Bolsa atinge menor nível em mais de três meses

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O mercado brasileiro sentiu o impacto da aversão ao risco apurada no mercado global, e encerrou o dia em seu menor patamar em mais de três meses. O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) fechou as operações em queda de 0,70% (menor fechamento desde o dia 31 de março), aos 52.149 pontos e com um volume negociado de R$ 5,390 bilhões. Com isso, o índice acumula perda de 1,75% no mês, e alta de 4,28% ao longo do ano.

“Os mercados regiram negativamente à decisão dos gregos de não aceitarem a imposição de novas medidas de austeridade para renovarem o programa de resgate financeiro. As bolsas europeias tiveram as maiores quedas, principalmente nos países da periferia da zona do Euro, onde as ações dos bancos amplificaram as quedas”, diz a equipe de análise do BB Investimentos, em relatório.

Na Bovespa, os papéis que que possuem maior representação no índice foram os mais penalizados (Petrobras, Vale e bancos). Na ponta de cima, as ações do setor siderúrgico mostraram recuperação depois da forte queda na última semana, apesar da nova queda no preço do minério de ferro. Os papéis preferenciais da Vale e da Petrobras registraram maior volume de negociação e quedas mais expressivas que os papéis ordinários: os preferenciais da petroleira (PETR4) recuaram 2,13%, a R$ 11,48; os da mineradora (VALE5) perderam 1,71%, a R$ 14,97.

No câmbio, a cotação do dólar comercial fechou praticamente estável, com alta de 0,09%, a R$ 3,142 na venda. A moeda não teve uma saída maior, uma vez que os investidores minimizaram o impacto da vitória do “não” no referendo da Grécia, contra aceitar os termos do acordo proposto pelos credores, uma vez que a percepção do mercado é de que uma eventual saída da Grécia da zona do euro teria impacto pequeno sobre o Brasil.

Ao mesmo tempo, agentes repercutiram a possibilidade de adiar o início do ciclo de alta dos juros dos Estados Unidos caso as preocupações com a Grécia gerem uma forte apreciação do dólar – e esse cenário ajudaria a sustentar os negócios em países que pagam rendimentos mais atraentes, como o Brasil.

No Brasil, o Banco Central brasileiro vendeu a oferta total no leilão de rolagem de swaps cambiais (equivalentes à venda futura de dólares). Com isso, repôs ao todo o equivalente a US$ 1,282 bilhão, ou por volta de 12% do lote de agosto, que corresponde a US$ 10,675 bilhões.

Para terça-feira, os analistas aguardam a publicação do IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna) referente ao mês de junho no Brasil; produção industrial na Alemanha e no Reino Unido; balança comercial e dados de crédito ao consumidor nos Estados Unidos.

 

(Com Reuters)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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