Bolsa segue setor externo e fecha em alta de 1,13%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A bolsa brasileira acompanhou a movimentação do setor externo e fechou as operações do dia em patamar positivo: o Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) terminou em alta de 1,13%, aos 54.236 pontos e com um volume negociado de R$ 6,630 bilhões. Com isso, o índice doméstico acumula quedas de -0,26% na semana e de -3,54% no mês, e ganhos de 8,46% no ano e de 3,95 em 12 meses. No índice, os setores com melhores performances foram bancos, agronegócios, petróleo/petroquímico; e holding financeira.

“O Ibovespa movimentou-se, desde sua abertura até parte da tarde, a maior parte do tempo com pequena baixa, mas, sempre tentando retomar a alta. Assim, pouco depois das 14h, o índice recuperou-se e avançou definitivamente em ascensão, apoiado primordialmente na reversão positiva dos papéis da Petrobras e do setor de bancos, sinalizando ingresso de capital externo”, dizem os analistas Nataniel Cezimbra e Hamilton Moreira Alves, do BB Investimentos, em relatório. “Hoje, uma perspectiva melhor em relação ao cenário doméstico futuro foi considerado pelos agentes o motivador dos ganhos do dia. Um otimismo maior no cenário externo também fortaleceu”.

Um dos destaques do dia ficou com as ações da Eletrobras, devido às declarações do ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, quanto à possibilidade de privatização de distribuidoras de energia da estatal. Os papéis preferenciais da Eletrobras (ELET6), com prioridade na distribuição de dividendos, ganharam 6,27%, a R$ 10. Os ordinários (ELET3), com direito a voto em assembleia, avançaram 4,81%, a R$ 6,97. As ações da Petrobras também avançaram no dia: as preferenciais (PETR4) fecharam com ganhos de 1,29%, a R$ 12,55, e as ordinárias (PETR3) subiram 1,20%, a R$ 13,52.

No Brasil, o Banco Central informou que o total de crédito do sistema financeiro variou +0,07% em abril, para R$ 3,061 trilhões (54,5% do PIB), versus R$ 3,059 trilhões em março (54,8% do PIB), variando +0,6% para pessoas físicas e -0,4% para

pessoas jurídicas. A taxa média de juros no crédito total, com recursos livres e direcionados, aumentou para 26,4% ao ano em abril, versus 25,9% ao ano em março. A inadimplência em operações com atrasos superiores a noventa dias subiu a 3%, com um acréscimo de 0,2 ponto percentual no mês e de 0,1 ponto percentual em 12 meses.

Quanto ao câmbio, a cotação do dólar comercial fechou quase estável, com leve queda de 0,15%, a R$ 3,145 na venda, depois de avançar mais de 1% e passar de R$ 3,18 ao longo do dia. Em linhas gerais, os investidores aguardavam as votações, pelo Senado, das medidas provisórias do ajuste fiscal, para reequilibrar as contas públicas, que devem acontecer até sexta-feira. Na última terça-feira, após o fechamento dos mercados, o Senado aprovou uma das medidas, que restringe o acesso a benefícios trabalhistas.

Os agentes também acompanharam os rumores quanto a divergências entre o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, sobre o pacote de ajuste fiscal. Contudo, a presidente Dilma Rousseff disse que não há conflitos entre os dois ministros e que deseja concluir a votação do ajuste o mais rápido possível. Com relação ao cenário externo, segue a expectativa de que o Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), comece a aumentar as taxas de juros por lá.

Além disso, o Banco Central brasileiro efetuou a venda da oferta total de até 8,1 mil contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futura de dólares) no leilão de rolagem.

Para quinta-feira, os analistas esperam a publicação do IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), resultado primário do governo central e os índice de preços ao produtor (PPI) no Brasil. No setor externo, o destaque fica com os novos pedidos de seguro-desemprego e vendas de casas pendentes nos Estados Unidos; o PIB (Produto Interno Bruto) na Grã-Bretanha; confiança na economia da zona do euro; taxa de desemprego, produção industrial e índice de preços ao consumidor no Japão.

 

 

(Com Reuters)

 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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