Briga por verba reflete a briga contra Dilma na PF, por Marcelo Auler

Do blog de Marcelo Auler

Briga por verba reflete a briga contra Dilma na PF

A chiadeira dos delegados federais na suposta defesa do orçamento da instituição para 2016 na verdade esconde um jogo político grande e acirrado. Há de tudo um pouco, mas o principal mote de muitas das reclamações, em especial de um grupo cujo tamanho não é possível ainda mensurar, é a briga política contra o governo de Dilma Rousseff, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, Lula e o Partido dos Trabalhadores.

 

Em 15 de março, um grupo de delegados federais já demonstrava o desrespeito com a presidente e a falta de comando e liderança no DPF.

Logo, se constata que o que existe é uma briga política, pois muitas das críticas partem de pessoas as quais, embora se apresentem como defensoras da instituição, no fundo estão fazendo campanha política com interesses variados. Algumas delas, campanha direta contra o governo.

Basta verificar várias postagens que circularam durante 2014 e 2015 no Facebook dos delegados de Polícia Federal,como a da foto ao lado, que rola na rede social desde março passado, bem antes de se saber do corte orçamentário

POstagem feita

Até hoje, como declarou Cardozo na quarta-feira (06/01), não faltaram recursos. Por isso, ele cobra do superintendente do Paraná, Rossalvo Ferreira Franco, explicações sobre o pedido de verba extra feito ao juiz Sérgio Moro para compras de peças de carro e pagamento da luz.

O pedido pode ter sido indevido, com base no Manual de Bens Apreendidos, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), conforme mostrou Fernando Brito em A “doação” de Moro para a PF: “embora não seja apropriado”?, no blog Tijolaço.com.br. Ele foi além e descobriu que apesar de requisitar R$ 172 mil ao juiz, a SR/DPF/PR dispunha de verba orçamentária, duas vezes maior – R$ 409 mil -, para estas despesas. Isto Brito mostrou na reportagem Dr. Moro, desculpe, erramos. Não eram R$ 202 mil em peças para carros da PF , eram R$ 409 mil. Leia mais →

 

Redação

23 Comentários

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  1. Esse pedido de verba e

    Esse pedido de verba e liberação de recursos por parte do Moro fazem parte da guerra da República da Lava-Jato contra o Governo Federal e o PT.

    Esse factóide nada mais foi que munição para os revoltadinhos online viralisassem suas famigeradas desinformações, funcionando como viagra para as próximas manifestações coxinhas.

    O que ficou evidente neste caso:

    – A total falta de comando por parte do ministro da Justiça e do Governo Federal, sendo que este parece temer a PF.

    – Moro faz o que quer, está acima de qualquer lei – seguramente é um dos homens mais poderosos do Brasil.

    – Covardia ou conivência imperam no aparato estatal.

    – A pergunta está no ar: a quem atende a República da Lava Jato?

  2. Só tonto não percebe que a

    Só tonto não percebe que a Polícia Federal é recheada de militantes do PSDB. Babacas disfarçados de bons meninos.

  3.  
    ALÔ ALÔ

     

    ALÔ ALÔ CONTROLADORIA/OUVIDORIA DA POLÍCIA FEDERAL, quem investiga os delitos perpetrados pelos agentes dessa corporação?
    Entenda

    Dias atrás um sujeito me falou, em uma fila de um caixa numa agência da CEF:
    “Eu tenho amigos na Polícia Federal, e eles me disseram que quando o José Dirceu estava solto, era ele quem mandava no governo. O Lula chegava para trabalhar no Palácio do Planalto às 10h00, e bêbado!”
    Eu retruquei:
    “Mentira! Mentira! Os seus amigos da PF são mentirosos! E saiba, existe uma ala Tucana incrustada criminosamente na aludida corporação!”

    No último final de semana foi a vez de outro desavisado:
    “Eu sou da Polícia Militar, e conheço um delegado da Polícia Federal, que me disse: o governo dificulta as nossas ações, não permite que nós realizemos as nossas tarefas. Este governo restringe as atividades da PF.”
    Eu argumentei:
    “MENTIRA!
    Esse seu amigo delegado da PF é MENTIROSO! Nunca na história deste país a PF teve tanta autonomia e liberdade para exercer as suas atribuições…”

    Rescaldo:
    ALÔ ALÔ CONTROLADORIA/OUVIDORIA DA POLÍCIA FEDERAL, quem investiga os delitos perpetrados pelos agentes dessa corporação?

  4. Se um orgão da administração

    Se um orgão da administração direta, hierarquicamente subordinado a um Ministerio que é indicado pela Presidencia,

    sendo esse orgão um poder armado e com licença para prender cidadãos, não há “campanha contra o Governo” há si uma situação de sedição, conhecida como MOTIM, todavia plenamente tolerada por esse Governo

    1. Manda e demite quem paga as contas, certo??

      André, esse orgão da administração direta é hierarquicamente subordinado a quem paga as contas – Os Estados Unidos da América do Norte.

      Carlos Costa por três anos no governo Fernando Henrique e dez meses no governo Lula comandou o FBI no Brasil, e na embaixada dos Estados Unidos acompanhou ações dos colegas da Drug Enforcement Administration (DEA), Central Intelligence Agency (CIA), US Customs, NAS e outros “Serviços”, como se autodenominam os agentes secretos, começa por dizer, sem meias palavras:”— A vossa Polícia Federal é nossa, trabalha para nós há anos. […] Foi comprada por alguns milhões de dólares. […] Os Estados Unidos compraram a Polícia Federal… quem paga dá as ordens…”[ em entrevista á Revista Carta Capital – reproduçao em http://www.blogdobolche.blogspot.com.br/2016/01/policia-federal-brasileira-recebe.html

      Carlos Alberto Costa: Fiquei quatro anos na chefia do FBI aqui no Brasil. Os primeiros três no governo passado, do Fernando Henrique, e só dez meses no governo atual. Até me admirei com o governo atual, que no cenário internacional tem tomado claras atitudes pró-Brasil e pró-independência diante dos Estados Unidos, mas, pelo que sei, não creio que o governo tenha noção do quanto a sua Polícia Federal está infiltrada por nós há anos, o quanto depende de nós. Porque não tem autonomia na prática, não tem recursos.

      Carta Capital: Operações como essas, cotidianas no Brasil, se acontecem nos EUA, o que seria dos policiais norte-americanos envolvidos?Carlos Alberto Costa: Nunca aconteceria. Se acontecesse, iriam todos para a prisão, de cima a baixo.Carta Capital: Cadeia para o secretário de Justiça?Carlos Alberto Costa: Para todos, inclusive para o diretor do FBI. Por quê? Porque isso é uma violação à soberania. EA A ABIN?? “A ABIN SE EXPÕE, ELA SE PROSTITUI”, diz o chefe do FBI Carlos Costa, que chefiou o FBI no Brasil por quatro anos, fala sobre como os EUA “compraram a Polícia Federal” e como a “ABIN se prostitui…”. Uma das contas bancárias secretas utilizadas para receber o mensalão é a de número 284002-2, na agência 3476-2 do Banco do Brasil, em Brasília. O valor do mensalão depende do cargo que o indivíduo ocupa (delegado, etc.), mas em média gira em torno de 800 dólares por mês por cabeça. O dinheirinho “doado” por Moro para “ajudar” a PF veio exatamente da onde??? Bonzinho ele, ne???[…] O ex-chefe do FBI pagava as contas, da mesma forma que, revela ele em estarrecedoras páginas adiante, a US Customs, DEA, NAS, CIA, outros “Serviços” e o próprio FBI pagam contas das polícias do Brasil.” […] O Estado brasileiro? Assistiu, assiste, como se tudo corresse na maior normalidade. É preciso cortar gastos, con-tingenciar. Então, que mal há se os Estados Unidos, em troca de acesso total e controle, “doam” alguns milhões de dólares para as polícias e instituições verde-amarelas a cada ano?Sensacional. O Brasil é um puteiro mesmo !!

  5. O CULPADO É O GOVERNO FEDERAL

    por não exercer sua Autoriade.

       Funcionários Públicos da Polícia Federal já cometeram muitas irregularidades e até crimes, portanto, já deveriam até ter sidos demitidos a bem do serviço público.

  6. É um governo desgovernado.

    É um governo desgovernado. Literalmente sem rumo e sem comando.  Essas postagens de delegados difamando a presidente com imagens e frases é de  arrepiar. E o pior,  sem nenhuma providencia punitiva por parte da chefia. Isso daria demisão em qualquer país civilizado. 

    Sinceramente, Dilma e o Ze da justiça se merecem. Não fazer nada sobre isso tudo é porque consentem.

    Como essa esquerda é burra quando está no poder. Se com a esquerda no poder esses delegados fazem isso, imagina com o psdb no poder. Vai ser o fim dessa turma toda, e um fim triste, provalvelmente todos encarcerados sob os aplausos da direita e dos jornais.

    A policia federal está ditanto as regras das investigações no país, com uma parcialidade que faz corar até os opositores.

    1. Caro Atenir, ponha esse

      Caro Atenir, ponha esse absurdo na conta exclusiva de Dona Dilma, e não de toda esquerda. A incompetência da presidenta nada tem a ver com ideologia, é incompetência pura e simples. E nem responsabilizo o Cadoso, pois ele está lá porque ela quer. Se o técnico da seleção escalasse o Obina de centroavante de quem seria a culpa? 

       

  7. Zé, você deve ao seu país!

    Já sabemos, todos, desde há muito tempo, que, em diversos setores da Administração Pública e do Judiciário, há grupos que priorizam uma disputa política em detrimento de sua ação profissional.

    Sabemos agora que o que desconfiávamos é verdadeiro. O corte de 13% no orçamento da Polícia Federal não faria faltarem peças ou combustíveis para seus veículos e não causaria danos ao desenvolvimento da operação Lava Jato.

    Está agora demonstrada a natureza politiqueira, tanto da gritaria dos delegados quanto da resposta do juiz Moro.

    O que não sabemos é a razão pela qual o Zé não passa de uma “cobrança de explicações”. Zé, você deve muito mais ao seu país do que este joguinho de esconde-esconde atrás das argumentações republicanas. Você deve ao seu país, entre outras, a recondução ao trilho estritamente profissional das ações da nossa Polícia Federal.

  8. Numerologia e Neurolinguística
    Na Antiguidade, as letras recebiam um valor numérico correspondente, daí o significado existente e decifrado em cada nome.  A Numerologia foi desenvolvida pelo matemático grego Pitágoras que relacionava cada número a um princípio universal, assim podendo proporcionar uma melhor compreensão do comportamento humano e do auto-conhecimento. http://www.sonhosbr.com.br/nomes/judas/  No nome, há um significado imutável, cartesiano como no link acima, e há um significado mutável e relativístico, no caso do Dr. delegado, o significado mutável é negativo, pois DIFICILMENTE o Judas bíblico, e toda a sorte de assemelhados, como os golpistas dissimulados, os que atacam pelas costas, traidores, delatores, X-9s etc, são bem vistos por pessoas que prezam a a democracia. O Dr. Judas, como delegado da PF, está traindo a NOSSA democracia republicana, ele está ofendendo grosseiramente a própria chefe e a nós todos. A direta racista tem todo o dinheiro do mundo e está usando todos esses dólares para promover e suportar a guerra por petróleo e contra os morenos e/ou muçulmanos.     

  9. A Dilma também, vou te contar

    A Dilma também, vou te contar !!!

    Está abusando da paciência dos 54 milhões de eleitores.

    É reforma da previdência em momento inoportuno, ministro da justiça que não é justo …

    Paciência tem limite !

  10. A parcimônia deste escriba

    A parcimônia deste escriba nos comentários, apesar da leitura diária das matérias do GGN, se justifica dado o cuidado para não ficar se repetindo com relação a certos temas tal qual este envolvendo as relações Governo Central e a Policia Federal. Relações que, admitamos, há tempos deixou de ser de SUBORDINAÇÃO para se converter em sedição. Daí porque a responsabilidade maior de dar um basta definitivo nesse processo no qual os dois pilares básicos em que se sustentam – a hierarquia e a disciplina – ou que deveriam se sustentar, essas relações, é do subordinante e de mais ninguém.

    Tal juízo desconhece, propositadamente, as razões, as motivações, os princípios, envolvidos, bem como a importância no contexto geral das instituições da República de uma Polícia Judiciária sólida, respeitada e admirada. Tudo isso se torna secundário quando está em jogo a questão da autoridade legitimada. Negocia-se, a princípio, tudo, menos esse princípio. Se os integrantes – no todo ou em parte – da Polícia Federal querem ser ouvidos que então o façam sem abdicar do indeclinável respeito a seus superiores hierárquicos que, independentemente de partidos ou das ideologias que militam ou professam, representam as instituições do país até o último dia dos seus mandatos. 

    Um dos chavões dos muitos verberados nesses últimos anos é a tal da autonomia operacional de determinadas instituições dadas as suas naturezas político-jurídicas serem intrinsecamente de Estado, ou seja, podem e devem funcionar à margem ou mesmo contra governos detentores de mandatos e mais comprometidos com o imediato, o passageiro, do que com a perpetuidade de certos valores e princípios que justificam o Estado. A vingar tais percepções adentraríamos no reino da plena anarquia. Aliás, o próprio Estado implodiria.

    A bem da verdade, o uso do termo “autonomia” é inadequado. Autonomia é uma prerrogativa de todas as instituições públicas dado que funcionam e se regem por leis e regulamentos próprios e não dependem de governantes de ocasião para o cumprimento do mister. A Polícia não necessita de ordem ou orientação de ninguém para prender e autuar delinquentes; as universidades públicas tem autonomia para gerir seus processos internos sem a interveniência de terceiros; o Itamaraty executa políticas e ações de caráter permanente e indiferentes às cores partidárias de quem chefia o Poder Executivo. E os exemplos por aí seguem, 

    Na realidade, o que se esconde por trás desse biombo é a instrumentalização política pura e simples das instituições. Se o governo aparelha, o que não deixa de ser parcialmente verdade, a oposição política coopta através de discursos e narrativas irresponsáveis tão ou mais danosas que o aparelhamento. Oposição política lato sensu. Arguem autonomia quando na realidade propugnam mesmo é independência. 

     

     

     

  11. A imagem diz tudo

    A pergunta que, necessariamente, deve ser feita é: suposto Ministro da Justiça, Senhora Presidente, qual o grau de Republicanismo de uma Polícia Federal que se dá o desfrute de postar essa imagem nas redes sociais? Falar em Republicanismo diante desse grau de insubordinação e desrespeito não faz o menor sentido, é um completo absurdo. Tolerar esse tipo de desrespeito não é resiliência ou estoicismo, é não saber exercer o poder que foi atribuído pelo povo. 

  12. A PF do Ze da Dilma

    Ze Cardoso se “acovardou” e Dilma nao lembra que ele é Ministro. A baderna da direita dentro do governo ta enorme. Dilma escreve na Folha, da entrevista na Globo malhando o PT.

    E a gente vai pra rua grita Fica Dilma….Que o carnaval nos salve, por uns dias!

  13. Moro está juntinho com a PF,

    Moro está juntinho com a PF, daí a seletividade nas denúncias, sempre começando pelos abusos da corporação militar, e sempre, sempre, contra petistas. Quando o assunto envolve Aécio por exemplo, não tempolícia, Moro, e nem mesmo PGR para ir adiante. Portanto: tá tudo junto e misturado contra o governo e o PT.

  14. Paixão X Amor

    O caso de Dilma com cardozo é um caso de paixão, não de amor, por que se fosse amor, haveria renúncia, renúncia para o bem da outra ou do outro, mas na paixão não, não há recuo, de nada se abre, é só entrega e exigencias mútuas, não importando o que pensam terceiros, por mais próximos que estejam de ambos, qualquer conselho que se dê para contneção dos impetos se tornam uma ofensa e o conselheiro um inimigo.

    A paixão é uma doença, das mais terríveis, alem de péssima conselheira.

    A presidenta tomou-se de paixão política, espero, pelo seu “ministro”…

    Que se há de fazer?

    Eu joguei a toalha com relação a essa relação.

     

  15. Tem coragem de ler o que está abaixo? Leia entao..

    A questao é uma só: “manda quem paga a conta”. Nao é melhor encarar de frente e entender de uma vez por todas o que todos nós já sabíamos ou suspeitávamos? A questao é uma só: como vamos mudar a situaçao denunciada em entrevista[leia abaixo] à revista Carta Capital, Edição 283, de 24/03/2004, sob o título “A HORA DA AUTÓPSIA” ??. Voce nao leu ou sabe nada dessa entrevista, entao leia abaixo ou acesse o link de um dos blogs que republicou esta ediçao da revista. Passou da hora do brasileiro alegar que nao sabe ou sabia de nada. A entrevista é longa entao vou citar só alguns trechos[grifos no texto sao todos meus]. Querendo ler na íntegra, acesse o link abaixo.[lá tem fotos que corroboram a importancia e autenticidade da identidade do entrevistado etc..] – http://www.blogdobolche.blogspot.com.br/2016/01/policia-federal-brasileira-recebe.html

    “— A vossa Polícia Federal é nossa, trabalha para nós há anos. […] Foi comprada por alguns milhões de dólares. […] Os Estados Unidos compraram a Polícia Federal… quem paga dá as ordens…”, disse Carlos Costa, que chefiou o FBI no Brasil por quatro anos no governo FHC e 10 meses durante o governo Lula. Ele fala sobre como os EUA “compraram a Polícia Federal” e como a “ABIN se prostitui…”. Uma das contas bancárias secretas utilizadas para receber o mensalão é[era na époc] a de número 284002-2, na agência 3476-2 do Banco do Brasil, em Brasília. O valor do mensalão depende do cargo que o indivíduo ocupa (delegado, etc.), mas em média gira em torno de 800 dólares por mês por cabeça. 

    A HORA DA AUTÓPSIA[TRECHOS]

    Carlos Costa, que chefiou o FBI no Brasil por quatro anos, fala sobre ordens dos Estados Unidos para “monitorar” o País e relata: como os EUA “compraram a Polícia Federal”, o terrorismo, o atentado tramado na Tríplice Fronteira, a bomba atômica que planejavam detonar em Washington…Por BOB FERNANDES  NO BRASIL E NO MUNDO, O FBI & CiaProcurado por Carta Capital […] Em 2001, num jantar no restaurante Antiquarius, em São Paulo, marcado a seu convite e com uma testemunha, Carlos assim se apresentou:— Sou o chefe do FBI aqui. Sei o que você tem escrito sobre os nossos serviços secretos no Brasil, mas saiba que estamos aqui oficialmente e não vamos agir à margem da lei…As leis no Brasil, como veremos na devastadora entrevista que se segue, tornam-se inacreditavelmente elásticas, complacentes, a partir da ação, ou omissão, por vezes criminosa, do próprio Estado.Em 16 de dezembro último, procurado por Carta Capital, Carlos concedeu a primeira de uma série de entrevistas que totalizam oito horas, a se contarem apenas as gravações, feitas em São Paulo, Salvador e Brasília.Ele, que por três anos no governo Fernando Henrique e dez meses no governo Lula comandou o FBI, e na embaixada dos Estados Unidos acompanhou ações dos colegas da Drug Enforcement Administration (DEA), Central Intelligence Agency (CIA), US Customs, NAS e outros “Serviços”, como se autodenominam os agentes secretos, começa por dizer, sem meias palavras:— A vossa Polícia Federal é nossa, trabalha para nós há anos. […] Foi comprada por alguns milhões de dólares. […] Os Estados Unidos compraram a Polícia Federal… quem paga dá as ordens… […] No Brasil, ao rastrear ações dos serviços secretos dos Estados Unidos ao longo dos últimos anos, Carta Capítal deparou-se com a movimentação do então chefe do FBI em reluzentes palácios e salões.Como se vê em foto na página ao lado[ver acessando o link], Carlos Costa esteve na sala do presidente da República – ao menos quando lá se encontrava, interinamente, o então presidente do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio de Mello.No Distrito Federal, Rio de Janeiro, Bahia, Santa Catarina, São Paulo, Amazonas, Paraná… País afora o chefe do FBI avistava-se com governadores, ministros, secretários de Estado, comandantes de polícias militares, secretários de Segurança Pública. Treinou centenas de homens, mandou dezenas deles aos Estados Unidos, à sede do FBI, levou Anthony Garotinho – único político brasileiro – à posse de Bush Júnior.O ex-chefe do FBI pagava as contas, da mesma forma que, revela ele em estarrecedoras páginas adiante, a US Customs, DEA, NAS, CIA, outros “Serviços” e o próprio FBI pagam contas das polícias do Brasil.[grifos meus]Direto como pode ser um norte-americano, Carlos Costa relata: a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) é uma “pedinte”, e não apenas dos Estados Unidos.O Estado brasileiro? Assistiu, assiste, como se tudo corresse na maior normalidade. É preciso cortar gastos, con-tingenciar. Então, que mal há se os Estados Unidos, em troca de acesso total e controle, “doam” alguns milhões de dólares para as polícias e instituições verde-amarelas a cada ano?[grifos meus]— E depois vocês querem ser levados a sério? -, pergunta e responde ao mesmo tempo o ex-chefe do FBI.[…]Carta Capital: O Estado brasileiro não controla os agentes estrangeiros?Carlos Alberto Costa: Não controla. Porque quem paga é quem dá as ordens. Os Estados Unidos pagam, eles dão as ordens nos setores que lhe são vitais. Os seus governos não querem uma polícia independente, autônoma, bem paga e bem treinada, porque temem que o feitiço se volte contra o feiticeiro. É óbvio que qualquer polícia federal em qualquer país tem que buscar ser a política. Num cenário como o vosso, se instala um nível de corrupção ao qual temos de dar completa atenção. Mas mesmo assim tenho um grande respeito pela instituição da Polícia Federal. Tem bons delegados e agentes, o problema é de falta de autonomia. E que quero fazer uma ressalva…]Carta Capital: Faça sua ressalva.Carlos Alberto Costa: Fiquei quatro anos na chefia do FBI aqui no Brasil. Os primeiros três no governo passado, do Fernando Henrique, e só dez meses no governo atual. Até me admirei com o governo atual, que no cenário internacional tem tomado claras atitudes pró-Brasil e pró-independência diante dos Estados Unidos, mas, pelo que sei, não creio que o governo tenha noção do quanto a sua Polícia Federal está infiltrada por nós há anos, o quanto depende de nós. Porque não tem autonomia na prática, não tem recursos.[…] Casado com uma brasileira, pai de um filho brasileiro, o homem que chefiou o FBI no Brasil por quatro anos, depois de 22 anos como agente secreto, abre a alma para poder conseguir mudar de vida. Se assim o “Animal” que ele tão bem conhece – os “Serviços” – o permitir. Será uma longa, árdua e perigosíssima batalha.[…] Carta Capital: Você chefiou o FBI no Brasil? Por quanto tempo? Carlos Alberto Costa: Chefiei o FBI no Brasil. Por quatro anos, até quase o final do ano.Carta Capital: Como eram, são, as relações dos serviços secretos dos Estados Unidos com as polícias do Brasil?Carlos Alberto Costa: Você se refere à polícia de vocês ou à comprada por nós?Carta Capital: Comprada?Carlos Alberto Costa: Sim, comprada. Nossas agências doam milhões de dólares por ano para a Polícia Federal, há anos, para operações vitais. No ano passado, a DEA doou uns US$ 5 milhões, a NAS (divisão de narcóticos do Departamento de Estado), também narcóticos, uns US$ 3 milhões, fora todos os outros. Os Estados Unidos compraram a Polícia Federal. Há um antigo ditado, e ele é real: quem paga dá as ordens, mesmo que indiretamente. A verdade é esta: a vossa Polícia Federal é nossa, trabalha para nós. Os vossos governos parecem não dar importância à Polícia. Não sei se é herança da ditadura, quando a Polícia era malvista, mas isso é incompreensível. A Polícia, que deve ser uma entidade independente da política, independente de influências internas e externas, está, na prática, em mãos de estrangeiros.Carta Capital: Isso se refere a todas as agências americanas que trabalham aqui?Carlos Alberto Costa: A CIA é outra história… A CIA tem a função legal de um Serviço de Inteligência que atua no estrangeiro.Carta Capital: Sim, mas também “doa”, e atua com maior ou menor autonomia, se o Brasil permite.Carlos Alberto Costa: Bom, eu concordo: atua com maior ou menor autonomia, mas o papel da CIA, do ponto de vista dos Estados Unidos, é correto e legal: é um Serviço de Inteligência no exterior.Carta Capital: Quanto a CIA “doa”?Carlos Alberto Costa: Não sei. Os outros serviços secretos são mais abertos, a CIA é fechada… O orçamento da CIA entra no orçamento da Defesa… Mas, óbvio, como qualquer serviço secreto, utiliza o dinheiro para comprar, chantagear, pagar propinas…Carta Capital: Vocês se mexem, se locomovem com facilidade no Brasil?Carlos Alberto Costa: Aqui? Com toda a facilidade. Temos no Brasil o FBI, a DEA, a CIA e outros Serviços. Somos identificados como diplomatas: attachés, adidos, assistentes. Eu, por exemplo, fui adido jurídico…Carta Capital: Mas, em bom português, vocês são agentes secretos, espiões…Carlos Alberto Costa: Se