Bolsa começa a semana com forte desvalorização

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A bolsa brasileira começou a semana com forte desvalorização, em um dia caracterizado pelas incertezas vindas do mercado chinês e a expectativa em torno da divulgação de novos dados sobre a disputa eleitoral.

O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) encerrou as operações de segunda-feira em queda de 1,68%, aos 56.818 pontos e com um volume negociado de R$ 7,635 bilhões.

Os papéis de empresas estatais tem sido os principais vetores de influência negativa da bolsa, uma vez que os papéis sofrem diretamente os impactos da divulgação de novos dados do cenário eleitoral. O mercado aguarda a publicação de novas pesquisas ao longo desta semana, a serem divulgadas pelo Vox Populi e Ibope. Segundo informações da agência de notícias Reuters, existe incerteza entre os agentes uma vez que os últimos levantamentos mostram recuperação do candidato Aécio Neves (PSDB), embora a disputa de segundo turno permaneça acirrada entre Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB) – e isso afeta as expectativas quanto a uma eventual derrota de Dilma, já que o mercado mostra-se descontente com a forma como o governo atual tem conduzido a política monetária.

Quanto ao dólar, a cotação fechou em alta de 0,92%, chegando a R$ 2,394 na venda – o maior valor de fechamento desde 18 de fevereiro, quando a cotação atingiu R$ 2,398. Entre outros fatores, a moeda tem sido afetada pela divulgação de pesquisas eleitorais para a disputa presidencial.

Também existe a expectativa de mais intervenções do Banco Central no mercado, uma vez que a cotação acima da casa de R$ 2,35 pode aumentar a possibilidade de inflação, ao encarecer os produtos importados.

A autoridade monetária brasileira também manteve seu programa de intervenções diárias no câmbio, com a venda de 4 mil contratos de swap cambial (equivalentes à venda futura de dólares) com vencimento em 1º de junho de 2015, em operação que movimentou o equivalente a US$ 198,3 milhões. Também foram oferecidos contratos a vencer em 1º de setembro, mas nenhum foi vendido.

O BC também manteve a rolagem dos contratos com vencimento próximo, vendendo todos os 6 mil swaps cambiais oferecidos, sendo 4,5 mil contratos para 3 de agosto de 2015, e 1,5 mil para 1º de outubro de 2015, com volume correspondente a US$ 296,3 milhões.

No exterior, o destaque fica com a China, devido as expectativas de queda na atividade industrial do país durante a primeira metade do mês – e, pelos critérios usados no cálculo do PMI (Índice de Gerentes de Compras, na sigla em inglês), um resultado abaixo de 50 pontos indicaria contração da atividade.

Para terça-feira, os agentes aguardam a publicação do IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal), e a prévia da sondagem da indústria no Brasil. No exterior, o destaque fica com o PMI composto, industrial e de serviços na Alemanha e na zona do euro, além do índice de preços residenciais e a sondagem industrial de Richmond, nos Estados Unidos.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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