Desde Sarney e Collor, Dilma sofreria a pressão mais forte em um segundo mandato

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
[email protected]

Por Flavio Patricio Doro

Ref. ao post: O que seria um segundo governo Dilma?

A dinâmica da campanha eleitoral deixará sequelas. No início do segundo mandato, Dilma Rousseff sofrerá a pressão mais intensa a que um presidente foi submetido desde Sarney e Collor. Pelo menos é essa a minha previsão. 

Há também uma novidade: o respaldo da população ao governo será menor do que nos três mandatos anteriores. Basta lembrar que, por duas vezes, Dilma esteve atrás nas simulações de segundo turno. A maioria da população já não a apoia. Um segmento relevante – suficiente para assegurar-lhe a vitória – vota nela como um mal menor.

Para reverter o quadro a presidente terá de mostrar a curto prazo, se não resultados (que demoram a aparecer), pelo menos planos muito consistentes, que deem uma resposta aos que com razão criticam sua condução no quadriênio que se encerra.

 

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

35 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. É claro que no inicio será

    É claro que no inicio será uma pauleira. Mas exercer a presidencia não é apenas participar de festas no Rio ou em Paris (upgrade). Tem que trabalhar e mostrar serviço.

  2. É claro que no inicio será

    É claro que no inicio será uma pauleira. Mas exercer a presidencia não é apenas participar de festas no Rio ou em Paris (upgrade). Tem que trabalhar e mostrar serviço.

  3. Pô, mas que maldito coro dos

    Pô, mas que maldito coro dos inconformados… Pressionaram, atacaram a presidenta por quatro anos, analistas, imprensa em geral, oposição, e ela está de pé, enquanto o playboy acabou-se depois de uma semana de segundo torno com o  “conhecimento” de sua proposta e de sua vida. Quer o que? Diferente da atual situação que vive o povo brasileiro e seu governo só teria uma mágica: o inferno do governo do PSDB, com desemprego, inflação, arrocho salarial…

  4. Na verdade o inimigo de todos

    Na verdade o inimigo de todos os governos progressistas chama-se Rede Globo de Televisão. Basta regulamentar as leis de comunicação, que estão em aberto, para destruir o poder desta praga gerada pelos Marinhos.

  5. Muito bom, Flávio

    Mas, as sequelas não são pela dinâmica da campanha eleitoral

    Ela vem de antes e acontece desde que parte do PT abraçou o pragmatismo.

    A partir daí a mídia encontrou brecha para aumentar a despolitização do país.

    A população não consegue distinguir a diferença ideológica entre grupos opostos

    A mídia insuflou o antipetismo da direita, sempre com o discurso fascista

    Os motes de “somos apolíticos”, que político não presta, que é tudo igual, e que o atual governo só pensa em roubar parece querer vencer

  6. bo ba gem

    “A maioria da população já não a apoia.”

    Rematada bobagem. De qual população se fala? Se for da fração da sociedade envenenada pela mídia, isso será fácil de reconquistar. É só mostrar a verdade, governar e dar ciência á mesma população dos seus atos.

    Por outro lado, Dilma não mais tem que se fazer de boazinha. Omelete na Maria Braga nuca mais. Festinha da Folha idem. Demitir um ministro por semana por falsa denúncia também não. Quando ela não tiver que se preocupar em ser reeleita será a hora de “ir para cima”, fazer o que se propôs e o que deve.

    Que aproveite para demitir os ministros inoperantes. Que exija do seu partido defesa “homem a homem” no congresso. que perca a exagerada inocência republicana. Se um comandado seu provar que está do outro lado, que demita incontinenti, seja ele civil ou militar………… é por ai.

  7. Reformas política e administrativa

    Dilma precisa de cara forçar a barra com o Congresso pela discussão e votação de reformas política e administrativa.

    No âmbito da reforma política é preciso discutir dentre outras coisas: cláusulas de barreira para partidos políticos terem acesso ao fundo partidário, à participação em debates (vide os casos do Levy Fidelix e do Pastor Everaldo…) e à propaganda eleitoral; fim do suplente no Senado, o que “fabrica” o senador sem voto; verticalização das coligações; financiamento público de campanhas.

    No âmbito da reforma administrativa é preciso discutir, dentre outros pontos: fusão de carreiras similares no Serviço Público (ex.: na área jurídica existem 4 carreiras que fazem a mesma coisa); fusão ou extinção de unidades sobrepostas; exclusividade dos cargos em comissão para servidores públicos de carreira; subsídio único para todas as carreiras; data-base anual e obrigatória; lei geral de concursos públicos, que vincule União, estados e municípios.

    Aí outros temas de rediscussão poderiam ser encaminhados em debates paralelos, como a carreira única para as polícias, o fim do inquérito policial, revisão da área disciplinar da Lei 8.112/90, subsídios para quem instale equipamentos de geração alternativa e/ou economia de energia elétrica, discussão da Lei de Mídia, discussão sobre a intocabilidade do Judiciário, enfim: proposta pra debate e melhorias do Governo não faltam!

  8. Redução rápida da Selic, para

    Redução rápida da Selic, para 8%a.a. na próxima reunião do COPOM, o governo vai economizar R$ 60 bilhões; acabar com o fator previdenciário, aumento de R$ 17 bilhões/ano nas despesas do governo, que serão devolvidos em parte em impostos, quando o aposentado aumenta o seu consumo; os aposentados que ganham mais que um salário mínimo ficarão mais aliviados e apoiarão o governo Dilma; cobrar imposto de renda pessoa física para quem ganha acima de R$ 5.000,00, aliviando a classe média; criar o MAIS PROFESSORES, complementando o salário do professor em todo o Brasil em R$ 1.000,00 por mês e melhorar a comunicação do governo, que é PÉSSIMA.

  9. Muitos segmentos da sociedade

    Muitos segmentos da sociedade ainda esperam ver propostas dos candidatos, que continuam se digladiando. Vamos falar sobre os indígens; acentuar as propostas em favor das mulheres mortas a cada segundo por machismos; clarear políticas mais efetivas contra meninos bandidos, incluindo a questão da maioridade penal; políticas severas contra quem mata ou destrói a vida de homossexuais, etc. Há muita coisa  a ser feita. Por exemplo: as crianças já estão com promessas de mais creches, mas e o que fazer com idosos vitimados por Alzheimer, de famílias carentes; o povo quer saber como agir, o que fazer com seus doentes, que nem sempre tem que possa cuidar deles em casa. 

    Dilma terá que ir ao debate da Globo com um discurso afiado, e não deve se deixar levar pelos insultos do seu adversário, sob pena de ter um infarto e morrer aos pés de Bonner. Tomara que não compareça a esse debate, mas se comparecer, que vá com outras propostas, e fuja da sanha de Aécio. Falta pouco para ela fechar a conta e ser vitoriosa, mas qualquer descuido pode mudar o cenário.

  10. nao penso assim.
    Criticos verso populacao.
    se considerar de 40 a 50% votos consolidados constantemente o povo nunca abandonou o PT. Separando a Dilma e Lula.
    Pq? Olham e veem um sol e tempo bom.
    O bolso e a barriga sempre foram inimigos de qquer programa de avancos sociais e qdo se teve oportunidades politicas para mudar se foi vendido para projetos de grandezas.
    Qquer brasileiro hoje, nao entendo claro Sao Paulo, sabe e diferencia sem odio esta diferenca. Esta eh a base de votos do Lula e da Dilma.
    Ontem tinha a carta aqui no blog explucando o DNA do BF, muito certo mais tambem nao explicava a proposta de que dava para as criancas e nao dava para os pais. Hoje em novo depoimento e texto aqui no blog explicando os votos de 100% na Dilma no 1 turno, o senhor explicava, so com meus ganhos ja teriamos morrido todos e o BF das criancas complementa meu salario. Sabe o que isto, o BF, as criancas na escola e TODOS , criancas e pais com a barriga cheia.
    A populacao consegue ver sim e que cega eh a midia opositora. Eles nao tem bandeirad e nem argumentos. Aquela midia que nega o Brasil em prou de seu poder e seus ganhos.
    Como disse, sao uns facista, derrotados pelo progresso e perdidos no passado.
    Dilma esteve perdedora nas duas vezes, aliais so considero uma no fator “Eduardo morto e Maria”. Nao considero como perdendo e mais este coracao brasileiro nos atormenta, somos assim e que vamos fazer, eh explode coracao.
    Olhe hoje na rua, converse com militantes e veras que como antes a populacao apoiando, lutando por Dilma, esta enganado e tem mais as pessoas simples, humildes, trabalhadores rural e do campo, operarios nao tem disso nao, mal menor ou maior.
    Dilma nao precisa provar, vc nao entendeu, ela nao precisa demostra ao mercado, a bolsa, fazer para dizer que mudou, alimentar aos empresarios, a midia e muito menos comprovar que esta ao lado da populacao brasileira. Ela precisar sim continuar, manter e acabar o trabalho que comecou ha 12 anos passado, emprego, inflacao, os beneficios socias, energia, transporte, saude e tantos outros.
    Precisa olhar os aposentados como outro BF para a dinamica das familias, cidades e mercado interno.
    Critico e criticaremos.
    As vezes temos que pensar como pai, exemplo sacana, qdo se diz nao a um filho doi e sabemos. Este eh o caso entre a governabilidade, pragmatismo e centralizacao. Nao vemos certo e sim fraqueza. Mais nao eh que nao concordamos que nao aceitamos a Dilma, o tempo e a forma eh a redirecao das politicas do PT.
    A forca de qquer politica e politico esta na sua lideranca e dialogo. Hoje sem ser conduzida pelo Lula na eleicao, tenha se saido muito bem e engrandecida com o PT, os militantes, todas organizacoes, associacoes, sindicato e principalmente o homem e a mulher brasileira, estes cidadaos simples e humilde que so esperava uma oportunidade e esta hoje agradecendo.

  11. A maior sacanagem que fazem

    A maior sacanagem que fazem em relação a ela é ser a culpada pelo que não pode nem deve responder totalmente.

    O messianismo ufanista concedeu ao Lula atribuições “mágicas” num período de bonança da economia mundial que facilitou a execução de um projeto que se de um lado beneficiou amiúde a população de outro largou o Estado sem reformas fundamentais. 

    Isso é um fato e não me importo com as terríveis dificuldades para aprovação da Lei da Mídia e reformas tributária, política e judiciária. Ele não conseguiu e não entende que capital político é para ser usado, não um artefato para ornar uma estante.   

    Assim, cansaram de falar sobre a sensibilidade com os pobres e o social como se fosse a descoberta do milênio e só o que faltava para fazer. Em 2010, aqui mesmo, lembro de um comentarista famosão dizendo que era hora de “ligar o piloto automático” porque era só questão de tempo… rsss 

    E enquanto a cigarrinha chiava as formiguinhas chinesas trabalhavam… Enquanto a cigarrinha dizia que “no segundo mandato jogavam como o Barcelona” as formiguinhas faziam um estrago na indústria.

    As formiguinhas sabem para onde vão, a cigarrinha só sabe chiar.

    Se é simplesmente justiça social sendo feita quando se reduz a pobreza e facilitam o acesso educação mediante programas assistenciais, tal não signfica um grande projeto para o Estado.

    São essas reformas que fazem falta agora e sem dúvida alguma pressionam a Dilma.

    Resta ver se os ufanistas vão explicar um dia a oportunidade que ficou lá atrás ou se já anunciarão o retorno do Messias daqui a quatro anos.

    Apostaria na segunda alternativa. Falta senso crítico demais.

  12. Qual o limite?

    A questão é – antes de ser mesmo provocada por suposto desgaste do modelo econômico essa resistência à Dilma – até onde seu o governo progressista num segundo mandato pode avançar em perspectivas de inclusão e do resgate desta imensa dívida social?

    Parte da classe  média – de todas as regiões do Brasil – não aceita, simplesmente, a alocação de verbas federais para os programas sociais do Governo e vota em Aécio Neves por este motivo.

    A pergunta que faço é: há saída para o impasse da superação da desigualdade social sem enfurecer os segmentos mais abastados e conservadores da sociedade brasileira?

     Qual o limite para isso sem conflagrar as classes sociais ao ponto de nos tornarmos algo como a Venezuela?

    Eu não sei não… 

    1. Verbas Federais

      Talvez o Governo devesse explicar bem como esses recursos não são jogados fora, mas que giram as economias de pequenas localidades pobres, no interior do país, criam alguma riqueza no comércio local (coisas básicas mesmo), geram tributos e, em resumo, deixam esse dinheiro irrigar o chão brasileiro.]

      Agora bota todo esse dinheiro em meia duzia de gente finíssima, que em poucos dias já passou pelas manos dos doleiros e chega a paraísos fiscais. Isso que é jogar dinheiro fora.

  13. No Brasil, um pouco de

    No Brasil, um pouco de Economia (“dinheiro no bolso”) faz filhote de coruja virar garça. A pressão do povo muda com a economia minimamente estável.

    Acho que o coração desta eleição são as riquezas do pré-sal, que devem injetar uma quantidade considerável de recursos na economia, no curto prazo, se Dilma for eleita.

    Principalmente por isso, mas não só por isso, é que voto nela. É uma chance em um milhão de superarmos o “break even point” do desenvolvimento econômico com equidade social.

    Com Aécio eleito, será a pilhagem que o Brasil assistiu de mãos atadas nas privatizações de FHC e nas robalheiras de Covas-Serra-Alckmin. Já deram todos os sinais que acham isso certo, e o farão.

    O Brasil tucano enterrará de uma vez por todas a esperança de um dia sermos uma democracia de 1º mundo. Isso aqui – o país – vai virar um Oriente Médio, com uma micro elite bilionária, corrupta e predadora, cercada de miséria por todos os lados. Em SP já começou: estão construindo um deserto pro povão há uns 20 anos. Ficou pronto e entregaram outro dia.

  14. Caro Nassif e demais
    Se o

    Caro Nassif e demais

    Se o Aécio ganhasse, o que não irá acontecer, os movimentos sociais seriam simplesmente esmagados com o apoio da mídia. 

    Com  a vitória da Dilma, o 2º mandato será explosivo.Será um período de guerra. Os menos de 1%, Wall Stret, não deixarão nada, eles atacarão com tudo.Dilma terá que montar um ministério mais aguerrido.Na continuidade da coça aos corruptos, o STF terá que ser reconstruído. Eles já mostraram que não estão para brincadeira e a eleição de Alckmin, mais a morte do Eduardo Campos, indica isso.O Congresso ampliou os direitistas.

    Dilma terá que se apegar cada vez mais nos movimentos sociais e fazer ampliar as mudanças. Choques de ruas serão inevitáveis.

    Saudações 

  15. Há controvérsias sobre tudo

    Há controvérsias sobre tudo isto, como diria o saudoso Milani.

    A maioria não a apoia, mas tb não desaprova, visto o Governo Dilma ter 40% de avaliação ótima e boa e apenas 20% de ruim e péssimo. Podemos inferir que, dos que a consideram “dos males o menor”, boa parte é influenciada por uma mídia histérica e partidária. Dilma ganhou no primeiro turno e vai ganhar no segundo, isto é fato inconteste e legitima seu mandato, ao invés de fragilizá-lo, como alguns estão tentando supor (e a mídia vai mesmo bater nesta tecla).

    E, diante dos desdobramentos da Lava-Jato,  o PT certamente entrará de sola com uma reforma política cujo debate a mídia e a oposição não terão como evitar, muito menos os 2/3 conservadores do Congresso. Isto se refletirá nas ruas e nas taxas de aprovação ao Goverrno.

    E, saindo da esfera política, vários grandes projetos, como hidrovias, portos, estradas, refinarias e ferrovias estarão finalizados, e outros se iniciando, via concessão, PPPs ou investimento direto (Petrobrás entre outros) modernizando a logística brasileira e dinamizando a economia, retomando lentamente, mas de forma sustentável, o crescimento e garantindo o emprego e a renda. Programas sociais ganharão maturidade, como o Minha Casa Minha Vida, Pronatec e Ciências sem Fronteira, e deslancharão com melhor qualidade e monitoramento.

    Por fim, a entrega daTranssposição do São Francisco será um marco histórico mundialmente reconhecido, e os investimentos em saúde e educação (incluindo a importantíssima reforma do ensino médio), cada vez maiores com os royalties do Pré-Sal, começarão a traçar um futuro promissor ao país para as próximas gerações.

    Dilma tem tudo para bombar no segundo mandato.

  16. DILMA GOVERNO NOVO

    Sabes amigos, se Dilma for eleita, terá que governar diferente do que ai está, tem que fazer um enxugamento da máquina, privatizar vários setores, fazer todas a reformas que em 12 anos o PT não fez, se não fizer o povo vai pra rua cobrar.

  17. Ossos do ofício

    Diziam o mesmo quando Lula se reelegeu. Diziam que não haveria governabilidade e que ele não teria condições de governar minimamente no segundo mandato…

  18. Para Secretaria de Direito

    Para Secretaria de Direito Humanos: Eduardo Gaievski.

    Se fosse fazer o mesmo tipo de campanha suja do PT era só falar que Dilma vai colocar na Secretaria de Direito Humanos: Eduardo Gaievski.

    Ate explicar que não é ele já deu muito pano pra manga.

  19. Segundo mandato?

    Esqueceu dos russos?

    Mas a idéia principal do post é correta. E digo mais: não precisaria esperar 2 de janeiro para ter “idéias novas” (embora com naftalina). Dilma JÁ É presidente.

