Egito antecipa eleições presidenciais

Jornal GGN – O Egito realizará eleições presidenciais antes das parlamentares, disse o presidente Adly Mansour neste domingo, segundo a Reuters, em uma mudança no cenário político que pode pavimentar o caminho para a rápida eleição do chefe do exército, general Abdel Fattah al-Sisi.
 
As eleições parlamentares estavam previstas para ocorrer primeiro, no plano desenhado depois que o exército derrubou o presidente Mohamed Mursi, da Irmandade Muçulmana, em julho, após protestos em massa contrários a seu governo.
 
A decisão de revisar a ordem das eleições deverá aprofundar as tensões no Egito, que enfrenta ondas de violência política. Quarenta e nove pessoas morreram em protestos anti-governo no sábado, o terceiro aniversário da revolta popular que derrubou o ditador Hosni Mubarak.
 
“Tomei a decisão de alterar o cenário para o futuro, realizando as eleições presidenciais primeiro e depois as eleições parlamentares”, disse o líder interino Mansour em discurso televisionado.
 
Os críticos defendiam uma mudança no planejamento, dizendo que o país precisava de um líder eleito para dirigir o governo em um cenário de crise política e econômica e para firmar alianças políticas antes das eleições parlamentares, que potencialmente trarão divisões.
 
Sisi deverá anunciar sua candidatura para a presidência em alguns dias e poderá ganhar por ampla vantagem. Seus apoiadores o veem como uma figura forte e decisiva, capaz de estabilizar o Egito.
 
A Irmandade Muçulmana, por outro lado, o acusa de planejar um golpe e o considera responsável pelos abusos aos direitos humanos em uma repressão contra o movimento que deixou mais de 1 mil islamitas mortos e colocou líderes da Irmandade atrás das grades.
 
Informações da Reuters
Redação

1 Comentário

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  1. 3 anos atrás ( 26/01/11 )

      Um comentario que postei respondendo a um post intitulado ” revolução das redes sociais chega no Egito”, na data acima, diz exatamente: trocar-se-a um ditador por outro,eleições fraudadas e o resto do comum enredo da região.

       O Facebook, twiter e demais “redes sociais”, os analistas ocidentalizados, onde estão agora ?

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