Escolas deveriam rever forma como a leitura e os livros são apresentados

Por Wilton Santos

Comentário ao post “Que tal um rolezinho na biblioteca?, por Eberth Vêncio”

Quando eu tinha 15 anos, minha professora de literatura nos obrigou a ler “Os Lusíadas”, de Camões. A partir do momento em que comecei a ler aquilo, eu pensei: “essa professora só pode estar de sacanagem”. A partir de então, a escola foi nos enfiando um monte de livros insuportáveis, como “O Guarani”, de José de Alencar, “O Crime do Padre Amaro”, de Eça de Queiroz e por aí em diante. Assim, passei a odiar livros.

Após ter me formado no ensino médio, ouvi falar sobre um livro chamado “O Senhor dos Anéis”. Resolvi dar uma olhada e comecei a ler sem conseguir parar. Assim que acabou o primeiro livro corri para a livraria e comprei o segundo livro da série, e fiz o mesmo com o terceiro livro e os outros livros do autor.

Quando acabou tudo, comecei a querer ler mais alguma coisa parecida. Foi então que passei a gostar de ler.

No caso de “rolezinhos” em bibliotecas, talvez, um dia, seja possível. Mas para que isso aconteça os professores e as escolas deveriam rever a forma como a leitura e os livros são apresentados aos alunos. Seria muito mais sensato aos educadores oferecer leitura acessível aos estudantes para que esse processo de desenvolvimento do gosto pela literatura não seja traumático, como aconteceu comigo.

Mais tarde até passei a achar interessante a obra “Os Lusíadas”, de Camões, e os outros autores. Entretanto, ainda acredito que não deveriam ter nos forçado a ler tais obras tão cedo.

Luis Nassif

17 Comentários

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  1. Pois é. Em vez de incentivar o gosto pela leitura, as escolas

    a transformam numa obrigação chata, em “trabalho de escola”. Parece até que o objetivo é realmente fazer os jovens detestarem ler. 

    1. Triste

      E o incrível é quando um aluno já traz de casa uma vivência com os livros, o que seria de se comemorar, o professor ignora e fica preso à burocracia das fichas de leitura e dos esquemas de redação. Triste ver a atividade pedagógica reduzida a mera aplicação de um programa sem criatividade, sem alegria e imaginação. 

  2. Comecar a leitura com Camoes

    Comecar a leitura com Camoes é uma idiotice do nosso ensino que não consegue sair da cronologia.

    Assim, sabemos bem de Camoes, alguma coisa de Machado de Assis e praticamente nada dos autores contemporaneos, que, se não são mais simples de ler ao menos tem o tempo como relação comum.

    Não preciso ler Camoes para poder ler Drummond.

     

     A quem interessa manter o brasileiro bem longe do presente?

  3. Embora acredite que

    Embora acredite que experiência pessoal não seja tão significativa, aí vai a minha e o contraste.

    Em casa – infância- havia livros como Moby Dick, Aventuras de Gulliver, Tarzan, e não me lembro ouros. Eu lia, meu irmão não. Na adolescência havia coleção de clássicos francese, li além de sair comprando até Dostoievisky.

    Tentei fzaer com que meus filhos gostassem de ler um mínimo. Vá lá leem Senhor dos Anís (ambém li), Harry Poter (idem) Os homens que não amavam as Mulheres (ibdem) mas sentar e ler um Victor Hugo, Machado, Garcia Marquez, etc., só em sonhos.

    em síntese: Não sei o que fazem as pessoas gostarem de ler.

    1. Gostar de ler

      Não sei se você chegou a ver uma coleção de crônicas chamada “Para gostar de ler”. Ali tinha Fernando Sabino, Rubem Braga entre outros. Leitura selecionada, textos curtos, inteligentes, muito agradáveis e totalmente ao alcance do público adolescente. Excelente. E Machado acho que se deveria começar pelos contos, eles são como quartetos de cordas, maravilhosos! A emoção estética que vem dali é difícil de descrever. Machado é o cara! Leitura é uma questão de hábito, precisa ser cultivado. E quanto mais cedo, melhor.

  4. Um professor de uma  escola

    Um professor de uma  escola municipal de Vespasiano, municipio da Grande BH, deu como trabalho de casa a leitura e o resumo do livro A Metamorfose, de Franz Kafka. Os alunos,  média de 12 anos de idade, teriam cerca de 4 dias para fazê-lo. A mãe de um dos alunos me ligou pedindo ajuda e eu não acreditei, achei que era brincadeira.

  5. A escola de hoje

    A escola de hoje, na sua forma de conteúdo, didáticas, apresentação das matéria, livros, materiais escolares e até professores é totalmente obsoleta em função dos recursos audio visuais existentes. Deixe-me explicar antes que os teachers de plantão fiquem furiosos comigo.

    Vejam a aula, para apresentação de novas matérias e tirar dúvidas tornou-se tão maçante, em função da apresentação do professor no quadro negro ou simplesmente sentado lendo algum texto, procedimento datado dos primórdio da Grécia, sem nada mudar a não ser o uso de papel, lápis e cell fone pelos alunos. Existem matériais audio vizuais prontos ou bastaria uma equipe prepará-los uma única vez, de maneira a deixar a apresentação dinâmica e objetiva. A seguir o professor tiraria as dúvidas, debateria o assunto e o material didático ficaria a disposição dos alunos para estudá-lo na escola ou em caso através de computadores. Vários vão dizer que no Colégio Bandeirantes ou outro similar as coisas são assim, porem estas escolas são a excessão a regra em todo o país, onde o professor cansado e alunos irritantes se enfrentam todos os dias, uns para ganhar o seu pão e outros para perderem os seus tempos. Esta é a regra da escola, principalmente a pública das pequenas cidades e das periferias das grandes.

    Segundo ponto é a distância entre o que é ensinado, para cada idade e interesse do aluno bem como o que os alunos querem, devem e precisam saber. Grande parte, principalmente em função do conjunto socio cultural dos alunos,  não serve para uso nem imediato, nem mediato.  Ensinar Camões é lindo, mas não para um aluno de 14 anos, como no caso de meu filho. Física, Quimica e outras ciências naturais são apresentadas, principalmente nos cursos colegiais,  junto com cálculos e fórmulas, quando os fenômenos fisicos, quimicos em sí é que deveriam ser ensinados. Matemática então nem falar, a qrande maioria tem horror de uma ciência maravilhosa, que é mal ensinada e nada aprendida. 

    Precisaria horas discursando sobre o assunto para fazer-me entender melhor e o blog não é este lugar. O mesmo vale até para universidades e cursos tecnicos. A educação tambem é uma lástima por mais este fator. 

  6. Prezados,
    É muito fácil

    Prezados,

    É muito fácil criticar professores que não tem a mínima liberdade de traçar as próprias metas ou produzir intelectualmente. Eles têm de ‘seguir a cartilha’, e seguir a cartilha é muito chato. Claro que é preciso ter um preparo que às vezes falta, mas são poucas as escolas que incentivam mesmo os professores preparados a andar com as próprias pernas.

    Dito isto, esclareço que sempre gostei de ler, mesmo antes de aprender a ler, pois pedia para comprar gibis para ‘olhar as figuras’ e que lessem histórias de livros para mim. Mas sempre houve muitos livros na minha casa.

    Talvez uma chave fosse disponibilizar vários livros para que as pessoas escolhessem o que ler, antes de impor obras únicas para toda uma turma. Escolher um livro entre vários, talvez a partir de resenhas, poderia transpor a barreira entre ler por obrigação e ler por prazer.

    A produção literária em português e a literatura universal já têm um acúmulo tão grande de obras, que penso que não seria difícil disponibilizar não um livro, mas vários, de forma que as pessoas tivessem escolhas, e o debate entre os leitores poderia incentivar uns a lerem os livros dos outros.

    O grande nó para implantar algo deste calibre é ter professores preparados (e que pudessem escolher o que vão apresentar aos alunos), com salários decentes e que não tenham que trabalhar em vários lugares para sobreviver, fingindo que ensinam alguma coisa.

    Abraços

  7. Apesar de concordar com o

    Apesar de concordar com o autor do artigo, o problema é mais acima, não necessariamente nas escolas e professores.

    Não adianta ambos quererem revolucionar o ensino da literatura, se lá adiante, as faculdades (com seus vestibulares) e/ou o governo federal (através do ENEM) vão cobrar conhecimento sobre os autores clássicos e suas obras, contextualmente distantes, dos alunos de hoje em dia.

    Pegando carona no bom comentário do Julião, a escola hoje, no máximo, forma os alunos para o grande divisor de águas que é um vestibular (incluindo o ENEM). E muitas vezes nem isso faz direito, caso contrário não teríamos cursos preparatórios que são frequentados mesmo pelos alunos de escolas privadas. 

    Não existe formação “pra vida”, de cidadãos, de mão-de-obra para o mercado de trabalho, etc.

  8. acho mais ou menos

    É óbvio que a leitura recomendada em classe escolar deve ser referenciada na maturidade dos alunos….

    no entanto, eu lia livros diferentes no Colégio Marista São José, na Usina,  Rio de Janeiro….

    “O Escaravelho do Diabo”, “Os quatro levam a melhor”….até “Pollyana” eu li por lá….

    Li “Angélica” e a “Bolsa Amarela” de Lígia Bojunga, já no pré-vestibular, veja só você

    claro que no meio vinha uma “Lucíola” ou, menos mal para um carioca da gema, “Memórias de um Sargento de Milícias”

    Mudando de pato pra ganso, li “Dom Casmurro” umas 4 vezes e nunca entendi a polêmica em torno da traição de Capitu, já que o autor é enfático em afirmar que ela ocorreu.

     

    Grato pela atenção

    1. Autor ou narrador?

      O problema é que o leitor confia ingenuamente no que diz o narrador-protagonista de Dom Casmurro, sendo apenas dele o ponto de vista apresentado. Temos motivos pra desconfiar dele. O narrador existe na ficção, é o Bentinho; o autor é uma figura empírica, histórica: é o Machado de Assis, mestre da ironia e da ambiguidade da linguagem, que mostra/esconde a ambiguidade humana. Claro que o narrador-protagonista pode ser caracterizado como alguém que escreve sua história, sendo então um autor ficcional.

  9. Uma coisa é ler Dom Casmurro

    Uma coisa é ler Dom Casmurro e Brás Cubas com 13 anos outra, com 30. 

    Leitura de livro na escola/vestibular é tratado como mais uma matéria como fisica, quimica,geografia, história e´um grande texto que você tem que decorar/interpretar e que vale nota para passar de ano ou entrar na faculdade. Se tivessem apresentado O Senhor dos Aneis para ele na sala de aula desse modo, com certeza ele o odiaria também.

  10. Confissão de crime.

    “Por causa” dos decrépitos “manuais de literatura” – que teimam em fazer referência à literatura europeia, como se a nossa fosse uma mera imitação  -, conheço mais a literatura francesa do que a brasileira. Na época (uns dezessete), eu ficava me perguntando por qual motivo eu leria a cópia da cópia. Claro, o tempo passou, eu repensei bastante o que pensava. Mas o meu pensamento sobre os tais “manuais” permanece.

  11. Leitura e prazer

    ….rever a forma como a leitura e os livros são apresentados aos alunos. 

    Lembro ter lido sobre o caso de um grande estrangeiro, se não me engano, um espanhol, que sofria de déficit de atenção e hiperatividade e por isso não conseguia ler, não se concentrava de jeito nenhum. Como pessoas desse tipo só se concentram com base no prazer, se a atividade for prazerosa, a resolução para o problema foi a montagem de peças de teatro a partir das obras, em grupo, todos envolvidos e animados para mostrar serviço, o que demandava leitura das obras. Essa figura terminou vindo a ser um dos grandes escritores, não me lembro quem.

    Falando nisos, eu preciso dar um rolezinho pela biblioteca, tá passando da hora, quem sabe ou vá por lá com minha cara metade, vou procurar ainda..r.sss

  12. Nunca pensei sobre isso e me

    Nunca pensei sobre isso e me parece até um raciocínio bastante atrevido: o uso do ensino de literatura como forma de alienação/dominação. Parece um contrassenso, mas pensem: a maioria dos autores estudados pertencem ao século 19 ou para trás dele. A quem interessa manter o brasileiro tão longe do presente? Isso sem falar que é extremamente conveniente a “casualidade” de os autores serem tão maçantes a ponto de criarem aversão e não adoração nos seus jovens leitores.

    Por que não colocar no cardápio de leitura um Senhor dos Anéis, um Harry Potter, até mesmo uma coleção vaga-lume…? Li muito os livros dessa série e isso nunca me impediu de ler, já adulto, um Guimarães Rosa ou um Machado de Assis e outras obras mais “hardcore”. Alguém aprende a nadar se atirando em alto-mar? É preciso algo agradavelmente controlado e com apelo direto ao universo do jovem para romper a barreira da aversão à leitura! E isso chega a ser irônico, por que internet é uns 60% leitura (ainda que fragmentada) e até mesmo o ato de conversar hoje está tomado pela necessidade de se ler. 

    É possível aí alegar dois problemas, um relativo à internet e outro que seria mais uma necessidade educacional do jovem. 

    Sobre a internet, é a de que ela seria muito mais atraente do que um papel estático e sem vida, e que com os seus vídeos/sons/imagens/pessoas e intensa interação não teria como fazer concorrência justa com o jurássico livro de papel. Ora, pouco importa que o papel seja estático, o importante é que a mente e a imaginação sejam fluidas. E, para isso, é preciso que elas sejam estimuladas. Um livro pode criar um estimulo à imaginação muito mais forte do que 500 links com Youtube/Tumblr/Facebook/Websites e toda a sorte de recursos da informática e da web.

    O livro, no seu minimalismo de formato (é somente texto), tem acesso direto ao centro do nosso cérebro e aos locais privilegiados onde mora a nossa imaginação, para além dos estímulos sensoriais já mastigados e dados para a gente prontos ou semiprontos. Pelo texto – e quanto maior o talento do autor, mais intenso isso fica – são criadas imagens e emoções muito mais fortes do que uma enxurrada de possíveis estímulos visuais e auditivos que entram pelo caminho das sensações e não tanto pelo caminho das ideias e da significação. É mais forte porque elaboramos e significamos enquanto imaginamos. A imagem pura e o som puro já entram feitos, é o fast-food da imaginação. 

    Sem as distrações do visual e do auditivo, o texto puro pode estimular diretamente a nossa capacidade de imaginação e criar imagens tão sutis quanto poderosas. E, para isso, é preciso se educar. Não se educar no sentido de sentar numa sala de aula e ouvir uma professora, mas se educar para entender essa outra dimensão (a da imaginação), que é sutil e aparentemente intangível (ou seja, não pode ser visualizada, obtida, tocada). E se educar no sentido próprio da palavra (SE educar), ou seja, você é seu próprio professor no processo pessoal de leitura.

    Assim como uma pessoa que, durante a vida toda, comeu comidas industrializadas e hoje não consegue sentir o sabor numa iguaria deliciosamente cozinhada em casa, o novato no mundo da leitura não vai conseguir enxergar apelo numa obra de literatura “só texto”. Ele quer ver, ouvir, pegar. Reconhecer isso é algo nada mais do que justo. Num primeiro momento, de fato, todo aquele estímulo imaginativo falado acima e blablablá não acontecerá para ele, acostumado que está aos sons e às imagens imediatistas. Ele precisará se educar, ou seja, primeiramente vencer as barreiras da leitura “chata” e aí se acostumar com o que é a leitura. Só a partir daí conseguirá aproveitá-la de fato.

    Só que, se ele partir logo para as obras “duras”, com linguajar complicado e que apresenta uma realidade que ele não vivencia (por exemplo: a realidade sonífera do século 19), vai ser apenas um processo frustrante. Precisa colocar no seu cardápio um pouco de cor, um pouco de sabor. Voltamos ao Harry Potter, aos livros de vampiros e similares: por que não quebrar essa pra molecada? Quem disse que ler uma obra “macia” dessas é excludente com ler a literatura “séria”? E aquele pedantismo de criticar o Paulo Coelho, autor mais lido do que eu e você e toda a prateleira “de A a F” da biblioteca municipal mais próxima? Vamos nos poupar. 

    O outro problema diz respeito às necessidades educacionais do aluno. Aí entra um outro raciocínio ousado, bastante provocativo, e que seria colocado na forma do seguinte questionamento: a quem interessa ler? Seria a leitura, de fato, importante? A pergunta pode parecer gratuita e até absurda, mas ao não fazê-la, estamos assumindo que a necessidade e a importância de leitura são auto-evidentes. E ao aceitar a auto-evidência dela, estamos assumindo que ela não tem razão de ser. É preciso, portanto, questionar para saber.

    No diálogo travado entre Sócrates e Fedro, conforme relatado por Platão em texto clássico, o mítico filósofo grego já fazia a sua crítica ao conhecimento letrado, para ele desprovido da dinâmica e da riqueza dos verdadeiros diálogos, esses sim uma fonte direta de conhecimento e evolução. Seria no contato humano e na costura de pontos e contrapontos, de argumentações e contra-argumentações, na troca de afetos e empatias a possibilidade maior de construção do conhecimento. Talvez relegar à leitura esse papel privilegiado que ela nunca teve seja um dos erros para… combatermos a falta de leitura.

    Qual a explicação, portanto, para que o brasileiro passe 19 horas semanais na internet, bisbilhotando redes sociais, e não leia ao menos dois ou três livros por ano? Ficamos todos burros? Em entrevista recente, Alecsandar Mandic, um empresário da internet já de longa data, disse que as redes sociais jamais vão ficar obsoletas, por seria como imaginar que, um dia, os bares se tornariam obsoletos… a forma muda, mas a intenção ainda é a mesma (reunir pessoas, criar diálogos). Ora, talvez este homem moderno seja mais socrático do que jamais imaginamos…

    Nas escolas, é importante que o jovem conheça os autores que, por si só, possivelmente jamais vai conhecer, culpa dos Harry Potters da vida e dos autores de best-sellers que são muito mais atraentes para o mercado consumidor e consumista. Só que ele precisa também saborear estes autores. e na marra é que ele não vai gostar. Mas com que função isso será feito? Por que raios é importante um jovem ler Os Lusíadas de Luís de Camões? Talvez não seja importante e é preciso assumir essa resposta como uma possível. Talvez ele não queira. Obrigar a leitura e cobrar em provas é o fim da picada. É como se o próprio sistema educacional não acreditasse que a leitura pode ser, por si só, prazerosa. E obrigar o conhecimento pelo conhecimento e não questionar o sentido e a importância da leitura é puro elitismo, pragmatismo, uma postura absolutamente anticultural. Estamos criando hamsters.

  13. Sem falar que boa parte da

    Sem falar que boa parte da literatura brasileira é cópia e ruim de coisas que já existiam. Machado de Assis é meio Balzac e um pouco Eça de Queiroz (que já é ruim). Texto chato e pretensamente carregado de ironia indo de lugar nenhum ao nada. José de Alencar é outro pé no saco, ao menos para quem leu Walter Scott, Robert Luis Stevenson… Li desde criança gente como Poe, Conan Doyle, Mark Twain, Verne (hj surpreendentemente classificado como infanto-juvenil) e, partindo deles, anos mais tarde consegui encarar Dovtoiéski, Vítor Hugo e quetais.

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