Bolsa retoma 52 mil pontos e fecha em alta de 2,52%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A bolsa brasileira fechou o dia retomando o patamar dos 52 mil pontos, em um dia marcado pela divulgação de balanços importantes para o índice e pela repercussão da surpreendente decisão do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central).

O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) terminou as operações de quinta-feira em alta de 2,52%, aos 52.336 pontos e com um volume negociado de R$ 13,047 bilhões. Com isso, o índice passa a acumular ganho semanal de 0,76%, mas ainda perde 3,29% no mês, 1,61% no ano e 3,39% em 12 meses. No índice, os setores com melhores desempenhos foram Bancos; Petróleo/Petroquímico; Holding Financeira; e Agronegócios.

O destaque do dia ficou com a decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), que aumentou a taxa básica de juros do país para 11,25% ao ano, contrariando o consenso de mercado que indicava a manutenção do indicador em 11% – em um indicativo que foi interpretado pelos mercados como um sinal de disposição das autoridades em alterar a política econômica no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. O índice oficial da bolsa abriu em alta e manteve-se assim ao longo de todo o dia, ficando descolado dos indicadores internacionais, principalmente nos Estados Unidos.

“Em verdade, o índice doméstico tem estado volátil, alternando um dia de baixa contra outro subsequente de alta, desde a quinta-feira da semana passada (23/out)”, diz o BB Investimentos, em relatório. “A indefinição se deve a chamada “acumulação”, com os agentes em “compasso de espera”, aguardando notícias, tanto domésticas, como externas e balanços, podendo tanto ter formado um fundo e ascender, como ter feito um teto e distribuir”.

As operações também foram afetadas pela publicação de resultados de empresas como Bradesco e Vale, assim como pelas especulações em torno de um reajuste de preços por parte da Petrobras e a oferta de permuta de units do Santander Brasil por recibos de ações do controlador – fator que ajudou a impulsionar o volume de negociações durante o dia.

O ajuste dos juros também ajudou o dólar a encerrar o dia com seu maior recuo em mais de um ano. A moeda norte-americana caiu 2,45%, fechando em R$ 2,408 para venda. A cotação alcançou o menor valor desde o dia 14, quando tinha encerrado em R$ 2,401. O aumento da taxa Selic afetou o dólar porque amplia a diferença das taxas brasileiras em relação aos Estados Unidos e torna o Brasil mais atrativo para os aplicadores internacionais.

Nos últimos meses, as tensões associadas ao cenário internacional e às eleições presidenciais fizeram o dólar disparar. No exterior, o Federal Reserve (Fed), Banco Central norte-americano, reduziu os estímulos monetários à maior economia do planeta, fazendo o dólar disparar em todo o mundo. Na última quarta-feira (29), o Fed encerrou as injeções de dólares na economia mundial.

As atuações do Banco Central no mercado de câmbio também afetaram o desempenho das operações. A autoridade monetária manteve seu programa de intervenções diárias, com a venda dos 4 mil novos contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futura de dólares) ofertados. Deles, 3 mil têm vencimento em 1º de junho de 2015 e os outros 1 mil são para 1º de setembro do próximo ano.

O BC também efetuou um leilão de rolagem dos contratos com vencimento para o próximo dia 03 de novembro. Foram negociados 8 mil swaps com vencimento 1º de dezembro de 2015, em operação que movimentou o equivalente a US$ 392,1 milhões. Também foram ofertados contratos para 1º de outubro de 2015, mas nenhum foi vendido.

Para sexta-feira, o mercado aguarda a publicação do índice de preços ao produtor e o resultado nominal (relação dívida/PIB) a ser divulgado pelo Banco Central. No exterior, foco para o índice de preços ao produtor e os dados de confiança nos Estados Unidos, além das vendas no varejo da Alemanha, a taxa de desemprego na zona do euro e os dados do PMI (índice dos gerentes de compras) do setor de manufatura na China.

Na temporada brasileira de balanços, a expectativa fica em torno dos dados a serem divulgados pela Ambev, além da repercussão dos números publicados após o fechamento da sessão.

 

(com Reuters e Agência Brasil)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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