  20. A maioria já não a apoia?

    A maioria já não a apoia? Ora, faça-me um favor. Se ela for eleita é porque a maioria a apoia. Não sei o que deu em você hoje, Nassif; deixa os cães dos blogs da veja invadirem seu blog e agora aparece com esses comentaristas tolinhos, como se faltasse gente de peso para escrever no blog. Por favor, isso não é hora para desanimados. É hora de demonstrar otimismo e apresentar o que há de positivo (positivo tem um monte a apresentar). Vamos deixar nossas críticas na segunda feira.

  21. Mas que análise capenga.

    Mas que análise capenga. Dilma teve mais de 40% dos votos no primeiro turno, se não tivéssemos segundo turno ela já estaria eleita, e com uma votação muito expressiva. O resto é papo furado de Aecio e Marina que tentaram torturar os números e criar a falsa impressão de vontade de mudança. Apesar da oposição cerrada da grande mídia e do adesismo desavergonhado em torno do “novo” Aécio, Dilma e o PT ainda têm amplo apoio do eleitorado.

  22. Flavio
    Concordo contigo,

    Flavio

    Concordo contigo, Dilma tem que ir pra cima em 2015 e mostrar o porque de ter merecido mais um mandato.

    Já que ela nunca foi política, agora mais do que nunca terá que ser gerente.

  23. Algo que tem de ser visto

    Nos EUA a eleição pra presidente é sempre duríssima, disputada e com índices próximos – a eleição do Obama em 2008, onde ele ganhou com 52,9% contra 45,7% do Joe Bidden, foi uma das mais folgadas dos últimos tempos. Só Clinton, com 49,2% x 40,7% de Bob Dole, em 1996, tinha sido mais folgada nos últimos 20 anos.

    E nem por isso a “nação dividida” aparece em pé de guerra consigo mesma, como sempre se apregoa que acontecerá por aqui. Em 2010 aqui tivemos números parecidos com o que pintam as pesquisas atuais, e não houve nenhum terremoto social por conta disso. A única situação mais fora da curva um pouco foram as manifestações de junho/julho do ano passado.

    1. É, mas naquele momento não

      É, mas naquele momento não havia heróis, todo o mundo político foi jogado no mesmo cesto das mazelas que assolam o imaginário. O PSDB tenta hoje, oportunamente, se apropriar das manifestações de junho como se fosse o grande representante daquela corrente, não é. Estava no mesmo barco do PT, de Dilma e de toda a classe política brasileira.

  24. Não dá para comparar com

    Não dá para comparar com Sarney e Collor: eram conjunturas diferentes. A âncora de um cada vez mais provável segundo mandato será a economia. Enquanto a gestão desta não descambar para indicadores perversos para a população, a exemplo de uma inflação beirando ou acima de dois dígitos, desemprego, redução do poder de compra dos salários, choques de ofertas, altas taxas de juros e/ou diminuição da oferta de crédito, o processo político, em especial a relação com o Congresso, pode ser conduzido, mesmo que aos trancos e barrancos. Por fora, torcer por uma conjuntura internacional favorável.

    Entretanto, Dilma terá um trunfo na mão, qual seja, a oportunidade de encetar reformas de base mesmo num possível contexto de maioria simples no Congresso Nacional. Para isso, o primeiro passo é governar de modo mais antenado com as ruas. Ter o despreendimento de tomar iniciativas e disposição para liderar o processo.O segundo é estabelecer critérios estritamente republicanos nas relações com partidos aliados. O terceiro, e mais importante, reinventar toda a máquina de comunicação do governo adaptando-a aos novos tempos. 

  25. A meu ver, se a Dilma vencer

    A meu ver, se a Dilma vencer e o PT pretender não passar esse aperto em 2018, tem que jorgar duro: (1) reforma política severa (com financiamento público de campanha, sem possibilidade de pessoas jurídicas contribuírem); (2)  lei de mídia severa (com proibição de propriedade cruzada de empresas de comunicação); (3) acirramento do projeto desenvolvimentista para o incremento de emprego e renda, com regulação pesada sobre títulos especulativos sem vinculação direta com a produção; (4) juros a patamares civilizados (o que também espanta o capital meramente especulativo). Acho que nesse segundo mandato é tudo ou nada. Os eleitores já demonstram o cansaço natural que decorre de um partido que já vai para o quarto mandato. Tem que mostrar muito serviço para conquistar o quinto.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador