Fernão Mesquita convoca os sobreviventes de 32 para a batalha final

O 9 de Julho, de Getúlio ao PT
 
FERNÃO LARA MESQUITA – O ESTADO DE S.PAULO
 
23 Julho 2014 | 02h 04
 
São Paulo comemorou este mês o 82.º aniversário da Revolução Constitucionalista de 1932, que muito pouca gente, neste Estado e no resto do Brasil, sabe o que foi. É impróprio, aliás, usar verbos no passado para tratar deste assunto, pois a luta de 1932, que começara pelo menos 50 anos antes com o Movimento Abolicionista, que desaguou na República e se confunde com a história deste jornal, é exatamente a mesma de hoje.
 
Gira em torno da seguinte pergunta: onde se quer instalar a sociedade brasileira emancipada, no campo da civilização ou no da barbárie? No Estado de Direito, com a lei igual para todos, ou nas variações do caudilhismo populista, onde fala quem pode e obedece quem tem juízo? Numa meritocracia, em que só a educação e a dedicação no trabalho legitimam a diferença, ou no sistema em que a cooptação e a cumplicidade com a corrupção são os únicos caminhos para o poder e para a afluência?
 
O Movimento Abolicionista é o primeiro na História do Brasil a surgir nas ruas, não nos palácios, e a tomar o País inteiro numa avassaladora mobilização cívica. Nasceu sob inspiração direta da Revolução Americana. Muitos de seus principais líderes brancos e negros frequentaram as mesmas “lojas maçônicas” lá, nos Estados Unidos, onde a elite do Iluminismo fugida do absolutismo monárquico europeu, regime sob o qual viviam o Brasil e o resto do mundo de então, iniciou o debate que resultaria no desenho das instituições da democracia moderna.
 
Tratava-se de uma humanidade escaldada por 2 mil anos dormindo sob o risco de sua majestade acordar de mau humor e mandar torturá-la até a morte sem ter de dar explicações a ninguém. Para garantir que nunca mais fosse assim aqueles conspiradores estabeleceram os princípios fundamentais da democracia que até hoje não se instalou por aqui: o império incontestável da lei, inclusive e principalmente sobre os governantes; a vontade popular, democraticamente aferida, como única fonte de legitimação dessa lei, e o mérito no trabalho como única fonte de legitimação do poder econômico; a descentralização do poder para garantir a fiscalização mais direta possível dos representados sobre os representantes, concentrando nos municípios todas as decisões e os serviços públicos que pudessem ser prestados no âmbito deles; nos Estados, apenas as que se referissem aos assuntos que envolvessem mais de um município; e na União, só as que não pudessem ser resolvidos por essas duas instâncias, mais as relações internacionais.
 
Para reduzir ainda mais o espaço para que as tentações do mando não produzissem os efeitos que sempre produzem no caráter dos homens, determinou-se que cada uma dessas instâncias de governo fosse dividida em três Poderes autônomos e independentes entre si, uns encarregados de fiscalizar os atos dos outros.
 
Não foi à toa, portanto, que os brasileiros oprimidos que testemunharam esse verdadeiro milagre se tivessem encantado a ponto de dedicar sua vida a fazê-lo acontecer também no Brasil.
 
Foi em nome desses princípios que nasceu a República. E foi para preservá-los que foram feitas a Revolução de 1930, a Revolução de 1932, a redemocratização de 1945, o contragolpe de 1964 e a redemocratização de 1985.
 
Getúlio traiu, como Lula, a bandeira da “ética na política”, que levou os dois ao poder, em 1930 e em 2002. Getúlio, adiando a convocação de uma Constituinte e nomeando títeres como governadores dos Estados até que São Paulo se levantasse contra a sua ditadura não declarada, em 1932; Lula, aliando-se a todos os “carcomidos” da política, que se elegeu atacando, para se perenizar no poder.
 
Foram 87 dias de uma guerra desigual contra os Exércitos da União. São Paulo foi derrotado militarmente, mas teve uma vitória moral tão indiscutível que Getúlio, depois de devolver o governo do Estado a lideranças paulistas (na pessoa de Armando Salles de Oliveira), sentiu-se constrangido a convocar finalmente a Constituinte que deu ao Brasil, em 1934, a única Constituição verdadeiramente democrática que o País teve.
 
Tão democrática que o caudilho não conseguiu conviver com ela e “fechou” o País, em 1937, impondo a sua própria lei e reinstalando a ditadura. Um movimento semelhante ao que o PT repetiu agora com o Decreto 8.243, que segue vigendo, recorde-se, e determina que nossas leis passarão a ser feitas não mais exclusivamente por um Congresso legitimado pelo voto de todos os brasileiros, mas pelos “movimentos sociais” que o partido escolher.
 
Um dos primeiros atos da ditadura varguista foi queimar cerimonialmente as bandeiras dos Estados da Federação. O PT também trata de centralizar o poder, mas por meio de uma sucessão de medidas provisórias e outros expedientes sub-reptícios que, passo a passo, vão tirando atribuições e fontes de arrecadação dos Estados e municípios, de modo a deixá-los totalmente dependentes da União.
 
Getúlio fechou o Congresso; o PT subornou o Congresso. Getúlio instalou um Poder Judiciário teleguiado; o PT criou um Poder Judiciário colonizado. Getúlio instituiu o regime em que “para os amigos, (o Estado dava) tudo; para os inimigos, (o Estado aplicava) a lei”; o PT instituiu o sistema dos vazamentos seletivos para a imprensa dos “podres” de seus adversários políticos, verdadeiros ou falsos, de par com as suítes especiais nos presídios para os poucos “amigos” condenados antes da desmontagem do Poder Judiciário. Getúlio criou a indústria de base e a distribuiu entre os “amigos” que financiavam o regime; o PT reverteu a economia democratizada que recebeu na política dos “campeões nacionais” donos de monopólios financiados com dinheiro público, hoje os maiores contribuintes de suas campanhas. Getúlio seduziu o povão com a outorga de direitos sem a contrapartida de deveres; o PT seduziu o povão com os salários sem a contrapartida do trabalho. Getúlio criou os sindicatos pelegos sustentados pelo Estado; Lula e o PT são o produto direto deles.
 
São Paulo resistiu sozinho a Getúlio; São Paulo vem resistindo quase sozinho ao PT. A luta de 1932, portanto, ainda não acabou. E em outubro próximo haverá mais uma batalha decisiva.
 
FERNÃO LARA MESQUITA É  JORNALISTA, ESCREVE EM WWW.VESPEIRO.COM
 
Luis Nassif

121 Comentários

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  1. Sou paulista nascido no

    Sou paulista nascido no Hospital do Servidor Municipal e pretendo continuar resistindo à merdalização político-jornalística pretendida pelo dono do Estadão com palavras… e à bala se necessário for. Nada mais tenho a dizer sobre este assunto.

  2. Nossa senhora, mas é uma piada ou é sério?

    Como piada foi até engraçada, mas se for sério, então o psiquiatra do moço deve entregar seu diploma. a não ser que o moço esqueceu de tomar suas pilulinhas (ai já sei o moço não quer mais toma-las por que são pi-LULINHAS)…

    1. Mais respeito

      Mais respeito, por favor.

      Esse artigo deve ser antigo e provavelmente foi republicado hoje em homenagem ao cinquentenário da morte do autor, ou efeméride parecida.

      Quando foi escrito, o movimento de 32 devia estar ainda na lembrança de alguns paulistas. Monteiro Lobato até escreveu uma carta à redação, elogiando.

  3. Caramba!

    Caramba, o sujeito que escreveu esse texto está surtando!

    Poucas vezes eu vi tanta “revisão histórica”, tanta “releitura criativa de fatos” e tanta mentira deslavada junta. Um texto feito para “pegar” os ignorantes e incautos de sempre…

    Um abraço.

    1. “POR TUTATIS e BELENOS”

      “POR TUTATIS e BELENOS” !!!

       

      “O BRASIL PARA TODOS não passa na REDE gloBBBo de SONEGAÇÃO – O que passa na REDE gloBBBo de SONEGAÇÃO é um braZil-Zil-Zil para TOLOS”

       

    1. Zoeira Cristiana, ele tem que

      Zoeira Cristiana, ele tem que aprender muito ainda com o Professor Hariovaldo para tentar ter algum poder de convencimento.

  4. Patético!
    É sério isso? Nassif porque publicou essa bobagem? A droga que o amigo usou deve estar com o prazo de validade vencido, meu Deus, quanta bobagem em um texto só. Por outro lado deve estar fazendo sucesso lá pras bandas de Higienópolis e afins…poxa Nassif nos poupe…ou crie uma seção de humor…texto patético como o pateta que escreveu!!!

  5. Ignorante

    São Paulo está à beira do colapso de abastecimento de água, um governador irresponsável não toma as medidas necessárias para conter o consumo e esse ignorante parece querer decretar a criação da República Paulista, o novo deserto da América do Sul.

     

  6. Regredir 50 anos até a Guerra

    Regredir 50 anos até a Guerra Fria não foi suficiente, tinham que voltar até 1932.

  7. O estadão continua existindo

    O estadão continua existindo só pra isso, não deixar os paulistas esquecerem que Getulio acabou com a “grande fazenda”.

  8. Nascidos para Perder

    Nascidos para perder, como diria Mylton Severiano (a propósito, o livro desse autor e que sustenta esse título é imperdível, não só pelariqueza histórica da obra, como também pela total ausência de senso de ridículo dessa turma, a exemplo do texto do Fernão Mesquita).

  9. Os heróis de 32 e os golpistas de 64

    Esse pelo menos escancara que deseja um  novo golpe. O ex “enfant terrible”, agora só um ancião caduco, começa a falar em abolicionismo e iluminismo para, finalmente, chegar ao PT. É muita ginástica intelectual para tão pouco espaço. O medo que essa oligarquia tem de povo é patológico. Esse é daqueles que de vez em quando soltam “Maldita Princesa Isabel”.

  10. perderam a guerra, perderam a classe e perderam a memória

    Se os paulistas abriram uma REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA porque os demais Estados, no lugar de os seguire,  lutaram contra?

    Um soldado marcha direitinho e todo o batalhão está com o passo errado?

    Conta outra, seu Mesquita.

    Alijados do Poder Central os paulistas não se conformaram e intentaram um golpe de estado, terminando com a rendição incondicional, fuga e  exílio para quem tinha dinheiro.

    Não há aí nenhuma lição de patriotismo, se náo de oportunismo.

  11. NÃO É O CAPELO GAIVOTA


    Apenas o fernão lara mesquita, trajando sua décadence avec desélégance quatrocentona.

    Nada que não possa ser ignorado, sem consequências à cotação do pastel na feira.

  12. Do texto só se pode dizer que

    Do texto só se pode dizer que é delirante. Mas tb é impossível deixar de lembrar da defesa do Pimenta Neves. E nesse caso…a lei é para todos ou só para os inimigos????

     

    1. PT seduziu o povão com os

      PT seduziu o povão com os salários sem a contrapartida do trabalho  ….ele é contra o bolsa família e ainda chama de salário sem trabalho?   Ainda diz que cooptou o judiciário com seus dirigentes presos?  AinDa é a favor da meritocracia sendo herdeiro e desfrutando de uma fortuna.

      caramba, o cara é um poço de contradição e ignorância. Sapiência não se aprende na escola. Nem se compra no supermercado.

  13. Tem dó, Fernãozinho (a besta

    Tem dó, Fernãozinho (a besta não se chama Fernando, mas Fernão. Outro Fernão, mais famoso do que ele, e também mais bravo, pois andou dizimando os nossos índios, era mais autêntico).  Será que tem mais algum mala do mesmo calibre na família dos Mesquita? O decadência!

  14. Agora vai!

    Se na epoca, os paulistas se sentiram traidos pelos mineiros (há controversias…), agora vai: juntando este ahi, fhcento, ssErra, alkminho e outros “valentes”  com aecin et caterva de um lado e o brasil do outro….será que vai ter comemoraçao civica da derrota depois?

  15. Quanto a cidade de São Paulo,

    Quanto a cidade de São Paulo, aproveitando que ele tocou no assunto, podia-se mudar o nome da Av. Paulista para Avenida Presidente Getúlio Vargas e a Marginal Tietê para Av. 10 de Novembro (quando foi decretada a Constituição de 1937).

    É legal um blog assim que traz estes textos, precisa de humor para tocar a vida, é diferente de ler no Hariovaldo, lá eles ainda não alcançaram este refinamento intelectual.

    1. Discordo veementemente!!!
      O

      Discordo veementemente!!!

      O Sítio do Mestre Hariovaldo é o que há de mais rico cutural e politicamente falando, ele e seus comentaristas dão de 1000 a Zero nesses pulhas todos. Lá se pratica o combate limpo e sem metáforas ao comunismo ateu e a todos os postes que o Mephysto de Garanhuns conseguiu emplacar.

  16. Pensei que fosse do site do Professor Hariovaldo

    Mas não tinha nada lá não.

    Aí está a razão do ódio.

    Ódio aos petistas, ao Getulio e a todos que representaram, representam ou representarão o fim do poder os quatrocentões.

    Só faltou esse senhor convocar uma nova guerra…

  17. Pensei que fosse do site do Professor Hariovaldo

    Mas não tinha nada lá não.

    Aí está a razão do ódio.

    Ódio aos petistas, ao Getulio e a todos que representaram, representam ou representarão o fim do poder os quatrocentões.

    Só faltou esse senhor convocar uma nova guerra…

  18. Retroagindo mais um pouco

    Quando nos convencemos que “nossa” imprensa canalha, golpista, manipuladora e escravagistra é estática, com os dois pés fincados no século passado, aparece o Estragão e um “jornalista” desses para nos mostrar que, ao contrário, ela é capaz de se mover ainda mais para trás. Mais um pouco e esses vermes estarão defendendo a revogação da Lei Áurea, e, quem sabe, a volta do feudalismo.

  19. É triste que o moço ache que

    É triste que o moço ache que  está do lado da civiliazação. E deve mesmo acreditar nisso.

     

    Mais triste mesmo  só o trecho abaixo, que vem de quem nunca trabalhou na vida, teve emprego de jornalista e editor garantido pela família (com os resultados vistos na decadência da empresa):

     Getúlio seduziu o povão com a outorga de direitos sem a contrapartida de deveres; o PT seduziu o povão com os salários sem a contrapartida do trabalho. 

    É preciso ter coragem para afirmar que o povão brasileiro alguma vez teve algo sem devevres ou trabalho.

     

    E falar sobre apoios escusos a grupos econômicos então é grande comédia. O grupo Estado é cronicamente deficitário e deveria ter fechado há muito tempo, não fosse  a boa vontade dos credores e bancos, que só agem por caridade e amor ao jornalismo, com certeza.

     

  20. Esse episódio foi um dos

    Esse episódio foi um dos maiores erros da república.

     

    O erro foi não ter dividido este estado em 3 ou 4.

    Como fizeram com Pernambuco uma 3 vezes no passado.

    Oportunidade perdida….

    1. Ou é maluco ou acordou do

      Ou é maluco ou acordou do congelamento ou chegou atrasado ao mundo pq seu voo fez escala no Aecioporto de Claudio e teve que esperar Aecim com as chaves para destrancar o portão. Pode ser tb alguma coisa que estão colocando na água que sobrou em SP pro pessoal beber. A gente tá rindo mas, caramba…

  21. Outra leitura

    Pensei cá comigo que dá para fazer outra leitura do artigo.

    Mesquitinha pensando: 

    … Como nós somos incompetentes! Dono de um enorme veículos de comunicação, rico, influente e tomamos uma rasteira de um torneiro mecânico ….  Eu não me formei na Filosofia da USP para isto!!!

     

  22. Os arcaismos plutocráticos

    Os arcaismos plutocráticos começam pelo próprio nome do autor: FERNÃO. PELAMOR…

    “O BRASIL PARA TODOS não passa na REDE glOBBBo de SONEGAÇÃO – O que passa na REDE gloBBBo de SONEGAÇÃO é um braZil-Zil-Zil para TOLOS”

  23. Tem meritocracia n’O Estadão???

    “Numa meritocracia, em que só a educação e a dedicação no trabalho legitimam a diferença (…)” 
    Vindo de um herdeiro….

  24. Cruz credo! Esses reaças

    Cruz credo! Esses reaças ainda que “jovens” tem uma visão histórica muito particular mesmo e distorcida da verdade factual. Só enxerguem mesmo o seu próprio umbigo e seus privilégios de classe…Xô! Vai falir! Vai falir! Vai falir!

  25.  O artigo é extremamente

     O artigo é extremamente importante. Mostra como se pode ler e interpretar a história, com visões distintas. E esta visão é construida pela lente ideológica. É preciso reconhecer a coerência evolutiva da interpretação. Relata fatos, que podem ser contestados, mas não produzem impactos, pela distância histórica. O Abolicionismo, foi um movimento, pouco construido pelo e em favor do povo , em que a elite, pressionada pelas potencias em especial a Inglaterra, colocou em movimento. A Abolição foi na realidade, uma farsa, que teve de ser conquistada, para valer com a luta legitima dos escravos. A República, outra farsa, mais uma quartelada do que um processo popular. Instituindo a “Velha república”, viciada, corrupta, sem povo, necessitando da verdadeira revolução de 30. Esta desalojou o poder da velha oligarquia paulista, que levou à contra revolução de 32, denominada farsescamente de Constitucionalista. A constituinte de 46, foi a preparação para o golpe, que levou ao suicidio de Getulio em 54, a tentativa de golpe contra Juscelino, e o golpe de 64. Importante é a maneira clara, da defesa destes golpes e o recado para o PT, como “não ousem, a reeleição”, porque “nós resistiremos”. O impressionante é a declaração explícita do jornal, contra um partido. Acaba , assim com a “neutralidade” , com a “liberdade de imprensa”, defendida por um órgão “independente”, que “resiste” à sanha “autoritária”, de “cerceamento da liberdade de imprensa” dos governos petistas. Para quem duvidava e concordava com o “senso comum golpista publicado”, o artigo mostra tudo. Quem sempre defendeu o golpismo, a ditadura, a direita anti povo, mostra a mesma vontade agora. 

  26. Há cínicos que dizem que o

    Há cínicos que dizem que o Nove de Julho constitue-se na única comemoração de uma derrota existente no mundo. O jornalista não diz, mas na realidade a elite paulista achava que São Paulo lhe pertencia, e não aos brasileiros incluídos claro os paulistas, e partiram para separarem-se do Brasil. Aí, ficaram sozinhos e perderam feio em poucos dias. Agora, a questão é bem outra. A elite paulista. que levou ao poder com o apoio dos EUA e  serviu todos os ditadores surgidos a partir de 1964, dominaram a política e a conomia do país até 2002,  capitanearam o horror econômico neoliberal,  verdadeiro genocídio, quando imperou o desemprego, o arrocho salarial, o endividamento público e externo e a desnacionalização da economia e da política. Tivemos até Chanceler tirando os sapatos para entrar nos EUA  e  ridículas auditorias de nossa economia pelo Fundo Monetário Internacional-FMI . Quem não lembra da pobre economista, Ana Maria Jul, esquivando-se do assédio da mídia quando exercia essa função. Sem contar o famigerado estado mínimo, quando por não investirem desestruturaram completamente as áreas de saúde, educação e segurança, e deixaram nossas estradas, de Norte a Sul do país completamente esburacadas, a malha ferroviária reduzida, os portos abandonados, além de enfraquecerem o monopólio estatal do petróleo. Por isso a eleite paulista, seus quadros e alidados em outros estados perderam credibilidade, não têmmais de oferecer um nome para ser o Presidente do país e estão perdendo aos poucos o poder no próprio Esatado de São Paulo. Já la se vão quase doze anos. O jornalista é homem bem informado, e sabe muito bem que nova derrota os espera em outubro. Parafraseando suas palavras, o Brasil espera que seja a derrota definitiva. 

