Bancos e setor externo puxam realização de lucros na bolsa

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O mercado brasileiro apresentou um comportamento alinhado ao das bolsas norte-americanas e encerrou as operações de sexta-feira em queda. Os papéis do setor bancário foram destaque de queda, afetadas pelas medidas anunciadas pelo Banco Central para influenciar o mercado de crédito.

O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) encerrou as operações de sexta-feira em queda de 0,27%, aos 57.821 pontos e com um volume negociado de R$ 4,722 bilhões. Agora, o índice passa a acumular valorização de 8,75% no mês, e de 12,26% no ano.

Segundo o analista Fábio Cardoso, do BB Investimentos, “o Ibovespa caiu em mais um dia de baixo volume, reduzindo a alta semanal, puxada principalmente por bancos, repercutindo as alterações de recolhimento de compulsório do Banco Central, liberando recursos para empréstimos”. A autoridade monetária divulgou nesta sexta-feira uma série de iniciativas com o objetivo de estimular o crédito. O banco estima liberar R$ 30 bilhões com mudança na regra dos depósitos compulsórios (dinheiro que os bancos deixam no BC). No total, R$ 45 bilhões devem ser liberados para o crédito.

No exterior, o Reino Unido divulgou os números do PIB do segundo trimestre, que mostrou expansão de 0,8%, dentro da expectativa dos analistas, assim como a expansão anual, de 3,0%. Segundo o BB Investimentos, essa expansão “coloca o Reino Unido como a economia mais dinâmica da Europa, juntamente com Alemanha, já estando no mesmo nível em que se encontrava antes da crise de 2008”. Apesar disso, as bolsas na Europa fecharam as operações em baixa, puxadas pela divulgação de resultados corporativos abaixo do esperado pelos analistas. Nos Estados Unidos as bolsas também operaram em baixa, com resultados corporativos abaixo do esperado.

Quanto ao dólar, a cotação fechou o dia com alta de 0,28%, vendido a R$ 2,228 (comercial), em linha com a valorização da moeda americana frente as moedas emergentes. O dia foi de poucas notícias que afetaram as operações com a moeda norte-americana, ao , mesmo tempo em que as atuações do Banco Central fazem com que a moeda apresente poucas variações.

A autoridade monetária manteve seu programa de intervenções diárias no mercado de câmbio nesta sexta, com a venda de 4 mil contratos de swap cambial (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro) com vencimento para 2 de fevereiro de 2015, que movimentaram o equivalente a US$ 198,7 milhões. Também foram oferecidos 4 mil contratos com vencimento em 1º de junho do ano que vem, mas nenhum foi vendido.

Na segunda-feira, os agentes acompanham os dados de custos da construção pela FGV, além da balança comercial semanal e do relatório Focus. Nos Estados Unidos, destaque para as vendas de casas pendentes e o PMI (índice dos gerentes de compras) composto; no Japão, serão publicadas a taxa de desemprego e as vendas do varejo. Na agenda de balanços, aguarda-se a publicação dos resultados de Multiplan e M. Dias Branco.

 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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