Bolsa inicia operações de março em queda de 1,09%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A bolsa começou o mês de março em ritmo de realização de lucros, puxada pelas duas ações mais líquidas do índice. O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) terminou as operações do dia em queda de 1,09%, aos 51.020 pontos e com um volume negociado de R$ 5,286 bilhões.

Uma parte dos investidores aproveitou o dia para realizar lucros e vender suas ações por um preço mais alto – uma vez que a valorização acumulada pela Bovespa em fevereiro se aproximou dos 10%. A queda foi puxada pela desaceleração das ações da Vale e da Petrobras, que têm grande peso sobre o Ibovespa. As ações ordinárias da Vale (VALE3) perderam 3,25%, a R$ 20,56, enquanto os papéis preferenciais (VALE5), com prioridade na distribuição de dividendos, caíram 3,13%, a R$ 17,93.

No caso das ações da Petrobras, os papéis ordinários (PETR3) perderam 2,11%, a R$ 9,28. Os papéis preferenciais da petroleira (PETR4) recuaram 1,78%, a R$ 9,40. No caso dos papéis da estatal, também houve o impacto de especulações envolvendo a retirada do grau de investimento da estatal por parte da agência de classificação de risco Fitch Ratings. O setor elétrico também perdeu força ao longo do dia, enquanto o mercado acompanha as notícias sobre chuvas e ajustes nas tarifas.

No câmbio, a cotação do dólar comercial fechou em alta de 1,37%, a R$ 2,895 na venda – o maior valor de fechamento desde 15 de setembro de 2004. Os investidores acompanharam a possibilidade de o Banco Central enxugar quase US$ 2,2 bilhões do mercado de câmbio, caso a autoridade monetária não efetue a rolagem de todos os contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro) que vencem no começo de abril.

A autoridade monetária vinha rolando praticamente todos os contratos desde dezembro, deixando mais dólares em circulação no mercado. Contudo, após o fechamento das negociações na sexta-feira, o BC sinalizou que diminuir o volume da rolagem dos contratos com vencimento em abril. Com isso, o mercado acredita que deve haver mudança.

Enquanto isso, O BC manteve seu programa de intervenções no mercado de câmbio, com a venda de 2 mil contratos de swap cambial tradicional – sendo 1.300 com vencimento em 1º de dezembro deste ano, e os outros 700 para 1º de fevereiro do ano que vem. Também foram rolados outros 7,4 mil contratos: 3 mil com vencimento em 1º de abril de 2016, e 4,4 mil para 1º de junho do ano que vem.

A agenda de terça-feira será totalmente concentrada no setor externo, com a divulgação de dados de vendas de veículos nos Estados Unidos, vendas no varejo na Alemanha e o PMI (índice dos gerentes de compras) composto e de serviços na China.

 

(Com Reuters e Valor Econômico)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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