Bolsa fecha em queda de 1,84%, mas termina o mês com ganho de 5,01%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O mercado brasileiro sentiu o impacto do aumento da aversão ao risco e encerrou o dia com sua quinta desvalorização consecutiva. Apesar disso, o índice do mês conseguiu encerrar em patamares favoráveis.

O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) encerrou as operações de quinta-feira em queda de 1,84%, aos 55.829 pontos e com um volume negociado de R$ 7,080 bilhões. Com isso, a operação fechou o mês com um ganho acumulado de 5,01%, enquanto a valorização ao longo de 2014 chegou a 8,29%.

As operações do dia sentiram a pressão gerada pelo movimento de realização de lucros, principalmente após as informações envolvendo o chamado default seletivo anunciado pela Argentina (o prazo para um acordo com os credores da dívida do país se encerrou nesta quarta (30)), baixa inflação da zona do euro, balanços europeus e a divulgação de indicadores econômicos norte-americanos um pouco mais fracos e o resultado fiscal abaixo das expectativas no Brasil. Os balanços corporativos divulgados também não ajudaram o humor dos analistas – por exemplo: a divulgação de dados abaixo das expectativas pela Ambev fez com que seu papel, o de quarto maior peso na composição do Ibovespa, fechasse em queda de 4,32%.

Quanto ao dólar, a cotação comercial fechou em alta pelo terceiro dia seguido, com avanço de 1,21%, a R$ 2,267 na venda, seu maior valor de fechamento em quase dois meses. Com isso, o dólar acumulou valorização de 2,71% em julho. Os investidores mostraram-se pessimistas com o calote da Argentina, com os novos pedidos de seguro-desemprego no país – que somaram 302 mil na semana terminada em 25 de julho, abaixo da estimativa de alguns economistas. Tal melhora é mais um fator de composição em um cenário futuro para a alta de juros nos Estados Unidos, algo que não é bem visto pelos investidores brasileiros diante da possível fuga de recursos.

No contexto brasileiro, o Banco Central não realizou o leilão de rolagem dos contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futura de dólares) que vencem na sexta-feira (1º), mas manteve seu programa de intervenções diárias com a venda de 4 mil contratos de swap cambial, sendo 3 mil com vencimento em 2 de fevereiro de 2015 e 1 mil para 1º de junho de 2015. A operação movimentou o equivalente a US$ 198,5 milhões.

O BC também vendeu ofertas nos dois leilões de até US$ 2,25 bilhões com compromisso de recompra em 5 de janeiro e 3 de fevereiro de 2015. O montante ofertado correspondeu exatamente ao que ainda estava para ser recomprado, segundo dados do BC.

A agenda macroeconômica será especialmente movimentada no Brasil, diante da publicação dos dados de produção industrial de junho (e do primeiro semestre), balança comercial referente ao mês de julho, do PMI (índice dos gerentes de compras) do setor de manufatura e do IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal). No setor externo, aguarda-se a publicação do índice de confiança da Universidade de Michigan, PMI do setor de manufatura e o payroll (dados de mercado de trabalho) nos Estados Unidos, além do PMI para manufatura na Alemanha, França e zona do euro. Na temporada de balanços, aguardam-se os dados de ABC Brasil, Copasa e Vanguarda Agro.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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