Bolsa começa o mês com leve desvalorização

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
[email protected]

Jornal GGN – O mercado brasileiro fechou as operações com leve desvalorização pelo terceiro pregão consecutivo, por conta do clima de incerteza gerado pelo cenário político e fiscal diante das votações aguardadas em Brasília, além da desvalorização de papéis considerados importantes na composição do índice.

O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) começou o último mês do ano em queda de 0,16%, aos 45.046 pontos e com um volume negociado de R$ 7,312 bilhões.

No setor externo, os mercados da Ásia deram início às operações do mês em alta, após os números mistos de PMI da China. Enquanto o número oficial

veio levemente abaixo da estimativa, o PMI Caixin surpreendeu positivamente. Na Zona do Euro as bolsas trabalham em alta após o PMI industrial ter vindo em linha com as estimativas e também diante da expectativa de mais medidas de estímulos por parte do Banco Central Europeu (BCE), que se reúne na quinta-feira. Nos Estados Unidos, indicadores industriais mais fracos do que o esperado mantiveram as bolsas próximas à estabilidade.

Na China, o PMI serviços (oficial) avançou para 53,6 em novembro, ante 53,1 em outubro. O PMI industrial (oficial) recuou para 49,6 em novembro, de 49,8 em outubro. O PMI industrial (Caixin) subiu para 48,6 em novembro, de 48,3 em outubro. No Japão, a produção industrial subiu 1,4% em outubro em relação ao mês anterior, ante estimativa de +1,9%, enquanto as vendas no varejo cresceram 1,8% na comparação anual. Na zona do euro, o PMI industrial subiu para 52,8 em novembro, em linha com a previsão. Nos Estados Unidos, o PMI de novembro subiu para 52,8, de 52,6 no mês anterior

“O Ibovespa operou volátil, abrindo em alta e entrando em território positivo logo em seguida, onde permaneceu até a última hora do pregão. A partir de então, com os indicadores industriais nos Estados Unidos vindo abaixo do esperado, as ações com peso no índice se recuperaram e puxaram o índice (…)”, explicam os analistas do BB Investimentos, em relatório.

Ao mesmo tempo, o dia foi marcado pela publicação de uma série de indicadores importantes. No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o PIB do terceiro trimestre recuou 1,7% em relação ao segundo trimestre deste ano. O recuo foi de 4,5% na comparação com o terceiro trimestre de 2014. Além disso, a balança comercial de novembro teve superávit de US$ 1,197 bilhão, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).

Entre as ações listadas, a queda foi diretamente afetada pelo mau desempenho das ações da Vale e da Petrobras.  As ações preferenciais da Vale (VALE5) perderam 2,45%, a R$ 10,37, enquanto os papéis ordinários (VALE3) perderam 2,51%, a R$ 12,84. Informações divulgadas pela mineradora apontaram que o desastre gerado pelo rompimento da barragem da Samarco, em Mariana (MG), deve causar um impacto de US$ 443 milhões sobre o resultado da Vale no ano que vem. Já as ações preferenciais da Petrobras (PETR4) recuaram 2,35%, a R$ 7,49.  As ações ordinárias da estatal (PETR3) perderam 1,81%, a R$ 9,24.

No câmbio, a cotação do dólar comercial fechou em queda de 0,81%, a R$ 3,855 na venda. A publicação dos indicadores econômicos abaixo do esperado nos Estados Unidos acabou por afetar as operações com a moeda, uma vez que a fraqueza de tais dados pode servir como um ponto de influência na próxima reunião do Federal Reserve (o Banco Central norte-americano). Por outro lado, investidores evitavam fazer grandes negócios antes de importantes eventos políticos no Brasil.

A atuação do Banco Central também influenciou o movimento do dólar nesta sessão. A autoridade monetária realizou um leilão de venda de até US$ 500 milhões com compromisso de recompra. Segundo dados divulgados pelo BC, a operação não tem como objetivo rolar contratos já existentes. O Banco Central também começou o processo de rolagem dos swaps cambiais (equivalentes à venda futura de dólares) que vencem em janeiro.

Na quarta-feira, os agentes esperam pela publicação do fluxo cambial semanal no Brasil; índice de preços ao produtor e ao consumidor (preliminar) na zona do euro; geração de vagas de trabalho no setor privado e a publicação do Livro Bege, nos Estados Unidos.

 

 

(Com Reuters)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador