Dívida mobiliária sobe para 43,4% do PIB em julho

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A dívida mobiliária federal interna, quando avaliada pela posição de carteira e fora do Banco Central, totalizou R$ 2,475 trilhões em julho, o equivalente a 43,4% do PIB (Produto Interno Bruto), registrando acréscimo de R$12,8 bilhões em relação ao mês anterior.

Segundo a autoridade monetária, o resultado refletiu resgates líquidos de R$19,8 bilhões, o que representa um acréscimo de R$1,4 bilhão em razão da depreciação cambial e incorporação de juros de R$ 31,2 bilhões.

Os destaques do período ficaram com as emissões líquidas de R$ 10,7 bilhões em LFT (Letras Financeiras do Tesouro), de R$ 6,7 bilhões em NTN-B (Notas do Tesouro Nacional – Série B) e de R$ 1 bilhão em CFT-E (Certificados Financeiros do Tesouro, Série E); e os resgates líquidos de R$19,5 bilhões em LTN (Letras do Tesouro Nacional), de R$ 16,2 em NTN-F (Notas do Tesouro Nacional – Série F) e de R$ 2,4 bilhões em NTN-C (Notas do Tesouro Nacional – Série C).

A participação por indexador, em relação a junho, mostrou que a porcentagem dos títulos indexados a câmbio passou de 0,4% para 0,5%; a dos títulos vinculados à taxa Selic elevou-se de 15,6% para 15,7%, devido a emissões líquidas de LFT; a dos títulos prefixados reduziu-se de 33,1% para 31,6%, em função de resgates líquidos de LTN e NTN-F; e a dos títulos indexados aos índices de preços caiu de 25,7% para 25,6%. A participação das operações compromissadas passou de 24,9% para 26,3%, apresentando vendas líquidas de R$61,2 bilhões.

Em julho, a estrutura de vencimento da dívida mobiliária em mercado indicava que um total de R$ 201 bilhões (8,1% do total) possui vencimento em 2015; R$ 419,4 bilhões, ou 16,9% do total, tem vencimento em 2016; e R$ 1,855 trilhão, equivalente a 74,9% do total, vence a partir de janeiro de 2017.

No final de julho a exposição total líquida nas operações de swap cambial alcançou R$ 369,1 bilhões. O resultado dessas operações no período (diferença entre a rentabilidade do DI e a variação cambial mais cupom) foi desfavorável ao Banco Central em R$23,9 bilhões.

Já a dívida líquida do setor público alcançou R$ 1,951 trilhão em julho (34,2% do PIB), reduzindo-se 0,4 ponto percentual (p.p.) do PIB em relação ao mês anterior. A desvalorização cambial de 9,4% registrada no mês respondeu por redução de R$ 90,7 bilhões no estoque da DLSP.

No ano, a relação DLSP/PIB aumentou 0,1 p.p., influenciada pelo impacto da desvalorização cambial acumulada de 27,8% no período (-4 p.p.), pelo efeito do crescimento do PIB nominal (-1,1 p.p.), pelo superavit primário (-0,1 p.p.), pela incorporação de juros (+5,1 p.p.) e pelo ajuste de paridade da cesta de moedas da dívida externa líquida (+0,2 p.p.).

A Dívida Bruta do Governo Geral (Governo Federal, INSS, governos estaduais e governos municipais) alcançou R$ 3,685 trilhões em julho (64,6% do PIB), elevando-se 1,4 p.p. do PIB em relação ao mês anterior.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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