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Redação

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  1. AÉCIO NEVES: GENERAL 5 ESTRELAS DA VELHA MÍDIA.

    Andei pensando, a partir da postagem,

    MÍDIA LÁ E CÁ: Quando quem deveria gerar noticia vira noticia, há algo estranho no ar… – http://www.jornalggn.com.br/blog/caetano-scannavino/midia-la-e-ca-quando-quem-deveria-gerar-noticia-vira-noticia-ha-algo-estranho-no-ar – do Caetano Scannavino,

      um pouco mais na velha mídia capitaneada pela Rede Globo e o fato de esconderem das manchetes a denúncia de recebimento de propina contra Aécio Neves feita pelo Youssef na CPI da Petrobrás. Fato noticiado mundo afora. O Youssef fala um A de alguém que tenha ligação com o Governo Federal e vira manchete no Brasil e Aécio não, por quê? Coloco aqui, também.

    Na Guerra de trincheiras da velha mídia Aécio Neves é general 5 estrelas.

    A grande discussão sobre os meios de comunicação hegemônicos no Brasil que temos de enfrentar e de forma realística é:

    Como querer imparcialidade se a velha mídia brasileira (Rede Globo, Folha, Estadão, Veja, Band & Cia.) deixou de ser um canal de comunicação de notícias de interesse da coletividade para se tornar um instrumento puro e simples de oposição ao Brasil e aos interesses da população brasileira?

    Não adianta, a mídia oligopólica brasileira vive, atualmente, apenas para:

    1) Defender a Ideologia de um grupo específico de agentes econômicos poderosos e que estão em toda parte do Planeta, apesar de representarem os interesses de menos de 1% da população mundial;

    2) Cooptar um  conjunto de políticos e agremiações políticas e um outro  conjunto, o de aliados no Judiciário, que aceitem o papel de defesa de seus interesses em troca de blindagem, tratamento cordial e positivo dos seus atos administrativos e apoio eleitoral no caso dos políticos. Dá-se apoio ao Político, ao partido político e ao membro do Judiciário que aceitar como idêntico os seus interesses econômicos e uma forma que deva coexistir na sociedade o dominante e os dominados.

    Com domínio de mais de 80% dos meios de comunicação que levam informação sobre o Brasil e o Mundo aos brasileiros ela, a velha mídia, detém um Poder de formar a opinião pública brasileira inimaginável.

    Acaba, pois, fornecendo aos brasileiros, a visão de mundo, que lhe interessa e a colocar acima do papel primordial de um meio de comunicação: a notícia de interesse coletivo, a defesa intransigente de sua Ideologia econômica. Ela coloca como saudável o que interessa ao 1% como interesse dos 100% dos brasileiros. E acabamos todos enredados numa Guerra ideológica sem fim.

    Pró e contra a Ideologia da velha mídia. Pró e contra os aliados dela. E não mais se busca a notícia na velha mídia, quando se aprende o que ela faz hoje de forma exclusiva: propaganda ideológica. Perdeu-se a razão de assistir, ouvir, ler a velha mídia para milhões de brasileiros.

    Afinal a velha mídia não faz mais Jornalismo.

    Ela não separa mais a Ideologia nem da Informação mais comezinha e nem da informação que a todos beneficia. Não separa mais o interesse particular da notícia. Não respeita mais sequer a pessoa, se esta for de outra Ideologia, mesmo sendo a pessoa a mais honesta pessoa do mundo. Tudo se restringe a olhar se uma pessoa está a lhe obedecer, a seguir seu manual de instrução (o da velha mídia), a ajuda-la a implementar os interesses econômicos que defende ou não.

    A velha mídia não olha os atos das pessoas mais. Olha o que ela defende, qual a Ideologia que ela pratica. Se a pessoa faz o que estes meios de comunicação defendem/representam/tem interesse ela os deixará em paz, independente de ser desonesta e do grau de desonestidade da pessoa, aqui pode ser um Político, um membro do Judiciário ou um funcionário do setor administrativo de um Governo aliado.

    Porém, o radicalismo é tão grande na velha mídia, que não há tréguas nem para um agrupamento de políticos/administradores que a sua política econômica aumenta juros, faculta lucros homéricos a bancos, coloca um Ministro da Economia totalmente ligado, de muitas formas, à Ideologia e aos interesses econômicos que a velha mídia defende. Por quê?

    Porque a velha mídia só aceita a receita exata que ela possui de intervenção na sociedade: o Estado mínimo e a submissão dos governantes aos ditames do Capitalismo Financeiro Internacional sem tréguas. Tudo nela se tornou uma intransigência irrefreável.

    Nela não há espaço para se pensar na existência de uma sociedade menos desigual e com equilíbrio dos lucros numa divisão mais igualitária dos rendimentos do trabalho e nem sequer de hegemonia do capitalismo industrial sobre o capitalismo financeiro.

    A nossa velha mídia (metaforicamente) se tornou um conjunto diminuto de países com exército poderoso e com armamentos de ponta em Guerra contra muitos outros países com exército arcaico. Está de um lado da trincheira e faz qualquer coisa para derrotar seu inimigo, porque numa Guerra não há limites, há àqueles que se precisa destruir, porque são de outra cor a bandeira, a ideologia e o modelo de sociedade ideal.

    Não adianta a gente ficar sonhando nem com o apreço e respeito da velha mídia, ao menos, pelo ser humano (telespectador) que se aceita capaz de lhe dar audiência.

    Ocultar a denúncia do Youssef contra o Aécio Neves é parte integrante desta Guerra. Aécio Neves faz o que a velha mídia quer, e poupado será sempre. Aécio Neves aceita agir em prol dos interesses ideológicos e econômicos da velha mídia. Ele é um General 5 estrelas da velha mídia. E por isto, somente fora da velha mídia brasileira se pôde ver, em manchete, a notícia mais importante da semana.

    Quando a velha mídia perdeu a capacidade de separar a defesa intransigente de uma Ideologia econômica da prática do Jornalismo a notícia ficou em segundo plano. O centro do Jornalismo se deslocou do coletivo para o particular.

    No decorrer dos anos do PT no Governo Federal foi sendo preparado o terreno para a Guerra.

    A intransigência, o Jornalismo parcial e a radicalização no trato da notícia favorável só aos aliados de Guerra e contrária/negativa a todos os do outro lado da trincheira se tornou a marca registrada da vela mídia.

    Seus jornalistas, comentaristas e aliados adentraram em um estado de espírito doentio, que acomodou as pessoas do lado da trincheira dos meios de comunicação em uma loucura, talvez, inconsciente de só enxergar erros nos governos Lula e Dilma, porque estes dois governos estão do outro lado da trincheira.   

    Aécio é o General 5 estrelas da trincheira da velha mídia. Dilma e Lula generais inimigos e numa paranoia mais abstrata eles seriam: generais vermelhos, revolucionários perigosos, comunistas infiltrados no Poder central e outras paranoias mais. Devem ser derrotados, são inimigos de Guerra ideológica.

    Culminou que a sociedade brasileira foi contaminada por este vírus do Jornalismo dos erros, de trincheiras ideológicas, da intransigência contra quem não está defendendo 100% dos seus interesses e até da não notícia.

    Hoje, estamos divididos. Aécio Neves representou (a) em 2014 e 2015 a redenção, a capitulação dos inimigos e a vitória da velha mídia; o PT, Lula e Dilma, os inimigos, a serem derrotados.

    Hoje, as ruas representam inconscientemente a Guerra de trincheiras da velha mídia contra outras ideologias que não sejam 100% iguais a dela. As manifestações atuais da extrema-direita nasceram da intransigência da velha mídia, são resultados do não jornalismo ali praticado.

    O ódio doentio contra os petistas ou defensores do Governo Dilma, contra LULA e as esquerdas, também, surgiram desta Guerra de trincheiras, da doentia paranoia de querer implementar à força e tornar hegemônico o modelo econômico que a velha mídia defende.

    Qualquer Ética jornalística desapareceu, narrativas falseadas do Brasil surgiram aos montes, nenhuma lucidez se faz mais presente nestes meios de comunicação. É Guerra e as manchetes contra o inimigo são seus principais aliados, elas precisam estar 24 horas do dia em ação! Contra o inimigo não se admitem tréguas.

    Por isto um General 5 estrelas não pode ser manchete, certo? Daria munição ao inimigo, se perderia uma batalha importante, e recuo considerável na ocupação do território inimigo. Aécio Neves poderá ser rebaixado de patente, esquecido, sendo alçado Geraldo Alckmin ao posto de General 5 estrelas, mas, nunca será abatido pelas manchetes.

    O brasileiro foi escolhendo o lado na Guerra de trincheiras, e participa de cada batalha: nas ruas, na Internet, no lazer, no trabalho, em casa, em qualquer lugar. E em clima pesado de comunicação/interação e atitudes, infelizmente.

    O triste desta Guerra é que nunca saberemos o atual estágio de desenvolvimento do Brasil, por meio destes grupos de comunicação hegemônicos no Brasil.

    Podemos dizer: o Brasil de agosto de 2015 está para ser descoberto, jornalisticamente, assim, como o Brasil de antes e depois do PT.

    O Jornalismo da Guerra de trincheiras é prejudicial por demais ao nosso País.

    Não adianta mais querer modificar o quadro de dentro do sistema velha mídia nem de seus aliados e seguidores, porque eles se enredaram em uma realidade paralela, a da bolha maniqueísta, que descrevi outro dia e pode ser lido sobre ela neste link:

    https://jornalggn.com.br/noticia/a-imprensa-e-a-bolha-maniqueista

    A velha mídia está em Guerra contra o Governo Federal. Não adianta mais cobrar sensatez de quem vive em Estado de Guerra. A sobrevivência desta mídia é incerta, provavelmente, durará mais alguns anos e a sua sobrevivência se dará mantendo esta batalha interminável de jogar todos contra todos, de colocar-se ao lado de uns contra o interesse da imensa maioria.

    Uma bolha resistente se vê e se fortalecerá, porém, não vamos vê-la explodir, apenas encolher-se até o último sobrevivente segurar uma já gasta vela acesa numa caverna, talvez, algum Jornalista mais realista que o rei da Rede Globo.

    Veremos a bolha até tornar-se imperceptível, até um último suspiro, quando, este último sobrevivente sentindo-se só vai assoprar a vela, sair da caverna e render-se, o último soldado da fronteira inimiga!

     

    E a Guerra será dada por terminada. 

  2. Para decifrar o código do “novo” capitalismo

    Do Sul 21 e Outras Palavras

    http://outraspalavras.net/outrasmidias/destaque-outras-midias/para-decifrar-codigo-do-novo-capitalismo-2/?utm_campaign=shareaholic&utm_medium=google_mail&utm_source=email

    Para decifrar o código do “novo” capitalismo

    – 27 DE AGOSTO DE 2015ShareShare

    150827-Colaboração

    Em Porto Alegre, Richard Sennett e Saskia Sassen tentam explicar por que crise não produz rebeldia. Para eles, sistema ainda ilude, ao dissolver redes de colaboração prometendo, em troca, autonomia 

    Por Marco Weissheimer, no Sul21 | Foto: Luiz Munhoz

    Quando eclodiu a crise financeira de 2007-2008, o sociólogo Richard Sennett acreditou que as pessoas iriam se rebelar contra as atitudes e o funcionamento do sistema financeiro internacional, responsável por rombos e falências cujas repercussões ainda estão presentes na economia mundial. Mas as pessoas não se comportaram da maneira que supôs que iria acontecer. O que teria acontecido? O professor da Universidade de Nova York e da London School of Economics iniciou sua participação no Fronteiras do Pensamento, na noite desta segunda-feira (24/8), no Salão de Atos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), expondo essa expectativa frustrada e a perplexidade que se seguiu a ela. “Fiquei intrigado com a crise de 2007-2008. Por que as pessoas não estavam se rebelando contra ela?” – assinalou.

    As reflexões de Sennet apontaram dois motivos centrais para que isso acontecesse. Em parte, afirmou, as pessoas não se rebelaram porque deixaram de acreditar na ação cooperativa e colaborativa. Uma das evidências desse fenômeno foi a redução da participação de trabalhadores em sindicatos. “A nova economia, neoliberal, enfatiza muito a autonomia e não a colaboração. As pessoas não ficam no mesmo emprego por muito tempo, não desenvolvem laços mais permanentes e não se associam com outras pessoas”, observou Sennett. Havia, portanto, razões ligadas à estrutura de funcionamento da economia para explicar a baixa participação.

    A corrosão do caráter e da colaboração

    Em parte, esse diagnóstico já está presente em seu livro “A Corrosão do Caráter: Consequências pessoais do trabalho no novo capitalismo” (1998, publicado no Brasil pela Record), onde Sennett argumenta que o ambiente de trabalho dessa nova economia, com ênfase na flexibilidade e no curto prazo, inviabiliza a experiência e narrativas coerentes sobre a própria vida por parte dos trabalhadores, o que, por sua vez, impediria a formação do caráter. No novo capitalismo, não haveria lugar para coisas antiquadas como lealdade, confiança, comprometimento e ajuda mútua. De 1998 para 2015, muita coisa aconteceu, mas a julgar pela reflexão que Sennett fez nesta segunda-feira em Porto Alegre sobre a possibilidade das cidades seguirem sendo espaços para se “viver juntos”, o déficit desses valores e princípios só se agravou.

    Sennett: "A ideia de que preciso do outro para viver, de que é importante fazer parte de um grupo, tudo isso está desaparecendo". (Foto: Luiz Munhoz/Divulgação)

    Richard Sennett: “A ideia de que preciso do outro para viver, de que é importante fazer parte de um grupo, tudo isso está desaparecendo”. (Foto: Luiz Munhoz/Divulgação)

    Um indicativo desse agravamento apareceu no segundo motivo apresentado pelo autor para tentar entender a não revolta das pessoas diante da crise provocada pelo sistema financeiro altamente desregulamentado. Sennett pesquisa há algum tempo a vida em comunidades carentes de cidades como Nova York e Paris. Na década de 80, relatou, estudou uma comunidade deste tipo na capital francesa e constatou que havia muito espírito de colaboração e cooperação entre seus moradores. “Hoje”, constatou preocupado, “isso também está desaparecendo”. “As pessoas passaram a viver em compartimentos, sem esse espírito de colaboração. Não sou sociólogo político, meu foco sempre foi a vida social dos indivíduos, mas o que me chama a atenção é que a ideia de interdependência está desaparecendo. A ideia de que preciso do outro para viver, de que é importante fazer parte de um grupo, tudo isso está desaparecendo”, afirmou.

    A ausência de destino compartilhado

    “Algo está errado com a nossa sociedade”, acrescentou Sennett, “com o modo como estamos tratando a questão da cooperação. O novo capitalismo está dissolvendo esses laços”. Ou, como o autor em seu livro de 1998: “Esse é o problema do caráter no capitalismo moderno. Há história, mas não narrativa partilhada de dificuldades, e portanto tampouco destino compartilhado. Nestas condições, o caráter se corrói e a pergunta “Quem precisa de mim?” não tem mais resposta imediata.

    Sennett não apresentou nenhuma receita pronta para lidar com essa situação, mas apontou um caminho que considera necessário para a recuperação da experiência do convívio com o outro: a cooperação dialógica, termo tomado do linguista russo Mikhail Bakhtin, que reivindica um tratamento participativo, diverso e múltiplo na linguagem. Contra a dissolução da interdependência e a corrosão da cooperação, Sennett defendeu a importância de nos tornarmos bons ouvintes, sensíveis à fala, mas também aos silêncios e gestos do outro, de estarmos abertos às ambiguidades e às diferenças. A cooperação envolve a capacidade de negociação entre essas distâncias e diferenças, defendeu. O autor não detalhou como essa postura comunicacional dialógica poderia enfrentar os mecanismos de dissolução da interdependência alimentados diariamente pelo novo capitalismo.

    Saskia Sassen: "Fileiras de grandes prédios comerciais, estacionamentos e shoppings centers não fazem de uma região uma cidade." (Foto: Luiz Munhoz/Divulgação)

    Saskia Sassen: “Fileiras de grandes prédios comerciais, estacionamentos e shoppings centers não fazem de uma área geográfica uma cidade.” (Foto: Luiz Munhoz/Divulgação)

    Uma marca da globalização: expulsar pessoas

    Richard Sennett dividiu o palco do Salão de Atos da UFRGS com sua esposa, a socióloga holandesa Saskia Sassen, uma estudiosa dos impactos da globalização e das novas tecnologias na vida das cidades e também dos processos de migração urbana que ocorrem neste contexto. Para Saskia Sassen, as nossas cidades vivem uma crise derivada, entre outros fatores, do processo de concentração de renda ocorrido no mundo nas últimas três décadas. Ao longo dos últimos trinta anos, defende, “houve perda de renda de metade da população mundial e tamanha concentração no topo que simplesmente chegamos ao limite. É a explosão disso que estamos vendo agora nas nossas cidades”. Em sua obra, Sassen defende que a globalização permitiu às grandes corporações terem uma geografia global da produção e da exploração, maximizando as possibilidades da velha lógica de obtenção do lucro, com práticas como a da terceirização e da redução dos custos do trabalho.

    Uma das marcas características desse modelo, que se reflete na vida das cidades, defende a socióloga holandesa, é expulsar pessoas. Essas práticas de expulsão ocorrem de maneiras variadas: desemprego, expulsão de pequenos agricultores para as periferias cidades, expulsão dentro das cidades por mega-projetos imobiliários. Neste contexto, defende Saskia Sassen, as cidades têm que ser vistas como algo diferente de uma área geográfica preenchida por grandes construções. Fileiras de grandes prédios comerciais, estacionamentos e shoppings centers não fazem de uma região uma cidade. “Isso não é uma cidade, é apenas um terreno densamente construído”. Contra esses aglomerados de densas construções, a socióloga cita o caso de Londres que tem mais de três de dezenas de pequenos centros no seu espaço urbano.

    Propostas indicadas por Sassen e Sennett pressupõem mudanças radicais no modo de funcionamento das nossas cidades. (Foto: Luiz Munhoz/Divulgação)

    Propostas indicadas por Sassen e Sennett pressupõem mudanças radicais no modo de funcionamento das nossas cidades. (Foto: Luiz Munhoz/Divulgação)

    Os megaprojetos que desurbanizam as cidades

    Para Sassen, a existência dessas pequenas comunidades civiliza o espaço urbano e a vida nas cidades. O que predomina hoje, porém, na maioria das nossas grandes cidades, é uma relação predatória, dominada por megaprojetos imobiliários que vão dissolvendo o tecido urbano e a vida em comunidade. “Esses megaprojetos, na verdade, provocam desurbanização. São complexos, mas são sistemas incompletos que tornam os espaços urbanos rígidos e repletos de áreas mortas”. Essas forças que reduzem a vitalidade dos espaços urbanos, acrescentou, reduzem a possibilidade de convivermos juntos nas cidades. Contra esse modelo de cidade dominado por corporações e seus megaprojetos, Saskia Sassen defendeu a construção de novas cidades, formadas por pequenos centros urbanos, com vida comunitária própria.

    Como no caso dos caminhos indicados por Richard Sennett para a superação do problema da dissolução da cooperação e do espírito de colaboração, as propostas indicadas por Sassen pressupõem mudanças radicais no modo de funcionamento das nossas cidades. Sem pretender oferecer respostas e caminhos definitivos, no final de “A Corrosão do Caráter”, Sennett define assim o que anima essa necessidade de mudança:

    “Que programas políticos resultam dessas necessidades interiores, eu simplesmente não sei. Mas sei que um regime que não oferece aos seres humanos motivos para ligarem uns para os outros não pode preservar sua legitimidade por muito tempo”

     

  3. Ministra do TSE aponta caixa dois da Odebrecht na campanha de Aé

    domingo, 30 de agosto de 2015

     

    Ministra do TSE aponta caixa dois da Odebrecht na campanha de Aécio

    Veja bem meus queridos leitores. Aécio, entrou no STF, TSE e TRE, pedindo a cassação do mandato da presidente Dilma por supostas irregularidade de doação de campanha.Além disso, Aécio Neves deixou de declarar R$ 3,9 milhões em doações A demagogia do tucano fez que ele esquecesse que, a campanha dele não era assim tão legal, ou foi má fé?

    Ministra do TSE lista 15  irregularidades detectadas nos documentos entregues à corte., entre outros itens, problema em doação da empreiteira Odebrecht, investigada na Lava Jato
    A ministra Maria Thereza de Assis Moura, relatora do processo que examina a prestação de contas da campanha do senador  Aécio Neves (PSDB-MG)  candidato derrotado à Presidência da República no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), solicitou ao tucano informações sobre 15  irregularidades detectadas nos documentos entregues à corte.

    Entre elas estão doações feitas pelas empreiteiras Odebrecht e Construbase que somam R$ 3,75 milhões.

    De acordo com a assessoria técnica do tribunal, Aécio repassou para o PSDB uma doação de R$ 2 milhões da Odebrecht, mas não registrou a transferência na prestação de contas. A empresa é investigada na Operação Lava Jato e doou R$ 8 milhões à campanha de Aécio Neves

    “O comitê financeiro nacional para presidente da República do PSDB registrou em sua prestação de contas o recebimento de doação de R$ 2 milhões, efetuada pelo candidato, no entanto, não há o registro da transferência na prestação de contas”, afirma o relatório técnico da Justiça Eleitoral.

    O TSE aponta também uma diferença entre o valor declarado pela campanha e o montante efetivamente doado pela construtora Construbase. Aécio Neves (PSDB) recebeu R$ 1,75 milhão, mas só declarou R$ 500 mil.

    Infrações.  Além disso, de acordo com o tribunal, a campanha de Aécio Neves deixou de declarar R$ 3,9 milhões em doações estimáveis (na forma de serviços prestados) que só foram contabilizadas na prestação de contas retificadora.

    Das 15 irregularidades detectadas pelo tribunal, pelo menos três foram consideradas infrações graves. Elas dizem respeito a doações recebidas antes das prestações de contas parciais e que só foram registradas nas prestações finais, somando mais de R$ 6 milhões.

    Tanto no caso dos R$ 3,9 milhões declarados apenas na prestação retificadora quanto no das três infrações graves, o tribunal quer saber por que a campanha de Aécio não contabilizou a entrada das receitas nos prazos estipulados pela legislação eleitoral. O senador tucano, presidente nacional do PSDB, foi derrotado pela presidente Dilma Rousseff no 2.° turno da disputa presidencial em 2014.Com informações do Estadão

    Vale registrar que, nenhum meio de comunicação, sem ser o Estadão, deu a notícia…. A Folha, jornal de assessoria de Aécio, nem tocou no assunto. Também não foi manchete Aécio Neves, denunciado pelo doleiro Alberto Yousseff como beneficiário de um esquema de propina em Furnas

    Leia também: Delator reafirma ‘tabelinha’ entre empreiteira e PSDB em Furnas
    São fartas as evidências e provas sobre a corrupção acerca da Lista de Furnas e o PSDB. Mas autoridades e mídia ainda mantêm o silêncio e a blindagem a Aécio. http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/2015/08/ministra-do-tse-aponta-irregularidades.html

     

  4. Viva a Justiça! Juízes declaram Chevron “inocente” por vazamento

    Do Tijolaço

    Viva a Justiça! Juízes declaram Chevron “inocente” por vazamento. “Não morreu um peixinho”!

     

    chevron

    Viva o Brasil! Viva a Justiça brasileira!

    Graças a ela, o Brasil está sendo moralizado!

    A Petrobras não vai escapar, vai ser desmontada até o último barril, não é?

    Vamos entregar nosso petróleo, com as bençãos de José Serra, a empresas capazes e responsáveis, como a Chevron.

    Sim, a Chevron, que acaba de ser inocentada pelo vazamento de petróleo no campo de Frade, em novembro de 2011.

    Não houve, segundo os desembargadores federais do TRF da 2ª Região, que abrange o Rio de Janeiro e Espírito Santo,  crime ambiental  e muito menos omissão de informações, embora a extensão do vazamento só tenha sido conhecida porque uma organização internacional, a SkyTruth, do geólogo americano John Ames, provocada por este Tijolaço, que forneceu enviou as coordenadas geográficas do poço acidentado, mostrou, com fotos de satélite, a dimensão imensa da mancha de óleo.

    O advogado da petroleira americana, Nélio Machado, ainda teve a cara-de-pau de declarar  “não ter morrido um só peixe em função do vazamento”, segundo o site Petronotícias, que apresenta uma detalhada cronologia da patranha sustentada pela Chevron desde que, descoberto o vazamento por trabalhadores da Petrobras que operavam em uma área próxima, a empresa alegava apenas que era uma “exsudação natural” de óleo do fundo do mar.

    A imprensa brasileira, que noticiou quase à força o vazamento, agora esconde outra imensa mancha: a escandalosa decisão dos nossos intimoratos juízes.

    Claro, foi tudo invenção dos blogs sujos!

    Aquelas fotos que depois foram parar nos jornais eram montagens e, quem sabe, num raciocínio (perdão pela palavra) como o de Danilo Gentili é capaz de ter sido provocada por alguns nacionalistas que, para desmoralizar os grandes amigos norte-americanos, que fazem o favor de levar nosso petróleo, tenha arrumado um barquinho, comprado meia-dúzia de latinhas de óleo num posto de gasolina e ido lá, para alto-mar, derramá-las e criar aquela mancha imensa.

    Vai ver esqueceram de comprar umas sardinhas no mercado para forjar um “peixicídio”, não é?

    Que vergonha!

    Toda a “punição” se resumiu a um “termo de ajustamento de conduta” – algo como aquele “eu juro. dputor,  que não roubo mais” com que outro juiz federal deixou Alberto Youssef livre depois do escândalo do Banestado – e alguma miserável “indenização”, paga com o próprio petróleo que tiram de lá.

    Os senhores doutores do Judiciário gostam de dizer que “decisão judicial não se discute”, mesmo que seja de uma extrema ironia, nestes tempos, dizer-se que a Chevron tem as “mãos limpas”.

    Está bem, obedeço.

    Mas não há força no mundo que possa, afinal, nos impedir de sentir nojo dela, não é?

    http://tijolaco.com.br/blog/?p=29288

    1. Não há nas relações humanas temas insuscetíveis de discussões.

      Bem lembrada reportagem, mas é necessário dar enfase à verdade do enfrentamento ao autoristarismo de decisões judicias que não fazem justiça nenhuma, pois os mesmos não entendem a ironia do seu título colocado.

      http://emporiododireito.com.br/decisao-judicial-nao-se-discute-cumpre-se-mas-pode-se-ao-menos-discutir-o-autoritarismo-dessa-falsa-premissa-por-denival-francisco-da-silva/ 

  5. Lula reage contra a Globo e seu assassinato de reputações.

    Do Tijolaço

    Lula reage contra a Globo e seu assassinato de reputações.

     

     darth

    Reproduzo a nota que o Instituto Lula divulgou publicamente, depois de ter sido ignorada no Jornal Nacional, que repercutiu uma matéria absolutamente imbecil da Revista Época que “prova” o jamais negado: que Lula, já como ex-presidente, promoveu os interesses do Brasil e das empresas brasileiras em outros países, entre eles Cuba.

    Antes dos comentários que farei ao final, chamo a atenção para o  fato de que, finalmente, Lula parece ter entendido que não é possível fazer política no Brasil quando se está submetido ao “Tribunal da Globo”.

    Não há “paz e amor”E  possível com este cogumelo.

    O único remédio possível contra ele é advertir, todo o tempo, como é venenoso e o mal que faz ingeri-lo.

    A nota, e depois volto ao tema:

    A resposta do Instituto Lula não lida no Jornal Nacional

    Jornalistas da revista ​Época e do Jornal O Globo já foram acionados judicialmente por danos morais praticados contra o ex-presidente Lula, em reportagens que divulgam mentiras e manipulam documentos oficiais. O ex-presidente Lula, a exemplo de outros dirigentes mundiais de expressão, atua com muito orgulho para abrir mercados internacionais para o nosso país e nossas empresas, sem receber por isso nenhuma remuneração. Não há ilícito nessa atividade em favor do Brasil e da geração de empregos em nosso país por meio da exportaçào de serviços e de produtos, como faz por exemplo, a Rede Globo, que desde 1982 exporta novelas para Cuba. O ex-presidente Lula jamais interferiu em decisões do BNDES, nem isso seria possível, dado ao rigor dos procedimentos da instituição, e como devem saber os profissionais das Organizações Globo, que têm um antigo e importante relacionamento societário com a subsdiária BNDESPar. Também não há ilícito na contratação de palestras do ex-presidente, como fizeram desde 2011 dezenas de empresas, inclusive a Infoglobo  O único crime que ressalta na matéria da revista Época é o vazamento ilegal do sigilo de documentos transferidos ao Ministério Público.

    Antes, Lula havia divulgado um outro texto, mais detalhado, sob o título “Documentos secretos revelam ignorância e má-fé da revista Época“, que está disponível aqui.

    Ainda que Lula estivesse fazendo “lobby” por alguma empresa – e quem é que vai fazer negócios no exterior pelo Brasil? Eu? Dona Candinha? Meu amigo Tião, camelô na Central do Brasil? – não haveria nada de ilícito.

    Como não há, também, no fato de o BNDES financiar operações casadas com países no exterior – crédito, em troca da contratação de produtos e serviços no Brasil – porque o Banco, como o nome indica, é feito para emprestar dinheiro e emprestou como emprestam os bancos europeus.

    Aliás. emprestou a taxas mais altas, até, como mostra a tabela abaixo, compilada pela instituição, num estudo que mostra que, também, a rentabilidade das operações externas é maior que a da já monstruosa “taxa Selic”.

    emprestimos

    Nada disso, porém, tem importância, porque não é de notícias e muito menos da verdade  que se alimenta o grupo Globo.

    Alimenta-se do poder que possui e do medo que os governantes brasileiros dele têm.

    Quase todos, praticamente sem exceções, nem mesmo do PT e do próprio Lula, durante muito tempo.

    Que parece, afinal, ter se disposto a enfrentá-lo.

    Até porque, apesar do alegado espanto de seus dirigentes – “puxa, eu não sabia que a Globo estava sendo parcial”, como teria dito João Roberto Marinho, ao encontrar-se com senadores do PT -, a Globo está para a liberdade dos brasileiros como está o arsenal atômico para os povos: só a sua existência já é uma ameaça contra a qual poucos podem se insurgir.

    E quase ninguém pode sobreviver se a enfrenta, embora seja a única forma de, um dia, vencê-la.

    http://tijolaco.com.br/blog/?p=29319

  6. Cantareira e Alto Tietê arruinados, “gambiarras de Alckmin” vão

    Do Tijolaço

    Cantareira e Alto Tietê arruinados, “gambiarras de Alckmin” vão à Billings

     

     altotiete

    Os dois principais sistemas de abastecimento de água de São Paulo sofreram, ao longo do mês de agosto, a pior redução de sua história.

     

    Cantareira e Alto Tietê perderam , juntos, 50 bilhões de litros de água.

     

    As perdas no Cantareira, do dia 30 de julho a hoje levaram o volume de 10,5% negativos (ou seja, abaixo do “zero normal”, sem considerar o “volume morto” pra menos 13,5%.

     

    As do sistema Alto Tietê, sobrecarregado para compensar a menor vazão do Cantareira teve queda maior.

     

    Baixou 4,4%: de 18,4% do volume total para 14%.

     

    A semana de chuvas pouco influiu na situação e a previsão – com todas as ressalvas que previsões meteorológicas merecem – é de que só em outubro a estação chuvosa chegue, com volumes modestos de precipitação.

     

    É, ao menos, o que noticia hoje o Estadão.

     

    O governo paulista continua apelando para as “gambiarras”.

     

    Primeiro, as bombas do “volume morto” no Cantareira , depois a drenagem do Alto Tietê para substituir a água que não vinha mais de lá, reduzida a menos da metade (de 33 , hoje não chega a 16).

     

    Agora, Alckmin anuncia a retirada de água da Billings- para o Taiaçupeba, uma das represas do Alto Tietê.

     

    O “probleminha” é que retirar 4 metros cúbicos por segundo da Billings é, quase, dobrar a vazão do Sistema Rio Grande, do qual ela é o centro…

     

    E como a capacidade do reservatório é pequena diante dos Outros (um décimo do Cantareira e um quinto do Alto Tietê), a falta de chuvas a faz baixar mais rapidamente: ao longo do mês de agosto caiu cerca de 8%.

     

    O Governo de São Paulo, com a água, parece um cidadão arruinado, mas com contas em vários bancos: vai tirando de um para não “estourar” o outro, que já entrou no saldo negativo. E assim vai ficando, em todos.

     

    Mas isso, claro. não merece uma análise de Miriam Leitão, sempre tão focada em dizer que os efeitos da seca sobre o sistema elétrico nacional são resultado da incapacidade de Dilma Rousseff, mas sobre Alckmin são culpa de São Pedro.

    http://tijolaco.com.br/blog/?p=29316

  7. Gilmar Mendes diz que Janot não deve atuar como ‘advogado’ de Di

    Gilmar Mendes diz que Janot não deve atuar como ‘advogado’ de Dilma

    MÁRCIO FALCÃO
    GUSTAVO URIBE
    DE BRASÍLIA

     

    Vice-presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e integrante do STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro Gilmar Mendes disse neste domingo (30) à Folha que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deveria se ater mais à instituição e não “atuar como advogado” da presidente Dilma Rousseff.

    A declaração é uma resposta ao parecer de Janot pelo arquivamento de um pedido do ministro para investigar uma das empresas fornecedoras da campanha de Dilma.

    No parecer, o procurador criticou a inconveniência da Justiça e do Ministério Público Eleitoral se tornarem “protagonistas exagerados do espetáculo da democracia”.

     Alan Marques/Folhapress Sessão de julgamento do Tribunal Superior Eleitoral onde se aprecia o encaminhamento do ministro Gilmar Mendes que aponta indícios na contas de Dilma Rousseff. Ministro Gilmar Mendes fala na reunião.(FOTO Alan Marques/ Folhapress) PODERO ministro Gilmar Mendes durante sessão do Tribunal Superior Eleitoral

    O ministro disse estar convicto de que é preciso investigar a empresa. A VTPB Serviços Gráficos e Mídia Exterior Ltda recebeu R$ 22,9 milhões da campanha petista por publicidade e materiais impressos.. “Continuo convencido da necessidade da investigação diante da relevância dos fatos, independente da questão eleitoral”, disse Mendes.

    E finalizou: “O procurador deveria se ater a cuidar da Procuradoria Geral da República e procurar não atuar como advogado da presidente Dilma”, afirmou o ministro.

    Janot afirma que sua decisão de não apurar a empresa foi técnica. No parecer, o procurador-geral da República afirmou que solicitou informações à gráfica, que enviou notas fiscais de serviços e modelos de santinhos e impressos.

    O procurador argumentou que os fatos “não apresentam consistência suficiente para autorizar, com justa causa, a adoção das sempre gravosas providências investigativas criminais”. Sobre as críticas de Mendes, a procuradoria não comentou.

    CRÍTICAS DA OPOSIÇÃO

    A decisão de Janot também foi criticada pela oposição. Em nota, líderes dos PSDB, DEM, PPS e Solidariedade na Câmara dos Deputados afirmaram que causou “grande estranheza” o tom adotado pelo procurador-geral e avaliaram que ele parece “querer dar lições” ao TSE e aos partidos oposicionistas.

    “No processo eleitoral, eleitores, partidos, Justiça Eleitoral e Procuradoria têm papéis distintos e complementares e é fundamental que todos cumpram o que lhes cabe, com equilíbrio e isenção. Inconveniente seria se não o fizessem”, ressaltaram.

    O documento do Ministério Público foi assinado na semana seguinte à indicação da petista para a recondução do procurador-geral ao cargo e no momento em que a Justiça Eleitoral discute a abertura de ações da oposição ao governo federal que pedem a cassação da chapa presidencial.

    O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), que disputou o Planalto em 2014 como vice do colega Aécio Neves (PSDB-MG), disse que Janot pareceu querer dar “lições de moral” à oposição, o que “não cabe na pena de um procurador-geral, cuja função é investigar indícios de crimes”.

    Em referência à defesa feita por Janot de que a “pacificação social” é uma das funções do Poder Judiciário, os partidos de oposição afirmaram que ela só poderá ocorrer se não “pairarem dúvidas sobre os métodos utilizados pelos candidatos para vencer eleições”.

    “Sobretudo, quando um dos concorrentes, no caso a presidente Dilma Rousseff, ter anunciado, um ano antes do início do processo eleitoral, que eles poderiam fazer o diabo quando é hora de eleição”, disseram.

    No final da nota, os líderes da Câmara dos Deputados ressaltam que continuarão aguardando e confiando na “imparcialidade” da Procuradoria-Geral da República para exercer o papel de “guardiã dos interesses da sociedade”.

    Relator da prestação de contas da campanha da presidente à reeleição, Mendes acionou nas últimas semanas a PGR, a Polícia Federal e o Ministério Público de São Paulo para investigar possíveis irregularidades na prestação de serviços, além de indícios de que recursos desviados no esquema de corrupção da Petrobras também abasteceram o caixa petista.

    TRÉPLICA

    Após as reações, a assessoria do Ministério Público divulgou nota segundo a qual o parecer “foi estritamente técnico” e que segue a avaliar outras representações sobre a campanha petista.

    Sobre o caso, diz que “os fatos narrados não trazem indícios de que os serviços não tenham sido prestados pela gráfica, nem apontam majoração artificial de preços”.

    Colaborou DANIELA LIMA, de São Paulo.

    http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/08/1675678-gilmar-mendes-diz-que-janot-nao-deve-atuar-como-advogado-de-dilma.shtml

     

  8. Gilmar Aécio SerraChevron

    # mais que patéticos:

    Gilmar – deveria nunca ter se comportado como advogado de FHC e dos tucanos, antes de querer cobrar qualquer um que seja

    Aécio – general só se da banda de São Joaõ Del Rey e, olhe, tenho dúvidas de iriam querer essa situação por lá

    SerraChevron – uma mais que palida sombra de um político que um dia despertava atenção. Não sei se desnudou-se ou simplesmente vendo que não ia chegar em lugar nenhum simplesmente descambou.

  9. É nescessário que se aumente

    É nescessário que se aumente ou se crie novos impostos?

    Sendo este um texto relativamente longo,coloquei somente um paragrafo para dizer do que se trata.

    ¨O Fisco, embora possua instrumentos legais que permitiriam, em tese, a coibição de práticas danosas ao erário público, todas, sem exceção, vêm sendo contestadas no Poder Judiciário, por inconstitucionais. Muitas destas empresas devedoras contumazes investem intensamente em suas marcas, patrocinam eventos culturais, seus sócios aparecem como grandes colaboradores de instituições filantrópicas, promovendo seu nome e sua rede de empresas. Por trás de grande parte destas ações de marketing está o dinheiro do cidadão, cliente destes contribuintes que, sem saber, financia a atividade do empresário, propiciando que enriqueça ilicitamente, já que paga pelo imposto destacado nas notas fiscais das mercadorias que adquire do devedor contumaz e este se apropria do imposto, financiando sua própria empresa, de forma desleal com a concorrência, aumentando arbitrariamente seus lucros.¨

    Segue o link:http://emporiododireito.com.br/devedores-contumazes-do-icms-no-estado-do-rio-grande-do-sul-e-a-pratica-de-crime-fiscal-por-ricardo-fiorin/

    1. aumento?

      O tributo significa a retirada da capacidade de investimento do empreendedor para se alocar recursos no Estado – aquele que promete um oásis e entrega uma poça d água – O questionamento judicial do tributo é da democracia, as causas de suspensão do tributo são rígidas e restritas, somente dadas quando há garantia do crédito tributário ou fundamento relevante, por isso, são raras.

      Outra vez o governo tentou aumentar tributos, já o fez quando tornou a confis e o pis não cumulativos – lá em 2003 – elevando exageradamente as alíquotas. Para além disso, os mecanismos de sonegação estão desaparecendo com a tecnologia – veja-se o que ocorre com as notas fiscais eletrônicas, que impedem o espelhamento de operações tributáveis e contituem, por isso, mecanismo de combate à evasão tributária.

      O que se vê no texto acima é a condenação do empresariado, mas, a verdade é que se cada um de nós dispusesse de mais recursos para poupança e consumo, de modo que se reduzisse o que pagamos de tributo, certamente a atividade econômica estaria mais aquecida e não haveria recessão técnica.

      A solução, a meu ver, está em rever-se o pepel do Estado. Com todo o respeito, não se pode, por exemplo, gastar-se 350 bi em juros da dívida pública e 430 bi em previdência social, no primeiro caso, é muito dinheiro disperdiçado, no segundo, gasta-se muito para custeio de aposentadorias minguadas, pelo menos as da previdência comum.

      Nesse passo indago, o que fazer para se comprometer menos receitas com juros? Os senhores concordam com uma reforma da previdência e até mesmo sua privatização. E o sistema de saúde? Não é hora de repensar-se o modelo, pensar-se num modelo contributivo privado? Não se poderia criar um “fies”para financiamento do ensino básico? 

       

       

       

       

       

       

       

       

       

  10. Avião da UFMG alcança 521km/h e bate recordes de velocidade

    Avião da UFMG alcança 521km/h e bate recordes de velocidade

    Modelo foi desenvolvido no Departamento de Engenharia Mecânica

    Do R7

     

     

    O Anequim, avião projetado no Centro de Estudos Aeronáuticos (CEA) do Departamento de Engenharia Mecânica da UFMG, alcançou a marca de 521,08 km/h e bateu cinco recordes mundiais de velocidade. Os testes foram feitos na Base Aérea de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, com o comandante Gúnar Armin.

    Desenvolvida desde 2011, a aeronave, a mais rápida projetada até hoje pelo CEA, pesa menos de 500 quilos, já incluindo piloto e combustível. Entre as principais inovações do Anequim, cujo nome é inspirado em uma espécie de tubarão agressiva e veloz, o professor Paulo Iscold destaca o fato de ter sido completamente projetado no computador e construído por máquinas de comando numérico.

    — Uma das vantagens é que as máquinas reduzem a necessidade da habilidade manual na construção do avião. A partir do momento em que qualquer forma desenhada pode ser feita pela máquina, o limite passa a ser a criatividade.

    A estrutura do avião é extremamente lisa, atributo que dificilmente poderia ser alcançado em uma produção manual. O Anequim também é o primeiro avião brasileiro com estrutura primária feita totalmente em fibra de carbono, o que o tornou extremamente leve, rígido e forte.

    Ensinar a voar

    “A UFMG é uma das poucas universidades do mundo em que professores ensinam a fazer aviões fazendo avião”, afirma Iscold, em alusão ao fato de que o Anequim foi projetado e construído por equipes formadas por professores e estudantes de mestrado e graduação.

    A primeira aeronave construída no CEA foi o planador de treinamento CB-1 Gaivota, nos anos 1960. Depois viram o CB-2 Minuano e pelo motoplanador CB-7 Vesper. O projeto seguinte foi o do ultraleve de alto desempenho CB-9 Curumim, até hoje usado em aulas de ensaios em voo. Pesquisas de doutorado do professor Claudio Barros resultaram no avião CB-10 Triathlon, e pouco depois seria criada uma versão mais veloz do Curumim: o CB-12 Curumim II. Iniciado como tema de trabalho de graduação do hoje professor Paulo Iscold, o CEA 308, pertencente à categoria das aeronaves leves, bateu, oficialmente, quatro recordes mundiais de velocidade. Por fim, o avião acrobático CEA-309 Mehari também foi concluído.

    Recordes

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    Velocidade em 3 km com altitude restrita: 521,08 km/h

    Recorde anterior: 466,83 km/h

    Velocidade em 15 km: 511,19 km/h

    Recorde anterior: 455, 8 km/h

    Velocidade em circuito fechado – 100 km: 490,14 km/h

    Recorde anterior: 389,6 km/h

    Velocidade em circuito fechado – 500 km: 493.74 km/h

    Recorde anterior: 387,4 km/h

    Tempo para atingir 3.000 metros de altitude: 2 minutos e 26 segundos

    Recorde anterior: 3 minutos e oito segundos

  11. Atitude contra extremismo de direita.

    Opinião: Merkel acerta em discurso sobre migração

    por Dagmar Engel

    http://www.dw.com/pt/opini%C3%A3o-merkel-acerta-em-discurso-sobre-migra%C3%A7%C3%A3o/a-18684690

    Quem atacar refugiados será punido; nada justifica o extremismo de direita. Ao se pronunciar sobre questão dos refugiados, chanceler federal alemã vai direto ao ponto, opina a jornalista da DW Dagmar Engel.

    Soa bastante lógica e quase inevitável a maneira como a chanceler federal alemã, Angela Merkel, se manifestou em sua grande coletiva de imprensa anual, diante de jornalistas do país e do exterior, sobre a questão dos migrantes e refugiados:

    1. Aplica-se o direito fundamental a asilo político e proteção contra guerra e perseguição.

    2. Aplica-se o direito fundamental à dignidade humana para todos, não importa de onde vêm e se têm ou não em vista o asilo.

    3. Quem fere esses direitos fundamentais, quem provoca e põe fogo nas acomodações das pessoas que vêm à Alemanha será perseguido pela dureza da lei. E fim de papo.

    Ou melhor dizendo: sem papo algum. Nenhum sinal de compreensão perante extremistas de direita, nenhuma tentativa de explicação, pois nada justifica atos de ódio contra refugiados e migrantes. A chanceler federal não dirige a palavra aos xenófobos, e preferiria nem falar sobre os provocadores. Qualquer atenção dela só serve para valorizar o status deles.

    A chanceler federal opta por destacar o que há de positivo: ela se diz orgulhosa e grata ao fato de o número de ajudantes [dos refugiados] superar o de xenófobos. Até mesmo a imprensa ganha um elogio por sua cobertura dos acontecimentos. Tudo bastante atípico.

    Merkel até abre mão de distribuir o problema pela Europa. É claro que também se trata de uma solução europeia. Os valores fundamentais do continente, a universalidade dos direitos civis estarão em jogo se os europeus não superarem esse desafio. Mas a Alemanha também pertence à Europa. Não resta margem para interpretações quando a chanceler federal diz: a Alemanha é forte, nós vamos conseguir. Conseguimos na crise financeira, na crise grega e na eliminação progressiva do uso da energia nuclear. Em tempos de crise, a chanceler federal está presente – esta é a mensagem que transmite seu discurso.

    Essas palavras teriam sido muito mais bem colocadas há uma semana. Ou mesmo antes. As primeiras manifestações contra um planejado abrigo de refugiados em Freital, na Saxônia, ocorreram há semanas. Talvez o mundo tivesse sido poupado dos incidentes em Heidenau.

    É preciso promover um debate quando ele existe – também esta frase foi dita por Merkel na coletiva de imprensa. Mas quando se trata de direitos fundamentais que não estão em debate, os itens 1, 2 e 3 acima dizem tudo. Basta.

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