Bolsa encerra semana com queda acumulada de 3,60%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A Bovespa fechou a sexta-feira em queda de quase 1 por cento, mas conseguiu sustentar o seu principal índice acima dos 50 mil pontos, apesar da forte pressão negativa de bancos e do tombo dos papéis da siderúrgica Gerdau , em sessão de intenso noticiário corporativo.

O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) terminou as operações em queda de 0,96%, aos 50.094 pontos e com um volume negociado de R$ 6,582 bilhões. Com isso, o índice encerra a semana com uma perda acumulada de 3,60%, e queda mensal de 2,89%. Contudo, o índice tem um ganho anual de 0,18%, e de 0,90% em 12 meses.

O índice começou as operações em queda, e manteve-se em baixa ao longo do dia, bem como testou algumas vezes o “piso” dos 50 mil pts (-1,14%), mas, encerrou pouco acima deste patamar. “A tendência de baixa teve continuidade hoje, ainda prevalecendo a visão dos agentes que os índices bursáteis estão “esticados”, indicando que algumas ações podem estar precificadas além de seus potenciais, induzindo a correções de preços”, dizem os analistas do BB Investimentos, em relatório.

Nos Estados Unidos, o mercado operou digerindo os dados finais do PIB (Produto Interno Bruto) norte-americano de 2014, mantendo pequenos ganhos, com os agentes aguardando o discurso da presidente do Fed, pouco antes do final do pregão. Mais uma vez, a fala foi considerada “dovish” (amena) pelos agentes.

No final do pregão, a presidente do Federal Reserve (o Banco Central norte-americano), Janet Yellen discursou, citando, entre outras afirmações, que: antes de subir os juros precisa estar confiante que a inflação segue para a meta de 2%; a trajetória esperada é mais importante do que a data da primeira elevação; a economia deve se expandir acima do PIB potencial; a recuperação do mercado de trabalho tem sido substancial e provavelmente prosseguirão; a elevação de salários permanece limitada, mas, perspectiva é incerta; os mercados estão mais pessimistas que os dirigentes do órgão; e ainda ressaltou que “como a maioria dos meus colegas, eu acredito que o momento apropriado ainda não chegou, mas espero que as condições possam garantir um aumento da meta dos Fed Funds em algum momento deste ano”.

No câmbio, a cotação do dólar comercial fechou em alta de 1,55%, a R$ 3,241 na venda. Com isso, a moeda norte-americana encerra a semana com valorização de 0,32%. No mês, acumula alta de 13,46% e, no ano, ganhos de 21,88%.

Segundo informações de mercado, os investidores acompanharam a divulgação de dados da economia brasileira. O PIB (Produto Interno Bruto) cresceu 0,1% em 2014, o pior resultado em cinco anos, desde 2009, auge da crise global. Outros números também estão ruins, como o investimento, que registrou o pior resultado desde 1999. Além disso, números fracos sobre os Estados Unidos e declarações cautelosas do Federal Reserve levaram o dólar a perder força. Mas o alívio durou pouco, com o anúncio de que o Banco Central brasileiro não renovará seu programa de intervenção diária no mercado de câmbio.

A autoridade monetária brasileira manteve seu programa de intervenções no mercado de câmbio nesta sessão. Ao todo, foram vendidos 2 mil contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futura de dólares), todos com vencimento em 1º de dezembro de 2015. Também foram oferecidos swaps para 1º de março de 2016, mas não vendeu nenhum.

O BC também realizou mais um leilão para a rolagem dos contratos que vencem em 1º de abril. Foram vendidos 7,4 mil swaps: 500 para 1º de junho de 2016 e 6,9 mil com vencimento em 3 de outubro do ano que vem, em operação que movimentou o equivalente a US$ 351,5 milhões.

Na segunda-feira, os analistas aguardam a publicação do IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) e a publicação do relatório Focus. No setor externo, destaque para os números de confiança do consumidor na zona do euro; gasto pessoal, vendas pendentes de moradias e sondagem industrial nos Estados Unidos.

 

(Com Reuters)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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