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Lourdes Nassif
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  1. Água Relatora da ONU Rebate, e Mantém Críticas a Alckmin

    Relatora da ONU rebate Alckmin e mantém críticas ao governo por crise hídrica em SP

    Catarina de Albuquerque diz que, de forma geral, falta de água generalizada podem ser evitadas com planejamento

    POR TIAGO DANTAS22/10/2014 17:06 / ATUALIZADO 22/10/2014 18:52Represa Jaguari, em Joanopolis, no interior de São Paulo, forma o sistema Cantareira e está com nível baixo – Fernando Donasci / Agência O Globo

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    SÃO PAULO – O governo de São Paulo enviou duas cartas à ONU para reclamar de críticas feitas pela relatora especial para água e saneamento, Catarina de Albuquerque, sobre a forma como a gestão Geraldo Alckmin (PSDB) está lidando com a crise hídrica. Em entrevista concedida ao GLOBO nesta quarta-feira, Catarina rebateu as cartas, negou que suas críticas teriam o “propósito de inflamar a campanha eleitoral”, como escreveu Alckmin, e disse que mantém o que havia falado em agosto, durante visita não-oficial ao Brasil. Na ocasião, ela afirmou que o governo paulista deveria ter combatido o desperdício de água.

     

    — A seca obviamente tem a ver com as alterações climáticas e, às vezes, a gravidade das secas está fora do nosso controle — declarou Catarina ao GLOBO. — Mas há uma parte que é previsível. É por isso que, numa perspectiva dos direitos humanos, aquilo que digo para todos os governos é: “planejem, adotem medidas, preparem-se”. E isso aplica-se tanto ao caso de São Paulo quanto a de outros países do mundo. E acho que isso é bastante razoável.

    Em 31 de agosto, o secretário-chefe da Casa Civil do governo paulista, Saulo de Castro Abreu Filho, enviou uma carta a Zeid Ra’ad Al Hussein, alto comissário da ONU para direitos humanos, pedindo que a organização corrigisse informações dadas por Catarina em uma entrevista publicada pelo jornal “Folha de S. Paulo” naquele mesmo dia. O secretário argumentou que a taxa de desperdício de água nos municípios atendidos pela Sabesp é de 19,8% — e que sobe a 31,2% se forem levadas em conta as ligações irregulares. Na entrevista, era citado um índice de 40% de desperdício. Segundo a relatora da ONU, esse número se refere a uma taxa nacional de desperdício de água nas tubulações.

    A segunda carta, assinada por Alckmin, foi enviada para o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em 9 de setembro. Mais longa que o texto de Saulo, a mensagem dizia que Catarina “não tomou a iniciativa de se encontrar com representantes do governo estadual”, “fez as declarações apenas algumas semanas antes das eleições estaduais com o objetivo de inflamar a campanha eleitoral e, portanto, forçou a ONU a tomar uma posição política” e “incorreu em erros inaceitáveis”. Alckmin termina a carta dizendo que se uma correção não for feita, ele não terá certeza sobre a capacidade da ONU em organizar a Cúpula do Clima, que aconteceu em 23 de setembro em Nova York.

    — Meu interesse é só um: promover a realização do direito humano a água e saneamento no mundo inteiro. E eu trabalho com todos os governos — disse Catarina, nesta quarta. — Uma das características que tenho é falar com toda a gente e ouvir toda a gente, indiferente de política do governo A, B ou C. Isso é indiferente para mim. Obviamente tenho zero interesse de influenciar o que for de eleições. Nunca fiz isso.

    A relatora da ONU afirmou que viajou ao Brasil no fim de agosto para participar de palestras na Universidade de São Paulo (USP) e na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a convite de amigos professores. Ainda segundo Catarina, ela pagou as passagens de avião e participou de um terceiro evento: uma conferência sobre a crise em Campinas, no interior de São Paulo. O governo paulista disse que este último evento, realizado em 25 de agosto, foi organizado por um militante do PT. Catarina afirmou, porém, que desconhece o fato e que respondeu a convite feito pela companhia de saneamento do município, a Sanasa.

    — Estive nos últimos três dias em Detroit, nos Estados Unidos (onde 50 mil famílias tiveram o abastecimento de água cortado porque não têm dinheiro para pagar as contas). O governo de Detroit é de esquerda, e estive criticando o governo. Critiquei também o governo da presidente Dilma (Rousseff, do PT) quando fiz meu relatório (sobre água e saneamento no Brasil, apresentado em junho). Você acha que me preocupo se critico A, B ou C? Não me interessa. Olho para situações. Se acho que podem melhorar, eu digo. Ponto final.

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    GOVERNO DIZ QUE NÃO ATACOU ONU

    Em nota, o governo do estado afirmou que Alckmin “nunca ‘atacou’ a ONU”. Diz o texto: “o governador apenas aproveitou a oportunidade para indagar se a funcionária da organização, ao comentar a crise hídrica, falava em nome próprio ou em nome das Nações Unidas. O questionamento, ainda não foi respondido, decorre do fato de que vários veículos de comunicação descreveram as declarações da funcionária como sendo posição da ONU.” Ban Ki-moon deve responder a carta de Alckmin. Segundo a ONU, a posição da relatora especial não representa necessariamente a das Nações Unidas.

    — Posso emitir meus juízos, minhas opiniões autonomamente, de forma independente. São essas as regras do jogo — disse Catarina, que continuou: — Agora não vou falar mais (sobre a situação de São Paulo). Tudo o que disse em agosto, mantenho: tem que se planejar, tem que se dar prioridade aos usos pessoais e domésticos da água, e não a indústrias e agricultura. Não quero colocar mais lenha na fogueira. O que disse, está dito. Não retiro nada.

    Portuguesa, Catarina cumpre o mandato de relatora especial da ONU há seis anos. Nesse meio tempo, participou de 15 missões oficiais, uma delas ao Brasil, em dezembro do ano passado.

    FALTA D’ÁGUA APÓS ELEIÇÃO

    Moradores da capital paulista reclamam que começaram a notar falta d’água em suas casas após o primeiro turno das eleições. A porcentagem de pessoas que admitem ter ficado sem água pelo menos um dia subiu de 46%, em 13 de agosto, para 60%, em 17 de outubro, segundo pesquisa Datafolha divulgada segunda-feira. Os casos de desabastecimento que duram mais de cinco dias subiram de 28% para 38%.

    No Parque dos Príncipes, na Zona Oeste de São Paulo, moradores dizem que ficaram sem água por nove dias, entre 7 e 15 de outubro. Depois disso, o abastecimento ficou irregular, segundo a empresária Cristina Correia, de 31 anos. No bairro, algumas pessoas compraram caminhão-pipa, enquanto outras usaram a água da piscina para atividades de limpeza:

    — Semana passada estava vendo com um vizinho a possibilidade de comprar um caminhão-pipa para encher a caixa d’água. Tenho duas crianças em casa. Tivemos que economizar muito para passar esses dias todos sem água. Antes da eleição, isso ainda não tinha acontecido.Não tínhamos ficado nem um dia sem água.

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    A partir de setembro, a Sabesp, companhia de abastecimento de água, tem intensificado manobras para reduzir a pressão da água, segundo o diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Sabesp, Antônio da Silva. De acordo com ele, ao reduzir a pressão da água, a companhia reduz os vazamento, mas também dificulta a chegada da água em pontos mais altos. Quando a pressão volta ao normal, ainda leva um tempo para o sistema se regularizar.

    — Para o sindicato, isso é um rodízio disfarçado. Não teria problema se avisassem a população sobre o que está acontecendo. Se as pessoas soubesse que no bairro delas a pressão da água vai cair, iriam se programar, economizar — diz Antônio. — Estou preocupado com esse verão: como vai ser o abastecimento das cidades que dependem do turismo, das empresas?

    Nesta quarta-feira, o sistema Cantareira, responsável por abastecer a maior parte da Grande São Paulo, atingiu 3,2%.

    Read more: http://oglobo.globo.com/brasil/relatora-da-onu-rebate-alckmin-mantem-criticas-ao-governo-por-crise-hidrica-em-sp-14326624#ixzz3GwhvaZo8

  2. A mídia paulista NÃO noticiou a manifestação que NÃO houve

    As pessoas da “multidão” que atenderam ao chamado da grande liderança nacional (FHC, o homem que se reelegeu graças à compra de um punhado de deputados) contavam-se nos dedos: ao todo foram 45 participantes, incluindo manifestantes, policiais, cinegrafistas e o  próprio patriarca da corrupção. Ninguém viu o candidato de número 45. Dizem que ele não compareceu porque não tinha água para ele tomar banho no hotel onde ele estava hospedado. Sentindo-se sujo ele resolveu dormir mais cedo, depois de ter escovado os dentes com um copo de água mineral.

    A Rede Bandeirantes de rádio e televisão não noticiou o grande evento. Mas para que noticiar o que não houve? O que não acontece não vira manchete, não é verdade?

    Quá, quá, quá, quá,  Boechart!!! Nóis sofre mais nós goza, não é, Macaco Simão?

  3. Tarso conquista o voto de sua filha Luciana

    Exclusivo: Luciana Genro (PSOL) vota no pai, Tarso (PT), para governo do RS

     

    Mário Magalhães

     

    22/10/2014 15:04

     

    A ex-deputada Luciana Genro, candidata derrotada do PSOL à Presidência, vai votar no pai, Tarso Genro (PT),  no segundo turno da eleição para governador do Rio Grande do Sul. O favorito na disputa é José Ivo Sartori (PMDB).

    Assim Luciana acaba de se pronunciar ao blog: “Um voto de filha para pai. E porque o PMDB não é nem será uma alternativa para melhorar a vida do povo”.

    O que pode parecer a atitude mais natural não é: Luciana é adversária política de Tarso, o atual governador gaúcho, desde que a dirigente do PSOL deixou o PT.

    Na corrida presidencial, o PSOL não tomou partido nem de Dilma nem de Aécio, embora defenda nenhum voto para o tucano _as opções são a petista, voto branco e voto nulo.

    Luciana não revelou como votará para o Planalto.

    No Rio Grande, o PSOL também não chancelou nenhum finalista do segundo turno, como afirmou nota da agremiação: “Não nos restam dúvidas de que nenhuma das duas candidaturas nos representa, e mais, é preciso retomar as mobilizações e preparar-se para lutar para defender nossos direitos, seja qual for o próximo governador”.

    O candidato do partido ao Palácio Piratini, no primeiro turno, foi Roberto Robaina.

     

  4. Lelê Teles: Lobão, Frota e

    Lelê Teles: Lobão, Frota e Dolabella dão bolo em FHC e na massa cheirosa, que grita “ei, ebola, leva a Dilma embora”

    publicado em 23 de outubro de 2014 às 0:21, no Vi o Mundo do Azenha

    http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/lele-teles-lobao-frota-e-dolabella-dao-bolo-em-fhc-e-na-massa-cheirosa.html

    Captura de Tela 2014-10-23 às 00.20.59

    Do UOL, sobre a manifestação convocada por FHC e Ronaldo no largo da Batata, em São Paulo:

    Marcha anticomunista

    O repertório de xingamentos a Dilma Rousseff (PT), ao PT e a símbolos da esquerda foi vasto. “Dilma terrorista!” / “Ei, ebola, leva a Dilma embora” / “Ai que maravilha, a Dilma vai pra Cuba e o Aécio pra Brasília”. Sobrou também para o compositor Chico Buarque, apoiador da candidata petista. “Chico Buarque, vai cantar Geni na m*”. A preocupação com o comunismo permeou todo o ato: “A nossa bandeira jamais será vermelha”, gritavam os mais exaltados. Um cartaz com os dizeres “Viva a liberdade! Fora o comunismo!” foi afixado na frente do carro de som que levava as celebridades. Os simpatizantes do tucano também fizeram uma versão de “Pra não dizer que não falei de flores”, de Geraldo Vandré, hino da resistência à ditadura militar. “Dilma vai embora que o Brasil não quer você / aproveita e leva embora os vagabundos do PT.”

    É HUMILHANTE

    por Lelê Teles, no Facebook

    FHC marcou para esta noite de quarta-feira uma grande manifestação.

    Com o ego ferido ao ver Lula e Dilma enchendo de povo as ruas deste país, o insepulto Príncipe dos Sociólogos resolveu arregaçar as mangas e testar o seu cacife, a sua popularidade — ou sabe-se lá o que ele queria testar — e convocou o povo às ruas contra a “podridão”.

    Atentai bem.

    A convocação deu em todos os jornais e sites camaradas, todo articulista do bico comprido se referiu ao movimento, denominado #‎VemPraRua22, pulularam videos no face, no twitter, no Zap… com depoimentos de FHC, Pedro Simon e o próprio Aécio.

    Os neo-vloggers.

    Diziam que iriam resgatar o espírito das jornadas de junho, aquela rave cívica que arrastou uma moçada jovem e cansada de caminhar em esteiras nas academias e que resolveu vestir-se de bandeira e dar um rolê pelas ruas, sempre na hora de pico, atrapalhando o trabalhador de chegar em casa.

    Lembra deles?

    Aécio foi taxativo “nesta quarta-feira, a partir das 19h, o Brasil inteiro vai estar mobilizado pela mudança.”

    A expectativa era enorme. As casas de apostas se enchiam, o povo se acotovelava com maços de reais nas mãos. Colocariam 50 mil pessoas nas ruas como fez Dilma no Recife? Fariam um novo TUCA? Reproduziriam aquela linda imagem recheada de vermelho que vimos essa semana na ponte que liga Joazeiro à Petrolina, com uma multidão gritando Dilma, Dilma?

    Às 19h de hoje tivemos a resposta:

    cri, cri cri, cri…

    O povo não foi.

    Olhei para um lado, olhei para o outro e nada. Cadê Dado Dolabella, cadê Lobão, cadê Alexandre Frota, quêde Lindsay Lohan?

    Uai, sô. Abandonaram o candidato, esses cabras só são machos pra xingar nas redes sociais, cadê mostrar a cara, cadê bater no peito, cadê levantar a bandeira?

    Nada!

    Na hora de chacoalhar cadeirante, ameaçar ator, xingar a presidenta, eles saem todos das tocas.

    Todos nós sabemos que a turma do Aécio é da massa cheirosa e, sem água, fica difícil madame arrumar o cabelo para sair às ruas.

    Mas FH deixou claro que dessa vez queria o povo lá, o povão, eu e você. E FH, todos o sabemos, tem a sua forma singular de se aproximar do povo, certa vez disse que era um mulatinho com um pé na cozinha, dessa vez preferiu mexer na árvore genealógica pra convencer os desinformados, ele aclamou sem enrubescer “sou neto de nordestino, tenho orgulho disso. Nós aqui de São Paulo precisamos estar juntos com vocês todos, nós todos juntos em indignação contra essa podridão que está havendo no Brasil.”

    Cri, cri, cri…

    Mas com mil diabos, tantos artistas populares ao lado deles, Chitãozinho, Zezé, Anderson Spider, o Fenômeno, o Goleiro Bruno, a família Para Nossa Alegria…

    Mas e o povo, quêde povo no Largo do Batata, Deus dos invernos?

    Com que cara o candidato sai de casa amanhã? Haja injeção de cavalo depois dessa.

    Melancolicamente, Aécio vai vendo a sua candidatura artificial cair na real.

    Um cabra que, às véspera do pleito, convoca o povo às ruas e fica comendo mosca só pode tá moscando.

    A única multidão que segue Aécio é aquela que desrespeitosamente aplaude o seu candidato em debates, dentro dos estúdios de TV, no ar condicionado.

    A rua é nóis, Aécio.

    Palavra da salvação.

     

  5. Notícia falsa

    http://www.otempo.com.br/blogs/pol%C3%ADtica-19.298822/analista-de-redes-sociais-tucano-divulga-not%C3%ADcia-falsa-sobre-dia-da-eleição-19.327672

    NO FACEBOOK

    Analista de redes sociais tucano divulga notícia falsa sobre dia da eleição

    Mensagem afirma que eleitores de Dilma só precisam ir às urnas no dia 2 de novembro

    22/10/14 – 23H22  BLOGS / O TEMPO – Belo Horizonte

     

    Um dos responsáveis por cuidar das redes sociais nas campanhas tucanas, Jorge Lopes Cançado, espalhou pelas redes sociais a falsa notícia de que apenas os eleitores de Aécio Neves (PSDB) devem ir às ruas no dia 26 de outubro. De acordo com a informação, os apoiadores de Dilma Rousseff só votariam no dia 2 de novembro, “para evitar confrontos violentos”. O post de Jorge Lopes Cançado atribui a decisão ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Notícias falsas semelhantes já povoam as redes sociais e o Whatsapp desde o primeiro turno e são divulgadas.

    A postagem pode gerar até mesmo problemas com a Justiça Eleitoral e a Polícia Federal. De acordo com o Código Eleitoral, em seu artigo 297, trata-se de crime eleitoral “Impedir ou embaraçar o exercício do sufrágio”. Se assim for entendido após uma eventual denúncia, a pena de detenção pode chegar a seis meses, além do pagamento de multa.

    Procurado por telefone, Jorge Cançado não atendeu às ligações do Olho Neles. Após o blog enviar mensagem para ele via Facebook, o militante tucano apagou a postagem.

    O militante
    Em folders de Aécio, Jorge Cançado aparece como diretor de Formação Política da Juventude do PSDB de Minas Gerais. Prestigiado na legenda no Estado, ele é próximo do deputado eleito Caio Nárcio, que irá ocupar uma cadeira no Congresso a partir de 2015. Durante a disputa eleitoral, Cançado esteve mais próximo da campanha de Caio do que da de Pimenta da Veiga. 

     

  6. Palestra de Fernão Lara

    Palestra de Fernão Lara Mesquita  Seminário Ética para o juiz – um olhar externo: 

    https://www.youtube.com/watch?v=VUhnl3qynkA

    Ontem, no ato pró Aécio a mesma pessoa – Fernão Lara Mesquita, da família proprietáriado jornal “O Estado de S. Paulo” que se notabilizou pelo apoio ao Golpe de Estado 64, que implantou a ditadura civil-militar. 

     

     

  7. Carta de um “desinformado”

    Leitura imprescindível, amigos!

    CARTA DE UM “DESINFORMADO”

    Os apoiadores e integrantes do PSDB costumam dizer que as pessoas que votam no PT são “burras, “ignorantes”, “vendidas” e “mal informadas”. Pois bem. Tentarei, de forma pontual, me livrar de tais rótulos.

    Sou advogado; tenho duas pós-graduações; fui professor da língua inglesa por mais de seis anos; vivi vários anos na Inglaterra e alguns meses em outros países como a Austrália, Índia (onde estudei francês), e Estados Unidos (por onde viajei mais de 15 mil quilômetros por terra, percorrendo 22 estados). Também estive em Cuba, conhecendo a ilha de ponta à ponta. Visitei o Egito, a Indonésia, e a Escócia. Passei pela Suíça, por Omã, Singapura entre outros países. No Brasil, percorri o sertão de cinco estados do nordeste, assim como várias localidades das demais regiões. Toda esta experiência de vida me permitiu escrever duas obras literárias, ambas registradas na Biblioteca Nacional. Creio que (ao menos objetivamente) não poderia ser considerado um “burro” ou ignorante”.

    Quanto a ser um “vendido”, digo que jamais me filiei ao PT; nunca recebi qualquer auxílio ou cargo público, e tampouco ganhei um tostão furado para defender o Partido dos Trabalhadores. Meu patrimônio também não cresceu nos anos de governo PT (pelo contrário).Ou seja, creio que não mereço ser chamado de “vendido”.

    Quanto ao rótulo de “mal informado” devo dizer que possuo a mais contundente fonte de informação: a vivência dos anos PSDB. Foi durante este período que testemunhei uma criança morrer de fome a cada 5 minutos (só no nordeste, sem contar as outras regiões do Brasil).

    Vivi os 8 anos do governo do PSDB, quando os salários eram arrochados e os juros eram altíssimos. Vi quase 20 milhões de desempregados, vagando pelas ruas, sem esperança e dignidade, entre eles, centenas de engenheiros, advogados e outros detentores de diploma de cursos superiores, se acotovelando nas filas de inscrição para concursos de ingresso na carreira de lixeiro.

    Nos anos do PSDB, vi o Procurador Geral da República (em conluio com o Presidente FHC) arquivar mais de seiscentas denúncias de corrupção (todas contra o governo do PSDB). Nos anos da administração dos tucanos, vi nosso país se ajoelhando perante o FMI, pedindo bilhões de dólares, afundando o Brasil numa dívida que fulminou nossa (então) parca soberania.

    Nos anos de FHC, vi as faculdades federais serem sucateadas, e a educação ser transformada em pó. Vi, entristecido, e sem poder fazer nada, nossas estatais (muitas delas as mais valiosas do planeta e conquistadas com muito custo) serem entregues a preço de banana para forças estrangeiras.

    Testemunhei a venda criminosa da Embratel, que dizimou nosso pólo de tecnologia, e que levou milhares de engenheiros e empregados da área de telecomunicações perderam seus empregos. Dezenas de empresas nacionais que vendiam produtos e tecnologia para a Embratel sumiram do mapa. Claro. Seus compradores (que pagaram uma ninharia) eram espanhóis, e, obviamente, só importavam produtos e mão de obra das terras ibéricas.

    Também vi, no ano de 1995, através da emenda número 9, a Petrobrás perder seu monopólio de exploração de nosso petróleo. Até então, só ela tinha o direito de explorar nossas reservas do “ouro negro”. Mas, por conta de uma manobra, Fernando Henrique conseguiu aprovar sua emenda à Constituição, e hoje, temos que dividir nosso pré-sal com empresas estrangeiras. Vi nossos minérios serem entregues de mão beijada aos estrangeiros, quando a empresa de mineração mais poderosa do planeta, a Vale do Rio Doce, foi vendida por menos de 10% de seu valor real.

    Vi nossa Companhia Siderúrgica nacional, junta com nossa produção de ferro e aço, ser praticamente dada, de graça, a empresários estrangeiros. Também testemunhei a aniquilação de uma das maiores empresas de navegação do mundo, a Lloyd brasileiro. Foi o doutor Fernando Henrique que a viu falecer aos poucos, e a liquidou em 1997. São duas horas da manhã, e minha memória e o cansaço não me permitem lembrar de mais acontecimentos tenebrosos da era do PSDB. Mas eles são muitos.

    Por isso, termino este humilde texto fulminando o último rótulo a mim direcionado: o de ser “mal informado”. Os jornais e revistas daquela época me informaram muito bem sobre o que estava acontecendo. Por isso, graças a Deus, tenho informação de sobra para nunca mais querer ver a cara do PSDB de volta ao governo. E que eles fiquem informados de minha decisão. Leandro Coelho Justino.

     

    Leandro Coelho: ‎Corrupção é com a PRIVATARIA TUCANA

  8. Dilma e Aécio brigam por um
    Dilma e Aécio brigam por um prêmio-chave: vencer em seu Estado natal
    quarta-feira, 22 de outubro de 2014 19:18 BRST
     

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    Presidente Dilma Rousseff, candidata do PT à reeleição, e Aécio Neves  (PSDB) se cumprimentam depois de debate na TV em São Paulo. 14/10/2014  REUTERS/Paulo Whitaker

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    1 de 1Versão na íntegra

    Por Brian Winter

    BELO HORIZONTE (Reuters) – A presidente Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) cresceram a sete quarteirões de distância um do outro, frequentaram o mesmo clube de tênis de elite, assistiram filmes na mesma sala e passearam pelas mesmas praças durante os anos 1960.

    Eles torciam para equipes rivais de futebol, no entanto, e eventualmente trilharam caminhos políticos bem diferentes. Dilma fez parte de um grupo marxista que se opôs à ditadura militar, enquanto Aécio abraçou o ethos mais conservador do seu avô, uma figura histórica na política brasileira.

    Hoje, Dilma e Aécio estão lutando pelos votos na sua cidade natal de Belo Horizonte e em todo Estado de Minas Gerais –um campo de batalha crucial na corrida que vai ser decidida nos últimos minutos.

    A cidade de 5 milhões de habitantes é a capital do Estado que tem o segundo maior colégio eleitoral do país, algumas vezes chamado de “Ohio brasileiro” por conta do seu status de termômetro das eleições. Desde que a democracia voltou completamente em 1989, todo presidente vitorioso foi vencedor em Minas Gerais.

    Aqui, como em outras partes do Brasil, quedas acentuadas nos níveis de pobreza e na taxa de desemprego na última década fizeram Dilma, 66 anos, ter um leve favoritismo para vencer o segundo turno.

    Aécio, ex-governador de Minas Gerais de 54 anos, espera que a insatisfação com a economia estagnada e o suporte para as suas políticas pró-mercado o ajudem a diminuir a vantagem da sua rival de 4 pontos percentuais nas pesquisas de intenção de votos mais recentes.

    A eleição mais disputada em décadas tem um drama extra em Belo Horizonte porque muitas pessoas aqui conhecem os candidatos –e seguem surpresos, mesmo depois de todos esses anos, como duas pessoas de origem tão similares podem buscar agendas tão diferentes.

    “É só o que as pessoas querem conversar aqui”, comentou rindo Helvécio Ratton, 65 anos, um cineasta que é amigo de Dilma desde a universidade.

    Ratton disse que ele e Dilma foram atraídos para a resistência de esquerda por conta da impressionante desigualdade no país, que era ainda pior naquele período. Durante os anos 1960, dezenas de milhares de pessoas pobres, muitas vezes doentes e analfabetos, migravam para Belo Horizonte todos os anos, muitos acabavam dormindo nas ruas da cidade.

    Ele descreve a presidente como uma adolescente estudiosa que era “muito engraçada, que sempre ficava fazendo piadas”.

    Esta descrição é diametralmente oposta a sua imagem atual, de uma líder severa e sem humor, reconheceu Ratton. Ele disse que ela mudou depois de ter sido presa e torturada pelos militares no início dos anos 1970. Ter feito carreira no mundo “masculino” da política brasileira também pode ter ajudado ela a agir com dureza, acrescentou.

    “Em particular,” ele disse, “você ainda encontra a velha Dilma.”

     

    NOS PASSOS DO AVÔ

    O pai de Dilma era um aristocrata búlgaro que emigrou para o Brasil durante a Segunda Guerra Mundial e pagou para os seus filhos aulas particulares de francês e os matriculou nas escolas mais importantes da cidade –incluindo aquela que, coincidentemente, Aécio vai votar no domingo.

    A família de Dilma ainda é dona da grande casa roxa em que ela cresceu e que hoje é usada para recepções de casamentos e outros eventos especiais. A responsável pela casa, que disse que se chama Thays, disse que nunca teve contato com a presidente, tendo contato apenas com um contador.

    “Se ela perder,” disse Thays com um sorriso irônico, “achamos que o aluguel vai subir.”

    Doze anos mais novo que Dilma, Aécio perdeu o tumulto da década de 1960. No lugar disso, ele assiduamente seguiu o caminho do seu avô, Tancredo Neves, que o precedeu tanto como congressista como governador de Minas Gerais.

    O Neves mais velho era reconhecido como um político gentil e como construtor de consenso sque se opôs aos militares sem assustá-los. Quando os generais concordaram com uma transição administrada para a democracia nos anos 1980, Tancredo acabou sendo eleito, sem voto popular, presidente da República, mas morreu aos 75 anos antes de assumir o cargo.

    Aécio imitou as maneiras impecáveis e a personalidade alegre de Tancredo mesmo quando era criança, disse Celina Ramos, que o conheceu aos 8 anos no clube Cruzeiro.

    “Ele era um bom garoto naquela época e ele é um bom garoto agora”, ela disse.

    Essas questões de personalidade e histórico pessoal são mais importantes para os mais de 15 milhões de eleitores de Minas Gerais do que em outras partes do Brasil, afirma o economista Paulo Paiva, ex-ministro do tucano Fernando Henrique Cardoso.

     

    “ASSUNTO DE FAMÍLIA”

    De fato, a campanha aqui parece estar focada em duas questões principais: qual candidato tem a melhor história de vida e quem merece mais crédito pelos programas sociais que ajudaram a reduzir a notória desigualdade brasileira na última década.

    A equipe de Dilma inundou as rádios e televisões com estatísticas mostrando como o governo federal auxiliou Minas Gerais: 1,1 milhão das famílias no Estado estão recebendo pagamentos mensais de auxílio social, enquanto 146.151 estudantes participaram do programa de educação profissional do governo e assim por diante.

    Os eleitores de Aécio, por sua vez, elogiam os programas que ele criou como governador de 2003 a 2010, como um que instala banheiros e cozinhas nas casas de pessoas pobres.

    “Todos eles foram muito bons para mim,” disse Maria dos Anjos Souza, uma mulher desempregada de 41 anos, enquanto marcineiros contratados pelo Estado instalavam um novo piso na sua cozinha, na semana passada. Ela disse que não havia decidido seu voto ainda.

    A campanha de Dilma ressaltou o seu passado militante, usando a foto da sua prisão em 1970 em anúncios de TV e em camisetas para retratá-la como uma resoluta defensora dos pobres.

    Aécio perdeu espaço por conta das acusações feitas pela campanha de Dilma que os laços familiares fazem dele um elitista. Ele rebate dizendo que o fato de ter trabalhado ao lado do seu avô quando estava na casa dos 20 anos ajudou a torná-lo o candidato da “mudança segura”, com o apoio político e o conhecimento necessário para reviver a economia.

    O efeito de tudo isso em Minas Gerais não está claro.

    Um número maior de eleitores votaram em Dilma Rousseff no primeiro turno do que em Aécio, ainda que a presença de um terceiro candidato tenha dividido a oposição.

    Na praça de Belo Horizonte na qual a casa da família Neves ficava, uma multidão de duas dezenas de pessoas se reuniu em um bar na semana passada para assistir o debate entre os dois candidatos.

    Alguns gritaram com a TV ou uns com os outros, mas a maioria bebeu em silêncio, enquanto assistia.

    “Temos que manter a calma””, disse Nilton Leme, 43 anos, que trabalha para uma mineradora. “Para a gente, isso é um assunto de família.”

     

     

     Próximo Artigo: Dilma volta a acusar PSDB de desempregar e diz que salário mínimo está em jogo na eleição
     
     

     

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  9. EXTRA !! EXTRA !! EXTRA !!!

    DEVIDO AO ACIRRAMENTO DESTA CAMPANHA ELEITORAL E A PROBABILIDADE DE HAVER CONFRONTOS VIOLENTOS, BEM COMO PARA EVITAR O ACÚMULO DE ELEITORES FEDORENTOS NO MESMO AMBIENTE, O TRE DE SÃO PAULO, PEDE PARA QUE OS QUE DESEJAM REELEGER A DILMA, PROCURAREM SUAS RESPECTIVAS ZONAS ELEITORAIS E VOTAREM NESTE DOMINGO, DIA 26/10/2014) .

    JÁ PARA OS QUE DESEJAREM VOTAR NO AECIM, DEVERÃO PROCURAR SUAS RESPECTIVAS SEÇÕES ELEITORAIS NO OUTRO DOMINGO, DIA 02/11/2014 (DIA DOS FINADOS ) .

    (hehehehe)

  10. A crise da água em São Paulo, a ONU, as eleições e o governador

    Do Yahoo Notícias

    A crise da água em São Paulo, a ONU, as eleições e o tiro pela culatra do governador

     

     

    https://br.noticias.yahoo.com/blogs/habitat/a-crise-da-agua-em-sao-paulo-a-onu-as-eleicoes-e-o-211258217.html

    Habitat – 16 horas atrás 

     

    Preocupado com as repercussões eleitorais, para o seu partido, da grave crise da água em São Paulo e na tentativa de desqualificar qualquer crítica a seu governo em relação ao tema, o governador Geraldo Alckmin enviou uma “dura” carta ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, queixando-se das análises e condutas da relatora especial da ONU para o direito à água, Catarina de Albuquerque, que visitou o Brasil em missão oficial no final do ano passado.

    Alckmin questiona declarações feitas pela relatora à Folha de S. Paulo, em agosto deste ano, ocasião na qual esteve novamente no país, em visita não oficial, a convite da Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento (Assemae), da Frente Nacional pelo Saneamento Ambiental e de outras instituições, para participar de debates e aulas sobre o tema de sua especialidade – o direito humano à água.

    Irritado com as posições da relatora, que questiona a atuação da Sabesp em relação à garantia deste direito para a população de São Paulo, o governador reclama que ela não conversou com a empresa em agosto para ouvir seus argumentos e que incorreu em grave erro ao dizer que as perdas de água em São Paulo são de 40% (e não de 31,2%!, depois corrigido pelo jornal, que reconheceu o erro do jornalista), e ainda afirma que a ONU não pode se manifestar em momentos eleitorais.

    Tive a oportunidade de conhecer Catarina de Albuquerque, jurista portuguesa, durante meus dois mandatos como relatora da ONU para o direito à moradia, concluídos em junho deste ano. Neste período pude atestar a seriedade e independência com que Catarina desenvolve seu trabalho. Infelizmente, o governador Geraldo Alckmin demonstra que não conhece o papel de um relator especial, nem o funcionamento do sistema de procedimentos especiais, ao qual as relatorias da ONU estão vinculadas, nem muito menos o “código de conduta” que acusa Catarina Albuquerque de ter violado.

    Ao enviar carta ao secretário-geral Ban Ki-moon, Alckmin ignora que a relatora não é funcionária da ONU e que não responde, portanto, ao seu comando central. Os relatores são especialistas eleitos pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU para desenvolver um trabalho com total independência, visitando países e realizando pesquisas temáticas na sua área de atuação. Esse trabalho é então apresentado ao Conselho de Direitos Humanos ou à Assembleia Geral, a partir de relatórios que trazem análises e recomendações.

    Além disso, a relação entre o Conselho de Direitos Humanos e os países se dá por meio da representação diplomática dos países junto aos escritórios da ONU em Genebra ou em Nova York. O Estado de São Paulo não é um Estado Membro da ONU. Ao se dirigir diretamente ao órgão, o governador parece também ignorar as atribuições de cada instância de governo em sua relação com a ONU.

    Quando da realização de sua visita oficial, em dezembro de 2013, Catarina cumpriu todos os requisitos exigidos: reuniu-se com órgãos governamentais das cidades que visitou, ouviu dirigentes de empresas de abastecimento de água e saneamento, inclusive a Sabesp, visitou municípios em diversos estados e escutou também representantes da sociedade civil. Só depois disso dirigiu-se à imprensa. Quando retornou ao país em agosto, concedeu entrevista à Folha, que queria comentar o seu relatório oficial, já então divulgado publicamente. Evidentemente, como a qualquer membro da imprensa, interessava ao jornalista relacionar o relatório (elaborado antes do colapso da água em São Paulo) à crise, assunto “quente” do momento.

    A maior parte do conteúdo da entrevista é uma explicação, em termos mais diretos, do conteúdo de seu relatório oficial. O relatório, aliás, já apontava perigos de desabastecimento de água no país, citando dados da Agência Nacional de Águas (ANA), assim como a inadequação de posturas como a da Sabesp de não fornecer serviços de abastecimento de água e de saneamento em assentamentos informais. De acordo com o marco internacional dos direitos humanos, referência a partir da qual a relatora deve avaliar as situações que analisa, se o abastecimento de água é um direito humano, estamos diante, sim, da uma violação de um direito.

    Na entrevista à Folha, Catarina afirma que o governo do Estado viola o direito humano à água ao priorizar a distribuição de recursos entre os acionistas da Sabesp – que tem capital aberto na bolsa de valores – em detrimento dos investimentos necessários à garantia de abastecimento de água para consumo atual e futuro da população. Isso deve ser prioridade em relação aos demais usos da água (industrial, agrícola, turismo), questão que ela também levanta em seu relatório oficial.

    Finalmente, exatamente por ser independente, um relator não pode deixar de se manifestar “em função de uma conjuntura eleitoral”, como quer o governador, sob pena de, aí sim, pautar sua postura por cálculos eleitorais e não pelo marco dos direitos humanos, que devem ser cumpridos sempre: antes, durante, depois e – sobretudo – independentemente de eleições.

    A tática “shoot the messenger” (mate o mensageiro) é velha conhecida dos relatores independentes: quando um governo não gosta das críticas que ouviu, procura desqualificar quem as formulou.

    Infelizmente, para o governador, o tiro saiu pela culatra. Ao tentar desqualificar Catarina, sua atitude apenas chama mais atenção para um tema fundamental no debate público eleitoral deste momento: qual é a responsabilidade do Estado em relação aos direitos humanos dos cidadãos, dos quais o direito à água faz parte? A primazia da lógica de mercado na gestão de empresas que oferecem serviços públicos, como a Sabesp, permite a garantia de direitos? A proposta do não controle do Estado sobre os preços dos serviços públicos em geral – como a que defende o PSDB – pode garantir os direitos da população de acesso a estes serviços?

    No debate eleitoral sobre a crise da água, a competência em fazer ou deixar de fazer obras é muito menos relevante do que esta questão de fundo: o papel do Estado na garantia de direitos. Questão que, claramente, também divide as propostas dos candidatos à presidência em campos opostos.

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                               

  11. Boletim de ocorrência de ossada encontrada em Cláudio/MG.

    22/10/2014 – Tássia Camargo faz nova denúncia: Boletim de ocorrência de ossada encontrada em Cláudio/MG.

    ossada

    A atriz Tássia Camargo postou mais uma grave denúncia contra o Senador Aécio Neves em seu facebook. Leia abaixo o trecho retirado da linha do tempo de Tássia:

    (reprodução)

    ” Amigos como sou produtora e documentarista gosto de averiguar muitas coisas, principalmente as erradas.
    Depois de ter conversado, via telefone, ontem com o senhor Lucas Gomes Arcanjo resolvi olhar mais atentamente a pagina do mesmo no facebook.
    Encontrei abaixo de um vídeo que o próprio postou uma descrição onde encontrei o número do RED (B.O) que é o nº 2010-1170331-001.
    Passei o meu dia averiguando e não importa onde, mas achei o que queria.
    O próprio documento com graves denuncias sobre Aécio Neves.
    Aqui deixo registrado o documento que tem 4 páginas. Todas são importantes, mas prestem atenção na página 3. Nela diz que foi encontrada OSSADA HUMANA. Vejam o documento e saibam onde foi encontrada a ossada humana.
    Obrigada a todos pela atenção.
    Tássia Camargo. “

    BO01BO02BO03BO04

    http://linkis.com/pocos10.com.br/LjYmO

  12. ato pró-Aécio tem “viva a PM” e “Dilma terrorista”

    Com Ronaldo e FHC, ato pró-Aécio tem “viva a PM” e “Dilma terrorista”

    33

    Guilherme Balza e Márcio Neves
    Do UOL, em São Paulo

    22/10/201421h00 > Atualizada 22/10/201423p5Compartilhe50736,0 milImprimir Comunicar erro 

    A quatro dias do segundo turno das eleições 2014, simpatizantes do candidato à Presidência Aécio Neves (PSDB) realizaram uma passeata na avenida Brigadeiro Faria Lima, zona oeste de São Paulo, na noite desta quarta-feira (22).

    De cima do carro de som, o deputado federal Paulinho da Força (SD), que apoiou candidatos petistas em eleições anteriores, puxava os gritos de “fora, PT”. Ao lado dele estavam o ex-jogador Ronaldo, a cantora Wanessa Camargo, o humorista Juca Chaves e o vereador Floriano Pesaro (PSDB), única liderança tucana em cima do carro de som ao longo do percurso. 

    O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso apareceu durante a concentração, no largo da Batata, mas não continuou no ato.

    Segundo estimativa da Polícia Militar, cerca de 1.000 pessoas participaram do ato, que começou por volta das 18h. Alguns policiais que acompanharam o evento na rua falaram em 5.000 participantes.

    Já Milton Flávio, presidente do PSDB paulistano, disse acreditar que cerca de 20 mil militantes estiveram no evento, que, segundo ele, não foi organizado pelo partido. “Um ato convocado pela sociedade civil, que não tem ligação com nenhum partido, mas que reuniu todos aqueles que clamam por uma mudança e pedem que o Brasil volte a ser o que era.”

    Marcha anticomunista

    O repertório de xingamentos a Dilma Rousseff (PT), ao PT e a símbolos da esquerda foi vasto. “Dilma terrorista!” / “Ei, ebola, leva a Dilma embora” / “Ai que maravilha, a Dilma vai pra Cuba e o Aécio pra Brasília”. Sobrou também para o compositor Chico Buarque, apoiador da candidata petista. “Chico Buarque, vai cantar Geni na m*”.

    A preocupação com o comunismo permeou todo o ato: “A nossa bandeira jamais será vermelha”, gritavam os mais exaltados. Um cartaz com os dizeres “Viva a liberdade! Fora o comunismo!” foi afixado na frente do carro de som que levava as celebridades.

    Os simpatizantes do tucano também fizeram uma versão de “Pra não dizer que não falei de flores”, de Geraldo Vandré, hino da resistência à ditadura militar. “Dilma vai embora que o Brasil não quer você / aproveita e leva embora os vagabundos do PT.”

    Versão tucana de junho

    O ato foi convocado pelas redes sociais, em especial pelo WhatsApp, como uma tentativa tucana de reeditar os dos protestos de junho de 2013. Tanto é que o local escolhido, a avenida Faria Lima, foi um dos cenários mais recorrentes das numerosas manifestações do ano passado. Um cinegrafista da campanha do PSDB pedia para os presentes cantarem o “vem pra rua”, mas a resposta era sempre “fora, PT”.

    O clima lembrava um happy hour. Muitos vestiam roupa social e bebiam cerveja em garrafas long neck. Em cima do carro de som, um mestre cerimônia, um dos poucos negros no ato, tentou puxar o jingle de Aécio, inspirado na música “Festa”, de Ivete Sangalo. “Agora é Aécio, pra mudar, o povo do gueto mandou avisar”. Sem empolgar o público, ele lamentou. “Vocês não gostaram dessa? Ninguém me acompanhou.”

    Um dos presentes era Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), filho do deputado federal Jair Bolsonaro. Recém-eleito deputado federal por São Paulo, Eduardo Bolsonaro deixou a sede da Polícia Federal na capital paulista, onde trabalha, para participar do evento.

    Solitário, Eduardo não conseguia encontrar os amigos que lhe convidaram para o protesto, chamado por ele de demonstração “contra o pessoal que tá com o PT”.

    No último domingo (19), Jair Bolsonaro participou de um ato de Aécio em Copacabana, na zona sul do Rio, mas não foi convidado para subir no carro, nem tirar fotos com o presidenciável, o que incomodou o deputado.

    Segundo o filho, a família Bolsonaro irá apoiar Aécio de qualquer maneira. “É complicado. Ele [Aécio] aceita o apoio daquele maconheiro Eduardo Jorge [candidato à Presidência pelo PV] e rejeita o nosso, que somos representantes de três milhões de militares. Mas o Aécio querendo ou não nós e nossos eleitores vamos votar nele.”

    O ponto alto da manifestação foi o hino nacional, puxado por Wanessa Camargo e cantado pela multidão em frente ao Shopping Iguatemi, um dos mais luxuosos da cidade.

    Ampliar

    Campanha presidencial 2014200 fotos

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    22.out.2014 – A quatro dias do segundo turno das eleições 2014, simpatizantes do candidato à Presidência Aécio Neves (PSDB) realizaram uma passeata na avenida Faria Lima, zona oeste de São Paulo, na noite desta quarta-feira (22). Com faixas pró-Aécio e um carro de som comandado pelo deputado federal Paulinho da Força (SD) no microfone, os militantes pediram mais educação, mais saúde e a saída do PT do governo federal. “Fora, PT, leva a Dilma com você”, diziam. Também xingaram a presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) e, em coro, gritaram: “Viva a PM!” Bárbara

     

    http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2014/10/22/em-ato-pro-aecio-militantes-xingam-dilma-e-gritam-viva-a-pm.htm

  13. Wagner é vítima de nazismo anti-petista em SP

    Wagner é vítima de nazismo
    anti-petista em SP

    Como disse o Lula: igual, só o ódio contra Getúlio !

    Na foto, policiais na porta do restaurante de São Paulo, na noite dos cristais !

     

    ​Saiu no jornal A Tarde da Bahia:

     

    Antipetismo: Wagner diz que foi hostilizado em São Paulo

     

    O governador Jaques Wagner (PT) relacionou nesta quarta-feira, 22, um episódio de preconceito que disse ter sofrido em um restaurante em São Paulo no último sábado, 18,  com a declaração do ex-presidente Lula, que comparou os tucanos a nazistas, em um comício nesta terça, 21, em Recife, ao lado da presidente Dilma Rousseff.

    “Eu relatei isso para o presidente Lula e, provavelmente, como eu sou judeu, então ele se referiu a isso”, afirmou Wagner, que disse ter sido alvo de preconceito em um restaurante “normal, de classe média” por ser petista.

    O governador contou que estava na capital paulista para fazer campanha e saiu para jantar com a esposa, a primeira-dama Fátima Mendonça, e o filho dela, que fazia aniversário. “No final, quando eu estava saindo, ouvi uma voz gritando ‘vai embora daqui, vai’. E aí repetiu. Eu perguntei se era comigo. Aí teve o bate boca, que eu não ia também aceitar. Pela primeira vez, eu me senti ofendido com essa coisa”, declarou.

    Segundo Wagner, o episódio o fez lembrar de histórias contadas por seus pais, imigrantes judeus poloneses. “Na hora que o cara gritou, o que veio na minha cabeça foi isso mesmo: as histórias contadas pelo meu pai e pela minha mãe do que se sofria na Alemanha nazista. Só que ali o preconceito não era contra o judeu Jaques Wagner; era contra o petista Jaques Wagner, ou o nordestino”, disse Wagner, nascido no Rio de Janeiro.

    Em um grande comício, Lula comparou os líderes do PSDB a nazistas e a Herodes. “De vez em quando, parece que estão agredindo a gente como os nazistas agrediam no tempo da Segunda Guerra Mundial”, disse. “Outro dia, dizia para eles: Vocês são mais intolerantes que Herodes, que mandou matar Jesus Cristo”, afirmou o ex-presidente.

    http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2014/10/23/wagner-e-vitima-de-nazismo-anti-petista-em-sp/?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter

  14. Nordestino é agredido por desejar melhoras de Dilma… a que ponto

    Nordestino é agredido por desejar melhoras de Dilma… a que ponto chegamos!

    Hildegard AngelHILDEGARD ANGEL23 de Outubro de 2014 às 07:32Eu voto na Dilma para ajudar a todos que vi melhorarem de vida, para que todos sejamos cada vez mais iguais

     

     

    Prossigo aqui com a série de depoimento de leitores fiéis deste blog, incomodados com as hostilidades que enfrentam nas mídias sociais.

    Antes, vou lhes apresentar Jamill. É um rapaz nordestino, sensível, inteligente, fascinado pelo mundo da moda, da beleza e da sofisticação. Especialmente, é um admirador do mito social Carmen Mayrink Veiga, de quem ele é sócio fundador do Fã-Clube. Sabe tudo sobre os fatos que envolvem a história da vida e da elegância daquela que é referência na alta moda e na chamada alta sociedade.

    Conheci Jamill através de um e-mail, quando me escreveu pedindo-me que intermediasse seu contato com a “diva” Carmen. Atendi o pedido e logo ele e Carmen estabeleceram uma boa relação, falando-se por telefone frequentemente. Hoje, chego a pensar que Jamill sabe mais sobre Carmen do que eu. Ou até do que ela própria!

    Agora vejam o comentário que ele acaba de enviar a este blog:

    “Hilde,

    Infelizmente, fui chamado de “analfabeto”, de “pobre coitado”, e outras ofensas meio pesadas, por eu ser nordestino e por ter “curtido” a página da Dilma Rousseff e desejado, numa postagem, melhoras para ela depois que se sentiu mal após o debate. Meu voto é na Dilma, mas, eu não ataco em nada os que votam no Aécio.

    A verdade é que, por mais que ataquem a presidente e seus eleitores, muita coisa melhorou no Nordeste depois que o Lula e a Dilma entraram no poder. Não é um mar de rosas, como é a ideia que jornalistas sociais vendem em benefício próprio, enquanto comercializam agendas, eventos e livros com endereçamento, sobre a fantasia dos nordestinos que gostariam de ser alguém com sobrenome tradicional e tal.

    A realidade é muito dura e nada tem a ver com ilusões. Porém, descontando os exageros, o povo passou a ter dignidade. Muitas vezes, os comerciantes, industriais, se juntavam para comprar insulinas para diabéticos, remédios, que eram doados ao povo de suas cidades, aos funcionários, na época do FHC. O salário mínimo aumentava R$ 6,00 no ano. Está bem que o FHC fez algo bom com o Real, mas, na prática, é preciso enxergar as boas mudanças ocorridas desde que o Lula e a Dilma entraram na presidência: qualquer pessoas da Paraíba pode viajar de avião agora, com o Bolsa Família, as famílias moram juntas (antes o marido tinha de ir para o sudeste, de ônibus, 3 dias de viagem, para trabalhar e enviar dinheiro por carta – que muitas vezes se perdia -, pelo Correio, para casa) e podem aumentar o comércio local, comprando comida nos mercadinhos, e roupas.

    Hoje, todos têm uma televisão, uma moto, um carro, seja para o trabalho rural ou para estudarem e, o principal, podem usar água de poços artesianos. O acesso às universidades ficou muito mais fácil. Pessoas que antes pediam comida nas portas e feiras livres, hoje têm filhos universitários e conseguem ter dignidade, isso era algo inimaginável na época do FHC.

    Eu tenho muita pena do povo pobre, me refiro aos que antes moravam em casas de taipa (madeira e barro), esperando o dinheiro chegar pelo Correio. Mesmo os que são muito ricos deveriam pensar o mesmo, pois, não se sabe do dia de amanhã.

    Eu voto na Dilma para ajudar a todos que vi melhorarem de vida, para que todos sejamos cada vez mais iguais e apesar das ofensas de ser chamado de “analfabeto” e “pobre coitado” por eu ter “curtido” e desejado melhoras à presidente na página dela, eu não tenho dúvidas de que a desigualdade social diminuiu e que as pessoas, hoje, são mais felizes e têm boas oportunidades para o hoje e para o amanhã, votando Dilma 13.

    Graças a Deus tenho a sorte de ter bons pais que me deram educação e outros “luxos”, mas, não sou egoísta de pensar somente em mim. Sugiro que a maioria das pessoas, ao invés de irem a NYC para estreia na Broadway, que possam visitar interior nordestino e conhecer, conversando com as pessoas, essas mudanças que eu citei e como o Bolsa Família e outros recursos são bem aplicados para aumentar o comércio local e a produção de cada família.

    Obrigado pela atenção.

    Abraço do seu leitor e fã da linda Carmen,

    Jamill.”

    http://www.brasil247.com/+qnlau

  15. Faleceu, há dois dias, sem

    Faleceu, há dois dias, sem muito destaque na nossa mídia, o ex-Primeiro Ministro trabalhista australiano Gough Whitlam, que, por suas posições políticas contrárias aos interesses do imperialismo estadunidense, sofreu um golpe “constitucional”, em 1975.

    Abaixo, um artigo de John Pilger, mencionando o golpe esquecido. E um necrológio do jornal ABC da Espanha.

     

     O golpe esquecido por John Pilger O papel de Washington no putsch fascista contra um governo eleito na Ucrânia surpreenderá apenas aqueles que vêem os noticiários e ignoram o registo histórico. Desde 1945, dúzias de governos, muitos deles democracia, tiveram um destino semelhante, habitualmente com banhos de sangue.  A Nicarágua é um dos mais pobres países sobre a Terra, com menos população do que Gales, mas na década de 1980, sob os reformistas sandinistas, ela foi considerada em Washington como uma “ameaça estratégica”. A lógica era simples; se o mais fraco escorregar, estabelecendo um exemplo, quem mais tentaria a sua sorte?  O grande jogo da dominância não dá imunidade nem mesmo ao mais leal “aliado” dos EUA. Isto é demonstrado por talvez os menos conhecido dos golpes de Washington – na Austrália. A história deste golpe esquecido é uma lição saudável para aqueles governos que acreditam que uma “Ucrânia” ou um “Chile” não podiam lhes acontecer.  A deferência da Austrália para com os Estados Unidos faz a Grã-Bretanha, em comparação, parecer um traidor. Durante a invasão americana do Vietname – a qual a Austrália implorou para aderir – um responsável em Canberra divulgou uma queixa rara a Washington: que os britânicos sabiam mais acerca dos objectivos estado-unidenses naquela guerra do que os seus camaradas de armas nos antípodas. A resposta foi suave: “Temos de manter os britânicos informados para mantê-los felizes. Vocês estão connosco aconteça o que for”.  Esta declaração foi brutalmente posta de lado em 1972 com a eleição do governo trabalhista de Gough Whitlam. “Embora não considerado como de esquerda, Whitlam – agora com 98 anos – era um social-democrata independente, orgulhoso, proprietário e de extraordinária imaginação política. Ele acreditava que uma potência estrangeira não deveria controlar os recursos do seu país e ditar a sua política económica e externa. Ele propôs “recuperar o controle” e falar com uma voz independente a Londres e Washington.  No dia seguinte à sua eleição, Whitlam ordenou que a sua equipe não deveria ser “verificada ou perturbada” pela organização de segurança da australiana, ASIO – então, como agora, devedora de favores à inteligência anglo-americana. Quando seus ministros condenaram publicamente a administração Nixon/Kissinger como “corrupta e bárbara”, Frank Snepp, um oficial da CIA naquele tempo estacionado em Saigon, disse posteriormente: “Disseram-nos que os australianos podiam muito bem ser encarados como colaboradores dos norte vietnamitas”.  Whitlam quiz saber se e porque a CIA estava a dirigir uma base de espionagem em Pine Gap, próximo de Alice Springs, ostensivamente uma instalação conjunta australiana/americana. Pine Gap é um aspirador de pós gigante o qual, como revelou recentemente o denunciante Edward Snowden, permite aos EUA espiar sobre tudo. Na década de 1979, a maior parte dos australianos não fazia ideia de que este enclave estrangeiro secreto colocava seu país na linha de frente de uma potencial guerra nuclear com a União Soviética. Whitlam sabia claramente o risco pessoal que estava a assumir – como demonstram as minutas de uma reunião com o embaixador dos EUA. “Tente apertar-nos ou fazer-nos saltar”, advertiu ele, “[e Pine Gap] tornar-se-á um pomo de discórdia”.  Victor Marchetti, o oficial a CIA havia ajudado a montar Pine Gap, contou-me depois: “Esta ameaça de fechar Pine Gap provocou apoplexia na Casa Branca. As consequências eram inevitáveis … uma espécie de Chile foi posto em movimento”.  A CIA havia acabado de ajudar o general Pinochet a esmagar o governo democrático de outro reformador, Salvador Allende, no Chile.  Em 1974, a Casa Branca enviou Marshall Green para Canberra como embaixador. Green era um arrogante, uma figura muito experiente e sinistra no Departamento de Estado que trabalhava nas sombras do “estado profundo” (“deep state”) da América. Conhecido como o “mestre do golpe”, ele havia desempenhado um papel central no golpe de 1965 contra o presidente Sukarno na Indonésia – o qual custou um milhão de vidas. Um dos seus primeiros discursos na Austrália foi ao Australian Institute of Directors – descrito por um membro alarmado da audiência como “um incitamento aos líderes de negócios do país a levantarem-se contra o governo”.  As mensagens top-secret de Pine Gap eram descodificadas na Califórnia por um empreiteiro da CIA, a TRW. Um dos descodificadores era o jovem Christopher Boyce, um idealista que, perturbado pelo “engano e traição de um aliado”, se tornou um denunciante. Boyce revelou que a CIA havia-se infiltrado na elite política e sindical australiana e referia-se ao governador geral da Austrália, sir John Kerr, como “o nosso homem Kerr”.  Com a sua cartola negra e fato coberto de medalhas, Kerr era a corporificação do império. Ele era o vice-rei australiano da Rainha da Inglaterra num país que ainda a reconhece como chefe de estado. Seus deveres eram cerimoniais, mas Whitlam estava inconsciente, ou preferiu ignorar, os antigos laços de Kerr com a inteligência anglo-americana.  O governador-geral era um membro entusiasta da Australian Association for Cultural Freedom, descrita por Jonathan Kwitny do Wall Street Journal, no seu livro, The Crimes of Patriots, como uma elite, um grupo em que se entra só por convite … revelado no Congresso como sendo fundado, financiado e geralmente dirigido pela CIA”. A CIA “pagava a viagem de Kerr, construía seu prestígio … Kerr continuava a ir à CIA por dinheiro”.  Em 1975, Whitlam descobriu que o MI6 britânico desde há muito estava a operar contra o seu governo. “Os britânicos estavam realmente a descodificar mensagens secretas vindas ao meu gabinete de negócios estrangeiros”, disse ele posteriormente. Um dos seus ministros, Clyde Cameron, contou-me: “Sabíamos que o MI6 plantava microfones na reuniões do gabinete para os americanos”. Em entrevistas na década de 1980 com o jornalista americano de investigação Joseph Trento, responsáveis executivos da CIA revelaram que o “problema Whitlam” fora discutido “com urgência” pelo director da CIA, William Colby, e o chefe do MI6, sir Maurice Oldfield, que foram feitos “arranjos”. Um vice-director a CIA disse a Trento: “Kerr fez o que lhe disseram para fazer”.  Em 1975, Whitlam soube de uma lista secreta de pessoal da CIA na Austrália mantida pelo chefe do Australian Defence Department, sir Arthur Tange – um mandarim profundamente conservador com um poder territorial sem precedentes em Canberra. Whitlam pediu para ver a lista. Sobre ela esta o nome, Richard Stallings que, sob cobertura, havia montado Pine Gap como uma instalação provocadora da CIA. Whitlam agora tinha a prova de que estava à procura.  Em 10 de Novembro de 1975, foi-lhe mostrada uma mensagem telex top secret enviada pelo ASIO em Washington. Esta provinha de Theodore Shackley, chefe da Divisão da Ásia Oriental da CIA e uma das mais infames figuras desovadas pela Agência. Shackley fora chefe da operação da CIA com base em Miami para assassinar Fidel Castro e chefe de estação no Laos e no Vietname. Ele havia recentemente trabalhado no “problema Allende”.  A mensagem de Shackley foi lida a Whitlam. Incrivelmente, ela dizia que o primeiro-ministro da Austrália era um risco de segurança no seu próprio país.  No dia anterior Kerr havia visitado a sede do Defence Signalas Directorate, o NSA da Austrália cujos laços com Washington eram, e permanecem, estreitos. Ele foi informado sobre a “crise de segurança”. Ele pediu então uma linha segura e passou 20 minutos a conversar em voz baixa.  Em 11 de Novembro – o dia que Whitlam devia informar o Parlamento acerca da presença secreta da CIA na Austrália – foi convocado por Kerr. Invocando a arcaica “reserva de poderes” do vice-rei, Kerr demitiu o primeiro-ministro democraticamente eleito. O problema estava resolvido. 17/Março/2014O original encontra-se em http://www.counterpunch.org/2014/03/17/the-forgotten-coup/  Este artigo encontra-se em http://resistir.info/http://resistir.info/pilger/pilger_17mar14.html —————————————– INTERNACIONAL Muere el controvertido ex primer ministro de Australia Gough Whitlam Abolió el servicio militar obligatorio y la pena de muerte, implantó la educación universitaria gratuita y la sanidad pública, reconoció a la China comunista y retiró las tropas de Vietnam El ex primer ministro australiano Gough Whitlam, quien gobernó Australia entre 1972 y 1975 cuando fue destituido del cargo a raíz de una crisis constitucional por el entonces gobernador general John Kerr, ha muerto este martes a la edad de 98 años. «Nuestro padre, Gough Whitlam, murió esta mañana a la edad de 98», anunció la familia de este político que se convirtió en una leyenda para muchos australianos por sus reformas sociales y la promulgación de las primeras leyes a favor de los aborígenes. Hoy el primer ministro australiano, Tony Abbott, ordenó que las banderas sean izadas a media asta por la muerte de Whitlam, a quien describió como «un gigante de su tiempo». «Él unió al Partido Laborista Australiano, ganó dos elecciones y parece, en muchos sentidos, más grande que la vida», comentó Abbott en un comunicado. Por su lado, el líder del Partido Laborista, Bill Shorten, comentó a los periodistas que «creo que es justo decir, que al margen de las opiniones políticas, la nación ha perdido a una leyenda». Whitlam abolió el servicio militar obligatorio y la pena de muerte, introdujo la educación universitaria gratuita y el sistema de sanidad público Medicare, reconoció a la China comunista y retiró las tropas de Vietnam, entre otras medidas, recordó la cadena local ABC. El exmandatario también llegó a confirmar la cooperación de los servicios secretos australianos con la CIA estadounidense en la caída del Gobierno de Salvador Allende, derrocado en el golpe de Augusto Pinochet en septiembre de 1973. Lideró al Partido Laborista en su primera victoria en 23 años en las elecciones de diciembre de 1972 y permaneció en su puesto hasta una crisis motivada por la negativa de los miembros de la Cámara Alta del Parlamento, dominado por la oposición, a aprobar el presupuesto hasta que se convocara a nuevas elecciones. Para poner fin a esta situación, el gobernador general, como jefe de Estado y valiéndose de sus poderes constitucionales, destituyó a Whitlam e invistió al entonces líder de la oposición Malcolm Fraser como primer ministro en funciones. Por eso Whitlam será recordado por ser hasta el momento el único primer ministro de la historia de Australia que salió de las riendas del Ejecutivo de Camberrapor decisión del jefe del Estado de Australia. http://www.abc.es/internacional/20141021/abci-gough-whitlam-australia-201410211046.html

     

  16. PSDB ensaia o discurso do golpe

    O discurso do PSDB está alinhado pra acusar uma fraude em favor da Dilma, ou no mínimo pra questionar a legitimidade da vitória dela. O discurso do golpe está em gestação. A proposta política do PSDB é o golpe!

    1) Instituto Teotonio Vilela contesta pesquisas e diz que “no pior cenário”  a disputa está “cabeça-a-cabeça”:

    http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/10/1536107-instituto-do-psdb-questiona-datafolha-e-diz-que-no-pior-cenario-disputa-esta-cabeca-a-cabeca.shtml

    2) Aécio diz que pesquisas estão longe da vontade do povo:

    http://eleicoes.uol.com.br/2014/noticias/2014/10/23/pesquisas-estao-distantes-da-vontade-do-povo-afirma-aecio.htm

    3) Aécio diz que tracking do PSDB dá vitória a ele “por alguns pontos:

    http://noticias.r7.com/eleicoes-2014/aecio-ve-pesquisas-longe-de-vontade-do-eleitor-e-diz-que-dilma-ja-e-derrotada-23102014

     

  17. MP n° 657 não representa violação à autonomia da PF

    A MP n° 657 foi editada pela Presidenta Dilma para privilegiar os Delegados Federais, no momento em que estavam sendo divulgadas informações sigilosas relativas à delação premiada do Paulo Roberto da Costa, aos Jornais Tradicionais, com nítido propósito de prejudicar a sua candidatura.

    Mediante singela consulta ao texto literal da MP n° 657, depreende-se que não houve qualquer restrição à autonomia da Polícia Federal. Ao revés, houve, a bem da verdade, aumento de autonomia do referido órgão policial. Isso porque a Medida Provisória passou a dispôr que o cargo “diretor-geral da PF” seja ocupado, privativamente, por “delegado de classe especial” (último nível da carreira), nomeado pelo Presidente da República.

    Nesse ponto, cabe destacar que, antes da edição da MP, a nomeação para o cargo de diretor-geral também competia, indiretamente, ao Presidente da República, na medida em que tal seleção era feita pelo Ministro da Justiça, cargo subordinado à Presidência da República. No entanto, inexistia a atual restrição: privatividade de “delegado de classe especial”.

    Na prática, essa alteração aumentou a independência da PF, posto que os delegados que ocupam o último nível da carreira são mais experientes e sabem agir com mais independência quando submetidos a pressões políticas.

    Além disso, a Medida Provisória também subordina as atividades de direção à atuação dos Delegados Federais, o que fez com que os agentes, escrivães e peritos ficassem empolvorosos, na medida em que se não puderem exercer tais atividades de direção, terão que se contentar com o vencimento sem a gratificação que poderia advir da realização de tal atividade.

    Considerando esse contexto, percebe-se que foi concedida uma benesse aos Delegados Federais, a detrimento das demais classes integrantes do órgão de polícia, vez que, a partir de agora, aqueles passarão a fazer jus à gratificação e não estas.

    Por fim, vale registrar, novamente, que a atual paralisação da PF não tem qualquer relação com uma pretensa “restrição de autonomia” do referido órgão policial. Aliás, esses atos contam com reprovação dos Delegados da Polícia Federal, que já tiveram suas reivindicações atendidas com a edição da MP n° 657. A paralisação encontra motivação no desprestígio entre classes profissionais, notadamente no que concerne à política salarial, encontrando-se destituída de qualquer razão institucional.

    Fontes: 
    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Mpv/mpv657.htm
    http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/10/1532203-dilma-assina-medida-provisoria-pro-delegados-e-cria-problema-com-agentes-da-pf.shtml
    http://oglobo.globo.com/brasil/servidores-da-policia-federal-fazem-manifestacao-contra-mp-do-vazamento-14318330

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