Dilma critica reportagens que usam fontes do Palácio do Planalto

Do Estadão
 
Dilma critica imprensa e se nega a comentar reajuste da gasolina
 
Presidente diz que, quando acorda, vê frases atribuídas a ela nos jornais e se pergunta: ‘Será que falei em sonhos?’
 
06 de novembro de 2013 | 15h 54
 
Francisco Carlos de Assis, Gabriela Lara e Beatriz Bulla, da Agência Estado
 
SÃO PAULO – Embora a presidente Dilma Rousseff tenha defendido a liberdade de expressão, voltou a questionar nesta quarta-feira, 6, as reportagens que usam fontes do Palácio do Planalto. Ela se recusou a responder sobre o possível aumento da gasolina neste ano.
 
“Isso não é uma pergunta para a presidente da República responder”, disse, em entrevista concedida nesta quarta-feira, 6, a veículos do Grupo RBS, gravada no Palácio da Alvorada, em Brasília.

 
“Não vi nenhuma proposta, não me deram nenhuma proposta, não me manifestei sobre nenhuma proposta”, disse Dilma, em resposta à pergunta sobre a possível alta dos combustíveis. 
 
“Considero que há algumas matérias desse teor que são especulativas, para não dizer que estão faltando com a verdade quando se referem a mim. Eu não posso o dia inteiro ficar desmentindo matéria. Quando se acumula e fica muito grave eu desminto”, completou.
 
Em outra ocasião, a presidente já havia dito que “pergunta a seus botões” quem são as “fontes do planalto”. 
 
Nesta quarta, Dilma comentou que, quando acorda e vê nos jornais algo que teria dito, pensa: “Será que falei em sonhos?”
 
“Acho que seria melhor que não tivesse questão das fontes. Eu entendo o uso do off, agora dizer que ‘assessor do Palácio do Planalto disse que’ aí, me desculpa, estou começando a achar que o assessor do Palácio do Planalto não trabalha lá”, comentou. “Aí pergunto para meus botões onde será que trabalha esse assessor”, brincou Dilma.
 
Imprensa e manifestações. A presidente comentou que a liberdade de imprensa no Brasil “é um valor inequívoco” conquistado e que transforma o Brasil. “Tem excessos, não tenho dúvida. Os excessos temos de discutir, debater, criticar”, completou ao falar sobre a imprensa.
 
Ela disse ainda que o mesmo acontece com a classe política. “São pessoas absolutamente naturais e normais como quaisquer outras. Você não pode supor que é possível um País não ter a ação política, o que nós devemos buscar é o aperfeiçoamento dela”, disse Dilma. A presidente aproveitou para dizer que não se pode aceitar políticos “que pregam a discriminação, o racismo, o ódio, seja de que tipo for”.
 
Sobre as manifestações, a presidente afirmou não ser possível concordar com protestos em que as pessoas “escondem a cara e praticam vandalismo”. “Não é possível achar que manifestação que destrói patrimônio público e privado e fere outras pessoas são manifestações democráticas”. 
 
Luis Nassif

27 Comentários

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  1. A Presidenta DILMA já

    A Presidenta DILMA já percebeu a muito tempo essa “manipulação” da “fonte de informação”. Agora, publicamente condena tal “artificio” dos prestigiados meios de comunicação do Brasil, a tal mídia porca. A RBS é a GLOBO, que habitualmente se transveste de “porta-voz”……..De fato, a de perguntar “onde trabalha esse assessor”?  A midia sempre se utiliza de fontes, que tal perguntar ao seu legitimo representante um tal de “caneta de ouro” mais conhecido como POLICARPO, talvez ele informe quem é a tal fonte e assessor. São uns idiotas mesmo. A essa altura o STAFF da Presidência deve estar morrendo de rir. 

  2. Essas “reportagens” são muito

    Essas “reportagens” são muito cômodas…Como sabemos que o jornalista simplesmente não atribuiu a uma “fonte” alguma coisa que ele acha que deve acontecer ou mesmo que tenha interesse em que a opinião pública conheça? Em qualquer outra atividade o profissional é responsável pelo que diz, ou diz ser. No jornalismo sempre se alega o sigilo das fontes para bloquear as verificações. É claro que isso também pode levar a um cerceamento das informações. Mas não seria muito complexo termos alguma instância verificadora que mantivesse o sigilo para o público em geral e atestasse a veracidade de informações em off. Mas para isso, como diz o Lula, falta vontade política kkkkk 

  3. O Claudio Humberto, o da

    O Claudio Humberto, o da coluna mais marron do país, é uzeiro e vezeiro em publicar “conversas” da presidenta ,

    sendo que em alguns casos haveria apenas um interlocutor. Alguém, em sã consciência, acredita que a  Dilma se arriscaria numa conversa, A SÓS, com um possível confidente desse jornalista escrôto? 

    1. Este governo é uma piada.

      Este governo é uma piada. Ilariante o video das creches. Quando as pessoas mentem não se lembram depois os números que falou anteriormente…. E a revisao do PIB de 2012 para 1,5%, foi ridiculooo, sair uma revisao de 0,9 para 1,5%%, qualquer um simples mortal entenderia que ou a presidenta estava equivocada ou era a morte do IBGE.

        1. Não concordo com o helbert,

          Não concordo com o helbert, mas se falar isso vale a piada: sobre as duas notícias – uma boa e outra ruim – sobre o futuro…

        2. Nilcemar
           
          Isto nao é

          Nilcemar

           

          Isto nao é hilariante e sim trágico.

          Nao sou Tucano sou a favor de governos sérios e o Brasil hoje não tem quem me pareça confiável. Seria engraçado se nao fosse trágico.

           

          Valeuu

  4. Quado será que a presidenta

    Quado será que a presidenta vai demosntrar pra população que está descontenta com as fofocas sobre o ela e o governo dela? Precisa o rapaz do “dilma bolada” ou o joão santana falarem no ouvido dela? Por que não chama cadeia nacional uma vez por semana pra falar: “ah, fico bolada com esse papo furado de gente invejosa e mal informada; que fonte no governo, o quê! esse pessoal é o mesmo que foi barrado nos churrascos do Lula; barrados porque só falam besteiras durante a conversa e fofoca depois!”

  5. Ou seja, a tal liberdade de

    Ou seja, a tal liberdade de imprensa no Brasil serve apenas para inventar, mentir, caluniar, destruir a política como arte da negociação, fazer terrorismo econômico, pregar ódios, fazer política partidária sem registro no TSE como partido político, perseguir, julgar sem ser órgão do poder judiciário, silenciar quando se trata dos amigos (PSDB), ter dois pesos e duas medidas, sensacionalizar fatos corriqueiros, proteger criminosos do colarinho branco, destruir a auto estima dos brasileiros, louvar tudo o que é estrangeiro e principalmente norte-americano, fomentar golpes de Estado, criar crises artificiais, tentar influenciar o resultado de eleições, estigmatizar negros, pobres, favelados e índios, inculcar valores ligados ao ter e não ao ser, destruir reputações, criminalizar movimentos sociais, inferiorizar a mulher, promover o sexismo, vulgarizar a violência e menosprezar os Direitos Humanos Fundamentais. Ou seja a tal liberdade de imprensa defendida pelos capitães do mato e donos das principais mídias no Brasil representa um atraso fenomenal para o Brasil que deseja ardentemente se modernizar e provavelmente represente também prejuízo econômico incalculável à nossa potencialidade de produzir riquezas. Este câncer midiático que flerta e se associa o tempo todo com o crime organizado em suas variadas modalidades delituosas precisa ser removido do nosso país.

  6. 100% de liberdade com 10% de jornalismo de verdade dá nisso…

    imprensa brasileira não passa de uma asneira repetida de jornal em jornal, de boca em boca ou de canal em canal

     

     

  7. Presidenta, seja incisiva

    Presidenta, já que a Senhora não pensa em fazer uma lei de médios semelhante aquela que existe na Argentina, seja pelo menos mais incisiva. O problema é que o piano está ficando muito pesado para apenas a blogosfera carregar. Seja mais direta e dê nome aos bois. As minhas forças (pelo menos as minhas) estão se esgotando.

  8. Infelizmente Dilma, não temos

    Infelizmente Dilma, não temos liberdade de imprensa, temos verdadeira libertinagem de imprensa nos nosso mais volumosos recursos de mídia 

  9. Quem conversa diariamente ao com a Dilma é a Miriam Leitão.

    Quem conversa diariamente com a Dilma e seus acessores, é a Miriam Leitão.

    Ela sempre diz que conversou, denotando intimidade, com fonte do governo.

    Cascata ! Conversa fiada ! Não conversou porcaria nenhuma, é puro chute.

  10. Dilma Roussef deveria

    Dilma Roussef deveria convocar entrevista coletiva ou cadeia nacional para falar de Mandela…erro crasso! Esses sujeitos que comandam a imprensa no Planalto não sabem nada de nada!

  11. A seis meses , desde Maio,

    A seis meses , desde Maio, pelo menos se lia na Midia quase diariamente que “fontes do palácio” autorizavam aumento da gasolina. Da mesma forma aumento da taxa de juros p/ conter a inflação.  Há  uma roubalheira que transborda pelo rio Tietê e a Midia não vê nada de anormal, assim como não vê no tranporte de Cocaina do amigo a Presidente do PSDB , também não via nada de anormal na máfia dos fiscais na prefeitura do zé. Não ve paraiso fiscal nem sonegação dos amigos da CBF. Um jornalismo associado com o crime , corrupção e  drogas, notícia na base da difamação e chantagem. E os bandidos são o que eles denominaram de “mensaleiros”

  12. O artigo já começa manipulando

    Uma forma comum de manipulação é construir a frase de tal modo que relacione duas coisas da maneira que interessa aos propósitos políticos do órgão midiático. O Estadão tenta incutir subliminarmente no leitor a ideia de que o PT, a Dilma e tutti quanti são contrários à liberdade de expressão. A presidenta a defende. O que os manipuladores fazem? Começam o artigo assim:

    “Embora a presidente Dilma Rousseff tenha defendido a liberdade de expressão, voltou a questionar […] as reportagens que usam fontes do Palácio do Planalto.”

    Esse embora é posto sob medida para sugerir uma contradição: Dilma defende a liberdade de expressão, mas porém contudo todavia apesar disso não obstante defendê-la, questiona o uso de fontes do gov. Ou seja, a construção sugere que a crítica “ao uso de fontes” (esqueceram providencialmente de acrescentar fontes falsas, que não representam o Planalto) é um atentado à liberdade de expressão. Inventar é, de fato, uma liberdade de expressão. Mas na literatura. Na imprensa é crime de lesa-informação. Asqueroso.

    1. Concordo, Luiz. O uso dessa

      Concordo, Luiz. O uso dessa tática asquerosa é vezo na nossa mídia jornalística: justapõem duas frases ditas em contextos ou pinçadas de situações diversas resultando numa expressão que deixe em maus lençois os personagens.

      No mesmo nível de desonestidade há o abuso de referências a fontes não explicitadas. Sei que bato de frente com os experts em jornalismo, mas acho um beneplácito exagerado esse de a imprensa o direito de não revelar a fonte. 

      1. Também acho, JB. A todos é

        Também acho, JB. A todos é vedado o anonimato. A uns é permitido “inventar” conversa. Em nome de qual liberdade isso? É puro privilégio.

    2. Asqueroso

      Eu não sei o que é mais asqueroso: mentir e plantar boatos baseados em fontes falsas ou inexistentes ou manipular frases ou fatos verdadeiros visando sempre atender, uma vez abandonada a lógica, a honestidade intelectual e a coerência, ao propósito ideológico do órgão midiático envolvido, geralmente de viés de direita, mas nem sempre.

  13. Aqui no Rio Grande do Sul,

    Aqui no Rio Grande do Sul, como deve ter ocorrido em outros estados do país, os militares quebraram o maior grupo de comunicações que havia e do qual discordavam, O Caldas Júnior, apenas negando financiamentos e diminuindo publicidade. Não entendo porque o PT não faz o mesmo.

    A propósito, o grupo RBS foi erguido graças a falência do Caldas Júnior.

  14. no dentista.

    No dentista, houve uma emergência. O doutor pediu para eu esperar ou desistir, ia demorar mais uma hora. Não tinha compromissos naquela manhã, disse que esperaria. Virei pro lado, havia umas 50 revistas, folheei para escolher.  Entre tantas Caras e fofocas da TV, apareceu uma Veja velha. Aliás, não há diferenças entre as velhas e as novas, as novas são mais velhas do que as antigas. Era uma coisa horrível atrás da outra, ia botar a coisa de lado quando li a notícia numa tal coluna RADAR, “informando” que houvera um bate-boca no palácio em Brasília, entre Dona Marisa, então primeira dama e outros membros do PT. Iam passar um filme. A militância queria um filme político e Dona Marisa, uma comédia romântica de Hollywood. Dona Marisa teria dado uma carteirada: “-Estou cansada de ver filme de pobre, quero ver este aqui e pronto!”

    Fiquei estupefato. Após o dentista, antes de começar a trabalhar, enviei um e-mail à revista que dizia basicamente o seguinte: “A Veja odeia o PT e o PT odeia a Veja. Então, como é que alguém do PT contou essa história do filme? Ninguém do PT contaria uma história dessas para um jornalista de Veja, mesmo que fosse verdade. Como nenhum jornalista de Veja priva da intimidade do Palácio da Alvorada, vocês mentiram e isso é muito grave”. Recebi um e-mail da revista pedindo desculpas assinado “A Redação”. Li e apaguei aquele lixo, afinal só havia 2 meses de governo (era 2003) e eles pensaram que eu era alguém importante na hierarquia do governo, algum aspone bem situado. Esse é o lixo que a gente lê. Na TV, é o lixo que a gente vê e ouve.

  15. Sra. Presidenta, deixa de ser

    Sra. Presidenta, deixa de ser infantil, pois liberdade de expressão não e o mesmo que atribuir ao presidente da republica frases que não disse!

    e seu dever desmentir e processar que mentir sobre o que o presidente disse, pois e necessario dar respeito ao cargo!  sem esse respeito o presidente não tem importancia alguma!

     

     

    1. Chame o CACHOEIRA e o

      Chame o CACHOEIRA e o POLICARPO que farão um grande “serviço”…..Se for para desmentir e processar, os tribunais estarão superlotados de processos similares. 

  16. Dona Dilma, deixa de xororô e

    Dona Dilma, deixa de xororô e vai dormir que tá na hora.

    O projeto que disciplina o direito de resposta na imprensa dorme em alguma gaveta da câmara de deputados e a Sra. não põe o peso do governo para aprová-lo.

    Depois vai ficar aí choramingado?! Vai dormir que amanhã é dia de trabalho.

     

  17. Uma maneira simples de

    Uma maneira simples de reduzir o burburinho é a Presidente falar somente em entrevistas coletivas rigorosamente controladas, com acesso de jornalistas credenciados pela respeitabilidade e nivel e falar uma vez por mês no máximo, como fazem Presidentes de grandes paises. Falar todo dia, a todo lugar e com qualquer um provoca ruidos o tempo todo, não adianta culpar o carteiro pela carta.

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