Dilma falará a 125 países na Cúpula do Clima

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
[email protected]

Jornal GGN – Nova York sediará a Cúpula do Clima e, no evento, com a presença de representantes de 125 países, Dilma falará sobre a Amazônia. A notícia foi veiculada no Estadão.

A Cúpula do Clima tratará dos problemas e possíveis soluções encampadas pelos Estados participantes com relação ao efeito estufa. Nova York, no último domingo, foi palco de uma marcha pelo clima que reuniu mais de 300 mil pessoas e teve a participação do Secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon para sedimentar o caminho para a discussão dos Estados. Pelo mundo, a estimativa é de que 600 mil pessoas se mobilizaram pelo tema.

A presidente Dilma falará sobre a redução no desmatamento da Amazônia Legal, investimento em fontes limpas de energia e desenvolvimento sustentável, mas, segundo a matéria, deverá ter pressão de ambientalistas que esperam a ratificação de compromissos firmados pelo Brasil em Copenhague, para redução de emissões.

Leia a matéria do Estadão.

Do Estadão

Dilma falará de Amazônia na Cúpula do Clima

CLÁUDIA TREVISAN – O ESTADO DE S. PAULO

Evento em Nova York que conta com líderes de 125 países dará visibilidade às medidas contra o aquecimento global

Sob o impacto de manifestações que reuniram mais de 600 mil pessoas em diversas cidades do mundo no domingo, incluindo Bogotá e Rio, líderes de 125 países devem encontrar-se nesta terça na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Cúpula do Clima em Nova York. O evento tentará criar disposição política global para a adoção de novos compromissos de redução de emissões de gases que provocam efeito estufa.

A presidente Dilma Rousseff só decidiu ontem discursar na cúpula, onde falará também da redução no desmatamento da Amazônia Legal de 2004 a 2013, do investimento do governo em fontes limpas de energia e da promoção de políticas de desenvolvimento sustentável aliadas a ações de inclusão social. Mas deve esperar forte pressão de ambientalistas. Eles esperam que Dilma não só ratifique compromissos firmados pelo Brasil em Copenhague (2009) – em especial o de reduzir as emissões –, mas também mostre como o País está se preparando para colocá-los em prática até 2020, marco estabelecido na capital dinamarquesa.

Ainda que não tivesse essa obrigação, por ainda estar em processo de desenvolvimento, o País se comprometeu a baixar o volume dos gases entre 36,1% e 38,9% até 2020, assumindo um papel de protagonismo entre seus pares, e a deter o desmatamento na Amazônia em até 80%, lembra Marcio Santilli, sócio-fundador do Instituto Socioambiental. Entre 2005 e 2012, as emissões caíram 36,7%. Mas a curva de lá para cá se inverteu. “Andamos para trás.”

O encontro de Nova York será o maior já realizado com líderes mundiais para discutir o aquecimento global, segundo estimativa da ONU. Mas nenhum acordo ou anúncio coletivo é esperado. A Cúpula do Clima é um evento político paralelo às negociações sobre mudança climática, que terão um capítulo decisivo em Paris em dezembro de 2015, quando devem ser aprovadas novas metas de corte de emissões.

O objetivo do encontro da ONU é dar visibilidade a medidas que estão sendo adotadas pelos países para combater o aquecimento global e impulsionar as difíceis negociações. Divergências sobre a responsabilidade de países desenvolvidos e em desenvolvimento estão na origem dos obstáculos que dificultam a obtenção de um acordo para o enfrentamento do aquecimento global.

Ausências. Apesar de numerosa, a cúpula terá ausências marcantes. Maior emissor de gases que provocam efeito estufa, a China não será representada pelo presidente Xi Jinping, mas pelo vice-primeiro-ministro Zhang Gaoli. Os líderes de Índia, Canadá e Austrália também faltarão.

Já o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, vai defender ações para combater a mudança climática nas Nações Unidas, mas ele enfrenta dificuldades para convencer o Congresso americano a aprovar legislação que limite as emissões domésticas. / COLABORARAM ALTAMIRO SILVA JÚNIOR, CORRESPONDENTE, ROBERTA PENNAFORT e RAFAEL MORAES MOURA, ENVIADO ESPECIAL

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

9 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

    1. Bláblá e a madeira

      Cuidado Ricardo, se levar a Buábuárina eles são capazes de provar a retirada ilegal de madeira pelo marido dela. A imprensa lá de fora não é tão ignorante e partidária quanto a nossa.

  1. O clima

    A semana do terror

    “Se eu reencarnasse gostaria de voltar á Terra como um vírus assassino para diminuir os níveis da população humana”

    Na próxima terça-feira, 23/09/2014, ocorrerá em Nova Iorque a cúpula do clima, convocada pelo secretário-geral da ONU, o coreano Ban Ki-Moon. Preparem-se. Toda a imprensa divulgará que sem cortes drásticos nas emissões dos gases do efeito estufa e o fim da chamada superpopulação o mundo acabará em breve. Economia de baixo carbono e justiça climática serão os pratos principais a serem servidos nas notícias. Mais uma vez o festival de besteiras assolará o planeta. Elevação abrupta do nível do mar, secas devastadoras, enchentes avassaladoras, furacões apocalípticos, centenas de milhões de desabrigados e refugiados, fome em massa e a morte espalhando-se sobre a Terra, tudo causado pelas emissões de CO2.

    Novamente o mito do clima amigável, que praticamente não variava ao longo dos séculos e dos milênios, será apresentado como uma verdade inconteste. Como se antes da revolução industrial e da ganância humana a natureza e a humanidade vivessem em harmonia. Os arautos do aquecimento global causado pelo homem elevarão suas vozes pedindo total controle sobre a sociedade. Novas e maiores restrições, aumento do custo da energia e subsídios bilionários direcionados aos novos projetos que salvarão o mundo, criando a economia descarbonizada e inclusiva. Todos os seres coexistindo em paz com Gaia ou Pachamama, dependendo se você é globalista ou bolivariano. O Homo sapiens sapiens e a Rhinella icterica com importância igual na definição das políticas públicas. Afinal todos os seres devem viver em comunhão planetária não é?

    A espécie humana sobreviveu durante milênios e somente nos últimos cem anos o número de famintos tornou-se minoritário, a expectativa de vida quase triplicou e a qualidade de vida para a maioria dos habitantes da Terra hoje é melhor que a dos nobres e reis do século XIX. Isto com cinco vezes mais seres humanos vivendo simultaneamente. Isto é o que querem destruir. O modelo econômico que pregam fará com que retrocedamos ao modo de vida do passado ou então o que irá reduzir será o número de habitantes. Não haverá energia suficiente ou o seu custo será proibitivo para a maioria das pessoas, sem ela não existirá trabalho e condições para a maioria das famílias adquirir alimentos.

    O pensamento humanicida permeia toda a ideologia climática. Entre os defensores desta agenda encontra-se o autor da frase que abre o texto e toda a sua família: Philip, o príncipe com passado nazista, sua mulher, a rainha da Inglaterra, seus filhos e netos. Junto a eles a casta dominante, os líderes políticos globalistas, os grandes empresários internacionais e a elite da burocracia mundial. Esta questão, fundamental para a maioria das pessoas, não é científica, mas ideológica. Porém eles possuem o controle dos meios de comunicação e financiam uma gigantesca rede de organizações ambientalistas, com tentáculos em todos os países, que divulgam como verdade o que desejam.

    O objetivo é moldar as mentes e os doutrinados apoiarem as restrições que irão impactar negativamente as suas próprias existências, em muitos casos exterminando-as. Para isto criaram a possibilidade da ocorrência de uma catástrofe planetária, que somente será evitada entregando o poder mundial nas mãos dos sábios que a evitarão, para isto o controle deverá ser total e o poder absoluto: a tirania!

    1. O “crescei e multiplicai-vos” é um slogan genocida.

      Não é possível crescer perpetuamente sobre uma Terra finita, há um instante em que devemos parar, pois os limites da Terra são alcançados. Devemos parar até para refletir sobre isto. 

      Vivemos sob um modo de produção que busca a meta de crescimento permanente, o capital procura se tornar mais capital e para isso impulsiona a atividade produtiva em ritmo crescente. Antes da era industrial, o crecimento econômico era determinado pelo crescimento populacional, mas nos últimos dois séculos, não só a população cresceu em ritmo jamais registrado, multiplicou-se por sete no período, como também a atividade produtiva cresceu em ritmo mais alucinante ainda, cresceu mais de cem vezes em igual período.

      Isso foi possível pela exploração de fontes de energia, derivadas de recursos combustíveis depositados na natureza de maneira fóssil, recursos que hoje sabemos limitados, que usamos apenas uma vez, depois de queimados eles desaparecem. Mas cabe a pergunta: se os recursos de energia fossem ilimitados, poderiámos crescer de modo ilimitado sobre a Terra?

      Uma conta simples pode demonstrar essa impossibilidade. Nos últimos dois séculos, multiplicamos o uso da energia em mais de cem vezes; se prosseguirmos nesse ritmo, entraremos no século XXV dissipando, tanta energia em nossas jornadas produtivas, quanto a que nos chega do Sol. Não haveria forma de vida que pudesse suportar isso na Terra, seria equivalente ao planeta receber mais do que o dobro da radiação proveniente do Sol, como se deslocasse sua órbita para as proximidades de Vênus, e nós sabemos como são extremas as condições atmosféricas daquele planeta.    

      Todas evidências dadas pela Ciência apontam para limites da atividade humana, limites que seriam temerários até de se aproximar; tudo evidencia de que temos de infletir no rumo da economia, fugir do mito de crescimento permanente, propor novos paradigmas para a finalidade econômica, os mitos da era industrial não se sustentam.

      O padrão das classes abastadas e dominantes no mundo tornou-se o american way of life, as elites mundiais o perseguem e difundem seus valores. É um padrão impossível cientificamente de ser estendido a todos, portanto, antidemocrático em essência; só um a parcela ínfima da humanidade o desfruta: suas classes dominantes. Samir Amim estimou em uma ocasião, que as classes abastadas vivendo nos países ricos, o centro, seria em torno de trezentos e trinta milhões; mas, na periferia, nos países pobres que abrigam a maioria da humanidade, elas seriam… bem maior, com trezentos e noventa milhões de indivíduos. Todas essas classes, lá e aqui, no centro e na periferia, conspiram para que, não importe que as coisas mudem, mas permaneça o american way como está.

  2. dilma terá chances de

    dilma terá chances de mostrar

    as virtudes do governo trabalhistas

    nestes últimos doze anos e isso

    refletirá nas eleições, claro.

    ou assim espero.

    boa oportunidade de mostrar quem é que entende de meio mbiente com inclusão social.

    não só a marina, mas ao mundo.

     

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador