao assunto e falar apenas de números: se você comparar a execução do orçamento de 2014 e 2015, há apenas um desvio de curva desproporcional.

    O país gastou R$ 978 bi com o sistema de dívida em 2014 e a estimativa para 2015 é de R$ 1.150 tri. Essa diferença de mais de 170 bilhões é responsável por si só pelo defict, mesmo em um quadro de arrecadação minguado. Veja bem, não estou sendo radical de propor a correta auditoria da dívida, mas apenas imagine que o gasto tivesse se mantido, nós não teríamos defict orçamentário se tivessemos gastado “apenas” R$ 978 bi na dívida neste ano.

    Isso é péssimo porque como todos sabem, não é que o governo pegou um dinheiro para fomentar algum projeto e agora está pagando, é apenas a alimentação de juros e rolagem de dívidas. Cada investidor joga de acordo com as regras. Se eu tivesse hoje R$ 5 milhões parado no bolso, você acha que eu ia ser otário de investir em algo, abrir um negócio para gerar renda e emprego?

    Claro que não. Basta comprar tudo em títulos da dívida e esperar o governo lhe pagar. Em época de DRU, eu tenho certeza que vão fazer de tudo para poder desvincular o orçamento (cortar saúde, cortar educação) para poder me pagar. O pagamento dos títulos da dívida é a coisa mais sagrada nesse país. Nesse ponto o governo não ousa descumprir a LRF.

    Então eu me torno esse “investidor” que vive como urubu. Se o governo aperta, eu tiro meu dinheiro como bem quiser e vou especular em alguma outra economia desregulamentada.

    Temos a configuração mais clara do terrorismo especulativo, o parasitismo economico que é uma disfunção do capitalismo. No Brasil, pune-se o consumo e incentiva-se a acumulação de capital em detrimento da geração de riquezas.

    OK, temos então uma crise economica 100% psicológica, fundamentada na especulação financeira. Se 49% de todos os impostos que pagamos vão para a dívida, é óbvio que essa é a questão fundamental de nossa economia e do orçamento da união. Se não tivessemos a dívida, poderíamos ter o dobro de serviços públicos ou a metade de impostos. Parece surreal, mas são os números.

    Temos um governo que diz ser de esquerda, mas é estremamente liberal na economia. Não vamos nos enganar, 90% do governo é a economia, o resto vem a reboque.

    O governo jamais vai enfrentar essa lógica da dívida ou mexer no sistema financeiro. Se isso é verdade e se a crise é de terrorismo especulativo, qual a solução?

    O primeiro diagnóstico sincero que Levy e cia deveriam fazer é que se você vai jogar pelas regras do mercado, é impossível ser liberal e social ao mesmo tempo. O orçamento nunca vai fechar enquanto o governo tiver vergonha de assumir a sua postura. Por isso o mercado tanto quer alguém da direita verdadeira, para governar de forma liberal “sem vergonha” de ser.

    A crise de especulação financeira não se resolve com medidas técnicas. Está óbvio como 2 + 2 = 4 que o mercado não vai dar trégua enquanto Dilma não sair do governo. Mesmo que ela descobrisse a solução mágica para o problema hoje, ainda assim não seria necessário.

    É tarde demais para lamentar que não mexemos nos grandes interesses, nem nos sitemas da podridão político-econômica do país, mas é o que é. Se jogamos esse jogo, um ato de grandeza seria admitir que perdemos e devemos levantar a bandeira branca. Essa teimosia de tentar cumprir mandato porque “assim disseram as urnas” deixa o país todo refém dessa guerra especulativa interminável.

    Alguém precisa dizer em alto e bom tom que os empresários só vão investir e os urubus especulativos só vão se acalmar quando trocarem o governo. Não é CPMF, DRU ou qualquer outra medida de enxugar gelo que vai resolver.

    Vivemos a política do cachorro correndo atrás do rabo. Falta alguém reconhecer que o problema da inflação no país é cultural. Ou você tenta resolver congelando preços (década de 80) ou você tenta resolver quebrando o país e acabando com o consumo (Plano Real).

