Coordenador do Manchetômetro questiona ombudsman da Folha sobre viés político

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – O coordenador do Manchetômetro João Feres Júnior publicou um artigo no qual conta um episódio curioso. O cientista político da UFRJ foi entrevistado pela ombudsman do jornal Folha de S. Paulo, para uma matéria sobre a cobertura eleitoral da Folha, publicada no dia 5 de outubro, dia do pleito.

Segundo Feres, ao longo da conversa, a ombudsman saiu da posição de entrevistadora e virou entrevistada, pois o professor tentou tentar entender por que o jornal, a exemplo de outros produtos da grande mídia, optou por um jornalismo visivelmente seletivo, anti-petista sob o disfarce de ser contra-governo, como se pode ver nos dados e estudos do Manchetômetro.

O GGN reproduz o artigo de Feres.

Ombudsman da Folha entrevista o Manchetômetro, mas não cita

Por João Feres Júnior, no Manchetômetro

No dia 5 de outubro, dia da eleição, a ombudsman da Folha de S. Paulo publicou artigo com um estudo de valências das matérias publicadas na Folha a partir da escolha de Marina para concorrer à presidência na chapa do PSB. Tudo muito parecido com o que fazemos no MANCHETÔMETRO. Ninguém tem monopólio sobre a metodologia da análise de valências, que já foi testada no Brasil e no exterior, mas o artigo deixa de fazer referência a uma longa entrevista que dei à jornalista dias antes da publicação do estudo, que versou exatamente sobre esse assunto.

No dia 30 de setembro chegou ao e-mail institucional do MANCHETÔMETRO mensagem de um preposto da ombudsman da Folha de S. Paulo, Vera Guimarães Martins, pedindo uma entrevista com o coordenador do site, esse que vos escreve, para “uma conversa sobre os critérios do estudo, a ser discutido na coluna desta semana”. Achei o método de comunicação um pouco estranho. No passado já havia trocado mensagens com a então ombudsman do jornal, Suzana Singer, sem que para isso fosse necessário o uso de intermediários. Pensei com meus botões: por que será que ela não me escreve diretamente? De qualquer forma, aceitei o convite, marcando para terça-feira à tarde uma conversa por telefone.

No começo da entrevista ouvi ao fundo a voz da jornalista falar para uma outra pessoa ao lado uma frase que soou parcialmente ininteligível, mas na qual discerni a palavra “gravação”. Ato contínuo pedi a ela para que, se estivesse gravando, me enviasse uma cópia da entrevista, o que ela concordou em fazer. A conversa começou em tom cordial. Ela começou me dizendo que queria saber mais sobre a metodologia do MANCHETÔMETRO. Eu graciosamente descrevi como funciona nosso trabalho: uma análise de valência, ou sentimento (como dizem alguns autores), feita por meio da codificação manual dos textos, e com 3 níveis hierárquicos de checagem para dirimir dúvidas interpretativas. Ela me respondeu que era fácil determinar quando um texto era favorável ou contrário a um candidato ou partido. A conversa continuou, com mais explicações minhas quanto aos critérios de atribuição de valência que utilizamos.
A uma certa altura, interrompi as explicações para perguntar à jornalista se seu objetivo na matéria era usar nosso trabalho para fazer uma autocrítica do jornal ou criticar o MANCHETÔMETRO. Eu disse a ela que minha impressão, baseada na leitura de sua coluna eventualmente e em troca de mensagens com a titular anterior, era de que o Ombudsman funcionava muito mais como um advogado do jornal frente ao público do que o contrário, que seria sua tarefa autoatribuída. Ela respondeu que era comum o Ombudsman ser acusado de tomar o partido do jornal, mas que sua intenção era usar o MANCHETÔMETRO como um instrumento de ajuda na avaliação da cobertura da Folha.
Em seguida, passei a mostrar à jornalista que nossos resultados apontam para diferenças nas coberturas dos diferentes meios pesquisados, ainda que todos revelem um viés anti-Dilma e anti-PT. Disse até que o viés da Folha é menor, se comparado aos de Estadão e O Globo. Ela respondeu que tinha dúvida se o “viés era anti-Dilma ou se o viés era anti-governo”. Eu alegremente redargui que foi exatamente para responder essa dúvida que fizemos a análise comparando os pleitos de 1998 e de 2014. Ora, naquela eleição o candidato da situação, Fernando Henrique Cardoso, concorria à reeleição. Havia uma terceira força, Ciro Gomes, e o embate principal era entre PT e PSDB, como também por boa parte do atual processo eleitoral. Os resultados narrados por mim são sintetizados no gráfico abaixo, que se encontra em nossa página http://www.manchetometro.com.br/analises-1998/analises98-jornais/:

Como mostram os dados, a cobertura de 1998 na Folha foi amplamente favorável ao candidato da situação, contrariando a tese da Ombudsman da Folha de S. Paulo. FHC teve uma taxa de contrários sobre neutros de menos de 23%, ou seja, menos de 1:3. Lula, seu principal adversário, teve quase 92%, isto é, praticamente uma notícia negativa para cada neutra. Proporcionalmente, Lula teve cobertura quatro vezes mais negativa do que seu contendor da situação. FHC ainda teve uma taxa de 40% de favoráveis sobre neutros, enquanto Lula amargou 17%. Dilma, esse ano em posição análoga a FHC no pleito de 1998, tem uma taxa de praticamente 50% de contrários sobre neutros, o dobro de FHC, e 1,7 % de favoráveis sobre neutros, quase 23 vezes menor que a do candidato tucano e então presidente do Brasil.
Ao ouvir esses dados, a Ombudsman engasgou. A voz ficou um pouco titubeante. Mas ela logo se saiu com o argumento de que há outros fatores que devem ser levados em conta, particularmente o “desgaste natural do poder, que sempre tem”. Eu respondi que o PSDB estava em 1998 há 8 anos no poder, e ela objetou que a “Dilma está há doze”. Eu disse que não era tão diferente, mas ela insistiu que era 50% a mais.
Apontei então para o caráter precário do novo argumento, pois ou o jornal tem uma predisposição contra a situação razoavelmente constante, tese que foi refutada com a análise de 1998, ou há um tempo a partir do qual o desgaste do partido no poder leva a um aumento do nível crítico da cobertura. Não dá para ser as duas coisas ao mesmo tempo. Pois se o argumento da ombudsman sugere que acontece algo mágico entre 8 e 12 anos, e o jornal passa do tom laudatório, como fez com FHC em 1998, à crítica acerba, então isso não se verificou com o PT. Basta tomar o pleito de 2010 como exemplo, pois nessa ocasião o PT acumulava 8 anos na presidência, isto é, como o PSDB em 1998. Não disponibilizamos ainda esse estudo no site do MANCHETÔMETRO, mas reproduzo abaixo gráfico com a cobertura dos candidatos na Folha de S. Paulo em 2010:

Como se pode ver, o desequilíbrio contrário a Dilma e ao PT em 2010 é muito similar àquele que verificamos atualmente. A proporção de contrários sobre neutros nas capas da Folha foi de 57% para a candidata do PT e de menos de 40% para Serra, naquele pleito. Em suma, não é o desgaste temporal da situação que explica o comportamento enviesado do jornal.
No seu Manchetômetro do B, publicado na edição impressa de domingo (5/10/14), a ombudsman constata o viés contrário à Dilma e ao PT, campeões de negativas na primeira página, em manchetes e nas reportagens internas, tanto em números absolutos como em comparação a outros candidatos e partidos. Mas no texto que circunda os gráficos ela tenta justificar esse fato. O argumento principal apresentado por ela é que a Folha de S. Paulo cumpre o papel de contrapoder, ou seja, que o desequilíbrio da cobertura não é viés contra o PT. Literalmente, ela diz que Dilma é mais “fustigada” porque ocupa o “cargo mais alto do país”. Isso é um pouco surpreendente, pois eu já havia mostrado à jornalista que a análise do pleito de 1998 joga essa tese por água abaixo. A tal ideia ela adiciona algo que não havia dito a mim na entrevista: que as críticas desproporcionais devem-se a “índices econômicos ruins”, pois, ela lembra o leitor: “a economia é item de primeira necessidade no noticiário”.
Mais uma vez um argumento que não tem suporte na realidade dos fatos. Voltemos à eleição de 1998. Usando o poder racional da inferência, podemos concluir que, se a tese da economia se verifica, uma vez que a situação de reeleição está presente, então o tratamento favorável dado a FHC deve ser atribuído à melhor situação econômica daquele momento, se comparado ao atual. Tal inferência, contudo é falsa. Vejamos os números das principais variáveis da economia.
De fato, a inflação no IPCA em 1998, 1,65%, foi menor do que a prevista para o ano corrente, de 6,3%, ainda que essa esteja dentro do teto da meta. Mas todos as outras variáveis econômicas são desfavoráveis a 1998, em comparação a 2014. A taxa de desemprego nas regiões metropolitanas era de 18,6% e agora caiu para 10,8%. O crescimento econômico foi 0% naquele ano, e esse ano a previsão é de 0,9% – baixo, mas ainda assim superior à estagnação completa de 1998. A taxa de juros básica da economia flutuou intensamente em 1998 chegando a atingir 49,7%, enquanto que em 2014 ela variou de 10% a 11% ao longo do ano. Eram necessários 6,5 salários mínimos na época para se manter uma família de 4 pessoas, segundo cálculo do DIEESE. Hoje esse índice é de 3,9 salários mínimos.
Em suma, se a tese dos “índices econômicos ruins” vigorasse, FHC teria sido alvo de uma cobertura muito mais negativa em 1998 por parte da Folha, mas não foi.
Não pude, contudo, demonstrar a inadequação desse argumento econômico pois ele não foi usado durante a entrevista. Na verdade, ao ter suas duas teses principais refutadas, a do contrapoder e do desgaste no poder, a ombudsman começou a ficar um pouco desconfortável. Percebendo isso, resolvi assumir eu o papel de entrevistador. Pedi a ela que lembra-se das capas da Folha de S. Paulo dos últimos três dias. A de 30/07 foi: “Com Dilma em alta, bolsa tem a maior queda em 3 anos”. A jornalista concordou que era negativa para Dilma. A do dia anterior, 29/07, era “Dilma não cumpriu 43% das promessas de 2010”. E a do dia 28/07, abaixo da fotografia de Dilma lia-se “PF investiga ligação entre tesoureiro do PT e doleiro preso”. Foi aí, frente a brutalidade desses fatos, que arrematei com as seguintes sentenças: “3 manchetes em seguida, um dia após o outro, todas contrárias à campanha de Dilma. Nós estamos no final de uma campanha política. Não é possível que você trabalhe nesse jornal e não tenha noção disso, sendo ombudsman do jornal.”
Ao invés de responder, contudo, a jornalista passou a reclamar que eu estava assumindo um tom acusatório nos meus argumentos, sendo que o objetivo dela era somente se informar sobre as atividades do MANCHETÔMETRO e talvez citar o trabalho em sua coluna, que saiu no dia 5/10, dia da eleição com um trabalho em tudo igual ao que fazemos. Eu disse que estava respondendo às suas questões, mas ela novamente reclamou de meu tom e disse que achava melhor não publicar qualquer referência ao MANCHETÔMETRO.
O MANCHETÔMETRO nunca foi citado em qualquer dos meios que estuda: Estado de S. Paulo, O Globo, Folha ou Jornal Nacional. Não esperamos tratamento diferente desses órgãos de imprensa, uma vez que nosso trabalho revela uma intensa politização da cobertura que fazem das eleições, a despeito de sua retórica de neutralidade e profissionalismo jornalístico. Não me surpreende o fato de o texto da Ombudsman ser mais uma tentativa de advogar pelo jornal, e não pelo leitor ou pelo público, que é a maneira como essa função é propagandeada pela própria Folha. O que deve ser apontado é a incapacidade da ombudsman, seja na entrevista ou em sua coluna, de responder às questões muito objetivas que lhe foram colocadas: como explicar a tese do contrapoder frente ao viés da cobertura de 1998? Como adotar a tese do desgaste temporal da situação se a cobertura da própria Folha a refuta? Como argumentar que é o contexto econômico que explica o viés se em 1998 a economia estava muito pior do que agora? E por fim, cara ombudman, como o jornal pode publicar 3 manchetes de capa negativas seguidas contra um só candidato e isso não se tornar assunto em suas colunas?

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

52 Comentários

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  1. Exatamente este é o problema das empresas de comunicação

    A falta de transparência da linha seguida. O posar de ” não temos tendência” corrobora com a desinformação, afinal, o leitor médio acredita que o jornal é isento, ou imparcial. ( mal sabe ele que o fato de escolher uma entre outra notícia já acaba a imparcialidade.)

     O que poderia começar a ser feito para modificar a influência destes grandes grupos empresariais? Uma medida seria: os integrantes do executivo e legislativo abrirem mais espaço para as mídias independentes. Mas, mais espaço, não é levar eventualmente um grupo de blogueiros para uma entrevista. É diariamente optar por transmitir as informações por eles até porque, vai criar um incentivo à maior produção de informação independente.

     

     

  2. Imaginem antes quando não

    Imaginem antes quando não havia internet o que a mídia fez em nosso país. Ficamos muito tempo manobrados pelas informações dos donos da mídia. Eles elegiam e derrubavam os governos que queriam. Por isso eles odeiam o PT porque a partir de Lula as coisas começaram a mudar para o lado deles. Infelizmente muito pouco, pois faltou a Lula/Dilma regulamentar a mídia e abrir o mercado, com incentivo do BNDES para que novos órgãos de informações passassem a se contrapor a essa hegemonia de quatro famílias que mandam nos meios de comunicação do nosso país. Com a reeleição de Dilma, espero que ela entenda que não é somente com o controle remoto que vamos impedir que essa mídia corporativa mande no nosso país.

  3. Imaginem antes quando não

    Imaginem antes quando não havia internet o que a mídia fez em nosso país. Ficamos muito tempo manobrados pelas informações dos donos da mídia. Eles elegiam e derrubavam os governos que queriam. Por isso eles odeiam o PT porque a partir de Lula as coisas começaram a mudar para o lado deles. Infelizmente muito pouco, pois faltou a Lula/Dilma regulamentar a mídia e abrir o mercado, com incentivo do BNDES para que novos órgãos de informações passassem a se contrapor a essa hegemonia de quatro famílias que mandam nos meios de comunicação do nosso país. Com a reeleição de Dilma, espero que ela entenda que não é somente com o controle remoto que vamos impedir que essa mídia corporativa mande no nosso país.

    1. É, mas agora se depender do congresso??

      É, mas agora se depender do congresso?? Vai ficar difícil! pois, não tentaram antes agora com o congresso atual não vai conseguir.

       

  4. Devia comparar com a Cobertura do Alckimin

    Devia comparar com a Cobertura do Alckimin, que está em reeleição, há muito tempo no poder, é poder do Estado em que são publicados estes jornais, para ver com a tese do contrapoder vai por água (ops) abaixo. 

  5. Seria muito interessante ver um estudo do Manchetômetro…

    Sobre o governo Alckmin aqui em São Paulo. As chamadas negativas vão dar quase traço.

  6. Infelizmente essa é a nossa

    Infelizmente essa é a nossa imprensa.

    Livre, democrática e imparcial… parece piada, mas é assim que eles se autointitulam.

    O Manchetometro veio para desnudar a mídia venal de maneira categórica e matemática.

    É assim que funciona.

    Espero que Dilma se reeleja e tome uma atitude!

    Argentina, México, Venezuela, Chile, Colombia e Equador fizeram a Ley de Medios… 

    E o Brasil????

    Ainda vai ser no controle remoto presidenta????

  7. Isso agora é fato!

    Isso agora é fato! Mas, mesmo assim encontra uma certe resistência diante desse fato, tai a  metodologia, entretanto, o ombudsman, do jornal citado tem resistência em reconhecer isso.

    Antes do manchetômetro, essas “impressões” sobre a diferença de tratamento em um partido e outro era nítida, mas, negada, pois não tinha como provar, agora é possível, mesmo assim a não assumem a parcialidade.

    Uma coisa que não há uma analise, mas é óbvio que acontece: e a relação de materias negativas e votos, o PT por exemplo perdeu muitos votos por isso, mas qual a quantidade?? não sei, acredito que uns 20%, pois, existem um bom número de pessoas que só dizem o PT é corrupto, o PT é corrupto e não falam dos outros partidos, pois, não passa outras denúncias de outros partidos na mesma proporção do PT, simples assim. Mas como a Presidenta Dilma acha que só o controle remoto é suficiente, vamos ver, pois, essa teoria esta caindo.

    Não sou petista, mas, quero uma mídia imparcial/plural, isso deve valer para qualquer ideologia.

  8. Velha mídia saiu do armário!! Ufa!!!

    Mídia festeja sem máscara candidatura Aécio

    :

    Nas redes sociais, jornais Folha de S. Paulo e Estado comemoram passagem de Aécio Neves para segundo turno; “Ufa!”, suspira editorial do Estadão; concorrente da rua Barão de Limeira divulgou panfleto tucano sem nem dar tratamento de notícia, mas como adesão, em sua página no Facebook; Diários Associados convocaram jornalistas e funcionários para passeata pró-tucano; na semana anterior ao primeiro turno, Jornal Nacional e Folha aumentaram exposição negativa da presidente Dilma Rousseff, conforme apurou o manchetômetro, da Uerj; neutralidade dedicada apenas a Aécio e Marina Silva

    7 de Outubro de 2014 às 17:52

     

    247 – A mídia rasgou a fantasia e se jogou de cabeça nas comemorações pela passagem de Aécio Neves para o segundo turno das eleições presidenciais. Na semana anterior ao domingo 5, as preferências já estavam claras com o noticiários crítico em peso contra a presidente Dilma Rousseff em veículos como o Jornal Nacional, Folha de S. Paulo, O Globo e O Estado de S. Paulo. Como mostrou o manchetômetro da Uerj, que apura o volume e a inclinação editorial dos veículos da mídia tradicional (tabelas abaixo), as notícias consideradas neutras foram reservadas para as candidaturas de Aécio e Marina Silva, do PSB. As negativas foram praticamente todas elas dedicadas à personagem Dilma Rousseff.

    O que ainda não se conhecia era a maneira como a mídia tradicional iria comemorar a passagem de Aécio pra o segundo turno.

    No domingo 5, às 20h, a Folha publicou em sua página no Facebook uma imagem compartilhada pelo PSDB, de comemoração pela ida do tucano ao segundo turno da disputa. “Show da virada. Graças ao seu voto é Aécio no segundo turno!”, dizia o texto da imagem. Muitos leitores reagindo, escrevendo que a Folha nem sequer tratou de dar tratamento de notícia ao panfleto. Nele se veem braços jogando um bonequinho de Aécio Neves para o alto em sentido de comemoração.

    Nos comentários da postagem, alguns usuários expressaram seu estranhamento: “Não seria melhor postar a foto de uma comemoração do que material de propaganda do candidato, Folha?”, questionou um leitor. “Ainda bem que a Folha é imparcial”, ironizou outra. “O candidato da Folha de São Paulo!”, constatou uma terceira.

    Sempre mais sisudo, o concorrente O Estado de S. Paulo fez um editorial nesta terça-feira 7 intitulado “Alívio e esperança”. “Ufa”, começa o texto que expressa a opinião da publicação. “A exclamação resume o sentimento de alívio com que a maioria dos brasileiros conheceu o resultado da votação de domingo”.

    O grupo Diários Associados, diante dessa concorrência, fez um movimento absolutamente original. Em comunicado postado na página da rede de jornais, anunciou-se uma manifestação de jornalistas e funcionários, em praça pública, em apoio à candidatura do tucan

  9. Muitos aqui no Blog pregam

    Muitos aqui no Blog pregam uma Lei de Médios urgente. Pois é! Têm todos razão! Mas se depender deste congresso que foi eleito neste último pleito, não sai nada. São todos uns retrógrados! E digo mais. Se Dilma eleita em segundo turno manter a palavra e IMPOR uma reforma integral  através de uma MP para que o Congresso venha a votar posteriormente, será acusada de cerseamento da imprensa, de censura, de impedimento da livre manifestação do pensamento.

  10. O Manchetômetro só mostra a parte visível do iceberg

    Notícias tendenciosas contra o PT são só a parte visível do iceberg.

    Na verdade, nossa mídia faz campanha contra o PT a toda hora, em qualquer notícia e de qualquer maneira.

    Exemplo sutil foi a chamada do UOL no domingo de manhã: “Dilma troca o V de vitória por sinal de positivo”. TROCA? Isso insinua o quê? Que Dilma arrogantemente contava com uma vitória em primeiro turno? Mas isso nunca aconteceu!!! Ou o UOL queria criar alguma sensação nos eleitores incautos?

    Mas não vou ficar nesse ou naquele exemplo. TODO o noticiário de nossa grande imprensa é de um viralatismo abissal. Todo noticiário econömico bate na tecla da recessão e da inflação. Num obra do tamanho de um estádio de futebol, o “jornalista” procura o detalhezinho mal-acabado – tem uma torneira gotejando num banheiro – e isso é que vira manchete. Dilma entrega um trecho de 853 km da Ferrovia Norte-Sul e a imprensa NÃO noticia. As estatísticas sobre desemprego sempre são distorcidas. O jornalista compara sempre um termo (por exemplo, a geração de empregos em abril) com seu antecedente (a geração de empregos em março) ou a série histórica (a geração de emprego nos meses de abril de anos anteriores) e SEMPRE escolhe o termo de comparaçäo pior, escondendo aquele que não lhe “agrada”. Toda notícia, por melhor que seja, é sempre a primeira parte de uma frase, seguida de “mas”, “porém”, “todavia”, etc, para criar a sensação de que a notícia não ‘assim tããão boa. É a prática da “imprensa adversativa”. 

    E o que não é noticiado? Quem, fora desse blogue e dos blogues progressistas, ficou sabendo do dinheiro na mala do assessor do Bruno Covas?

    Eu poderia escrever a noite inteira…

  11. mel dels!

    Fui só eu que sentiu uma imensa vergonha alheia pelo triste papel da ombudsman?

    Isto chegando ao conhecimento dela leva a duas situações:

    – se é mentira ela tem que dar resposta, reforçando-se moralmente como ouvidora do jornal.

    – a ser verdade, ela tem que desculpar-se e pôr o cargo à disposição porque comprovadamente foi colocada em xeque e não só omitiu essa informação, como omitiu que sequer houve algum contato… e isso, jornalisticamente, deve ser grave. Atuou como advogada do jornal e não defensora dos leitores.

    Não me parece que um pesquisador se arriscasse assim numa mentira, então a Vera (que ironia o nome) devia fazer a trouxa.

     

  12. engenharia social

    Em São Paulo houve o processo de desmonte da USP, desmonte da cultura como meio pedagógico , precarização da educação básica. E hoje, vergonhosamente, São Paulo depende de uma universidade carioca para estudar seus jornais e orgãos de mídia. O resultado seria muito mais estarrecedor se fossem incluídos nos estudos as rádios paulistas da capital e do interior . É aí que se pratica o anti petismo popular. Este processo corresponde ao massacre imposto pelo psdb nas urnas do estado e é parte de uma engenharia social de massas que vem sendo praticada em São Paulo há décadas. Temo que este processo já tenha atingido o ponto de não retorno. Apenas alguma catástrofe modificaria o quadro.  

  13. É isso, um emaranhado de situações!

    As manchetes/notícias dos jornais contrárias à Dilma/PT (indução do eleitorado).

    Fictícios movimentos de rua desejando “mudanças” (junho 2013)

    Pesquisas eleitorais não conferem a verdade (aumentam intenções de votos para depois “bater” com o resultado da eleição).

    Urna eletrônica sem “comprovar” o voto (cadê meu voto?).

    No dia da eleição… é só correr pro abraço!

    Brizola levantou dúvidas  e continua vivo!

    http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u7686.shtml

    mais…

    http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,urnas-abertas-para-fraudes-imp-,933663

    e mais…

    http://memoriaglobo.globo.com/acusacoes-falsas/proconsult.htm

     

  14. Resultado por seção

    Alguem saberia informar como consultar o resultado da votação por seção no TRE de São Paulo? Vários estados que eu vi informam o resultado por seção , mas o TRE-SP só mostra um resumo com o total de votos.

  15. O que é fundamental é que tem

    O que é fundamental é que tem gente acreditando que vamos virar uma Venezuela sem pepel higiênico!

    Isso vem do esclarecimento?

    A grande mídia é o SUPORTE para tudo, então NESSA RETA FINAL, há que haver uma forma de INSERIR o tom NADA IMPARCIAL DA MÍDIA!

    é PRECISO QUE AS PESSOAS SAIBAM QUE A MÍDIA TEM LADO e com certeza, NÃO É O DA MAIORIA…

  16. Me engana que eu gosto

    Certa feita questionei Suzana Singer sobre “a quem pertencia o espaço do Ombudsman”.

    Ela dizia que a ela – Ombudsman.

    E eu continuo achando que o espaço pertence ao leitor. Senão, não faz qualquer sentido sua existência.

    Jornalismo no Brasil, com raras exceções, passou a ser algo desrespeitoso à ineligência das pessoas.

    A moça, objeto dessa flagrante peleguice, ainda tenta arranjar desculpas esfarrapadas em favor do “seu” jornal e de seus patrões.

    Deveria pedir o boné antes que os leitores lhe aplique uma “justa causa”. 

    Parece que ela nem cora?

     

     

    1. Diferença?

      A diferença entre essa “jornalista” e os donos do jornal, talvez seja de que participam do culto em “sinagogas” diferentes, apenas isso.

  17. A neutralidade só existe na

    A neutralidade só existe na teoria. Eu suspeitaria de um órgão de comunicação que tivesse manchetes equilibradas para todos os partidos, pois isso é humanamente impossível.

    O que ocorreria se o manchetômetro fosse aplicado neste blog, por exemplo? Ou na revista Carta Capital? Certamente, seria favorável à Dilma.

    Alguns podem dizer que a diferença é que a Carta Capital explicita sua posição. Então, se a Folha explicitasse, estaria tudo certo pra vocës? Duvido.

    A meu ver, a liberdade de imprensa pressupõe, por óbvio, uma imprensa livre – livre, inclusive, de “equilíbrios”. A formação de opinião de uma mídia deve ser livre, e certamente será mais desfavorável a um lado. Se a mídia for estatal, vai pender para o governo de ocasião.

    1. neutralidadade da mídia

       

      Aleandro

      Como diz o Mino Carta o repórter deve ter uma fidelidade canina aos fatos. A opinião é papel do editorial, esse vai revelar a posição do veículo e ele tem o dever e o direito de fazê-lo. Os leitores/ouvintes e telespectadores tem o direito de saber a posição do veículo.

      Acho que seria algo equilibrado.

       

      Angela. 

  18. Mas, o impressionante é a

    Mas, o impressionante é a capacidade da imprensa de colocar bombas nos colos errados. Como uma manifestação que começou com o aumento de passagem e violência policial em SP  terminou com a reeleição do governador de SP e um ataque a popularidade da presidente, mesmo com a falta dagua. O Manchetômetro mostra que tudo que aparece leva o guizo para o governo…Alternância, queremos tb para SP. Quero ver democracia com um governo aliado dos grandes grupos de mídia…Será a caixa preta que são alguns Estados e suas gestões…E todo mundo achando bão, que se livrou da falta de papel higiencio e tudo que pintar de ruim, aos ausentes(governo passado).

    1. Acho que este é um caso a ser

      Acho que este é um caso a ser estudado com muita atenção. Como foi feita a captura das manfestações pelo lado mais “conservador”, digamos. 

      Um manifestação que foi marcada para ser contra o Alkmin foi capturada por uma ação espetacular nas redes socias durante um fim de semana e virou “contra tudo que está aí” (= Dilma e PT). 

      Esta ação única respondeu por 80% dos resultados da eleição p/ presidente.

      Gostaria de descobrir quem foram as pessoas que organizaram isto para dar os parabéns. São gênios (do mal, na minha opinião, mas são).

       

      1. Organização de manifestações

        Considerando que eventos semelhantes ocorreram, e ainda estão ocorrenndo em vários lugares do mundo, não é muito difícil chegar a uma conclusão.

  19. Não que faça muita diferença

    Não que faça muita diferença para as conclusões, mas o João Feres se confundiu na argumentação dizendo que em 98 o PSDB estava há 8 anos no poder. Na verdade, eram 4.

  20. será que não tem uma lei para

    será que não tem uma lei para a atitude do UOL? explicitamente está em campanha contra a Dilma, somente um cego ou um Gilmar Mendes para não considerar a continua aplicação de materias negativa somente contra a Dilma sem considerar isso como campanha politica!

  21. As meninas da Benjamin…

    Carrão (pago) na garagem.

    Casa quase quitada.

    Filhos em colégio caro.

    Não ter que pedir grana pro maridão  pra cobrir o cartão de crédito.

    Prefiro as meninas da  Rua Benjamin, na madrugada aqui em Piracicaba

    Pelo menos elas deixam claro o preço.

    1. Aqui você toca no ponto

      Aqui você toca no ponto fundamental desta questão.

      É colocar o bolso no lugar da boca. 

      Se  a pessoa quer informação isenta e de qualidade, pague por isso – ou sustente financeiramente de alguma maneira.

      Uma quantiade enorme de pessoas comentando neste blog assiste à Globo News – obviamente pagando para a NET, TVA, etc.

      A Carta Capital – para ficar num exemplo razoavelmente centrista – tem uma circulação de 60 mil exemplares no Brasil inteiro. Posso não c oncordar com tudo que dizem (e com manterem o Delfim como colunista) mas assino porque é minha contribuição para o jornalismo de qualidade.

       

       

       

  22. O maior achado

    O manchetometro foi o maior achado, a maior contribuição da universidade para a sociedade brasileira. Permite que determinados setores sejam pegos em tempo real, praticando atentado contra  a democracia e a liberdade.

  23. Viés ?

    Porque o autor do Manchetômetro não fez também, para efeito de análise e crítica, uma pesquisa das manchetes dos ditos blogs progressistas ? 

    Não seria mais democrático ?

    1. Pois é, meu caro, se pensar

      Pois é, meu caro, se pensar um pouquinho, os blogs progressistas não teriam surgido justamente como um contrapeso (com muito menor alcance e poder financeiro) a essa mídia comprada pela direita? 

    2. Os blogs progressistas deixam

      Os blogs progressistas deixam claro para o leitor qual é sua posição política, eles não enganam o leitor dizendo que são imparciais.

      E depois, os blogs trabalham muito mais com opinião do que com reportagens investigativas. E quando fazem reportagens investigativas, estas são densas e não superficiais e com meias verdades para manipular o leitor como fazem a folha, globo e estadão. As reportagens feitas por esses veículos deliberadamente omitem e distorcem informações.

      1. A questão é…

        Não acho os ditos “progressistas” tão progressistas assim.

        São seletivos tb, muitas vezes, óbvio que não tanto qto o imprensa hegemônica.

        Mas deveriam ser mais democráticos. 

        O Cafézinho é progresssista onde ? É petista deslavado, não é de esquerda, é simplesmente petista e não publica nada que vai contra o PT, mesmo qdo a matéria é densa e embasada.

        A Agência Pública fez um ótimo trabalho com a série Truco, expondo as mentiras e meia-verdades dos candidatos e os progressistas, atacavam diariamente a Marina e o Aécio, mas eu não vi nada dessas mentiras da Dlma sendo repercutidas nos progressistas.

        A mesma Agência Pública fez uma matéria densa, sobre as desapropriações arbitrárias para construção dos estádios na Copa do Mundo e mostrou o aumento na dívida pública, mas aqui, só houve elogios. Porra, elogiar os 4 elefantes brancos que foram construídos desnecessariamente (Manaus, Natal, Cuibá, Brasília) já é demais.

        Aqui é o menos seletivo, mas ainda está longe do ideal. Vejo matérias que são contrárias ao Governo, mas menos, por exemplo, que na Caros Amigos.

        Não vejo essa mesma atitude no blog do PHA e do Cafézinho (ambos não leio mais).

        Tem sim que apontar os erros do PT, não apenas varrer a sujeira, como a maioria absoluata dos progressistas fazem, para debaixo do tapete.

        O PIG já admitiu faz tempo que é oposiçao, só vc que não viu. Partindo da sua lógica, o manchetômetro não tem sentido.

  24. Folha de SP

    Você sabia, caro editor do Manchetômetro, que a Folha de SP é aquela espécie de empresa que manda o funcionário embora e ainda pede que o demitido, por vezes psico e emocionalmente fragilizado, compareça ao Depto. de Recursos Humanos para preencher um formulário no qual deve explicar o que achou de sua experiência de trabalhar na Casa? Pois é, essa é a Folha de SP.

    1. Na realidade qdo o autor

      Na realidade qdo o autor compara 1998 com 2014 ele tenta desarmar o argumento da folha de que há uma tendência das reportagens para o anti-governo devido a tentativa de reeleição (o caso de FHC em 1998 e Dilma em 2014), ou seja, uma mesma base de comparação. O que ele demonstra não constar por meio da análise dos artigos publicados pelo jornal em 1998 e em 2014.

    1. Vou copiar aqui um comentário

      Vou copiar aqui um comentário que eu postei no Viomundo:

      O tema deste segundo turno tem que ser corrupção e mídia. E as duas coisas devem ser feitas *simultaneamente*, para não ficarmos reféns do agenda-setting da mídia. Como fazer isso? O programa eleitoral deve abrir um espaço para notícias. Uma espécie de programa jornalístico dentro do programa, com um lema similar ao do Viomundo: “aquilo que você não vê na mídia”. O programa deve começar com algo do tipo: “você sabia que Aécio construiu um segundo aeroporto em Montezuma? A mídia esconde, mas nós vamos mostrar”. Depois da mini-reportagem, o programa deve concluir afirmando com todas as letras: “a imprensa brasileira tem lado”. Este mini-programa colocará os escândalos de Aécio Neves na pauta jornalística, nem que seja para que os jornais e revistas o defendam. Mas se a mídia optar por defender Aécio, vai confirmar o que o programa está dizendo. Moral da história: Ao invés de ficar refém do agenda-setting da mídia, o programa eleitoral da Dilma deveria colocar a mídia no centro do debate, junto com os casos de corrupção de Aécio Neves. 

  25. Correção e dúvida

    CORREÇÃO

    Primeiramente, sugiro queo autor faça uma correção no texto e gráficos.

    Ou ele se refere à disputa de 2002, qdo o PSDB estava de fato há 8 anos no poder, ou, em 1998, estava a apenas 4 anos.

    Se foi em 2002, já havia muitas coisas ruins do PSDB e o gráfico mostra que a cobertura ficou deturpada.

    Se foi em 1998, o foco ainda era a ‘vitória’ sobre a inflação, Plano Real etc. e a cobertura estaria correta.

     

    DÚVIDA

    De qq forma, fico, ainda, procurando um veículo isento.

    O próprio GGN e mais ainda o Nassif nã se mostram isentos. Este último vem optando por ironias para redigir as matérias. Um papelão. O tal Diário do Centro do Mundo, então, nem se fala, totalmente pró PT.

    Qual seria, então, um veículo isento? Carta Capital tb não o é, Veja, muito menos.. E por aí vamos….

    Não vejo um veículo de mídia que reconheça os avanços econômicos do PSDB e o avanços sociais do PT.

    Que questione as privatizações mal elocubradas do PSDB mas que tb questione o apoio ofertado aos corrutos pelo PT.

    Particularmente, minha maior decepção com o PT foi esse apoio. Um partido que chegou ao poder falando de social e de ética não poderia, jamais, ofertar apoio a quem roubou e foi condenado após ampla defesa (SIM, bem ampla). Deveria, outrossim, expulsar do partido os tais. Como explicar para os que estão em formação de caráter e civilidade, que o partido da presidentE apóia quem roubou? Se for para o bem do partido pode?

    Outro ponto divergente é essa Comissão da Verdade, necessária, sim, mas que foi aparelhada. Da forma cmo vai, fica parecendo que no PSDB e PMDB (os antigos, históricos, que lutaram contra a ditadura) apoiavam a ditaduira e apenas PT e os seus eram contra. Isso é uma distorção da realidade na época. É um desserviço à nação.

    O resultado disso, para mim, é que não temos candidatos qualificados.

    Ficaremos na mesma, independente de quem ganhar, e sem uma mídia isenta.

     

     

    1. Veículo isento

      Não existe veículo isento, todos têm suas ideologias e preferências. Basta que sejam honestos e não declarem uma imparcialidade inexistente. Isso só os leva ao ridículo perante pessoas com um mínimo de bom senso.

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