Empresas aumentam inadimplência em 12,9% em julho

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O índice de inadimplência das empresas apresentou crescimento de 12,9% em julho na comparação com o visto em junho, segundo dados divulgados pela consultoria Serasa Experian. Este foi o maior avanço mensal para um mês de julho em toda a série histórica, iniciada em 2000.

Na comparação com o total apurado em julho de 2013, o indicador teve alta de 11,4%. No acumulado de janeiro a julho de 2014, na comparação com o mesmo período do ano anterior, o índice também subiu 6,9%.

Os títulos protestados e os cheques sem fundos foram os principais responsáveis pela alta do indicador em julho, com variações positivas de 39,5% e 23,1% e contribuições de 8,6 pontos percentuais (p.p.) e 3,7 p.p., respectivamente. As dívidas não bancárias (junto aos cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica, água etc.) também apresentaram crescimento de 2,7%, com contribuição de 1,1 p.p. Já as dívidas com os bancos tiveram queda de 1,8%, e acabaram por contribuir para que o índice não subisse ainda mais em julho de 2014.

O valor médio dos cheques sem fundos caiu 9,7% no acumulado de janeiro a julho de 2014, na comparação com o mesmo período do ano anterior, passando de R$ 2.492,12 para R$ 2.249,50. O valor médio das dívidas com os bancos também apresentou declínio de 1,8%, de R$ 5.074,30 para R$ 4.980,98. Já o valor médio dos títulos protestados e das dívidas não bancárias registrou alta de 7,5% (de R$ 2,042,98 para R$ 2.197,20) e 5,5% (de R$ 812,24 para R$ 856,71), respectivamente.

De acordo com os economistas da consultoria, a realização da Copa do Mundo, gerando muitos feriados e paralisações especialmente durante a fase de grupos deprimiu a base de comparação mensal (junho), impulsionando os registros de inadimplência em julho. “Por outro lado, a estagnação da economia, prejudicando a geração de caixa das empresas, a elevação do custo financeiro tendo em vista os juros mais altos neste ano em relação aos vigentes no ano passado e o avanço dos salários acima do crescimento da produtividade, vem proporcionando maiores dificuldades às empresas honrarem seus compromissos financeiros, elevando os índices de inadimplência em suas comparações anuais”, pontua a empresa.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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