quiser usar esses termos, é isso mesmo. A questão é que não há razão nenhuma para se ter aqui agentes do FBI, da DEA, da NAS, da US Customs… Admiro muito como é que países com sistemas de Inteligência como a China e a Rússia autorizaram a operação do FBI nos seus territórios com cobertura diplomática. Há um escritório do FBI em Hong Kong e outro em Pequim. Qual é a necessidade de ter agentes de uma polícia, o FBI, cuja jurisdição é apenas nos Estados Unidos? Isso é uma violação à lei, segundo as próprias leis americanas.Carta Capital: Chávez autoriza o FBI na Venezuela?Carlos Alberto Costa: Chávez herdou um escritório, mas só que lá esses agentes não fazem nada; são monitorados e não podem se mexer.SOBRE A IMPRENSA ELE DIZ: Carta Capital: Antes de entrarmos no específico, na rotina, no dia-a-dia da embaixada, quais são as funções dos serviços secretos? Carlos Alberto Costa: Digo logo: uma das importantes funções que nós temos na embaixada é manipular a imprensa brasileira…Carta Capital: O quê? Explica isso aí…Carlos Alberto Costa: Manipular, conduzir, controlar a imprensa brasileira no que nos interessa.Carta Capital: Ah, é?! Manipular…?Carlos Alberto Costa: A isso chamamos “influenciar”.Carta Capital: Por favor, detalhe esse “influenciar”, dê exemplos.Carlos Alberto Costa: Sem nomes. Começa, digamos assim, com o estabelecimento de boas relações. Detectamos jornalistas que sejam pró-América – evidente que isso em órgãos influentes junto à opinião pública – e os convidamos a ir aos Estados Unidos, com todas as despesas pagas. Essa não era a minha área, mas começa assim. Influenciar é mudar o pensamento contrário aos nossos interesses. A primeira atividade em qualquer reunião da embaixada é uma análise sobre o que diz a mídia a nosso respeito; Carta Capital, por exemplo, nunca foi vista com bons olhos lá na embaixada, para dizer o mínimo.Carta Capital: Que argumentos valem para “influenciar”?Carlos Alberto Costa: … muita criatividade. “Influenciar” a imprensa, a mídia, é uma coisa muito natural de fazer…Carta Capital: Em português claro: “Influenciar” significa, inclusive, se necessário, comprar?Carlos Alberto Costa: É virar a opinião pública a nosso favor.[…] Carlos Alberto Costa: Agora, o FBI, a DEA, a NAS, a US Customs(alfândega), o RSO, que são os seguranças internos da embaixada, e tantos outros serviços, o que estão a fazer aqui? Como é que os brasileiros, o seu governo, não se perguntam sobre isso? Como é que a imprensa não investiga, não diz nada a respeito? Todos têm agentes que entram e saem constantemente, atuam livremente por todo o País, é uma coisa incrível…[…] Carta Capital: O serviço secreto do seu presidente também investiga no Brasil?Carlos Alberto Costa: Sim, e sem autorização da embaixada, autonomamente, nem nos avisam. Uma das suas funções é investigar a falsificação e exportação de dólares, modalidade na qual o Brasil, na Tríplice Fronteira, é talvez o maior produtor. Já os outros serviços secretos…Carta Capital: Todos agem como policiais e sem controle algum dentro do Brasil?Carlos Alberto Costa: Sim. Se o Brasil assim permite, então muito bem.[…] Carta Capital: …voltemos às polícias do Brasil…Carlos Alberto Costa: Olha, se a ABIN mandar seus agentes trabalharem nos Estados Unidos, isso é muito natural, é função de um Serviço de Inteligência do presidente. Cabe a cada país anfitrião permitir, controlar essa presença ou não. Mas a ABIN é um Serviço de Inteligência sem missão. Não atua no estrangeiro como deve atuar um órgão vinculado à Presidência da República. Vivia, vive a investigar o MST e outros cidadãos brasileiros mais ou menos ilustres. Isso é uma violação de direitos civis em qualquer país democrático. Se a ABIN tivesse que investigar aqui dentro do Brasil, deveria investigar estrangeiros que aqui atuam, como os agentes de outros países.Para ler na íntegra, acesse o link http://www.blogdobolche.blogspot.com.br/2016/01/policia-federal-brasileira-recebe.html 

  16. Excetuando a educação e a saúde. . .

    Excetuando a educação e a saúde, todos os demais órgãos e ministérios do governo devem e precisam colaborar com o corte de despesas necessárias ao ajuste econômico. Qualquer coisa que se fale além disso é conversa para boi dormir.

    1. Ignorar a realidade nao resolve. Abra os olhos.

      Jofran, a sua análise raza e simplista é equivocada e absurda. Brasileiros que pensam como voce fazem a total alegria de quem está no bastidor puxando as cordas. E a mídia bate palmas e comemora, afinal, conseguiram o objetivo: que o brasileiro nao enxergue um palmo adiante do nariz. Corte de despesas é o saco sem fundo de uma dívida produto de ilegalidades, ilicitudes e fraudes em operaçoes financeiras que vem se arrastando desde 1970, onde a única soluçao é fazer a auditoria dessa dívida pública que, inclusive, a constiuiçao remcomenda. O Brasil nao deveria estar cortando despesa porque a nossa arrecadaçao cobriria todas as nossas necessidades básicas e muito mais..O problema é que a dívida pública é tema que quererm manter o povo na total ignorancia para nao se inteirar da patranha toda e exigir que se faça a auditoria das contas. A verdade é que a dívida virou instrumento de subtraçao de recursos canalizadaos para beneficiar bancos, principalmente estrangeiros. Na CPI da dívida feita pela Maria Lúcua Fattorelli, auditora da Auditoria Cidadã da dívida, em 2009/10, no congresso nacional, só encontraram documentos comprobatórios de menos de 30% da nossa dívida pública[, e muitas irregularidades e ilícitos, ausencia total de contrapartida para o país, e até prescriçao de vários títulos públicos, o que reafirma a existencias de fraudes de toda ordem.. Mas isso é escondido do povo. Voce precisa se informar melhor e entender que o que voce nao sabe foi e é escondido de voce.Sobre isso, assista ao vídeo que voce vai entender sobre o que eu estou falando. O vídeo é didático, claro e muito informativo. https://www.youtube.com/watch?v=7I_TZQLgPBo

      Sobre a PF voce também precisa saber mais. Mino Carta publicou sobre o que está por trás da PF brasileira e é fonte confiável de informaçao. É entrevista exclusiva da Carta Capital Edição 283, de 24/03/2004. Trata-se da entrevista do chefe do FBI no Brasil. Ele mesmo declara ao jornalista  “A vossa Polícia Federal é nossa, trabalha para nós há anos. […] Foi comprada por alguns milhões de dólares. […] Os Estados Unidos compraram a Polícia Federal… quem paga dá as ordens…: http://www.blogdobolche.blogspot.com.br/2016/01/policia-federal-brasileira-recebe.html 

      Este trecho é só uma introduçao. A entrevista fala muito mais, inclusive das polícias civil e miltar que também recebem do governo americano. O ex-chefe do FBI pagava as contas, da mesma forma que, revela ele em estarrecedoras páginas adiante, a US Customs, DEA, NAS, CIA, outros “Serviços” e o próprio FBI pagam contas das polícias do Brasil. Direto como pode ser um norte-americano, Carlos Costa relata: a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) é uma “pedinte”, e não apenas dos Estados Unidos.

      O Estado brasileiro? Assistiu, assiste, como se tudo corresse na maior normalidade. É preciso cortar gastos, con-tingenciar. Então, que mal há se os Estados Unidos, em troca de acesso total e controle, “doam” alguns milhões de dólares para as polícias e instituições verde-amarelas a cada ano?”Quem quiser acreditar em papai Noel que acredite. Eu acho melhor abrir os olhos. Se der, leia a entrevista.  

  17. É incrível como uma notícia antiga como essa, reflete bem a situação do páis. Incrivelmente tudo que politicamente falando, seja de interesse de quem estpa no comando, costuma correr mais celere e tem um desfecho incrivelmente rápido. Mas…. estamos a mercê de tudo isso.

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