Cenário eleitoral afeta humor do mercado; bolsa cai 0,97%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A bolsa brasileira operou na contramão do mercado internacional nesta quarta-feira, repercutindo a divulgação de pesquisa eleitoral que aponta um cenário mais favorável que o esperado para a presidente Dilma Rousseff (PT).

O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) terminou as operações de quarta-feira em queda de 0,97%, aos 57.419 pontos e com um volume negociado de R$ 6,158 bilhões. Com isso, o índice acumula um ganho mensal de 8%, de 11,48% no ano e de 17,62% em 12 meses.

Entre as maiores baixas, os papéis da Petrobrás e Eletrobrás. A maior alta do ficou por conta dos papéis da Fibria, que valorizaram-se 4,54% com a divulgação do balanço trazendo redução da alavancagem da fabricante de celulose.

Segundo informações do BB Investimentos, o Ibovespa operou durante todo o pregão na contramão das principais bolsas mundiais, “repercutindo pesquisa eleitoral que mostrou um cenário eleitoral menos acirrado do que as pesquisas anteriores”.

A última pesquisa eleitoral elaborada pelo Ibope não confirmou as expectativas de melhora das intenções de voto no candidato Aécio Neves (PSDB) que pudesse colocá-lo em posição de empate técnico com Dilma em um eventual segundo turno, como aconteceu em pesquisas anteriores.

Os números divulgados mostram que Dilma está com 38% das intenções de voto, ante 39% no levantamento anterior. Aécio aparece com 22%, ante 21% na anterior, e Eduardo Campos (PSB), com 8%, de 10% antes. Em um eventual segundo turno, entre Dilma e Aécio e Dilma e Campos, a petista venceria Aécio e Campos por 8 e 12 pontos, respectivamente, se a eleição fosse hoje.

Quanto ao câmbio, a cotação do dólar comercial (interbancário) fechou em alta de 0,39%, a R$ 2,2209, na contramão da maioria das moedas emergentes, que se fortaleceram em relação à moeda norte-americana. A cotação do dólar havia fechado em queda nas últimas três sessões, quando acumulou uma desvalorização de mais de 2%. Assim como aconteceu com a bolsa, a última pesquisa Ibope acabou por afetar as operações com a moeda – segundo informações da agência de notícias Reuters, a notícia vem no momento em que os investidores mostram-se desconfiados sobre a forma de condução da política econômica do atual governo.

Ao mesmo tempo, o Banco Central brasileiro deu continuidade ao seu programa de intervenções cambiais. O BC realizou um novo leilão de rolagem dos contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futura de dólares) que vencem em 1º de agosto. Foram negociados 7 mil swaps, sendo 5 mil com vencimento em 4 de maio de 2015 e 2 mil para 1º de julho de 2015, em uma movimentação equivalente a US$ 346,4 milhões.

O BC manteve seu programa de intervenções diárias no câmbio, com as novas regras anunciadas em junho. Neste caso, foram negociados 4 mil contratos de swap cambial: 3 mil com vencimento em 2 de fevereiro e 1 mil para 1º de junho de 2015, que movimentou o equivalente a US$ 198,7 milhões.

Na agenda macroeconômica, os agentes acompanham a publicação da ata do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) no Brasil, além dos novos pedidos de seguro-desemprego, PMI (índice dos gerentes de compras) do setor de manufatura apurado pelo instituto Markit nos Estados Unidos, além das vendas no varejo do Reino Unido, o PMI da Alemanha e o índice de preços ao consumidor no Japão.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

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  1. Alguém pode me dizer

    Alguém pode me dizer se o dolar vai chegar aos 2,30 antes das eleições?.E qual o teto do dolar para as intervenções do BC? Obrigado.

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