    Ambas soluções são medidas artificias e remendos para tentar solucionar a questão. Em qualquer outro país em recessão seria inexplicável você ter esse cenário econômico e inflação de 10-15%. Justificar a inflação dizendo que é reflexo de tarifaço não engana nem estagiário de economia.

    No atual ciclo, você aumento juros para frear a inflação, com isso explode a dívida e corta o orçamento, cortando o orçamento você freia investimentos e crétidos, freia o consumo e tem queda na arrecadação. No final do ciclo você percebe que tem que cortar mais e aumentar os juros, e ainda reclama que seu plano não funcionou?

    Nada faz lógica matemática em nossa economia. O economês de universidade diz que a demanda e a oferta regulam o preço. Pois bem, vejamos o setor automobilístico: os caras estão vendendo 30% menos que em 2014 e nenhuma montadora do cartel brasileiro mexeu sequer um milimetro em suas margens de lucro.

    Pela lógica capitalista, o carro 1.0 de plástico vendido em 2014 por R$ 40 mil hoje deveria estar custando 30, ou até mesmo 20 caso eles fossem reduzir a margem de lucro para vender.

    Mas não, elas escolher vender 1000 carros com margem de lucro em 50% do que 10000 carros com margem de lucro de 25%. Óbvio, se eu altero isso agora, o brasileiro que se acostumou a ver o carro como um objeto de luxo aprenderia que é um bem de consumo, e isso seria terrível para as montadoras. Elas perderiam o mercado que proporciona as maiores taxas de lucro do mundo, mesmo que a escala de vendas tenha que ser reduzida.

    E aí vemos tantas medidas técnicas e assépticas que não fazem sentido diante da complexa realidade do nosso mercado e sistema financeiro. Muitas vezes nos perguntamos: será que são tão burros assim? Claro que não, as medidas não são 100% erradas.

    Funcionar funciona. Eu, especulador descrito no início do texto sou dono de milhares de títulos de dívida e estou ganhando cada vez mais sem fazer nada. É óbvio que eu vou advocar mais cortes, menos Estado. Não se mexe em time que está ganhando. Eu quero que o governo continue com essa política e aprofunde o arrocho. Tanto faz se o consumo vai mal, ou as pessoas perdem emprego e renda. Eu quero é meu título pago, meus lucros garantidos. E eu, especulador nato, sou prioridade número um neste país.

    É muito simples: o governo precisa fazer uma escolha se quer enfrentar os grandes interesses ou jogar o jogo de acordo com as regras que estão postas. Se eu não posso ser ingênuo de achar que o governo vai fazer algum tipo de enfrentamento, pela mesma lógica eu não posso acreditar que é possível ser social e liberal ao mesmo tempo. Se escolhemos viver em uma economia desregulamentada, com privilégios e submissão ao rentismo, então é melhor passar o bastão para quem é liberal de berço e vai fazer a mesma coisa só que sem os efeitos de tanto terrorismo especulativo.

    1. Trechos

      “O primeiro diagnóstico sincero que Levy e cia deveriam fazer é que se você vai jogar pelas regras do mercado, é impossível ser liberal e social ao mesmo tempo.”

      Franco, tem 22 anos que o Brasil é liberal e social ao mesmo tempo. Pode por na conta da Social Democracia e do Liberalismo Econômico iniciados no Governo FHC e muito bem mantidos no Governo Lula o salto que o Brasil deu em termos de desenvolvimento da economia e avanços na qualidade de vida e elevação de nível social de parte da população. A coisa começou a desandar ainda no final do Governo Lula com a elevação de gastos acima da receita pós crise, e depois com Dilma retrocedendo ao intervencionismo e protecionismo excessivo, e dá-lhe mais elevação de gastos. Sim, é possível ser liberal e social ao mesmo tempo, desde que você não gaste o que não tem. 

      “Falta alguém reconhecer que o problema da inflação no país é cultural. Ou você tenta resolver congelando preços (década de 80) ou você tenta resolver quebrando o país e acabando com o consumo (Plano Real).” “Ambas soluções são medidas artificias e remendos para tentar solucionar a questão.”

       Franco, se o Plano Real foi uma solução artificial, um remendo, qual foi o plano que veio em seguida mesmo? Ah não teve outro? Desde 1994? Então funcionou né… É claro que a inflação de agora não é majoritária de excesso de demanda, combina elevação do dolar, ajuste de preços represados pelo Governo e alta de impostos (cancelamento de desonerações fiscais).

       

      “Pois bem, vejamos o setor automobilístico: os caras estão vendendo 30% menos que em 2014 e nenhuma montadora do cartel brasileiro mexeu sequer um milimetro em suas margens de lucro.”

       Franco, os preços dos automóveis estão quase congelados há três anos, as elevações de preços de lá pra cá se deram pelo fim de desonerações. Sim, durante muito tempo o Brasil ajudou a rentabilizar o resultado global das multinacionais com sobrepreços e margens nas alturas, mas hoje não é mais bem assim, além de mais concorrência o mercado amadureceu, a queda da demanda tem causado fechamento de fábricas e revisão de planos de abertura de novas. Os pátios estão cheios, se não tem promoção não vende.

      “É muito simples: o governo precisa fazer uma escolha se quer enfrentar os grandes interesses ou jogar o jogo de acordo com as regras que estão postas.”

      Franco, o que você chama de enfrentar os grandes interesses? Vai reduzir a SELIC na marra? E como vai fazer com a fuga de capitais, alta do dolar, inflação? Com que dinheiro vai rolar as dívidas do Governo? Então vai dar o calote na dívida? Ou pegar emprestimo no FMI? Vai queimar as reservas e ficar exposto a ataque especulativo? 

      Se não quer depender dos rentistas, do capital especulativo, do “malvado” mercado, a única solução é responsabilidade fiscal, termo que os petistas arrepiam os cabelos só de ouvir. Esse antagonismo explica bem a situação que nossa economia vive atualmente. Essa idéia fixa de que o liberalismo só serve para atender à grandes interesses é que amarra o crescimento de alguns países, enquanto outros estão voando…

      1. Concordo com as coisas que

        Concordo com as coisas que disse Cristiano! Mas em relação aos títulos futuros emitidos pelo governo, há uma certa dose de falta de responsabilidade por parte do governo que tem feito com que este títulos tenham aumentado a dívida brasileira a patamares absurdos e muito distante da realidade. Pelo que andei lendo começou no Governo de Juscelino, que não conseguiu pegar dinheiro emprestado com o FMI para construir Brasília e emitiu uma grande quantidade de títulos nacionais a uma determinada taxa de juros. O problema, é que não parou por ai, os governo posteriores não só manteram preguiçosamente esta política como aumentaram as taxas de juros e o volume de títulos. Saindo do controle. E para piorar o FMI viu que esta era uma boa maneira de sequestrar o estado e deixar em sua mão, que começou a privatizar bancos centrais pelo mundo e incentivar esta política além dos empréstimos direto ao FMI. OU seja, sairam ganhando em dobro! Pois recebiam dos seus empréstimos através do FMI e compravam os títulos emitidos pelo governo e forçavam uma política do aumento da taxa de Juros para combate da inflação que só inflacionava mais o pais e sua dívida.

    2. De todos os comentários dos posts

      recentes do Nassif sobre a nossa economia, este foi sem dúvidas nenhumas o melhor, de muito longe!

      Parabéns ao Franco.

    3. Esses numeros de “gastos” com

      Esses numeros de “gastos” com a divida publica precisam ser decompostos. O custo da divida são exclusivamente os JUROS,

      aproximadamente R$378 bilhões em 2015 e não R$1.150 bilhões.  Ocorre que o orçamento federal SOMA juros + resgate dos titulos que se vencem no ano, resgate não é despesa, é troca de titulo antigo por titulo novo, não é custo. O custo são exclusivamente os juros. Não sei porque a metodologia brasileira usa esse sistema arcaico e errado, amortização não é despesa, é pagamento do principal.  Para saber o custo multiplique-se a taxa Selic pelo saldo da divida, hoje em torno de R$2,7 trilhões, claro que são aproximações mas são esses os numeros em termos de grandeza.

      1. Juros reais são o que conta

        Na verdade, o custo da dívida são os JUROS REAIS pagos, que andam na casa dos 4,5%. Considerando uma dívida de R$2,7 trilhões, chegamos à cifra de R$122 bilhões. É muito dinheiro, mas uma ordem de grandeza menor do que é brandido por algumas pessoas que, como eu, são contra os altos juros pagos no Brasil

  30. Estado sustentável e responsável

    A ponte para a normalidade é um Estado sustentável, em que receitas e despesas estejam equilibradas e que os mandatários sejam responsáveis por seus atos e por suas consequências. Qual o tamanho desse novo Estado? Essa pergunta está diretamente ligada a outra: qual o tamanho da responsabilidade de nossos políticos?

    A geração atual de políticos tem como resposta padrão “eu não sabia”, “todo mundo faz”, voa em jatinhos de empreiteiras ou mora de favor em casas pagas por terceiros. Primam pelo mal gosto dos ternos, das amantes, das declarações e pelo total descompromisso em relação à coisa pública. Caracterizam-se ora pela hipocrisia, ora pela covardia, mas nunca pelo espírito público.

    Essa é a qualidade dos políticos que temos. É um dado que não irá mudar. Então, fica a pergunta: que tamanho poder você quer colocar nas mãos desses psicopatas? A crise atual exige essa resposta, da qual não podemos mais escapar. 

  31. Chega

    O entendimento desta crise pela qual passamos envolve tantas variáveis que fica difícil expor o macro.

    Agora, o que me surpreende é ainda ver gente falando sobre “cartilha neoliberal”, “lógica perversa do mercado” etc. É um discurso deprimente e que eventualmente desemboca no triste FLA-FLU partidário. O discurso oposto, que despreza a importância de um Estado forte e acha que os “empresários são os bonzinhos salvadores da pátria”, é igualmente deprimente, que também leva a essa briga partidarista cada vez mais inútil. 

    Enquanto os pirralhos brigam, o Brasil fica sem um entendimento. Por favor, chega desses discos arranhados anacrônicos!

    Pessoalmente, desejo que Estado e mercado sejam ambos fortes. Um deve cuidar da justiça social, controlar os excessos, regulamentar, promover um mínimo de dignidade humana; o outro deve cuidar da inovação, da produção e do desenvolvimento. Um controla e limita os excessos do outro.

    Ficar nessa briga de “o Estado é malvado” X “o mercado é malvado” é de um anacronismo pertubardor.

  32. De tudo que li até aqui,

    só posso concluir que a ilusão do Nassif, no sentio de que a Dilma ainda pode fazer alguma coisa para reverter as expectativas, ou é fruto de um excesso de boa vontade ou vinculação ideológica a uma política que fracassou, por não ser nem liberal, nem desenvolvimentista, nem socialista, mas sim um amontoado de medidas muitas vezes contraditórias e unilaterais, sem combinar com os maiores interessados, o povo e os empresários.
    Fui defensor do governo Lula e do primeiro mandato da Dilma, contudo não sou cego. Este governo é natimorto, pois já começou enfraquecido por uma minguada vitória eleitoral, levando depois um nocaute quando se descobriu a irresponsabilidade fiscal que garantiu essa vitória de Pirro.
    Cada dia que Dilma permanece no poder, somente faz aumentar o tempo que levará para termos um novo governo progressista neste país. Concordo que ela deveria renunciar, mas condicionar essa renúncia a ser acompanhada pelos presidentes do Senado e da Câmara. Lógico que não há de parte dela, e muito menos do PT, grandeza suficiente para esse gesto.
    Assim, se não houver pressão das ruas (sem golpismo), nada irá mudar: Cunah só sairá algemado da Câmara, enquanto Dilma e Renan enfrentarão longos processos de afastamento, com grandes riscos de divisão social, como alertou um comentário anterior.

  33. “…Pesou, para Lula, a

    “…Pesou, para Lula, a leitura da biografia de Getúlio Vargas e a tragédia do segundo mandato…”

    Ou seja, acha que é uma lenda vida, um dos maiores estadistas jamais criados pela humanidade e seu retorno quando cessaram os fortes ventos chineses só mancharia sua imagem, não é?

    É na verdade um inepto com pouca valentia que teve a sorte de ser presidente no momento mais oportuno do último século.

