Dívida Pública Federal fecha 2014 com um aumento de 8,1%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
[email protected]

Jornal GGN – A Dívida Pública Federal (DPF) brasileira encerrou o ano de 2014 em R$ 2,296 trilhões, um aumento de 8,15% ante o registrado no fim de 2013 (R$ 2,123 trilhões). Segundo dados divulgados pela Secretaria do Tesouro Nacional, os dados foram diretamente afetados pelas emissões ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Somente no ano passado, a DPF subiu R$ 173 bilhões, sendo que aproximadamente um terço deste total – R$ 60 bilhões – correspondeu aos aportes do Tesouro Nacional ao BNDES, feitos em duas etapas: R$ 30 bilhões em junho e R$ 30 bilhões em dezembro. Embora o valor tenha avançado, a Dívida Pública Federal encerrou 2014 dentro dos limites estabelecidos pelo Tesouro Nacional. O Plano Anual de Financiamento, documento apresentado todos os anos pelo órgão, previa que a DPF chegaria ao fim do ano passado entre R$ 2,17 trilhões e R$ 2,32 trilhões.

No mês de dezembro, as emissões da Dívida Pública Federal corresponderam a R$ 68,21 bilhões, enquanto os resgates alcançaram R$ 6,92 bilhões, resultando em emissão líquida de R$ 61,28 bilhões, sendo R$ 62,02 bilhões referentes à emissão líquida da Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) e R$ 730 milhões referentes ao resgate líquido da Dívida Pública Federal externa (DPFe).  A DPMFi teve seu estoque ampliado em 3,98%, ao passar de R$ 2.100,00 bilhões para R$ 2.183,61 bilhões, devido principalmente à emissão líquida, no valor de R$ 62,02 bilhões, e pela apropriação positiva de juros, no valor de R$ 21,59 bilhões.

A dívida pública externa também apresentou forte crescimento, aumentando 3,06% e encerrando 2014 em R$ 112,29 bilhões (US$ 42,27 bilhões), sendo R$ 102,55 bilhões (US$ 38,61 bilhões) referentes à dívida mobiliária e R$ 9,74 bilhões (US$ 3,67 bilhões), à dívida contratual. . A alta foi provocada principalmente pela valorização de 3,75% do dólar em dezembro. No mês de dezembro, os ingressos da DPFe totalizaram R$ 132,76 milhões, sendo R$ 27,04 milhões referentes a contratos com organismos multilaterais e R$ 105,72 milhões a contratos com credores privados e agências governamentais. Os resgates da DPFe, por sua vez, totalizaram R$ 865,22 milhões, sendo R$ 681,45 milhões referentes ao pagamento de principal e R$ 183,77 milhões ao pagamento de juros, ágio e encargos.

Em relação à composição da DPF, houve aumento na participação da DPMFi, passando de 95,07%, em novembro, para 95,11%, em dezembro. Em contrapartida, a DPFe teve sua participação reduzida de 4,93% para 4,89%.

O percentual de vencimentos da DPF para os próximos 12 meses apresentou redução, passando de 24,16%, em novembro, para 24,03%, em dezembro. O volume de títulos da DPMFi a vencer em até 12 meses passou de 24,79%, em novembro, para 24,65%, em dezembro. De acordo com os dados divulgados, os títulos prefixados correspondem a 57,52% deste montante, seguidos pelos títulos indexados a taxa flutuante, os quais apresentam participação de 23,20% desse total.

Em relação à DPFe, observou-se que o percentual vincendo em 12 meses passou de 12,00%, em novembro, para 12,03%, em dezembro, sendo os títulos e contratos denominados em dólar responsáveis por 64,19% desse montante – além disso, os vencimentos acima de 5 anos respondem por 53,57% do estoque da DPFe.

Quanto ao prazo médio da dívida, o prazo médio da DPF apresentou redução, passando de 4,51 anos, em novembro, para 4,42 anos, em dezembro. O prazo médio da DPMFi diminuiu, ao passar de 4,38 anos para 4,28 anos. Já o prazo médio da DPFe reduziu-se de 7,02 anos para 7,00 anos. 

 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

2 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. A Dívida Pública Federal

    A Dívida Pública Federal (DPF) brasileira encerrou o ano de 2014 não em R$ 2,296, mas em  3.413,34 .Em 2013 foi de 3.080,91.

    Isso porque o governo se “esquece” de contar a DPMFi em poder do BC, que e a forma que se mensurava pré 2007.  

    DPMFi EM PODER DO BANCO CENTRAL  2014       1.117,44  

    DPMFi EM PODER DO BANCO CENTRAL 2013           958,10

     

     

  2. Vocês já ouviram falar em GRÁFICOS?

    Vocês já ouviram falar em GRÁFICOS?

    Apresentar dados numéricos em forma de texto é extremamente massante para o leitor, diminuido sua compreensão e afastando potenciais interessados. 

    Até parece que não querem que os leitores se interessem pelo assunto… 

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador