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Lourdes Nassif
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As matérias para serem lidas e comentadas.

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  1. De como se prepara a ressurreição de Aécio Neves

    Tijolaço

     

    22 de setembro de 2014 | 17:56 Autor: Fernando Brito 

    dois

    Quem acompanha este blog sabe que seu autor só fica “quieto” assim por completa falta de condições físicas de trabalhar e focar o pensamento.

    Mas, mesmo quieto, dá para vez que começou um movimento de “chororô” na direita com os resultados das próximas pesquisas.

    Lauro Jardim, como já mencionei aqui, aventa uma “conspiração” entre Dilma e Aécio para apresentar uma queda de Marina.

    Ainda que desejassem, parece que será desnecessário.

    Como diz o insuspeito Rodrigo Constantino, pit-bull da direita hidrófoba, “vem pesquisa ruim aí”.

    É o que ele depreende da enésima crise especulatória da Bolsa de Valores, que o rapaz defende, dizendo que “ não é um grande cassino como alguns dizem, e sim um instrumento de antecipação de expectativas de milhares de investidores atentos”.

    E essa turma mergulhou tanto de cabeça nas tais “antecipações de expectativas” que quebrou a cara, por achar que era dona do voto popular.

    Constantino está tão furioso que sobra até para Aécio:

    “O mercado está nos dizendo que a tática pérfida do PT de bater pesado em Marina surtiu efeito. Para piorar, o próprio candidato tucano fez coro aos ataques, ainda que de forma mais civilizada. O período de “desconstrução” de Marina Silva, somado aos boatos espalhados e ao terrorismo eleitoral, acabou por reduzir sua chance de vitória.”

    Quem tem mais de 30 anos de convívio com esta turma não baixa a guarda.

    As lágrimas por Marina não duram uma semana.

    Se der, daqui a dias Aécio é de novo o homem para somar e “expelir o PT”, ao menos no raciocínio doentio deste pessoal.

    O “probleminha” é que não dá para mexer muito nos índices de Dilma e a “ressurreição” de  Aécio terá de ser providenciada com cortes significativos dos números de Marina.

    E, em si, isto não é difícil, porque é perceptível o seu encolhimento.

    E aí, tome mídia…

    O fato é que hoje a eleição fica apertada demais para Aécio e Marina. Um dos dois terá de morrer eleitoralmente para que haja segundo turno.

    E, escrevam aí: as coisas caminham para que seja Aécio quem vá ao confronto final.

    http://tijolaco.com.br/blog/?p=21425

     

  2. Estudo global vê Brasil como

    Estudo global vê Brasil como potência energética

    Posição estratégia dependerá da exploração de petróleo em águas profundas, na qual o Brasil é líder, e de fontes renováveis, grande riqueza do País; estudo ‘World Energy Outlook’, desenvolvido pela Agência Internacional de Energia (AIE), prevê que o Brasil será autossuficiente na área de energia em 2035; pré-sal tem sido um dos focos do debate eleitoral; presidente Dilma Rousseff chama o recurso de uma das principais riquezas brasileiras e critica o pouco espaço dedicado ao tema no programa de governo da adversária do PSB, Marina Silva, que disse que o petróleo é um mal necessário

    O Brasil tem todas as condições para se tornar uma potência energética em 2035, prevê o estudo ‘World Energy Outlook’, desenvolvido pela Agência Internacional de Energia (AIE). O documento enxerga o País como autossuficiente na área de energia naquele ano. O cenário depende da exploração de petróleo em águas profundas, na qual o Brasil é líder, e em fontes renováveis, uma riqueza nacional.

    A previsão está alinhada com os investimentos previstos para os próximos anos, avalia o Ministério de Minas e Energia, que na semana passada divulgou o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2023). O plano prevê investimento de R$ 1,263 bilhão para os próximos 10 anos – 2,5% do PIB acumulado entre 2014 e 2023 ou 11,6% dos investimentos totais no País.

    “Temos uma taxa de crescimento populacional de 1% ao ano e nosso consumo per capita de energia é de apenas 2500 KWhora/ano e até 2050 continuaremos crescendo em demanda energética. Como temos fontes renováveis abundantes e excelentes expectativas com o pré-sal, deveremos nos tornar exportadores de energia e mudar o atual quadro, em que importamos 14% da energia usada”, explicou Altino Ventura, secretário de planejamento estratégico do MME, segundo reportagem do Valor Econômico.

    O plano do ministério prevê que serão investidos R$ 879 bilhões (69,3%) na exploração de petróleo e gás, R$ 301 bilhões (23,9%) em hidrelétricas e R$ 82 bilhões (6,5%) em biocombustíveis (principalmente etanol e derivados do bagaço de cana). Além disso, as maiores hidrelétricas, como Belo Monte e Jirau, estarão concluídas até 2023 e ainda uma expansão de 70 mil km de linhas de transmissão, que possibilitarão um aproveitamento de 170 mil MW.

    A exploração do pré-sal tem sido pauta constante no debate eleitoral. A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, defende o petróleo em águas profundas como uma das maiores riquezas brasileiras e que garantirá o futuro da educação no País. Ela critica a posição da adversária do PSB, Marina Silva, que como apontou Dilma, “dedicou uma linha” ao tema em seu programa de governo. Além disso, Marina declarou que o petróleo é um “mal necessário”.

    http://www.brasil247.com/pt/247/economia/154303/Estudo-global-v%C3%AA-Brasil-como-pot%C3%AAncia-energ%C3%A9tica.htm

  3. Como Dilma mudou o debate da

    Como Dilma mudou o debate da corrupção ao sair da defensiva para a ofensiva

    Pouca gente parece ter notado, mas Dilma achou uma boa saída para a questão da corrupção.

    Ela saiu da defensiva para a ofensiva.

    A linha básica de sua argumentação sobre o assunto é que a corrupção não era investigada antes e agora é.

    Daí a diferença.

    É, de certa forma, um raciocínio educativo. O brasileiro médio se acostumou erradamente a pensar que corrupção só existe no Brasil. Mais especificamente: só em governos populares, de Getúlio a Jango, de Lula a Dilma.

    A explicação de Dilma é parcial. Ela fala no ímpeto investigativo da Polícia Federal, do Ministério Público e da Procuradoria Geral. Lembra que, na era FHC, o procurador geral, Geraldo Brindeiro, era conhecido como engavetador geral, por evitar mexer em casos de corrupção no governo.

    Segundo a Wikipédia, dos 626 inquéritos criminais que recebeu, Brindeiro engavetou 242 e arquivou outros 217.

    O que Dilma não disse, provavelmente para evitar atrito com a mídia, é que jornais e revistas, em administrações amigas, também foram engavetadores de denúncias e escândalos.

    No caso mais gritante na gestão de FHC, a compra de votos para que a emenda da reeleição passasse no Congresso simplesmente foi ignorada.

    Procure no arquivo da combativa Veja as reportagens sobre a compra de votos para FHC.

    Nada.

    Tente agora o arquivo do Jornal Nacional.

    Nada.

    Mesmo a Folha, que trouxe o depoimento de um deputado que vendeu seu voto, teatralmente chamado de Senhor X, logo abandonou o caso.

    Não retomou nem para informar a seus leitores quem era X. Só dezesseis anos depois, por conta de um livro sobre o episódio, seus leitores souberam que se tratava do ex-deputado Narciso Mendes, do Acre.

    Num exemplo dramático, o Brasil da ditadura era, no noticiário da Globo, um país sem corrupção e sem corruptos no poder.

    Escândalos eram engavetados. Roberto Marinho agia como Geraldo Brindeiro, bem como os demais barões da imprensa.

    Isso levou muitos brasileiros a acharem que nos tempos dos generais éramos um país melhor, mais limpo e mais ético.

    A seletividade da mídia na escolha das denúncias a cobrir foi responsável também pelo sentimento de impunidade de políticos amigos dos donos das grandes empresas de jornalismo.

    E pelo descaro deles, também.

    O caso mais recente é o de Aécio, que usa a corrupção demagogicamente como arma para influenciar eleitores menos politizados e mais suscetíveis de manipulações pseudomoralistas.

    Coube a Luciana Genro desmascarar esse tipo de hipocrisia numa intervenção antológica no debate promovido pela CNBB.

    Luciana Genro “mitou” naquele momento, para usar uma expressão corrente hoje.

    Corrupção é uma praga mundial, e deve ser combatida todos os dias, e todas as horas.

    Mas usá-la capciosamente para atingir adversários ou favorecer amigos é, também, um ato extremamente corrupto.

    Dilma e Luciana Genro, cada qual do seu jeito, puseram contexto na questão da corrupção.

    É um avanço na caminhada rumo a uma sociedade madura.

    http://www.diariodocentrodomundo.com.br/como-dilma-mudou-o-debate-da-corrupcao-ao-sair-da-defensiva-para-a-ofensiva/

  4. Juiz federal nega acesso à

    Juiz federal nega acesso à delação premiada de Costa

    Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, impediu nesta segunda-feira 22 acesso às informações prestadas pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, em troca da delação premiada. Além da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que investiga irregularidades na estatal, Moro também negou acesso à Controladoria Geral da União (CGU) e à própria Petrobras

    Karine Melo – Repórter da Agência Brasil

    O juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, impediu hoje (22) acesso às informações prestadas pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, em troca da delação premiada. Além da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que investiga irregularidades na estatal, Moro também negou acesso à Controladoria Geral da União (CGU) e à própria Petrobras.

    “Reconheço o papel relevante da CGU e das CPIs na investigação criminal e no controle da Administração Pública. Também enalteço o auxílio que a Petrobras S/A tem prestado para investigação e instrução dos processos nesse feito, bem como o legítimo interesse das três em obter cópia dos supostos depoimentos prestados por Paulo Roberto Costa. Entretanto, o momento atual, quando o suposto acordo e os eventuais depoimentos colhidos sequer foram submetidos à homologação judicial, não permite o compartilhamento, sem prejuízo de que isso ocorra no futuro”, justificou o juiz.

    Sérgio Moro determinou, conforme solicitado pelo presidente da CPMI da Petrobras, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), o encaminhamento à Comissão de cópia dos depoimentos da contadora do doleiro Alberto Youseff, Meire Poza.

    Na última reunião da CPMI, os parlamentares aprovaram a convoção da contadora, mas ainda não há data prevista para o depoimento dela na Comissão.

    Amanhã (23), o presidente e uma comissão de parlamentares da CPMI serão recebidos pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, e pelo ministro Teori Zavascki, relator dos processos da Operação Lava a Jato na Corte. Eles querem convencer os ministros a liberarem a documentação para a comissão. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, também participará do encontro.

    http://www.brasil247.com/pt/247/parana247/154327/Juiz-federal-nega-acesso-%C3%A0-dela%C3%A7%C3%A3o-premiada-de-Costa.htm

  5. A VIOLÊNCIA DIFUSA NA

    A VIOLÊNCIA DIFUSA NA “MODERNIDADE TARDIA”

    Os fenômenos da violência difusa adquirem novos contornos, passando a disseminar-se por toda a sociedade. Essa multiplicidade das formas de violência presentes nas sociedades contemporâneas — violência ecológica, exclusão social, violência entre os gêneros, racismos, violência na escola — configuram-se como um processo de dilaceramento da cidadania. A compreensão da fenomenologia da violência pode ser realizada a partir da noção de uma microfísica do poder, de Foucault, ou seja, de uma rede de poderes que permeia todas as relações sociais, marcando as interações entre os grupos e as classes (Foucault, 1994:38-39). Deparamo-nos com as dimensões subjetivas e objetivas das variadas formas de violências: violência na escola, violência social, ecológica, exclusão, gênero, racismos. Configura-se uma “microfísica da violência” na vida cotidiana da sociedade contemporânea (Tavares dos Santos, 2002b).

    Efetiva-se uma pluralidade de diferentes tipos de normas sociais, algo mais do que o próprio pluralismo jurídico, levando-nos a ver a simultaneidade de padrões de orientação da conduta muitas vezes divergentes e incompatíveis, como, por exemplo, a violência configurando-se como linguagem e como norma social para algumas categorias sociais, em contraponto àquelas denominadas de normas civilizadas, marcadas pelo autocontrole e pelo controle social institucionalizado (Elias, 1990; 1993). Fortalece-se a prática de fazer justiça pelas próprias mãos, um traço de uma cultura orientada pelo hiperindividualismo (Díaz, 1898, 107). Nas palavras de Bauman (1998:26): “A busca da pureza moderna expressou-se diariamente com a ação punitiva contra as classes perigosas; a busca da pureza pós-moderna expressa-se diariamente com a ação punitiva contra os moradores das ruas pobres e das áreas urbanas proibidas, os vagabundos e os indolentes”. Adquirindo a cultura uma centralidade na “modernidade tardia”, a disseminação de uma cultura de “ganhadores ou perdedores” (Taylor, 1999: 34-37) acentua os valores do individualismo competitivo e a criação de uma cultura popular unidimensional, hedonista e imediatista (Young, 1999:10; Taylor, 1999:90), induz as populações a viverem em novos grupos sociais eletivos e auto-referidos (Garland, 2001:89).

    O período atual pode ser denominado de Processo de Mundialização, marcado pela pós-modernidade como forma cultural, pela expansão da produção industrial em nova distribuição do trabalho planetária, com o avanço do capital especulativo e pelas conflitualidades sociais mundiais.

    A herança do Estado de Bem-Estar Social e do Modernismo Penal (1946-1978) começou a ser abalada durante a crise global do final do século XX (1978-1991), como comprova Hobsbawm (1994; 2000): assistimos ao final do “Estado de Bem-Estar” (1946-1973), no qual as instituições sociais tinham um funcionamento regular, ao menos nos países desenvolvidos. O controle social formal (as polícias, o judiciário, o sistema da justiça criminal, as prisões) era orientado para a reabilitação dos delinqüentes, com uma intenção “correcional” e ressocializadora. Porém, também nessa época as instituições de controle social informal funcionavam regularmente: a família, a escola, os grupos sociais, as associações, os movimentos sociais definiam normas de conduta, reproduziam valores e disseminavam orientações para a ação social. Estávamos vivendo o modelo de controle social “correcional”, pois todos os controles sociais, informais e formais, estavam em funcionamento, conforme a interpretação de Garland (2001:44): “O bem-estar penal retirava suporte de uma particular forma de Estado e de uma particular estrutura de relações de classes. Funcionava em um ambiente específico de políticas sociais e econômicas e interagia com uma série de instituições contíguas, as mais importantes das quais eram o mercado de trabalho e as instituições do Estado de Bem-estar Social”. Por outro lado, o controle social distribuía-se pelas instituições societárias: “Os controles sociais informais exercidos pelas famílias, vizinhanças e comunidades, junto com as disciplinas impostas pelas escolas, locais de trabalho e outras instituições criavam um cotidiano de normas e sanções que embasavam as demandas legais e garantiam suporte às intervenções do bem-estar penal” (Garland, 2001:44). Uma das novas questões sociais mundiais tem sido a violência no espaço escolar, marcada pela violência simbólica e pela territorialização do crime organizado (Tavares dos Santos, 1999), também um sintoma da crise da juventude masculina (Taylor, 1999:65-85; Zaluar, 1994).

    O crime seria um epifenômeno da sociedade capitalista, diziam em 1973 os autores da New Criminology, denominados, ao longo dos anos 90, de “realistas de esquerda” na Inglaterra (Taylor; Walton; Young; 1990). Entretanto, acompanhando as mudanças sociais no final do século XX, três décadas depois os “realistas de esquerda” chegariam a perceber os dilemas da “modernidade tardia”: as crescentes taxas de criminalidade; a revelação das invisíveis vítimas; a problematização do fenômeno criminal; a universalidade do crime; e a seletividade da justiça; os problemas da punição e da culpabilidade (Young, 1999: 35-43).

    As características da “modernidade tardia” seriam a repetição da exclusão social, a disseminação das violências, a ruptura de laços sociais e a “desfiliação” de algumas categorias sociais, como a juventude, uma das grandes vítimas da civilização, analisa Pais: “Nas décadas imediatas ao pós-guerra, as transições dos jovens assemelhavam-se a viagens de comboios nas quais os jovens, dependendo da sua classe social, gênero e qualificações acadêmicas, embarcavam em diferentes comboios com destinos pré-determinados”. Atualmente, “o terreno onde as transições têm lugar é de natureza cada vez mais labiríntica. No labirinto da vida, como num labirinto rodoviário, surgem freqüentemente sentidos obrigatórios e proibidos, alterações de trânsito, caminhos que parecem já ter sido cruzados, várias vezes passados: essa retomada de caminhos que parecem que provoca uma sensação de perda, de confusão” (Pais, 2001:10).

    Houve profundas alterações no espaço urbano, modificando a visão da ecologia urbana da Escola de Chicago, pois a hegemonia “da sociedade de mercado” envolve um crítico processo de retirada da autoridade pública da supervisão e manutenção dos espaços públicos na cidade” (Taylor, 1999:61). Completa Garland: “Os projetos de renovação urbana dos anos de 1960 continuaram o processo demolindo muitas vizinhanças das áreas urbanas centrais, o que resultou em novos sistemas de tráfico e auto-estradas, com a realocação dos moradores em projetos habitacionais concentrados. O efeito freqüentemente foi concentrar as famílias pobres e de minorias em áreas muito afastadas da cidade nas quais faltavam os serviços básicos tais como lojas, empregos e bom transporte público” (Garland, 2001:84-85).

    Produziu-se uma urbanização sociopática, com espaços urbanos fragmentados e segmentados, seguindo um mesmo padrão geral: centros deteriorados e bairros periféricos carentes, habitados por populações vulneráveis; bairros de populações de altas rendas, com forte presença de segurança privada assim como a implementação de condomínios fechados (Caldeira, 2000); territórios controlados pelo “crime organizado”; espaços privados de comércio, com controle social por segurança privada; desigualdade social e espacial; violência cotidiana nas ruas; e violência no espaço escolar (Taylor, 1999:110). Em suma, a falência do poder público regulatório.

    Vivemos em um contexto societário no qual as concepções do crime passam por grandes metamorfoses (Young, 1999:46-47): a definição do crime passa a ser problemática, seja pelas novas modalidades de crime — criminalidade violenta; crime organizado, tráfico de armas e de drogas; crimes de “colarinho branco”, crimes informacionais, seja por fenômenos sociais de violência contra a pessoa ainda não consideradas, por exemplo, as violências contra as crianças, sob a ideologia da educação pelo castigo físico; os infratores da lei não são mais uma minoria mas podem ser extensos continentes sociais; a probabilidade de alguém ser vítima, de excepcional, passa a ser prevalecente e contingente; as causas do crime são difusas, eminentes ou por “escolha racional”, nos casos de delitos contra o patrimônio ou de extorsão por seqüestro; há uma continuidade entre o fato social normal e o crime, transformado em fenômenos societários; o assaltante deixa de ser profissionalizado para tornar-se um ofensor sem especialização, realizando a ação delituosa quase ao acaso (Pegoraro, 1999); a relação entre agressores e vítimas passa a ser uma relação complexa, pois o agressor não é mais somente o estranho, mas alguém conhecido ou do próprio grupo da vítima, estranhos e íntimos, habitantes locais e de outras regiões; as causas do crime passam a ser multidimensionais; o crime passa a ser societal, em um continuum na vida social, sendo o lugar da ocorrência ser tanto privado quanto público; e o controle social formal não mais é monopólio do sistema de justiça criminal mas passa a ser compartilhado por outras agências sociais.

    Por conseguinte, os “impactos da modernidade tardia sobre as taxas de crime foram multidimensionais: aumento das oportunidades para o crime; redução dos controles situacionais; aumento da população em risco; redução da eficácia dos auto-controles sociais como conseqüência das mudanças na ecologia social e nas normas culturais” (Garland, 2001:90).

    Estaríamos diante de uma crise da modernidade tardia, na qual a privação relativa combina-se com o individualismo, transformando-se em “uma comparação no interior da divisão do trabalho e entre aqueles que estão no mercado e os excluídos, conformando uma grande vulnerabilidade social, pobreza e miséria. Assiste-se, nesse quadro, a uma ruptura dos controles sociais tradicionais (Young, 1999:46-48), substituídos por uma invasão dos meios de comunicação na esfera da socialização. Cabe falar, então, de um tempo histórico não linear, pontual, repetitivo, de uma sociedade de risco (Young, 1999:68-72), na qual a falência do controle social formal se expressa na crise mundial das polícias (Reiner, 2000; Bayley, 1996; Soares, 2000).

    Violências e dilemas do controle social nas sociedades da “modernidade tardia”        José Vicente Tavares dos Santos

    Extrato de :

    http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-88392004000100002

    http://assisprocura.blogspot.com.br/2014/09/a-violencia-difusa-na-modernidade-tardia.html

  6. Em entrevista com Dilma,

    Em entrevista com Dilma, Miriam ‘defende’ espaço de bancos privados

    Dilma é interrogada no ‘Bom Dia, Brasil’ sobre críticas a programa de Marina que prevê BC independente e redução da presença dos bancos oficiais em políticas de crédito não atendidas pelo setor privado

    O telejornal Bom Dia, Brasil, da TV Globo, iniciou uma série de entrevistas com os candidatos à presidência da República, demonstrando como a linha editorial da emissora ainda está presa ao pensamento econômico fracassado do fim do século passado, antes da crise econômica internacional iniciada em 2008.

    A primeira entrevistada, por sorteio, foi Dilma Rousseff (PT), nesta segunda-feira (22). A entrevista seguiu o padrão de interrogatório que a TV Globo tem adotado, com os três jornalistas fazendo muitas perguntas simultâneas, sobre assuntos complexos, sem que houvesse tempo suficiente para responder, e com os entrevistadores interferindo na resposta o tempo todo. O formato prejudica o telespectador a receber informações úteis. Boas entrevistas não são feitas para ver quem entra no livro dos recordes de respostas mais rápidas, e sim para esclarecer assuntos do interesse do cidadão. Seria mais interessante o jornalismo da TV Globo gravar uma longa entrevista com cada candidato e levar ao ar uma parte da entrevista em cada dia, para não ficar na superficialidade.

    Em uma das perguntas, a jornalista Miriam Leitão questionou críticas à proposta de Banco Central independente apresentada no programa de governo da candidata Marina Silva (PSB). Citou o caso do Banco Central da Inglaterra, tornado independente na gestão de Tony Blair, primeiro-ministro pelo Partido Trabalhista, sem que houvesse reações como há no Brasil, segundo a jornalista. Citou também o Chile, como exemplo de país que adotou o mesmo modelo.

    A presidenta, disse que Banco Central independente, no caso do Brasil, seria “simplesmente colocar um quarto poder na Praça dos Três Poderes”. Disse ainda que sem os bancos públicos e subsídios no Brasil não haveria programas habitacionais como o Minha Casa, Minha Vida, para a população de baixa renda; não haveria o financiamento da safra para a produção de alimentos, e não haveria desenvolvimentos industrial, pois sem o BNDES dispor de linhas de crédito com juros competitivos com o mercado externo, os investimentos industriais no Brasil sumiriam.

    Nem precisa explicar que o resultado seria danoso ao desenvolvimento do país, sem produzir bens e serviços com maior valor agregado no caso da indústria, sem produzir alimentos em quantidade suficiente para o consumo interno e para exportar no caso da agricultura, e seria persistir no problema da favelização se não houver programa de habitação popular.

    Voltando à pergunta de Leitão, o que ela não disse foi que a ideia de Banco Central independente foi muito defendida até o fim do século passado e perdeu muita força a partir da crise internacional de 2008, provocada pela quebra de bancos nos Estados Unidos, devido ao relaxamento na regulação do setor financeiro pelo estado.

    Os exemplos dados por Leitão são todos no auge do neoliberalismo. No Chile, o Banco Central se tornou independente na ditadura do general Augusto Pinochet, quando o país andino se tornou laboratório do neoliberalismo que seria aplicado mais tarde em outros países do mundo. No Reino Unido, foi em 1997, quando a adesão de países da América Latina e do Leste Europeu ao neoliberalismo do Consenso de Washington favoreciam o enriquecimento dos países da Europa ocidental.

    De lá para cá muita coisa mudou. Depois de a aplicação do Consenso de Washington arrasar as economias e empregos de países da América Latina, da Rússia, e de outras regiões do planeta, os países em desenvolvimento, em sua maioria, abandonaram as políticas neoliberais e passaram a fortalecer o papel do estado na economia com resultados positivos. As grandes economias em desenvolvimento, como China, Índia e Rússia não deram independência formal ao Banco Central. O Japão também não.

    A partir da crise de 2008 nos Estados Unidos, os povos dos países ricos também passaram a pedir dos governos maior regulação do mercado, o que vai na contramão da ideia de Banco Central independente, autorregulado pelo próprio mercado que produziu a crise. Pelo menos dois estadunidenses vencedores do prêmio Nobel de economia, Joseph Stiglitz e Paul Krugman, são críticos da independência de bancos centrais.

    Miriam Leitão demonstrou saudosismo da época do governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em que o neoliberalismo atingiu seu auge e o Estados Unidos impunha ao Brasil o chamado Consenso de Washington. Mas logo em seguido o fracasso dessas políticas ficaram comprovados pela história. Suas ideias ficaram paradas no século passado. Miriam chegou, em certo momento, a deixar de lado sua função de entrevistadora para enveredar para a de debatedora, saindo em defesa de aspectos do programa de Marina apoiados pelo sistema bancário privado.

    Quando Dilma contestou a redução do papel dos bancos públicos, e questionou quem financiaria obras de infraestrutura, projetos habitacionais e produção agrícola sem política de longo prazo, carências e juros subsidiados, Miriam interveio: “Ninguém está falando em acabar com os bancos, mas apenas (no fato de o setor público) ter uma participação maior…” Dilma insistiu: “Reduzir para quanto (a participação dos bancos públicos)? Eu reduzo pela metade o financiamento da agricultura? Reduzo à metade o financiamento da infraestrutura? Reduzo quanto do Minha Casa Minha Vida? Porque não pode ser assim… Não pode dizer ‘vou reduzir’. E aí sou eu que estou colocando medo?”

    http://www.redebrasilatual.com.br/blogs/helena/2014/09/em-entrevista-com-dilma-miriam-2018defende2019-espaco-de-bancos-privados-5261.html

     

  7. Marina recua de novo e faz

    Marina recua de novo e faz acenos a Alckmin

     

    Marina Silva, que sempre rejeitou a aliança com tucanos em São Paulo, costurada por Eduardo Campos, agora autoriza vincular sua imagem ao governador tucano Geraldo Alckmin (PSDB) e ameniza críticas sobre sua gestão; a candidata do PSB à Presidência, que mantinha dianteira folgada no maior colégio eleitoral do Brasil, registrou queda nas últimas pesquisas; já Alckmin ainda é cotado como favorito para vencer no 1° turno

     Em mais uma mudança brusca de direção, a poucos dias do primeiro turno das eleições à Presidência, Marina Silva agora sinaliza aproximação com o governador Geraldo Alckmin (PSDB).

    A ex-senadora, que sempre rejeitou aliança costurada por Eduardo Campos com tucanos em São Paulo, agora volta atrás e autoriza vincular sua imagem com a do tucano em “santinhos” da campanha eleitoral. Ela também já ameniza críticas à sua gestão.

    Segundo a colunista Mônica Bergamo, Marina tem sido pressionada por coordenadores de sua campanha a fazer sinais positivos em direção a Alckmin. Eles temem que atritos com o candidato, que tem grande popularidade em SP, façam ela perder pontos preciosos no estado. A candidata mantinha dianteira folgada, mas na semana passada apresentou viés de baixa nas intenções de voto no Estado.

    Já o tucano continua cotado como o favorito para vencer a disputa no maior colégio eleitoral do país no 1° turno. Ele disputa com Paulo Skaf (PMDB) e Alexandre Padilha (PT).

    A ex-senadora também mudou a agenda para reforçar sua campanha no sul do país, visitando Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul nesta semana. “Não tem por que a Dilma estar bem no sul e a gente não”, diz Walter Feldman, coordenador da campanha. De agosto até a semana passada, Marina caiu de 32% para 28% na região, segundo o Datafolha. Dilma foi de 32% para 35%.

    http://www.brasil247.com/pt/247/sp247/154385/Marina-recua-de-novo-e-faz-acenos-a-Alckmin.htm

    1. A “nova política” da Marina Silva…

      Marina Silva autoriza nome de Geraldo Alckmin em panfletos do PSB em SP

      Marina Silva autorizou que os “santinhos” da campanha dela que serão distribuídos pelo PSB em São Paulo na reta final do primeiro turno incluam o nome do tucano Geraldo Alckmin como candidato ao governo do Estado.

      DE VOLTA
      O primeiro lote do material não trazia o nome do governador. E foi rejeitado por Márcio França, do PSB. Uma das principais lideranças do partido de Marina no Estado, ele é ao mesmo tempo coordenador do comitê financeiro da campanha dela à Presidência e candidato a vice na chapa de Alckmin.

      DE VOLTA 2
      Depois da reclamação, os santinhos foram refeitos.

      CAUSA
      Marina tem sido pressionada por coordenadores de sua campanha a fazer sinais positivos em direção a Alckmin. Eles temem que atritos com o candidato, que tem grande popularidade em SP, façam ela perder pontos preciosos no estado. A candidata mantinha dianteira folgada, mas na semana passada apresentou viés de baixa nas intenções de voto no Estado.

      EFEITO
      Um dia depois do incidente em que placas com o nome de Marina e Alckmin foram retiradas das ruas em São Bernardo na visita dela à cidade, na sexta, a candidata foi a Campinas. Lá, deu declarações consideradas amenas sobre o governador tucano se comparadas às que fazia há alguns meses, quando tentou vetar a aliança do PSB com os tucanos em São Paulo.

      http://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/2014/09/1520369-marina-silva-autoriza-nome-de-geraldo-alckmin-em-panfletos-do-psb-em-sp.shtml

  8. MPF denuncia coronel Ustra e mais dois militares por morte de jo

    MPF denuncia coronel Ustra e mais dois militares por morte de jornalista durante a ditadura

    MPF/SP

    http://www.prsp.mpf.mp.br/sala-de-imprensa/noticias_prsp/22-09-14-mpf-denuncia-coronel-ustra-e-mais-dois-militares-por-morte-de-jornalista-durante-a-ditadura

     

    Vítima morreu após ser submetida a intensas torturas; médico legista também foi denunciado por falsificar documentos

    O Ministério Público Federal denunciou nesta segunda-feira, 22 de setembro, três militares pela morte do jornalista e militante político Luiz Eduardo da Rocha Merlino em julho de 1971. Ele era integrante do Partido Operário Comunista (POC) e foi morto após intensas sessões de tortura nas dependências do Destacamento de Operações de Informações do II Exército (DOI) em São Paulo. O coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra, o delegado Dirceu Gravina e o servidor aposentado Aparecido Laertes Calandra são acusados por homicídio doloso qualificado. O médico legista Abeylard de Queiroz Orsini, que assinou laudos sobre o óbito de Merlino, também foi denunciado e responderá por falsidade ideológica.

    Merlino foi preso em Santos em 15 de julho de 1971 e levado à sede do DOI. Lá, o então major Ustra, que comandava a unidade, e seus subordinados à época (Gravina e Calandra) submeteram o jornalista a práticas ininterruptas de tortura durante 24 horas. Eles queriam extrair da vítima informações sobre outros integrantes do partido, principalmente a companheira do militante, Angela Mendes de Almeida. Após as agressões, Merlino tinha ferimentos por todo o corpo e não conseguia sequer se erguer. Apesar do quadro grave, ele não recebeu atendimento médico e só foi encaminhado ao Hospital Militar do Exército quando já estava inconsciente.

    Consultado sobre a necessidade de amputação de uma das pernas do paciente, Ustra determinou que os servidores do hospital deixassem-no morrer, para evitar que sinais da tortura fossem evidenciados. Merlino faleceu em 19 de julho, em decorrência das graves lesões que as sessões de tortura provocaram. O chefe do DOI ordenou ainda a limpeza da cela onde o militante foi mantido e criou uma versão falaciosa para ocultar as causas da morte.

    ATROPELAMENTO. Segundo a versão criada por Ustra, Merlino teria se atirado sob um carro durante uma tentativa de fuga. Ele estaria sob escolta a caminho de Porto Alegre para identificar outros militantes, quando um descuido dos policiais teria permitido a evasão do jornalista, que então teria se jogado embaixo de um veículo na BR-116, altura de Jacupiranga. Para tornar a história verossímil, Ustra mandou que um caminhão a serviço das forças de repressão passasse por cima do corpo de Merlino e deixasse marcas de pneus.

    No Instituto Médico Legal, o médico legista Abeylard de Queiroz Orsini endossou a versão de Ustra ao assinar o laudo sobre a morte, em conjunto com outro servidor do IML, Isaac Abramovitch, já falecido. Apesar de saberem as circunstâncias em que Merlino foi morto, ambos omitiram as agressões no documento e atestaram o atropelamento como causa do óbito. Na década de 1990, peritos revelaram uma série de inconsistências nos laudos sobre Merlino e outros militantes políticos mortos na época, todos subscritos por Orsini.

    PEDIDOS. Além da condenação por homicídio doloso e falsidade ideológica, o MPF quer que Ustra, Gravina, Calandra e Orsini tenham a pena aumentada devido a vários agravantes, como motivo torpe para a morte, emprego de tortura, abuso de poder e prática de um crime para a ocultação e a impunidade de outro. Os procuradores querem também que a Justiça Federal determine a perda do cargo público que os denunciados ocupam atualmente e o cancelamento de aposentadoria concedida ou qualquer outra forma de provento que recebam. Por fim, requerem que, enquanto tramitar o processo, Gravina seja afastado cautelarmente do cargo de Delegado de Polícia Civil, bem como que seja vedado a Orsini o exercício da medicina. 

    Os procuradores destacam que não se pode falar em prescrição ou anistia nos crimes relatados. “Os delitos foram cometidos em contexto de ataque sistemático e generalizado à população, em razão da ditadura militar brasileira, com pleno conhecimento desse ataque, o que os qualifica como crimes contra a humanidade – e, portanto, imprescritíveis e impassíveis de anistia”, diz trecho da denúncia.

    Os membros do MPF citam uma decisão da Corte Interamericana de Direitos Humanos, proferida em novembro de 2010, que determina que o Brasil não pode criar obstáculos à punição de crimes contra a humanidade. Além disso, mencionam um recente parecer do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, segundo o qual deve ser afastada qualquer interpretação que afirme estarem os delitos contra a humanidade cobertos por anistia ou prescrição.

    O número para acompanhamento processual é 0012647-98.2014.4.03.6181. Para consultar o andamento, acesse http://www.jfsp.jus.br/foruns-federais/. 

    Para ler a íntegra da denúncia, clique aqui.

    Assessoria de Comunicação
    Procuradoria da República em São Paulo
    11-3269-5368 / 5170
    [email protected]
    http://www.twitter.com/mpf_sp

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

  9. Dilma Bolada x Marina Ecológica: duelo esquenta também na rede s
    Dilma Bolada x Marina Ecológica: duelo esquenta também na rede social

    Por Ana Flávia Oliveira -iG São Paulo |

    23/09/2014 08:00

    Texto

     

     
    Perfil em homenagem à candidata do PSB ganha fôlego na reta final da eleição e divide espaço com página fake de Dilma
    Reprodução/Facebook
    Os jovens brincam com as características de Marina Silva

    Ao mesmo tempo em que o embate entre as duas principais candidatas à Presidência da República esquenta na vida real, os dois perfis falsos mais famosos em homenagem a Marina Silva (PSB) e Dilma Rousseff (PT) ganham força nas redes sociais. Consolidado na preferência do público, em número de curtidas e seguidores, o perfil Dilma Bolada ganha um adversário à altura. Criado por quatro jovens, o perfil Marina Ecológica é uma das boas surpresas dessas eleições, seguindo a mesma linha de irreverência e bom humor.

    Com quatro anos de existência, Dilma Bolada tem atualmente 1,4 milhão de curtidas no Facebook e 271 mil seguidores no Twitter. O perfil fake da Marina surgiu no dia 27 de agosto, após um debate entre os presidenciáveis na TV Bandeirantes, e rapidamente capitalizou quase 47 mil curtidas no Facebook e 143 mil seguidores no Twitter, mais que a metade da oponente.

    A história repete o cenário eleitoral real, em que Dilma aparecia isolada em primeiro lugar nas pesquisas, antes do anúncio de que Marina seria a candidata do PSB, que aconteceu após a morte de Eduardo Campos em um acidente aéreo. Com a entrada da Marina no jogo político, a atual presidente viu o primeiro lugar ameaçado e as duas chegaram a aparecer tecnicamente empatadas em algumas medições de intenções de votos.

    Segundo pesquisa Datafolha divulgada na sexta-feira (19), Dilma aparece em primeiro, com 37% das intenções de voto, contra 30% da Marina e 17% de Aécio Neves, 

    Para Ediney Giordany, especialista em redes sociais, o sucesso dos perfis se deve, principalmente, às características pessoais dos candidatos. “Os candidatos têm traços marcantes que são explorados por esses perfis. São caricaturas. Dilma Bolada é uma sátira da presidente mandona, impositiva. O perfil da Marina brinca – e tem até um certo tom pejorativo – com a ligação dela com a floresta e com as indecisões dela. Páginas do Aécio, por exemplo, não repercutem tanto porque ele mesmo não tem um traço absolutamente marcante, que gere as piadas”, diz.

    Nasce Marina Ecológica

    Foi justamente a partir de uma piada com grande repercussão que nasceu o perfil em homenagem à Marina Silva. “Durante o debate da Band, eu tuitei ‘sambando na cara das inimigas’ e deu grande repercussão. Chamei o Fábio [Veloso, 20 anos] no Whatsapp [aplicativo de mensagens instantâneas no celular] e propus a criação do perfil. Ele topou na hora”, disse o estudante de Comunicação Vinícius Ambonatti, 16 anosl. Depois a página também passou a ser administrado pela estudante de Engenharia Ambiental Jéssica Ambrósio, de 20 anos, e pelo publicitário Renan Schwarz, de 22 anos.

    Apesar de administrarem uma página juntos, os criadores que, são de estados diferentes, não se conhecem pessoalmente. “Todos tinham uma página de humor no Twitter antes. Montamos um grupo do Whatsapp e passamos a conversar, trocar informação e ajuda para alavancar as páginas que tinhamos”, conta Jéssica.

    Com piadas referentes ao modo de se vestir de Marina e ligação da candidata com o meio ambiente, o perfil foi caindo no gosto popular. A personagem tem até mesmo dois animais de estimação: a capivara Clotildes e a jaguatirica Judite, nome da avó de Veloso.

    Desse embate virtual, só um perfil vai sair vencedor, diz Giordany. “Depois das eleições, somente a vitoriosa vai continuar com esse engajamento na internet. Os perfis são alimentados com as notícias em tempo real. Se a personalidade não permanecer na mídia, o perfil não terá repercussão”, avalia.

     

  10. El Pais
     
    Rajoy y Sánchez se

    El Pais

     

    Rajoy y Sánchez se reunieron ayer en Moncloa para tratar el reto catalán

    Ambos comparten el diagnóstico pero discrepan sobre cómo afrontar el día después del 9-N

    Política para un nuevo pacto Madrid 23 SEP 2014 – 15:40 CEST151

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    Pedro SánchezMariano RajoyArtur MasConsulta catalana 2014AutodeterminaciónGeneralitat CataluñaReferéndumEspañaEleccionesAdministración autonómicaConflictos políticosPolíticaAdministración pública

    Rajoy y Sánchez, en la reunión que mantuvieron el julio. / efe

    El presidente del Gobierno, Mariano Rajoy, recibió ayer en La Moncloa al líder del PSOE, Pedro Sánchez, para abordar el reto soberanista que plantea Artur Mas, según han informado fuentes del Gobierno y de los socialistas. La reunión se produjo el mismo día en que el secretario general de los socialistas publicó un artículo en EL PAÍS en el que planteaba una reforma pactada de la Constitución que resolviera el encaje de Cataluña en España.

    El encuentro cara a cara ha venido precedido en los últimos días de conversaciones telefónicas frecuentes entre ambos al hilo de distintos acontecimientos políticos. Desde luego Cataluña fue el eje, pero también abordaron la posición de España en el concierto internacional con vistas a formar una coalición contra el yihadismo. Sánchez no va a discrepar en absoluto de la decisión que tome Rajoy a este respecto.

    Sánchez: “Coincidimos en que la consulta no se puede celebrar porque es ilegal”Pedro Sánchez advierte a Mas de que la consulta “fracturará” la sociedad catalana

    Ambos muestran un grado similar de preocupación sobre la cuestión catalana, aunque mantienen sus diferencias sobre cómo abordar la situación después de que entre en vigor el decreto de convocatoria de la consulta catalana y el Gobierno central lo recurra.

    En la reunión de ayer se puso de manifiesto que el presidente del Gobierno no ve a corto ni a medio plazo la posibilidad de atender la petición de Sánchez de reformar la Constitución para ir hacia un modelo federal. Desde el lado socialista, a Rajoy no le quedó la menor duda de que tendrá a su lado a Sánchez en la defensa de la legalidad. Por tanto, le apoyará en el momento en que recurra el decreto de convocatoria de la consulta ante el Tribunal Constitucional. La discrepancia está en cómo abordar la situación de frustración en la que quedará una parte importante de la sociedad catalana cuando choque con el veto legal a la celebración del referéndum.

    La cercanía de las elecciones municipales y autonómicas que se celebrarán el próximo mes de mayo es una de las razones que aventura el PSOE como causa de la reticencia de Rajoy a dar un solo paso para retomar el diálogo con la Generalitat de Cataluña. Al tiempo, la actitud de Artur Mas no deja a Rajoy margen para flexibilizar su posición, según fuentes gubernamentales. Aun así, el Gobierno trabaja en los 23 puntos que Mas presentó a Rajoy el pasado 31 de julio.

    La reunión, mantenida de forma discreta, es la segunda que celebran tras la del pasado 28 de julio, también en La Moncloa. En ella, ambos decidieron mantener abierta la puerta del diálogo sobre el conflicto territorial en Cataluña. El encuentro se produjo el día antes del anuncio del presidente del Gobierno de la retirada de la reforma de la ley del aborto en sus términos actuales y de que esta noche inicie un viaje oficial a China.

    En aquel primer encuentro, ambos dirigentes no llegaron a concretar una posición común ante el desafío de Artur Mas, de quien se espera que esta misma semana firme el decreto de convocatoria del referéndum de autodeterminación previsto para el 9

  11. STF: relator vota por

    STF: relator vota por arquivamento de cartel

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    Ministro Marco Aurélio Mello, do STF, entendeu que a testemunha que fez o acordo de delação premiada com a Justiça não apresentou provas concretas sobre a participação dos deputados federais José Aníbal (PSDB-SP) e Rodrigo Garcia (DEM-SP) no suposto esquema de cartel em licitações de trens e metrô de São Paulo durante governos do PSDB; parlamentares respondem no STF por terem foro privilegiado; no inquérito, são apurados crimes de corrupção, evasão de divisas e lavagem de dinheiro; ministro Dias Toffoli seguiu o voto do relator, mas julgamento foi interrompido por pedido de vista de Luís Roberto Barroso

    23 de Setembro de 2014 às 16:39

     

    André Richter – Repórter da Agência Brasil

    O ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou hoje (23) a favor do arquivamento do inquérito que apura suposto esquema de formação de cartel em licitações do sistema de trens e metrô de São Paulo. No processo, os deputados federais José Anibal (PSDB-SP) e Rodrigo Garcia (DEM-SP) respondem na Corte por terem foro privilegiado. Após o voto do relator, o entendimento foi seguido pelo ministro Dias Toffoli, mas o julgamento foi interrompido por um pedido de vista do ministro Luís Roberto Barroso.

    Marco Aurélio entendeu que a testemunha que fez o acordo de delação premiada com a Justiça não apresentou provas concretas sobre a participação deles no suposto esquema. De acordo com os advogados dos deputados, a testemunha citou os nomes dos parlamentares somente seis anos após o início da investigação. Não há data para a retomada do julgamento.

    Com base na falta de indícios, o Supremo já arquivou inquéritos contra o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) e contra os deputados federais Arnaldo Jardim (PPS-SP) e Edson Aparecido (PSDB-SP).

    No inquérito, são apurados crimes de corrupção, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. As investigações indicam que as empresas que concorriam nas licitações do transporte público paulista combinavam preços, formando cartel para, com anuência de agentes públicos, elevar os valores cobrados.

    A parte do processo que envolve investigados ligados à Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) está sob responsabilidade da Justiça Federal de São Paulo. São citados João Roberto Zaniboni, Ademir Venâncio de Araújo e Oliver Hossepian Salles de Lima. Duas pessoas ligadas a Zaniboni e mais Arthur Gomes Teixeira também tiveram os nomes incluídos no inquérito.

    A combinação de preços entre as empresas que participaram de licitações para obras, fornecimento de carros e manutenção de trens e do metrô também é alvo de investigação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), do Ministério Público Federal e do Ministério Público Estadual.

  12. Youssef decide fazer delação

    Youssef decide fazer delação premiada, diz advogado

    ANDRÉIA SADI
    DE BRASÍLIA

    23/09/2014 17p4  Ouvir o textoMais opçõesPublicidade

    O doleiro Alberto Youssef decidiu fazer a delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. A informação é de Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, advogado do doleiro no Superior Tribunal de Justiça. “É uma pena, temos uma tese jurídica que era importante no STJ”, diz o criminalista.

    Ele diz ter sido avisado que o doleiro tomou a decisão por pressão familiar e porque vários outros decidiram fazer a delação. O advogado deixará o caso.

    “A família convenceu o Youssef a fazer a delação. Por mais que eu tenha afirmado que nossa no STJ é forte”, disse Kakay à Folha.

    O advogado acreditava na hipótese de anular todo o processo da lava jato, mas, segundo ele, a família do doleiro ”cansou”. “Ele pediu para me avisar que não pode segurar a família, pediu desculpas e disse saber que eu ia sair, como combinado [se aceitasse fazer a delação]”.

    Apontado pela PF como chefe do esquema bilionário investigado na Operação Lava Jato, Alberto Youssef seria responsável por lavar dinheiro e repassar os recursos desviados a políticos. O ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, é envolvido no mesmo esquema e já fechou um acordo de delação. Listou às autoridades ao menos 25 deputados federais, 6 senadores, 3 governadores, um ministro de Estado.

    O ministro Edison Lobão (Minas e Energia) e os presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), foram citados por Costa.

    PENA DE PRISÃO

    Mesmo com o acordo da delação premiada, é provável que o doleiro tenha que, além de entregar todos os seus bens ilícitos, cumprir quatro anos de prisão em regime fechado e outros quatro em regime aberto.

    A exigência do cumprimento de uma pena mínima é da força-tarefa do Ministério Público Federal que atua na Operação Lava Jato. Sem o acordo, Youssef, 46, poderia ficar mais de 20 anos no regime fechado.

    O rigor adicional que os procuradores têm com Youssef deve-se ao fato do doleiro já ter descumprido um acordo de delação que assinou em 2004, quando foi investigado por remessas ilegais que fez usando o Banestado, banco do governo do Paraná.

    Youssef se comprometeu a deixar o mercado paralelo de dólares, mas, em vez disso, aumentou ainda mais o volume de seus negócios.

    Como desrespeitou a promessa, o processo do Banestado foi reaberto em maio deste ano pelo juiz federal Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, e Youssef foi condenado a quatro anos de prisão. A ação penal havia sido instaurada em 2003 e os crimes de Youssef, perdoados em 2004.

     Editoria de Arte/Folhapress  

     

  13.  

    Dilma amplia vantagem

     

    Dilma amplia vantagem sobre Marina no 1º turno; no 2º, ambas obtêm 41%, diz Ibope

    Daniel Bramatti, José Roberto de Toledo – O Estado de S. Paulo

    23 Setembro 2014 | 18h 00

    Candidata à reeleição oscila 2 pontos para cima e adversária, 1 para baixo; Aécio mantém os 19% da pesquisa anterior

    A mais recente pesquisa Ibope/Estado/Rede Globo mostra que, com 19% de taxa de intenção de votos, Aécio Neves (PSDB) parou de crescer, enquanto Marina Silva (PSB) oscilou de 30% para 29% e Dilma Rousseff (PT) passou de 36% para 38%, abrindo nove pontos porcentuais de vantagem sobre sua principal adversária. Na simulação de segundo turno, as duas estão empatadas em 41%.

    O resultado frustra as expectativas do candidato tucano, que havia crescido quatro pontos na pesquisa Ibope da semana passada e contava com a retomada de eleitores que havia perdido após a entrada de Marina na corrida presidencial. Ao se estabilizar na faixa dos 19%, Aécio vê diminuírem suas chances de chegar ao segundo turno.

    Dilma, que havia perdido três pontos porcentuais na pesquisa anterior, agora recuperou dois. Ela tem agora quatro pontos mais do que no levantamento do Ibope feito logo após a morte de Eduardo Campos (PSB) em um acidente aéreo, em agosto.

    Pastor Everaldo (PSC) teve 1% das menções. Outros candidatos, somados, obtiveram 2%. Ainda há 5% de eleitores indecisos, e 7% pretendem votar nulo ou em branco.

    Segundo turno. No segundo turno, persiste o empate técnico – a diferença é que, no levantamento anterior, Marina estava numericamente à frente (43% a 40%). Na eventualidade de conseguir chegar à segunda rodada da eleição, Aécio ficaria 11 pontos porcentuais atrás da atual presidente (35% a 46%).

    A avaliação positiva do governo oscilou de 37% para 39%. Não houve alteração nas taxas dos que consideram a administração regular (33%) e ruim ou péssima (28%).

    O Ibope ouviu 3.010 eleitores de 296 municípios entre os dias 20 e 22 de setembro. A margem de erro do levantamento é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%. Isso significa que, em 100 pesquisas feitas com a mesma metodologia, 95 terão resultados dentro da margem de erro prevista. O registro no Tribunal Superior Eleitoral foi feito sob o protocolo BR-00755/2014.

     

     

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