  34. Não se normaliza a economia enquanto tivermos um congresso deste
    Os e-mails trocados entre Eduardo Cunha e o BTG Pactual, em si, não são crime. São, com certeza, elementos integrantes e um crime, se for comprovado que o deputado recebeu os tais R$ 45 milhões de André Esteves.

    Mas são prova, e flagrante, do que o dinheiro faz com o processo legislativo no Brasil, como mostra o texto a ótima repórter Maiá Menezes, em O Globo .

    Os e-mails são detalhados. E as orientações, precisas. Um exemplo: “Art. 24, I: substituir dependência por controle, para diminuir amplitude”, diz a Cunha um diretor do BTG. Também pedem dedução de créditos de imposto pagos no exterior.

    Mesmo que não esteja ainda provado o pagamento no “varejo” para Cunha, as doações recebidas por ele bastam para mostrar que o financiamento privado de campanhas eleitorais foi, para ele, um pagamento pela prestação de “serviços” legislativos.

    Para ele e, certamente, para muitos.
    A promiscuidade é tão grande que nem mesmo era feita fora do endereço de e-mail com que Eduardo Cunha registrava a sua infinidade de sites com “Jesus”.

    E é nas mãos deste homem que, neste momento, está a sorte da democracia brasileira, porque não temos aqui instituições que digam e mesmo gritem que não tem condições morais de apreciar razões jurídicas para aceitar a abertura de um processo de impeachment.

    Se uma emenda em MP pode ser a fonte de dinheiro para Cunha, imagine-se o quanto valeria um pedido de impeachment?

    Por Fernando Brito

  35. Sugestão de tema

    Nassif, reparei que, antes bastante crítico, você não tem mais falado tanto do Cunha, justamente no momento em que mais provas aparecem contra ele, e que ele é julgado no Conselho de Ética. Então gostaria de sugerir um post, sobre o apoio do Planalto, em especial do Sr. Luiz Inácio, à manutenção de Exmo. Eduardo Cunha na Presidência da Camara dos Deputados. 

  36. Só enxergo mesmo é  uma ruma

    Só enxergo mesmo é  uma ruma de bêbados e bêbadas tropegamente suspensos numa corda em cima de um abismo cada uma fazendo força para que o outro(ou outra)  cai e ele(ou ela) sobreviva.  

    Nas minhas ainda incompletas 61 primaveras jamais assistira tanta irresponsabilidade, falta de senso cívico e incompetência junta. Conseguiram deixar o país na berlinda num prazo ínfimo, uma façanha que levaria no mínimo uma década.  

    Nesse balaio estão os poderes constituídos(Executivo, Legislativo e Judiciário), classe política como um todo e suas super ou normais lideranças, empresários, sindicatos, imprensa….tudo enfim. Destaque para as torcidas organizadas que se preocupam mais apontar os erros do adversário que justificar ou condenar os do seu time.

    Quem procura acha, reza o ditado. De tanto insistirmos em pensar pequeno e nos acharmos  uma ilha de felicidade infensa a qualquer solavanco; de tanto olvidarmos das oportunidades e nos concentrarmos nos problemas que demandam atitudes; de tanto abusarmos de sermos irresponsáveis, eis que a fatura chega. E bem salgada. 

    O horizonte ainda não está  de todo encoberto. Mas falta pouco para que o percamos de vista. 

    1. Eduardo Cunha acaba de acatar

      Eduardo Cunha acaba de acatar o pedido de “impedimento” da presidente Dilma. Imprensa enjagada estampa manchetes garrafais. Nas redes sociais, militantes se esbaldam em ameaças recíprocas e prometem sangue.

      Quem torcia por uma crise a partir de agora a terá. Ainda tem este resto de noite para comemorar porque a partir da manhã começa a cobrança da fatura. 

      Não era isso que queríamos? Uma situação calamitosa para chamarmos de “nossa”? 

  37. Ficamos aqui discutindo sexo
    Ficamos aqui discutindo sexo de anjo quando o verdadeiro motivo disso tudo leva o nome de PT. Alguns ficam lembrando do Aécio, tucanos e outras desculpas. Quem está no poder em Brasília? Quem fez tudo errado? Ora bolas.

  38. Os retrocessos que balançaram

    Os retrocessos que balançaram a ciência da economia e vai fortalecer as raízes malignas dos inimigos da humanidade:

    1 – Os negadores

    2 – Os desertores

    3 – Os traidores.

     

    1 – Os negadores:

    Os Brasileiros estão viciados em valorizar a vida para o cartão de crédito, um ticket para o prenuncio de um novo tempo. Mas como, por ventura, encontrar valor nesse sistema econômico se as premissas condicionais para prosperidade dos concessionários dos créditos não tem reservatórios de multiplicidade? Isto é, começam e acabam pela falta de provisão monetária que os predispõe a serem os negadores dos valores da sociedade; e precisam deixar de ser um serviço e passarem a ser os senhores. 

    2 – Os desertores:

    O Banco Central, pior do que negar, negocia os valores da nação, remove o princípio que estabeleceria a própria plenitude intrínseca em que a produção fundamentaria o equilíbrio e discerne os propósitos do desenvolvimento. No sentido contrário, Tombini, Levy e Barbosa nos fizeram crescer para baixo e para fora com os estrangeiros. A história mostra que mesmo sabendo que o sistema de investimento externo não funciona como dinâmica interna, ao trocar o preço da alienação por tudo que se produz, rejeita um conceito fundamental para o crescimento econômico: o padrão da riqueza que sai de nós mesmos pelo valor do trabalho, como o ouro puro que foi a prova do tesouro nacional.

    3 – Os traidores:

    Ficará provado que somos o que somos, enquanto nação, ao que nos rendemos. A derrota nacional está ocorrendo por motivações e princípios errados, segundo as leis do mercado.

    Os economistas engordam a cabeça das pessoas pela mídia com tudo quanto é conhecimento que será desqualificado no futuro pelo seu marketing, de modo que o país tem uma vida cíclica de obras que serão mortas, como se enganasse a nós mesmos que nunca eram para ser nossas. 

    A situação de derrota, portanto, está na prova dos economistas. Se eles fazem uma prova e não passam, repetem a prova de novo. E assim pela mesma prova as obras tomam bomba… Cada vez que não são aprovados aprofundam um deficit residual sobre a humanidade. O resultado é um trauma social de feridas em cima de feridas.

    Os traidores infitrados no governo não assumem as responsabilidades da crise escondida na dor e sofrimento de uma contradição aparente entre os banqueiros e os investidores externos: nós individualmente não só fazemos as obras que emanam nossos valores para eles as privatizarem; nós somos obras desses senhores.

    1. Os blogs estão cada vez mais descompromissados com os fatos

       

      André Couto (quarta-feira, 02/12/2015 20:54),

      Muito bom você ter feito esse reparo. Quem é mais novo e lê o texto com atenção acaba sendo induzido pela informação equivocada. Talvez o dono do blog tenta se passar por gente nova no pedaço que não conheceu o período que ocorreu logo após a quebra do México no final de 1994, e dos ajustes da moeda chilena no início de 1995, quando o Brasil teve que subir o juro para 40%. O over/Selic chegou a 65% nominais em março de 1995 e só desceu para o patamar de 45% em setembro de 1995, 35% em janeiro de 1996 e 25% em junho de 1996. Sobre isso cabe dá uma olhada no Gráfico 2.9 do Relatório de 1996 do Banco Central que pode ser visto no seguinte endereço:

      http://www.bcb.gov.br/pec/boletim/banual96/banualc2.asp?idpai=BOLETIM1996

      Lá se encontra uma boa fonte de informação para os mais jovens poderem adquirir conhecimento e os que se querem passar por mais novos não venham a se enganar. E outra fonte de informação para os dados a partir de junho de 1996, é o site do Banco Central do Brasil no assunto Histórico das Taxas de Juros que pode ser encontrado no seguinte endereço:

      http://www.bcb.gov.br/?COPOMJUROS

      Também ele não viu que o over / Selic, em função da crise dos Tigres Asiáticos chegou a partir da 18ª reunião do Copom realizada em 30/10/1997 a 45% em termos nominais, como se pode ver tanto no Histórico das Taxas de Juros indicado no endereço acima como no Gráfico 2.5 do Relatório de 1997 do Banco Central, disponível no seguinte endereço:

      http://www.bcb.gov.br/pec/boletim/banual97/banualc2.asp?idpai=BOLETIM1997

      Talvez também essa vontade de parecer moço seja a justificativa de o dono do blog não saber que o juro foi caindo vagarosamente desde então para apenas na 26ª Reunião do Copom realizada em 29/07/1998, o juro atingir 19,25%, patamar pouco acima dos 19,05% que o juro atingira quase um ano antes na 16ª Reunião do Copom realizada em 17/09/1997, para então, diante da crise russa começar a forte escalada com o juro subindo para 25,49% na 27ª Reunião do Copom realizada na em 02/09/1998, e na 28ª Reunião realizada logo em seguida, em 10/09/1998, a taxa de juro ser elevada para 40,18% e depois na 29ª reunião realizada em 07/10/1998, a taxa de juro ter subido para 42,12% e caindo desde então para chegar a 29,21% no final de 1998, na 31ª Reunião realizada em 16/12/1998. E aí, com a crise do Plano Real, a taxa de juro volta a subir atingindo em 04/03/1999 o patamar de 44,95%. E vai caindo vagarosamente para só ficar abaixo de 19,00% na 43ª Reunião realizada em 19/01/2000 quando foi para 18,87%.

      Na queda da Taxa Selic o patamar mais baixo que chegou foi 15,19% na 55ª Reunião realizada em 17/01/2001. Muito provavelmente para enfrentar o apagão, o governo teve que paulatinamente aumentar a taxa de juro até ela atingir 19,05% patamar onde ela fica com variações ínfimas da 62ª Reunião realizada em 22/08/2001, até 67ª Reunião realizada em 23/01/2002. Bem ai era tempo de eleição. E com a crise da Argentina já tendo terminado, o governo de Fernando Henrique Cardoso tratou de deixar por conta do PT todas as consequências da desvalorização da moeda. E assim deixou que a taxa de juro caísse até atingir 17,86% na 73ª Reunião do Copom realizada em 17/07/2002, sofrer alta ínfima indo para 17,87% na 74ª Reunião realizada em 21/08/2002, e assim mesmo prometendo viés de baixa, mas não podendo cumprir e assim na 75ª Reunião realizada em 18/09/2002, a taxa deu um salto ínfimo indo para 17,90. E reconhecendo que havia risco da inflação e o câmbio saírem do controle, o governo sobe a taxa de juro para 20,90% na 76ª Reunião do Copom realizada em 14/10/2002, para 21,90% na 78ª Reunião realizada em 20/11/2002, para 21,90 na 79ª Reunião realizada em 20/11/2002 e termina a última reunião, a 79ª Reunião do Copom realizada em 18/12/2002, com a taxa de juro atingindo 24,90%.

      Pode até ser que o dono do blog não seja tão novo assim e ele sabe o que aconteceu em 2002. E ele não estaria de todo errado porque neste post “As pontes para a normalização da economia” de quarta-feira, 02/12/2015 às 18:48, aqui no blog dele, ele fala em “taxa Selic real recorde” e se considerarmos a inflação anualizada dos três últimos trimestres de 2002, utilizando para o cálculo o IGP-DI da Fundação Getúlio Vargas que apontava para uma inflação de mais de 50% (Sem ajustes de sazonalidade), a taxa de juro daquele período foi negativa.

      Clever Mendes de Oliveira

      BH, 03/12/2015

  39. Caso da omissão dos bens de Cunha e Romário [crime]

    Caro Nassif, eu nunca soube que o MP [federal, eleitoral, ou estaual] tenha denúnciado qualquer deputado, ou eleito por crime eleitoral, cuja pena é de reclusão de ATÉ 5 (cinco) anos. Caso da combinação do art. 11, § 1º, IV [instruir o pedido de registro com declaração de bens do candidato], da Lei nº 9.504/97, c/c art. 350 [omitir declaração que deveria constar em documento para fim eleitoral], da Lei nº 4.737/65. Ocorre que no registro da candidatura o candidato deve prestar declaração de seus bens, inclusive, contas no esterior. A omissão constitui crime da Lei nº 4.737/65. Caberia ao MP apurar e denunciar essas omissões.

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