Balança registra superávit de US$ 1,197 bilhão em novembro

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
[email protected]

Jornal GGN – O saldo da balança comercial em novembro apresentou um superávit de US$ 1,197 bilhão durante o mês de novembro, segundo dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O valor foi resultante de exportações de US$ 13,806 bilhões e importações de US$ 12,609 bilhões.

De acordo com o diretor do Departamento de Estatística e Apoio à Exportação (Deaex) da Secex, Herlon Brandão, as commodities foram o grande destaque nas exportações em novembro. Ele citou o aumento nos valores exportados de soja em grão e milho, que cresceram respectivamente 575,4% e 52,4%, na comparação com novembro do ano passado.

Assim como em meses anteriores, também foram observados aumentos nos volumes exportados de produtos como minério de ferro e petróleo. No total do mês, as exportações acumularam queda de 11,8% em relação a novembro de 2014, pela média diária.

No mês, as exportações de produtos básicos somaram US$ 5,864 bilhões, as de manufaturados US$ 5,572 bilhões e as de semimanufaturados US$ 2,016 bilhões. Na comparação com novembro do ano passado, houve queda nas exportações das três categorias de produtos: básicos (-14,3%), semimanufaturados (-13,5%) e manufaturados (-7%).

Entre os básicos, os produtos que mais influenciaram a queda das exportações no grupo dos básicos foram petróleo em bruto (-51,2%), minério de ferro (-43%), minério de cobre (-21,1%) e café em grão (-19,5%). Por outro lado, cresceram as vendas de soja em grão (+575,4%) e milho em grão (+52,4%).

No grupo dos manufaturados, houve retração nas receitas apuradas com as vendas de máquinas para terraplanagem (-40,6%), laminados planos (-26,8%) e autopeças (-21,4%). Entretanto houve aumento nas exportações de centrifugadores (+901,8%), torneiras e válvulas (+95,3%) e suco de laranja não congelado (70,1%).

Já as exportações de semimanufaturados foram influenciadas por semimanufaturados de ferro e aço (-52,8%), ferro-ligas (-36,9%), ferro fundido (-32,3%), couros e peles (-30,1%) e alumínio em bruto (-21,2%). Na mesma comparação, entretanto, houve aumento nas receitas apuradas com as exportações de catodos de cobre (+122,3%), ouro em forma semimanufaturada (+28,4%) e celulose (+12,7%).

Em nota, Brandão explica que a queda dos preços internacionais das principais commodities agrícolas e minerais, verificada ao longo de todo o ano, seguiu influenciando o desempenho da balança comercial em novembro. “Apesar de aumento nas quantidades exportadas, verificamos queda nos valores por conta da redução dos preços. Esse fator vem impactando a receita em dólares dos exportadores brasileiros”, esclareceu. O executivo também destacou as exportações de automóveis, que no mês apresentaram alta de 10,5%, influenciadas, principalmente, pelas vendas para a Argentina que cresceram 10,1% e também para o México (1,7%).

Com relação aos destinos, Brandão destacou que houve crescimento de 11,4% para a China com relação a novembro do ano passado. “Este é o terceiro mês consecutivo de alta das exportações para o mercado chinês”, ressaltou. No mês, os principais mercados compradores de produtos brasileiros foram China (US$ 2,061 bilhões), Estados Unidos (US$ 1,717 bilhão), Argentina (US$ 1,037 bilhão), Holanda (US$ 817 milhões) e Japão (US$ 422 milhões).

No mês, as importações decresceram 30,2%, por conta, principalmente, de combustíveis e lubrificantes (-39,6%), bens de consumo (-33,6%), bens de capital (-32,3%) e matérias-primas e intermediários (-24,6%).

Segundo Brandão, assim como nas exportações, os preços internacionais das commodities têm sido um grande fator de influência no resultado da balança comercial deste ano. “Vivemos uma nova realidade com as commodities em preços inferiores aos registrados no ano passado”, disse. O diretor afirmou ainda que no grupo dos combustíveis e lubrificantes, a retração ocorreu principalmente pela diminuição dos preços de petróleo, carvão, gás natural, óleos combustíveis, gasolina e nafta.

Os cinco principais fornecedores para o mercado brasileiro, no período, foram Estados Unidos (US$ 2,087 bilhões), China (US$ 1,967 bilhão), Argentina (US$ 840 milhões), Alemanha (US$ 835 milhões) e Nigéria (US$ 420 milhões).

De janeiro a novembro, a balança comercial acumula um saldo positivo de US$ 13,442 bilhões, revertendo o déficit de US$ 4,348 bilhões alcançado em igual período de 2014. Ao longo do ano, o Brasil exportou US$ 174,351 bilhões e importou US$ 160,909 bilhões. Na comparação com o mesmo período do ano passado, houve retração de 14,9% nas exportações e de 23,1% nas importações.

A corrente de comércio foi US$ 335,260 bilhões, representando queda de 19% sobre o mesmo período anterior, quando totalizou US$ 419,568 bilhões. A expectativa do MDIC é que o saldo comercial do ano fique na casa de US$ 15 bilhões.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Essa notícia será desprezada, o que importa é Brasil destruido

    A Porca- Mídia dará essa notícia com muito mau humor e como valor despresível.

    Os sacanas Wilian Waak e o (des)comentarista Carlos Alberto Sardemberg babaram de felicidade para dar noticia de queda do PIB .

    Eles riam e olhos brilhavam.

    Esses porcos odeiam o povo brasileiro, 

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador