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Redação

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  1. Para a mídia, o banqueiro preso não é amigo de Aécio. Por Paulo

    Do DCM

    Para a mídia, o banqueiro preso não é amigo de Aécio. Por Paulo Nogueira

     Postado em 25 nov 2015  por :        Nada a ver com Aécio, segundo a imprensa

    Nada a ver com Aécio, segundo a imprensa

    O senador Aécio Neves é um homem sem amigos, para a imprensa.

    Ele não é amigo de Perrela, o homem em cujo helicóptero foi encontrada meia tonelada de pasta de cocaína.

     

    Ele também não é amigo de Andre Esteves, o banqueiro preso hoje na Lava Jato.

    Em contraste, Lula, segundo a mídia, é um homem cheio de amigos. Você é informado ubiquamente em jornais e revistas, por exemplo, que ele é amigo de um pecuarista preso na Lava Jato como o banqueiro Esteves.

    Fui ver o que a decana do jornalismo econômico, Míriam Leitão, deu em seu blog no Globo sobre Esteves hoje.

    Nenhuma menção a Aécio. Esteves se aproximou, nos últimos anos, do governo, disse Míriam.  Este seu pecado, para Míriam: aproximar-se de Lula e Dilma.

    A empresa para a qual Míriam trabalha sempre esteve longe de governos, naturalmente, a começar pelos da ditadura militar, e depois seguindo por Sarney. Distância absoluta, o que dá a Míriam força para falar nos males trazidos pela proximidade com governos.

    Não é notícia, nem para Míriam e nem para ninguém na imprensa, que Andre Esteves pagou uma viagem para Nova York para Aécio e acompanhante em 2013. Ele era então senador.

    Em Nova York, Aécio falou num encontro com investidores estrangeiros promovido por Esteves. O casal Neves ficou hospedado num dos hotéis mais tradicionais de Nova York, o Waldorf Astoria.

    Repare.

    Ninguém discute se é ético um banco patrocinar uma viagem a Nova York para um senador da República.

    Foi sua lua de mel. Aécio acabara de se casar. Míriam, como o resto da mídia, ignorou esta viagem de Aécio em seu texto. Será que ela acha moralmente aceitável este tipo de coisa? (Do episódio ficou o boato de que Esteves foi padrinho de casamento de Aécio. Não é verdade.)

    Suspeito que para ela, assim como para a maior parte dos conservadores, haja duas formas de analisar uma mamata como a oferecida por Esteves a Aécio.

    Para figuras como Aécio, tudo bem. Mas se fosse para alguém do PT seria um escândalo.

    O Brasil vive a tragédia da dupla visão sobre episódios idênticos.

    Fui ver o perfil do site da Folha sobre Andre Esteves. Mais uma vez, nenhuma citação a Aécio. Havia até, na última frase, a afirmação de que Esteves é sócio minoritário dos Frias no uol.

    Mas silêncio absoluto sobre Aécio. É um homem sem amigos. O oposto de Lula.

    Esta a mídia não enviesada, na definição antológica do juiz Sérgio Moro, outro luminoso exemplo de isenção.

    http://www.diariodocentrodomundo.com.br/para-a-midia-o-banqueiro-preso-nao-e-amigo-de-aecio-por-paulo-nogueira/

     

  2. A Lava-Jato é uma peneira. Por onde andou a gravação até chegar

    Do Tijolaço

    A Lava-Jato é uma peneira. Por onde andou a gravação até chegar ao STF?

     

    disco

    O Ministro Teori Zavascki registrou, na discussão sobre a prisão do senador Delcídio Amaral, os vazamentos da Lava-Jato:

    “Vem à tona a grave revelação de que André Esteves tem consigo cópia de minuta do anexo do acordo de colaboração premiada assinado por Nestor Cerveró, confirmando e comprovando a existência de canal de vazamento na operação Lava Jato que municia pessoas em posição de poder com informações de complexo investigatório”.

    Quem ouve a gravação da reunião entre Delcídio, um assessor, o advogado – Edson Ribeiro – e o filho do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró descobre, porém, que é muito mais grave.

    Os integrantes da reunião comentam abertamente que a remoção de Cerveró da Superintendência da PF será feita para abrir espaço para novos presos e todos dizem que será o empresário José Carlos Bumlai, detido anteontem.

    A gravação foi feita no dia 4 de novembro.

    O advogado “prevê” que serão presos funcionários graduados da Petrobras – “pessoal de nível de gerência, operadores”.

    Doze dias depois, foram presos ou conduzidos coercitivamente vários funcionários da empresa.

    Dezenove dias depois, José Carlos Bumlai.

    No dia 16, 12 dias depois da gravação, já com seu conteúdo de posse do Ministério Público Federal em Curitiba, foi fechado o acordo de delação premiada de Cerveró, claro que levando em conta a “bomba” oferecida pelo outro defensor do acusado.

    E só no dia 20, domingo, foi levada ao protocolo do Supremo, embora envolvesse pessoalmente quatro dos seus integrantes: o próprio Teori, Dias Toffoli, Luiz Fachin e Gilmar Mendes e, indiretamente o presidente do Senado, Renan Calheiros, e o vice-presidente da República, Michel Temer.

    É preciso explicar o que aconteceu neste imenso “limbo” em que esta gravíssima situação ficou por duas semanas.

    Bastaria ouvi-la para que, imediatamente, fosse encaminhada à Procuradoria Geral da República, por envolver várias pessoas que só ela pode acusar.

    O Supremo Tribunal Federal, se quer ser coerente com o que disse o Ministro Teori Zavascki deve inquirir o Ministério da Justiça e a PGR sobre o que ocorreu com este material, ao longo deste tempo imenso.

    Onde se negocia tanto dinheiro e tanto poder, não é compreensível que não haja a transparência total sobre o que se fez com uma prova flagrante de crime de um senador da República.

    http://tijolaco.com.br/blog/a-lava-jato-e-uma-peneira/

  3. Quem dera fosse “notícia” do Sensacionalista.

    Esse país tá qualquer coisa… Queria eu estar pra lá de Marraquexe.

    ***

    Manifestantes jogam lama no Congresso e são presos por ‘crime ambiental’

    Ricardo Senra – @ricksenra
    Da BBC Brasil em São Paulo

    Alvo de protesto era a Vale, controladora da mineradora Samarco, dona da barreira de rejeitos de mineração que estourou há 20 dias

    Um grupo de cinco pessoas que participou de uma performance com lama em corredores do Congresso, na tarde desta quarta-feira, foi preso em flagrante sob alegação de crime ambiental.

    O auto de prisão feito pela Polícia Legislativa, ao qual a BBC Brasil teve acesso, diz que os manifestantes foram detidos com base na lei de crimes ambientais (9.605/98). O documento oficial cita o artigo 65 (“pichar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento urbano”), além dos artigos 140 (injúria) e 329 (resistência) do Código Penal.

    Segundo o texto assinado por Roberto Rocha Peixoto, diretor da Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados, um dos jovens foi “flagrado pichando algumas paredes e piso da Câmara dos Deputados, sujando as pessoas que transitavam no local, bem como ter resistido à prisão”.

    O protesto aconteceu no anexo 2 da Câmara, próximo ao Departamento de Taquigrafia. Os manifestantes seguravam cartazes com os dizeres “Terrorista é a Vale” e “Código de Mineração + Mariana + Morte”.

    Image copyrightREPRODUCAOImage captionTexto assinado diz que jovem foi “flagrado pichando algumas paredes e piso da Câmara dos Deputados, sujando as pessoas que transitavam no local, bem como ter resistido à prisão”.

    O alvo era a controladora da mineradora Samarco, dona da barreira de rejeitos de mineração que estourou há 20 dias, espalhando o equivalente a 25 mil piscinas olímpicas de resíduos químicos em Minas Gerais e no Espírito Santo.

    À reportagem, a presidência da Câmara afirmou, em nota, que “jovens que teriam entrado na Câmara como visitantes picharam o local com uma substância que se assemelha a lama”.

    A nota prossegue: “a palavra ‘morte’ foi identificada entre as pichações, o que pode significar uma referência à tragédia ambiental em Mariana (MG)”.

    ‘Paradoxo’

    Logo após a prisão dos cinco manifestantes, os deputados federais Jandira Feghali (PCdoB), Chico Alencar e Ivan Valente (ambos do PSOL) pediram a liberação imediata dos detidos.

    À BBC Brasil, Alencar classificou como “paradoxo” a prisão por crime ambiental de manifestantes que criticavam o derramamento de lama.

    “A gente vive na Câmara dos Deputados do Brasil um tempo de inversão absoluta de valores”, diz. “Que paradoxo total é esse? Quem vem se manifestar na casa do povo acaba sendo detido sob acusação de crime ambiental. Mas os responsáveis pelo mar de lama da Samarco e da Vale, que vitimou diretamente 22 pessoas, incluindo os 11 desaparecidos, e os todos os danos ao rio Doce, chegando ao oceano Atlântico, continuam soltos.”

    “Qual é o real crime ambiental?”, questiona o deputado, afirmando que a liderança do PSOL na Câmara foi cercada pela Polícia Legislativa durante quatro horas. Parte dos manifestantes procuraram representantes do partido em busca de defesa.

    Sobre as alegações de crime ambiental, a Samarco tem dito que “não há confirmação das causas e a completa extensão do ocorrido” e que “investigações e estudos apontarão as reais causas”.

    Outra manifestação de repúdio à mineradora, envolvendo lama, aconteceu na sede da Vale, no Rio de Janeiro, logo após o derramamento em Mariana. “Naquela ocasião ninguém foi preso”, diz Alencar.

    Segundo a BBC Brasil apurou, parte dos manifestantes desta tarde Brasília faz parte do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), enquanto outros participam de movimentos sociais que criticam os impactos sociais e ambientais da atividade mineradora.

    Image copyrightReutersImage captionVolume de lama oriunda do desastre equivale a 25 piscinas olímpicas de resíduos químicos em Minas Gerais e no Espírito Santo.

    Detenção

    À reportagem, a Câmara dos Deputados disse que as pessoas envolvidas no protesto foram “detidas e encaminhadas ao Departamento de Polícia Legislativa, onde seguem prestando depoimento sobre o ocorrido”.

    O advogado Fernando Prioste, que defende os presos, disse que eles devem passar a noite detidos.

    “Foram presos por fazer um protesto lícito contra as violações de direitos humanos perpetrados pela Vale”, disse.

    http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/11/151125_manifestacao_samarco_crimeambiental_rs

     

     

  4. Mídia esconde verdadeiras ‘relações perigosas’ de Bumlai

    Da RBA

    Mídia esconde verdadeiras ‘relações perigosas’ de Bumlai

    Preso pela Lava Jato, pecuarista foi sócio do global Galvão Bueno, do dono da Band, João Carlos Saad, e do ex-prefeito de Santos Beto Mansur (PSDB, PP e PRB). Mas imprensa só fala em “amigo do Lula”      por Helena Sthephanowitz, para a RBA publicado 25/11/2015 11:50, última modificação 25/11/2015 15:31      ©starmaqbois.jpg

    Barulho midiático em torno de Bumlai é mais uma tentativa de criar ‘efeito manada’ na opinião pública

    Em mais uma fase da Operação Lava Jato foi preso preventivamente o pecuarista José Carlos Bumlai, na manhã de ontem (24). O Ministério Público afirma que as delações premiadas justificam a prisão. A defesa de Bumlai afirma que o empresário tem como provar com documentos que os delatores mentiram no caso dele.

    As manchetes da imprensa tradicional usaram e abusaram da expressão “amigo de Lula” para se referir ao empresário preso, numa tentativa de mais uma vez associar o ex-presidente a denúncias de corrupção. Se depender da leitura das manchetes o pecuarista está preso por ser “amigo de Lula”, tamanha a ênfase dada. Apesar disso, os próprios procuradores da força-tarefa que prenderam o pecuarista afirmaram claramente, em entrevista coletiva, que não há nenhuma prova contra o ex-presidente.

    O que existe é o “uso indevido do nome e da autoridade do ex-presidente da República, que, mesmo não mais no cargo, ainda é uma das pessoas mais poderosas do país”, segundo despacho do próprio Sergio Moro, o juiz que encabeça as investigações e sobre o qual pairam inúmeras denúncias de seletividade e parcialidade de sua condução.

    De acordo com as notícias publicada na imprensa, Bumlai só foi apresentado a Lula em 2002, quando já era um dos maiores criadores de gado do Brasil. Fez o mesmo que outros grandes empresários dispostos ao diálogo, considerando que, à época, muitos hostilizavam ou temiam um governo petista.

    Mas, convenhamos, se “ser amigo” já é criminalizado pela imprensa tradicional, como deveriam tratar “ser sócio”?

    Pois o narrador esportivo da TV Globo Galvão Bueno foi sócio de Bumlai na rede de fast food Burger King no Brasil, numa composição empresarial que tinha ainda o ex-prefeito de Santos e atual deputado federal Beto Mansur (ex-PSDB, ex-PP e atualmente no PRB) e do piloto de Fórmula Indy Hélio Castro Neves.

    João Carlos Saad, dono da TV Bandeirantes, foi sócio de Bumlai na TV Terraviva, dedicada ao agronegócio, que também teve como sócio o também empresário Jovelino Mineiro, que por sua vez, foi sócio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na fazenda Córrego da Ponte, no município mineiro de Buritis.

    O pecuarista José Carlos Bumlai tem muitos outros amigos políticos, alguns deles graúdos empresários da bancada ruralista. O ex-governador de Mato Grosso e atual senador Blairo Maggi (PMDB-MT), o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, Jorge Picciani (PMDB-RJ), criador de gado; Jonas Barcelos (ex-dono de freeshops em aeroportos e ligado ao ex-senador Jorge Bornhausen (PSD-SC), também criador de gado. E se aproximou de petistas matogrossenses antes de Lula chegar à presidência, no período em que o PT governou Mato Grosso.

    É óbvio que ninguém pode ser criminalizado por atos de terceiros, apenas por ser sócio, parente, amigo, colega de trabalho ou o quer que seja, se não participou de atos ilegais.

    Mas é óbvio também que há muito cinismo dos veículos de comunicação que tiveram negócios com Bumlai, em apresentá-lo ao distinto público apenas como se fosse “amigo” exclusivamente de Lula.

    Entrevista de Bumlai em 2009 à revista IstoÉ Dinheiro Rural mostra a trajetória do então queridinho da mídia: “Nascido em Corumbá, sua família o mandou para estudar em São Paulo em um colégio católico frequentado pela elite paulistana. Foi colega de aula de Luiz Fernando Furlan (ex-dono da Sadia e ex-ministro no primeiro governo Lula) e do ex-presidente da Nestlé, Ivan Zurita. Depois estudou engenharia na Universidade Mackenzie nos anos 1960, frequentada pela elite na época.

    Trabalhou 30 anos com o “rei da soja” Olacyr de Moraes, boa parte do tempo em cargos de direção do Grupo Itamaraty, que tinha a empreiteira Constran e o extinto Banco Itamaraty. Com Olacyr, Bumlay introduziu o cultivo de cana em Mato Grosso do Sul e produção de etanol.

    Ele também fez parte da diretoria de associações patronais ligadas ao agronegócio. É óbvio que, com um currículo destes, Bumlai deva ter conhecido muitos políticos e autoridades desde o tempo da ditadura – de alguns pode ter virado amigo e de outros, sócio e parceiro.

    Em 2002 conheceu o ex-presidente Lula, e foi um dos empresários de grande porte do agronegócio que abriu canais de diálogo com o governo petista, quando o setor tinha um diálogo difícil com o PT. Integrou o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), fórum criado no governo Lula para empresários, trabalhadores e outros agentes da sociedade debaterem ideias e pactuarem soluções e políticas públicas para o desenvolvimento.

    Se Bumlai se meteu em alguma falcatrua, ou se usou o nome do ex-presidente indevidamente (ele nega), ainda está para ser esclarecido. Se o Ministério Público vai provar algo realmente ilícito contra o pecuarista, ou se ele está preso apenas por ser “amigo de Lula”, como insinuam as manchetes, também veremos.

    Afinal na fase anterior da Operação Lava Jato, o Ministério Público Federal escreveu com todas as letras que Gregório Marin Preciado – ex-sócio e muito ligado e parente do senador José Serra (PSDB-SP) – foi o operador de uma propina de US$ 15 milhões na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, mas nenhuma prisão preventiva foi pedida, muito menos nenhum mandato de busca e apreensão em seus endereços foi feito.

    http://www.redebrasilatual.com.br/blogs/helena/2015/11/midia-esconde-relacoes-perigosas-de-bumlai-448.html

     

  5. Do Tijolaço.

    Moro ajuda, sem querer, à “destucanização” do PT

    Por Fernando Brito · 25/11/2015

    http://tijolaco.com.br/blog/moro-ajuda-sem-querer-a-destucanizacao-do-pt/

    Duas coisas parecem evidentes, com o recrudescimento das prisões da Operação Lava-Jato.

    A primeira, é que – como se disse ontem – foi necessário dar manivela ao fole de uma investigação que, agora, deveria estar concentrada em tudo o que se apurou e nas responsabilidades de quem esteve envolvido.

    A segunda é que o “inchaço” do PT, provocado pela chegada ao poder de Lula – como toda enchente, aliás – trouxe para ele uma maré de detritos neoliberais como os cidadãos presos hoje.

    Para não parecer escrito sob encomenda depois dos fatos, traço a imagem de  Delcídio Amaral – inimigo da Petrobras desde sempre, quando se filiou ao PSDB para ocupar um cargo de direção na empresa – e ajudado por escritos alheios, já de algum tempo.

    “(…) “Uma coisa o Delcídio tem de entender: O PT deu tudo o que ele tem na política, que é o mandato de senador”, comentou o deputado federal Vander Loubet. O PT foi buscá-lo para os seus quadros depois de ele encontrar as portas fechadas no PFL, no PMDB e PSDB. E quando tentou sair do PT para concorrer ao Governo do Estado nas eleições de 2006 pelo PSDB, Delcídio foi vetado pela senadora Marisa Serrano, a maior estrela do partido em Mato Grosso do Sul. Rejeitado pelos grandes partidos, o único que escancarou as portas para a sua entrada foi o PT. Delcídio, na época imaginava estar filiado ao PSDB e depois descobriu que a sua ficha não tinha sido encaminhada à Justiça Eleitoral.

    Na dura disputa eleitoral com grandes lideranças políticas do Estado, Delcídio saiu da lanterninha com apoio da militância do PT e de amigos para conquistar o Senado, derrotando surpreendentemente o mito da política estadual, ex-governador Pedro Pedrossian. “Hoje, Delcídio despreza a militância e jogou todos os amigos para fora”, comentou um petista, que preferiu o anonimato para não atrapalhar o esforço de mais uma tentativa de reaproximação do senador com o ex-governador José Orcírio dos Santos. (Correio do Estado, MS, 25/1/2011)

    Sobre André Esteves, não é preciso ir tão longe. A coluna de Monica Bergamo de 2 de abril de 2014 mostra a quem ele apoiava e promovia: Aécio Neves.

    A história rocambolesca de negociação de dinheiro e fuga que teriam mantido com o ex-diretor Nestor Cerveró mostra o espetáculo de intrigas, chantagens e baixeza em que acusados e acusadores estão metidos na Lava-Jato.

    Delcídio, sobretudo, foi uma figura que o PT absorveu e integrou e, agora, paga por ele.

    É um dos preços da política, o que vem com a maré montante e o que se vai com a vazante. Neste caso, diretamente pelo ralo.

    O Dr. Sérgio Moro, sem querer, vai ajudando a tirar do PT a “tucanidade” que se entranhou nele.

  6. AÉCIO ( PSDB ) TEVE LUA DE MEL NO EXTERIOR PAGA POR BTG PACTUAL,

    Plantão Brasil

    AÉCIO ( PSDB ) TEVE LUA DE MEL NO EXTERIOR PAGA POR BTG PACTUAL, QUE ACABA DE SER PEGO NA LAVA JATO                                                           

    O banqueiro André Esteves, dono do banco de investimentos BTG Pactual e um dos empresários mais poderosos do País, pode estar entrando no radar da Operação Lava Jato.

    Segundo reportagem de Ricardo Brandt, Fausto Macedo e Julia Affonso, publicada no jornal Estado de S. Paulo (leia aqui), um funcionário da Petrobras, que vem sendo chamado de “garganta profunda”, delatou, em sigilo, à Polícia Federal uma operação feita pelo banco na estatal: a compra de 50% dos poços de petróleo na Nigéria por US$ 1,5 bilhão.

    O depoimento secreto foi prestado pelo informante no dia 28 de abril deste ano, no Rio de Janeiro. “Em poucos meses a Petrobras vendeu 50% de participação de seus negócios na África por apenas US$ 1,5 bilhão contra um valor mínimo previsto anteriormente de US$ 3,5 bilhões – avaliado anteriormente pelos bancos internacionais”, disse o informante.

    No mesmo depoimento, ele também citou negócios que envolveriam o lobista Fernando Baiano, que está preso e é tido como suposto operador do PMDB. Outro personagem mencionado é o do engenheiro maranhense José Raimundo Brandão Pereira, que teria sido indicado pelo ministro Edison Lobão, de Minas e Energia, para participar de negócios escusos.

    Segundo o “garganta profunda”, o indicado por Lobão tentou superfaturar o afretamento de navios usados pela refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, o que teria provocado o rompimento entre a Petrobras e a companhia belga Astra Oil.

    No caso do BTG, o banco apenas informou ter adquirido os blocos de petróleo na África pelo menor preço, em processo licitatório. O caso, no entanto, vem sendo investigado pelo Tribunal de Contas da União. Foi também denunciado pelo deputado Antônio Imbassahy (PSDB-BA), mas depois acabou sendo deixado de lado depois que o BTG se aproximou da campanha do senador Aécio Neves (PSDB-MG). Antes das eleições, Esteves promoveu um evento em Nova York em torno de Aécio, em que o então presidenciável tucano questionou a falta de confiança no País.

    Além dos poços na África, o BTG também é o maior acionista de outra companhia envolvida indiretamente na Lava Jato: a Sete Brasil, que contratou como diretor operacional Pedro Barusco, ex-gerente da Petrobras, que confessou ter recebido propinas de US$ 100 milhões. Em crise financeira, a Sete paralisou pagamentos a diversos estaleiros. http://www.plantaobrasil.com.br/news.asp?nID=84616

     

  7. Aécio repete FHC: fala mal do Brasil no exterior e acena com pri

    Da Rede Brasil Atual

    Blog da Helena

    Aécio repete FHC: fala mal do Brasil no exterior e acena com privataria na Caixa e no BB

     

    por helena publicado 09/10/2013 16:31, última modificação 09/10/2013 16:57  Marcos Oliveira/Agência Senadoaecio_Marcos-Oliveira_Agênc.jpg

    Aécio repete a agenda que deu n’água nas últimas três eleições e adota críticas ao Brasil como fórmula

    O banqueiro dono do BTG Pacual, André Esteves, não esconde de interlocutores próximos o sonho de arrematar o controle acionário de algum dos grande bancos estatais brasileiros – Caixa Econômica Federal ou Banco do Brasil – caso um governo privatista resolva vendê-los. Não por acaso, junto com seu sócio tucano Pérsio Arida, um dos ícones das polêmicas privatizações no governo FHC, promoveu uma conferência em Nova York sobre investimentos cujo palestrante principal foi Aécio Neves, o pré-candidato tucano que tem defendido toda e qualquer privatização realizada de 1995 a 2002, mesmo a polêmica venda da Vale a preço pífio, subavaliada, e o sistema Telebrás, arrecadando menos do que o valor investido nas teles ainda estatais, para saneá-las.

    Aécio, em sua palestra, não chegou a prometer diretamente privatizar a Caixa e o Banco do Brasil, mas não faltaram indiretas quando criticou os governos Lula e Dilma por terem descontinuado pilares da política econômica de FHC e por fazerem o que ele chamou de “intervenção estatal”. Para bom entendedor, meia palavra basta. Afinal, como os dois governos petistas preservaram a estabilidade da moeda no controle da inflação, sobra a interrupção da privatização do controle acionário de empresas estatais estratégicas.

    No setor financeiro, os bancos estatais voltaram a crescer e ganhar fatias de mercado nos governos do PT. Aliás, durante o governo FHC, o “Memorando de Política Econômica”, de 08/03/1999, do Ministério da Fazenda ao Fundo Monetário Internacional (FMI), dizia explicitamente que o plano era deixar o mercado bancário nas mãos dos bancos privados, seja privatizando parcialmente os bancos públicos, seja tornando-os bancos de segunda linha. Felizmente o governo tucano não conseguiu concluir seu plano, pois os bancos públicos foram fundamentais para salvar o Brasil dos efeitos da crise internacional, quando sumiram as linhas de créditos nos bancos privados em 2008. Além disso, sem bancos públicos disputando o mercado também não seria possível baixar significativamente os juros ao consumidor e às empresas, como ocorreu em 2012.

    O presidenciável tucano repetiu também um velho costume tucano: falar mal do Brasil no exterior. FHC era useiro e vezeiro nisso. Parece que achava chique.

    Aécio, no linguajar tucanês que muitas vezes não tem compromisso com a realidade, disse que “o Brasil se tornou pouco confiável”. Ora, basta olhar o risco-Brasil na era tucana e agora para confirmar que uma declaração destas seria adequada apenas como piada.

    O tucano criticou um dos maiores sucessos brasileiros na última década: o crescimento do consumo pela inserção de milhões de brasileiros que saíram da pobreza para ingressar na nova classe média. Criticou também a expansão do crédito, com mais gente tendo acesso a financiamentos, como pelo programa Minha Casa, Minha Vida. Criticou o que ele chama de “intervencionismo” no setor energético, a renovação negociada da concessão de hidrelétricas tendo como contrapartida a redução na conta de luz, que beneficia não apenas o cidadão em sua residência, mas também a indústria que tem a eletricidade como insumo nos custos de produção.

    O discurso soou como música para especuladores que gostam de ver aquilo que desejam comprar depreciado, para comprar barato. O preocupante é quando trata-se do patrimônio do povo brasileiro e esse discurso vem de um candidato a presidente da República. Certamente capta investidores interessados em financiar candidatos para depois recuperar o investimento feito na campanha eleitoral através de negócios privilegiados com o Estado. Os antecedentes dos cartéis que pagavam propinas a autoridades dos governos tucanos paulistas por contratos no Metrô, inclusive para financiar campanhas do PSDB, delatados pela multinacional Siemens, recomendam cuidado redobrado com esse discurso de Aécio Neves.

    http://www.redebrasilatual.com.br/blogs/helena/2013/10/aecio-repete-fhc-fala-mal-do-brasil-no-exterior-e-acena-com-privataria-na-caixa-e-no-bb-1581.html

     

  8. Como a Lava Jato alterou a data do empréstimo do BNDES a Bumlai

    Diário do Centro do Mundo

    Como a Lava Jato alterou a data do empréstimo do BNDES a Bumlai para pegar Lula. Por Kiko Nogueira

     Postado em 25 nov 2015   por :            A força tarefa da Lava Jato

    A força tarefa da Lava Jato

     

    A cruzada da Lava Jato para apanhar Lula ganhou mais um capítulo. O pedido do Ministério Público Federal na operação que resultou na prisão do pecuarista José Carlos Bumlai declara, textualmente, o seguinte:

    “Em 3/02/2005, pouco tempo depois de BUMLAI auxiliar na obtenção de empréstimo em favor do Partido dos Trabalhadores, quando ainda estava inativa, a SÃO FERNANDO AÇUCAR E ALCOOL LTDA (CNPJ Nº 05.894.060/0001-19) recebeu R$ 64.664.000,00 de crédito do BNDES . A empresa voltaria a obter créditos do BNDES em 12/12/2008, quando recebeu investimentos de aproximadamente R$ 388.079.767.”

    Trocando em miúdos, fala-se de um empréstimo em 2005, pouco tempo depois de Bumlai dar dinheiro ao PT.

    Acontece que não houve nada naquele ano. Os 64 milhões são de 2009. Por que 2005? Para fazer caber na narrativa de que o “Barba”, o “Brahma”, sabia de tudo no auge do mensalão.

    “Os personagens são basicamente os mesmos do mensalão, José Dirceu e Pedro Correa. E agora temos essa tipologia de concessão de empréstimos que jamais são quitados”, disse o procurador Diogo Castor de Mattos na coletiva.

    Os dados estão disponíveis no site do BNDES, neste link. Por que ninguém checou?

    Na sanha de estabelecer conexão de qualquer coisa com qualquer coisa, a realidade vai sendo atropelada. “A Receita constatou que a empresa estava inativa na época, não tinha empregado, nem receita operacional quando ocorreu o primeiro empréstimo”, disse Mattos, baseado numa data fantasma.

    Uma nota do BNDES esclarecendo a questão está sendo completamente ignorada em nome da histeria coletiva. “Com relação ao contrato de R$101,5 milhões, celebrado em 23/07/2012 com os agentes financeiros Banco do Brasil e BTG, para repasse de recursos a São Fernando Energia, trata-se da implantação do segundo sistema de cogeração, também acoplado aos demais processos produtivos da unidade São Fernando Açúcar e Álcool”, afirma o comunicado. “Portanto, não faz sentido a afirmação de que o financiamento teria sido direcionado a uma empresa que possuía menos de uma dezena de funcionários.”

    Como ninguém apura nada quando o assunto são os eternos suspeitos, Eliane Cantanhêde já fala, em sua coluna no Estadão, na “prisão do amigão do Lula que recebeu milhões do BNDES para uma empresa inativa”. Não haverá correção porque, em casos assim, o erro é permitido e estimulado.

    Depois de decretar a prisão de Bumlai, Moro enviou um ofício à CPI do BNDES pedindo desculpas por inviabilizar o depoimento dele aos parlamentares. O banco entrou de carona na Lava Jato. Qual a justificativa para um juiz do Paraná colocar o BNDES nessa história?

    A resposta está na caçada a Lula

    http://www.diariodocentrodomundo.com.br/como-a-lava-jato-alterou-a-data-do-emprestimo-do-bndes-a-bumlai-para-pegar-lula-por-kiko-nogueira/

     

  9. Análise de Túlio Vianna a respeito da prisão de Delcídio

    Tulio Vianna é professor de Direito Penal da Faculdade de Direito da UFMG. Doutor em Direito pela UFPR, com pós-doutorado na Università di Bologna (Itália).

     

    https://www.facebook.com/tuliovianna/posts/10207568848517802?fref=nf&pnref=story

     

    O STF passou por cima da Constituição para mandar prender o senador Delcídio do Amaral.

    O art. 53, §2º, da Constituição define expressamente que: 
    Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime INAFIANÇÁVEL.

    Os crimes inafiançáveis são segundo o art.5º da Constituição da República somente estes:

    XLII – a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;
    XLIII – a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;
    XLIV – constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;

    Mas aí o STF faz um salto triplo carpado hermenêutico na leitura do art.324, IV, do CPP para considerar todo crime em que estão presentes os motivos que autorizam a decretação da prisão preventiva como inafiançáveis. Coitados dos professores de processo penal que vão ter que explicar isso agora para seus alunos.

    Mas tem mais! Ainda tinham que explicar o flagrante. Aí transformaram o crime do art.2º, §1º, da lei 12.850/13 em permanente (forçando muito a barra). Os verbos típicos são impedir e embaraçar. A permanência não é da execução da conduta, mas dos efeitos dela. É crime instantâneo de efeitos permanentes e, portanto, não foi caso de flagrante.

    Do ponto de vista político, o STF ficou numa sinuca de bico, pois sua credibilidade seria colocada em xeque caso tivesse a coragem de apontar as inconstitucionalidades da prisão em flagrante. E entre a Constituição da República e a reputação do tribunal, eles resolveram salvar a própria pele.

    Por fim, um alerta sempre necessário para os que sabem ler, mas não entendem bem as palavras: NÃO ESTOU DEFENDENDO DELCÍDIO AMARAL. Gostaria realmente que a constituição tivesse um artigo prevendo a prisão preventiva para ele e outros políticos do mesmo naipe. Mas não tem! Se fizerem um movimento político por uma emenda constitucional para incluir a possibilidade da prisão preventiva de parlamentares, quero ser um dos primeiros a assinar o manifesto. Mas pra passar por cima da Constituição para prender quem quer que seja, não contem comigo.

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