Facebook perde popularidade entre jovens e adolescentes

Sugerido por Cláudio José

Da BBC Brasil

Por que os jovens estão perdendo interesse no Facebook?
 
Idoia Larrañaga
 
O Facebook admitiu recentemente uma queda no acesso diário ao seu site, em especial entre usuários adolescentes.
 
O anúncio confirmou o que já havia sido sugerido por um estudo da organização americana Pew Center: a rede social está perdendo popularidade entre os jovens e adolescentes.
 
“Agora o Facebook me cansa. Só uso para ver vídeos”, disse à BBC Maria Luque, uma adolescente de 14 anos.

Apesar da maioria dos jovens ainda manter o perfil ativo, agora eles passam menos tempo na rede social mais famosa do mundo. E a razão é que a diversão foi para outros lugares.

Os adolescentes agora estão concentrando suas atividades em outras redes, como Twitter e Instagram, e em aplicativos de mensagens via telefone celular, como o WhatsApp.

Twitter

Os dados mais recentes da consultoria Piper Jaffray sugerem que o Twitter se transformou na rede social mais importante para os adolescentes, tirando o Facebook do topo.

Os números coincidem com dados do Pew Center que dizem que o uso do Twitter entre jovens cresceu 50% em um ano. “Há um ano, apenas 16% dos usuários jovens usava o Twitter. Agora, um quarto deste grupo usa (o Twitter)”.

Segundo os números de 2012 do portal Pingdom, que acompanha tendências na internet, a idade média do usuário do Facebook é de 40,5 anos, enquanto que a do usuário do Twitter é de 37,3 anos.

Em termos percentuais, o grupo mais importante do Facebook são as pessoas entre 45 e 54 anos de idade (pouco mais de 30% em comparação aos menos de 10% de pessoas entre 18 e 24 anos). O Twitter por sua vez, tem uma distribuição mais uniforme: cada um destes grupos representa cerca de 20% do total.

Em um prazo de dois anos e meio, o usuário médio da rede criada por Mark Zuckeberg “envelheceu” dois anos, enquanto que o da rede concorrente ficou dois anos mais jovem.

WhatsApp

Mas, se o Twitter está destronando o Facebook como mídia social preferida entre os jovens, vale lembrar que o aplicativo WhatsApp tem mais usuários que a rede social dos 140 caracteres.

Segundo a revista Mobile Marketing, o WhatsApp tem mais de 350 milhões de usuários em todo o mundo, enquanto que o Twitter tem 218 milhões.

E os usuários que mais usam o aplicativo têm menos de 25 anos.

Para da razão da crescente popularidade do WhatsApp está justamente na busca por mais independência; os jovens se sentem mais à vontade longe da geração de seus pais.

“É normal que os adolescentes tentem se separar dos adultos. Se eles sentem que estão sendo observados pelos adultos, é natural que se afastem (do Facebook e do Twitter)”, disse à BBC Mundo a psicóloga Esther Ana Krieger.

Muitos pais tem perfis no Facebook, o que significa que a rede não é tão privada assim. Neste sentido, deixou de ser uma plataforma que os adolescentes sentem como algo exclusivo e absolutamente deles.

Os aplicativos de mensagem para celulares oferecem, entre outras coisas, esta privacidade que muitos jovens sentem que perderam ao ser observados por seus pais.

Além disso, ao contrário do Facebook, onde os jovens estão abertos a centenas de “amigos” que muitas vezes são pessoas que mal conhecem, estes aplicativos promovem conversas dinâmicas com diferentes grupos de amigos próximos.

E a disponibilidade é outra vantagem. Nas palavras da adolescente Maria, “é muito fácil usar os aplicativos para celular, pois você leva o telefone sempre com você”.

Selfie

Outro fator que faz com que jovens prefiram usar as redes sociais nos celulares é o aumento dos selfies, as fotos que as pessoas tiram delas mesmas com os celulares ou com uma webcam.

Quase a metade das fotos carregadas no Instagram tiradas por pessoas entre 14 e 21 anos são selfies, segundo a empresa especializada Mobile Youth.

E enviar estas imagens pelo celular é mais seguro do que publicá-las no Facebook.

Os selfies também são os mais populares em um aplicativo chamado Snapchat, que elimina as fotos e mensagens segundos depois de serem vistas.

Outra grande razão de os jovens usarem cada vez mais os aplicativos de mensagens é que eles também permitem o envio de imagens e vídeos, e, aos poucos, estão se convertendo em redes sociais.

Os melhores exemplo podem ser encontrados na Ásia com o Kakao Talk (da Coreia do Sul), WeChat (China) e o LINE (do Japão).

Todos estes têm dezenas de milhões de usuários adolescentes e também oferecem jogos e a possibilidade de compartilhar música.

A tendência é que cada vez mais adolescentes utilizem este tipo de aplicativo e, se admitimos que os jovens são os que marcam as tendências em tecnologia, não passará muito tempo até que estes aplicativos tenham mais usuários adultos também.

 

Redação

6 Comentários

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  1. Redes neurais autistas

    A tendência é o rompimento com o mundo exterior e o WhatsApp permite isso, me refiro às egrégoras, grupos de amigos, veremos nas ruas as pessoas presentes fisicamente mas ausentes, isoladas do mundo, com um fone no ouvido e de olho no WahtsApp para não olhar ter que olhar prá fora da janela: Autismo ao extremo. 

    1. Acho que não é bem por aí

      Acho que não é bem por aí Avatar.

      Além da questão dos pais/adultos presentes na rede ali levantada no artigo, que por sinal não é o único, pois faz algumas semanas que vem pipocando lá fora matérias apontando que o Facebook está perdendo espaço entre os mais jovens, eu citaria outra abordagem talvez ainda não explorada nesse “refluxo” do FB e mesmo de outras redes sociais que já “passaram”, como Orkut e MySpace. Tais redes “solidificam artificialmente” as relações sociais no tempo e espaço (virtual), quando na realidade tais relações são efêmeras, mesmo as “puramente virtuais”. Com ou sem rede sociais, as pessoas saem da escola, mudam de bairro, de serviço, de companheir@, etc. Contatos vão sendo efetivamente perdidos e novos estabelecidos, apesar das atualizações (desnecessárias e não mais interessantes) trazidas pela rede daqueles que estão distantes. Diante de tal sobrecarga de informação (social), me parece natural, voltar para o “velho” mundo dos finados ICQ e MSN, hoje representados por Apps diversos, que possibilitam a troca de mensagens instantâneas, em busca da essência da relação com o próximo, que é a comunicação em si.

      1. Bizarro

        Caro Ed, concordo plenamente, estas redes são efêmeras, desaparecem da noite pro dia, o que eu quis dizer é que o mundo virtual está criando uma geração de autistas, as pessoas está ali mas não estão, o mundo exterior não existe para o cara que vai ali caminhando pela rua com o Iphoene nas maõs, o fone no ouvido, quando não falam com alguém dançam a sós no meio da multidão, eu mesmo quando preciso de alguma informação na rua tenho que garimpar alguém desaswthsAppszada , pois já  está firmada a convicção de que se alguém encontra-se na rua com esses penduricalhos no corpo que o isolam é pqe não quer mesmo contato com o mundo exterior,  não podemos fugir disso, o mundo gira, sei disso, apenas acho muito estranho estes homens-ilhas. Bizarro.

        1. Gênio

          Eu não consigo encontrar melhores palavras do que as que você  comentou. O termo “homens-ilhas”…espetacular…está assim mesmo. Certa vez assisti a um filme que o stalone é descongelado(estava criogenado), para capturar o Wesley Snipes pois ele (Stalone) foi um policial que no passado(fodensesimos anos antes) ja o havia capturado e so ele poderia fazer isso again e tra la la….encurtando tudo.. tem uma cena em que uma mulher esta ensinando ele como faz sexo , ela põe um capacete nele e outro nela …vai pra longe dele e começa a sabe o que ver naquele visor e dar pequenos chiliquinhos…stalone fica DE cARA…que m é essa? Pois é….já viu o oculos rift? Se não pesquise no google….agora some ele a essa geração zumbi monossilabica fd.p….

  2. A verdade mesmo é que isso

    A verdade mesmo é que isso acontece porque os PAIS desses adolescentes também começaram a usar o FACEBOOK. Como negar a um pai ou mãe uma solicitação de amizade? Então, certos questionamentos não ficam bem no feed de notícias… kkkkkk

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