Déficit primário totaliza R$ 25,5 bi em setembro

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O setor público consolidado registrou déficit primário de R$ 25,5 bilhões em setembro, seu quinto resultado negativo consecutivo e o pior resultado para todos os meses desde o início da série histórica, em 2001, segundo dados divulgados pelo Banco Central. Anteriormente, o maior déficit havia sido o de dezembro de 2008, de R$ 20,951 bilhões.

Ao longo do período, o Governo Central (Tesouro, Banco Central e Previdência Social) , os governos regionais e as empresas estatais apresentaram déficits primários de R$ 21 bilhões, R$ 3,1 bilhões e R$ 1,4 bilhão, respectivamente.

No ano, o resultado primário acumula déficit de R$ 15,3 bilhões, revertendo o superávit de R$ 45 bilhões no mesmo período de 2013. Considerando-se os fluxos acumulados em doze meses, o superávit primário atingiu R$ 31,1 bilhões (equivalente a 0,61% do PIB), comparativamente a R$ 47,5 bilhões (0,94% do PIB) em agosto.

Os juros nominais, apropriados por competência, alcançaram R$ 43,9 bilhões em setembro, bem acima dos R$ 17 bilhões registrados em agosto. Segundo a autoridade monetária, o aumento foi impulsionado pelo resultado desfavorável de R$18,4 bilhões nas operações de swap cambial – ante um resultado favorável de R$2,5 bilhões no mês anterior – e o maior número de dias úteis.

No acumulado no ano, os juros nominais atingiram R$ 209,1 bilhões, comparativamente a R$ 177,2 bilhões no mesmo período de 2013. Em doze meses, os juros nominais totalizaram R$ 280,8 bilhões (5,53% do PIB), elevando-se 0,56 ponto percentual (p.p.) do PIB em relação ao mês anterior.

Já o resultado nominal, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados por competência, foi deficitário em R$ 69,4 bilhões em setembro. No ano, o déficit nominal alcançou R$ 224,4 bilhões, comparativamente a R$ 132,2 bilhões no mesmo período do ano anterior. Nos últimos doze meses, o déficit nominal alcançou R$ 249,7 bilhões (4,92% do PIB), elevando-se 0,89 ponto percentual (p.p.) do PIB em relação ao mês anterior.

No mês, ocorreram expansões de R$ 75,3 bilhões na dívida mobiliária, de R$ 3,3 bilhões no financiamento externo líquido e de R$ 7,3 bilhões nas demais fontes de financiamento interno, que incluem a base monetária. Tais expansões foram parcialmente contrabalançadas pela redução de R$ 16,5 bilhões na dívida bancária líquida.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

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  1. Nos últimos doze meses, o

    Nos últimos doze meses, o governo gastou com juros R$ 280 bilhões de reais. Por isso que não sobre dinheiro para a educação, previdência, saúde, saneamento, etc. O governo Dilma precisa trocar rapidamente o ministro da fazenda e o presidente do Banco Central e reduzir a Selic para 8%a.a. 

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