  27. Getúlio, Lula, as eleições e o Estadão

    Getúlio, Lula, as eleições e o Estadão

    Email 

     Postado em 23 jul 2014por :  Diário do Centro do Mundo   Fernão e os demônios

    Fernão e os demônios

    A boa notícia, para Fernão Lara Mesquita, um dos herdeiros do Estadão, é que nunca um artigo seu repercutiu tanto na internet.

    A má é que a repercussão se deu na forma de gargalhadas.

    Fernão é, neste momento, uma piada digital.

    Merecidamente.

    Num texto pomposo e pretensamente profundo, Fernão atribuiu todos os problemas do Brasil a Getúlio Vargas.

    Getúlio se matou e entrou para a história em 1954, mas segundo Fernão ele reencarnou em Lula.

    Num universo distópico, há um foco de resistência aos dois demônios: São Paulo.

    São Paulo, diz Fernão, resistiu primeiro a Getúlio, na fracassada rebelião de 1932. E, mais recentemente, vem resistindo ao PT.

    Um capítulo importante dessa saga paulista contra o mal se dará, avisa Fernão, nas eleições de outubro.

    Bem, já foi dito que editores ruins fazem mais mal aos jornais que a internet. Antes que a internet varresse a mídia impressa, o Estadão já fora vítima disso, dos maus editores.

    Mais especificamente, maus donos, uma vez que os Mesquitas sempre se puseram na condição de jornalistas.

    Nos anos 1980, a Folha passou o Estadão muito mais pelos defeitos deste do que por seus próprios méritos.

    O Estadão não enxergou a importância do movimento das Diretas Já, e sofreu uma humilhante ultrapassagem sem retorno.

    Compare as contribuições de Getúlio e dos Mesquitas, para voltarmos a Fernão.

    Getúlio deu o voto para as mulheres. Eliminou o voto de cabresto. Criou leis trabalhistas que civilizaram o ambiente do trabalho no Brasil: limite de jornada, férias, fundo de garantia foram algumas das conquistas.

    Estimulou a formação de sindicatos, para que os trabalhadores não ficassem à mercê das empresas. Industrializou o Brasil. Criou a Petrobras.

    Também de extrema importância, Getúlio derrotou os paulistas em 1932.

    Se São Paulo tivesse vencido, o Brasil retrocederia aos tempos brutalmente arcaicos da República Velha.

    Getúlio, numa frase, inaugurou o Brasil moderno.

    Mais?

    Por coisas assim, os barões da mídia jamais perdoaram Getúlio. Há uma passagem significativa em sua história, contada por seu biógrafo, Lira Neto.

    Deposto pela direita em 1945, Getúlio foi se recuperar do desgaste em seu berço, no sul. Recebeu, um dia, jornalistas.

    Perguntou a um deles o que achava de um decreto do governo que estimulava um piso para o trabalho dos jornalistas.

    O jornalista teceu grandes elogios à medida.

    Getúlio então disse que fora exatamente por causa do piso para os jornalistas que os barões da imprensa se bateram tanto para derrubá-lo.

    Olhemos agora para o outro lado: as contribuições do Estadão.

    A passagem mais marcante dos Mesquitas, na história recente, foi a participação ativa na conspiração que levou à ditadura militar.

    Mas, para Fernão, o mal está em Getúlio Vargas, agora reencarnado em Lula.

    Para o Estadão, portanto, a luta continua.

    Enquanto essa luta épica, sem fim e sem sentido consome a energia do jornal e de seus donos, outras coisas acontecem sem serem notadas.

    A passagem do tempo, por exemplo. A mudança de mentalidade das pessoas.

    E, nos últimos anos, a internet.

    Se você se absorve completamente numa guerra, não consegue administrar outros problemas. Pior: não os vê.

    O Estadão está condenado a morrer lutando, ontem, hoje, sempre, contra um fantasma, o de GV – sem enxergar a realidade que vai liquidá-lo.

     

  28. Vejam o sétimo

    Vejam o sétimo paragráfo:

    “Foi em nome desses princípios que nasceu a República. E foi para preservá-los que foram feitas a Revolução de 1930, a Revolução de 1932, a redemocratização de 1945, o contragolpe de 1964 e a redemocratização de 1985.”

    Ele chama o golpe de estado de 1964 de “contragolpe”. Por aí já dá pra ter uma idéia da mentalidade do rapaz.

  29. O rapaza  ficou assim

    O rapaza  ficou assim ,coitado,  depois  de informado  que o jornal  de  quatro gerações não teria  a quinta ,(logo adele,pÔ!), e, talvez  nem mais  jornal….

  30. Xovê se entendi…

    O caboclo só admite como legítima a Constituição de 32? Estaria, por linhas tortas, pregando um golpe de Estado? Uma revolução contra a decisão do povo nas urnas?

    A elite paulista perdeu a revolução, HÁ MAIS DE 80 ANOS!!! Acorda, Mesquita!!

    O cinismo dessa gente QUE VIVE DE RENDA não tem limites. Imagina esses caras lidando com as riquezas do pré-sal brasileiro? É por essas que defendo mais uns 50 anos de PT no governo. É tempo suficiente para renovar umas 2 gerações de cabeças pensantes no país. Ou mais.

  31. História mal contada

    Sei não viu. Essa história está  meio que  mal contada.

    Vamos contar uma outra  história:

    tem horas que a mão treme um pouco e cai mais café do que leite na xícara. Noutras vezes, colocamos mais leite e menos café. Mas se alguém resolve  servir somente café pode motivar outrem a tomar o velho  e bom mate chimarrão… sem abandonar o leite nem tão pouco a velha e boa cachaça ( de cana de açucar) nordestina.

    É preciso compreender bem a nossa origem para se arriscar em textos como este aí de cima. … batalha final de 32?

    Ora, ora, ora, nessa terra aqui, violentamente invadida,    predominando-se a partir  dai,  a poligamia da fêmea naturalmente priápica  diante seus “deuses” franceses, e muito mais  portugueses, caboclos mamelucos  metidos à bandeirantes à serviço dos donos do poder mal alimentados pela monocultara latifundiária parasita, sem qualquer respeito ao meio ambiente, é , no mínimo, ingênuo querer acreditar em batalha final de 32.

    E muito menos ainda no caudilho supracitado.

    Aqui, desde sempre e até hoje impera o caudilhismo com liberalismo. ( só que hoje travestido de pseudo democracia) 

    E ai daqueles que se arriscam a   mudar  a  “estória”.

    Não há peixe, não há jagunço, não a lula, euclides,  não há tiradentes,  nem o diabo nas veredas, que aguente duarte em seu coelho.

     

    1. O predominante no poder é o domínio do dinheiro

      Que infelizmente não está nas mãos nem do povo, nem do Estado brasileiro.

      Este não passa de mero coadjuvante do cenário alienígena que dita as regras.

      O resto é piada mesmo.

  32. Em relação ao Lula e ao PT…

    …subscrevo tudo e afirmo que ainda faltaram muitas coisas. Ao Getúlio quase nada…

    Sem Vargas o Brasil continuaria como a maior Bolívia do Universo, com Lula transforma-se numa.

    1. Meu caro, não desobedeça.

      Ouça um bom conselho : tem que tomar o remedinho todo dia , na hora certa.

      É  pra cabecinha funcionar direitinho.

  33. Esqueçam a revolução de 32, o

    Esqueçam a revolução de 32, o que este e outros milhares de neo-fascistas querem, e trabalharão com afinco, com Dilma ganhando ou não, é uma explosiva Kiev,  eles já possuem um camprillas, a mídia desagregadora, black bloc e o judiciário para “oficializar” a barbárie .

    Dilma será reeleita, mais eles tornarão o governo dela um inferno desde o dia 02 de janeiro de 2015 . Aliás, já temos até general delineando geograficamente uma pátria só para grileiros plantadores de arroz lá no Norte .

    Aonde será nossa Criméia ? Teremos uma Criméia para resistir ?

     

      1. Rebolla (Conga la Conga),

        Rebolla (Conga la Conga), falei em Criméia para levantar qual seria o Estado brasileiro que transformaríamos numa trincheira anti-fascista .

        Acho que já dá pra entender .

  34. Chamem o enfermeiro com o

    Chamem o enfermeiro com o camburão do Pinel, o sujelto estava desacordado dentro de uma bolha espaço-temporal e acabou de acordar, acha que ainda está na década de 30.

     

    Esse é um legítimo representate do pensamento e da elite   paulista branca, facista e separatista.

     

    Resumo: um perfeito babaca que se acha o último biscoito do pacote.

  35. Recônditos Anseios de Uma Carpideira Remoçada
    “Eu os identifico a todos. E são muitos deles, os mesmos que, desde 1930, como vivandeiras alvoroçadas, vêm aos bivaques bolir com os granadeiros e provocar extravagâncias do Poder Militar.”

    De um graduado militar brasileiro, a respeito das vivandeiras civis que pregavam e que imploravam pelo golpe de 64.

  36. Pois é

    Pelo menos deixou transparecer de forma cristalina o que pensa a nossa gloriosa direita paulistana (pois são mais paulistanos que paulistas). Esses são os nossos líderes!!! Tamo tudo fu… Que tragédia! Cômica, mas tragédia.

  37.   Sou levado a crer que o

      Sou levado a crer que o civilmente incapaz vem exclusivamente se informando (?) pelo ex-jornal da própria família.

  38. Nossa, é tanta tradição…

    …Numa página de jornal que, dada a “profundidade”, chega a arrombar as estruturas editoriais da mídia paulista, quiçá do país inteiro.

    Lembrei, com tanto carinho de gente boa e sincera como Menotti Del Picchia, Adhemar de Barros, Paulo Maluf, Laudo Natel, Carvalho Pinto, Miguel Reale, Conte Lopes, Erasmo Dias, Delfim Neto, Mario Covas, Franco Montoro, Orestes Quércia, Fleury (delegado), Fleury (governador), José Serra, Geraldo Alckmin…

    E daqueles que, de tanto amor por SP, se naturalizaram paulistas como Golbery do Couto e SIlva, Celso Pitta, Roberto Freire, Fernando Henrique Cardoso, Jânio Quadros, Enéras Carneiro…

    Tudo gente digníssima, com lugar cativo no coração do bom e ordeiro povo paulista.

     

    Ao pós-moderno bandeirante Fernão minhas sinceras saudações:

    A (sua) luta continua… COMPANHEIRO!!!

    Mas, fique atento!

    A quantidade de listras na bandeira Non Ducor Duco é “13”! 

    (todo cuidado com mensagens subliminares de esquerda é pouco).

  39. No bloco dos estúpidos sempre aparece mais um

    Tomei do bestialógico de Fernão Mesquita, um da família Mesquita, família que é dona do Estadão, um excerto. Depois de analisar o fragmento (tomei para análise apenas um dos últimos parágrafos, porque não tive estômago para ler com atenção o “desarrazoado” inteiro), quedei-me perplexo.

    Diz Mesquita: Getulio fechou o Congresso; Lula comprou o Congresso.

    Este Mesquita mente ao dizer que Lula comprou o Congresso, e omite o fechamento do Congresso pela Ditadura Militar, por exemplo, ditadura que o jornal dele apoiou. A acusação de que Lula comprou o Congresso é grave, pois põe sob suspeita o Congresso inteiro, além de Lula, e teria de ser provada. Sem provas, trata-se de crime de calúnia vitimando o Congresso e Lula. Na minha modesta opinião, ambos deveriam interpelar judicialmente Fernão para que prove o que disse, ou arque com as consequências de seu provável crime de calúnia.

    Diz Mesquita: Getúlio instalou um Poder Judiciário teleguiado; Lula criou um Poder Judiciário colonizado.

    Desde quando Lula criou um poder judiciário colonizado? Como assim? Onde estão os atos de criação do poder judiciário que Lula teria produzido? Alguém viu? E colonizado pelo quê? Portugal? Espanha? Ou Letônia? E o que é judiciário teleguiado? Judiciário guiado por meio de controle remoto, desses de carrinho controlado por meio de rádio? O que Fernão quis dizer, alguém sabe? Fernão é ruim de metáfora.

    Diz Mesquita: Getúlio instituiu o regime em que “Para os amigos, (o Estado dava) tudo; para os inimigos, (o Estado aplicava) a lei”; Lula instituiu o sistema das ações policiais seletivas e dos vazamentos para a imprensa dos “podres” dos seus adversários políticos de par com as suítes especiais para os poucos amigos presos antes da desmontagem do Poder Judiciário.

    Lula vazou “podres” de seus adversários? Quando? Qual a prova? Que adversários são esses? Algum Mesquita? FHC? Serra? Que adversários são estes, Fernão Mesquita? E que ações policiais seletivas para prejudicar adversários são estas, se está aí a AP 470, um circo judicial, provando o contrário? Os amigos de Getúlio que Mesquita menciona certamente são o Povo, coisa com que Fernão não se conforma cinquenta anos depois da morte de Getúlio.

    Diz Mesquita: … de par com as suítes especiais para os poucos amigos presos antes da desmontagem do Poder Judiciário.

    Suítes? Quais? Onde estão essas suítes? Na Papuda? Na Papuda há suítes? Quem desfrutou dessas suítes? Se há suítes na Papuda, certamente confortabilíssimas, esse Mesquita teria de provar, pois é denúncia de crime grave. Cadê a prova, Mesquita? Cadê a denúncia formal, Mesquita? Ou você ficará, apenas, no blá-blá-blá?

    O poder judiciário foi desmontado, Mesquita? E ninguém viu? Se foi desmontado, estamos sem poder judiciário, é isto? Joaquim Barbosa concordaria com ter comandado um poder judiciário desmontado, e, por isto, inexistente? (pois Joaquim Barbosa assumiu o comando do judiciário depois de Lula sair do governo, quando, portanto, o poder judiciário já teria deixado de existir). Fernão é tão ruim nas metáforas, quanto na fidelidade aos fatos.

    Diz Mesquita: Getúlio criou a indústria de base e a distribuiu entre os “amigos” que financiavam o regime; Lula reverteu a economia democratizada que recebeu na política dos “campeões nacionais” donos de monopólios setoriais financiados com dinheiro público e financiadores das campanhas do PT.

    O que é indústria de base? Siderúrgica faz parte dela? Ora, a CSN era estatal, isto é, do Povo. Igualmente, a Companhia Vale do Rio Doce, era estatal, do Povo. A Petrobras é indústria de base? É, e os donos da Petrobras não eram o Povo? A FNM, Fábrica Nacional de Motores, nas circunstâncias, uma indústria de base, não era estatal? Não era do Povo? Há outros exemplos, e o dono de todas essas empresas criadas por Getúlio era o Povo. Então, se Getúlio distribuiu a indústria de base entre seus amigos, distribuiu-a entre as pessoas do Povo, amigas de Getúlio, a se considerar a comoção que varreu o país quando do sepultamento dele.

    Como é que Fernão Mesquita se atreve a falar em monopólio, logo ele, membro do cartel setorial mais abjeto do país, o midiático. Fernão Mesquita não pode falar em economia democratizada, pois a expressão soa, quando expressada por ele, como hipocrisia torpe: não há segmento econômico mais antidemocrático do que o midiático e a empresa de Mesquita é parte importante desse cartel abjeto.

    Diz Mesquita: Getulio seduziu o povão com a outorga de direitos sem a contrapartida dos deveres; Lula comprou o povão com os salários sem a contrapartida do trabalho.

    Fernão Mesquita ainda se insurge contra a CLT! Outorga de direitos sem contrapartida de deveres! Fernão Mesquita quer a volta da escravidão! Quer trabalhadores sem direitos. E quer, como Armínio Fraga, tomar mais dinheiro dos trabalhadores, pois Lula lhes teria dado salários sem contrapartida de trabalho! Fernão Mesquita tem o mérito de se pôr como inimigo do Povo com todas as letras, inimigo pode-se dizer, atávico.

    Diz Mesquita: Getúlio criou os sindicatos pelegos sustentados pelo Estado; Lula e o PT são o produto direto deles.

    Lula pode ser tudo, menos pelego, se é que Fernão Mesquita sabe o que a palavra pelego significa. Lula, enquanto foi sindicalista, sempre foi contra o governo, e não se deixou cooptar por nenhum partido político, da situação, ou da oposição, pois criou o PT. Lula pode ser tudo, menos pelego.

    *****
    Pois é, quando se pensava que a classe dos estúpidos quintas-colunas estava completa, eis que chega mais um, Fernão Mesquita (e essa raça ainda reclama de ser chamada de coxinha).

    1. Caro Ramalho:

      “Getulio fechou o Congresso; Fernãodo Henrique comprou o Congresso*”.

      Perdoe-me, mas não resisti!

       

      *: Duzentinhos pra cada parlamentar, lembram?

  40. Não podemos negar que esse

    Não podemos negar que esse editorial está fazendo uma multidão descobrir que existe esse jornal. No fundo, no fundo, o cara é um gênio do marketing! Vai arrumar emprego fácil nessa área assim que o moribundo estadão bater de vez as botas.

  41. Estão apelando…….

    Não Passará!!!!!

    Estão tentando, a todo custo, mergulhar o País no “Caos” para justificar um golpe baixo……

    Vem mais M______ por aí!!

     

  42. Será que existe uma possível vitória do
    Padilha em SP?

    Se eles estão desesperados é porque eles sabem que o Padilha não é tão fraco assim como mostram as pesquisas. E também estão desesperados com a possível vitória da Dilma. Se o Padilha e a Dilma ganharem as eleições, a direita raivosa vai ficar mais fraca como nuca e os tucanalhas juntos com o PIG entraram em extinção. Portanto, a baixaria porparte deles só está começando.

  43. Revolução?

    Sou paulista e acho que a bandeira mais idiota que os meus conterrâneos defendem é essa tal de Revolução de 1932. Conheço um punhado deles que vive idolatrando essa guerra civil – uma “revolução” que não foi revolução, no máximo uma revolta – e dizem ao mesmo tempo que as ideias socialistas são anacrônicas.

    Não vejo nada mais anacrônico do que esse conflito mal-sucedido da década de 30 tão presente no coração de uns integralistas, que vivem dizendo que querem se separar do Brasil. Talvez o remake da Marcha com Deus e a Família Contra o Comunismo seja mais idiota. E só. Cheira a mofo. Coisa típica de quem não consegue pensar no futuro e fica tendo esses delírios nostalgicos.

    Bom, vindo de um Mesquita que escreve no Estadão só pode vir ideias desse tipo, como as daqueles que defendem a tortura e mortes na época da “revolução-contragolpe-movimento-patriótico de 1964” e condenam o “comunismo que matou mais de 7 bilhões de pessoas em Cuba”. 

  44. PHA está com a razão!

    Diante de tanto disparate (o Golpe de 64 foi um contragolpe? Meus sais, por favor!), só posso registrar que PHA tem razão em tudo o que diz da elite econômica de São Paulo.

  45. Bem, se for para levar a

    Bem, se for para levar a sério; acho melhor prestarmos atenção aos §§ 2º e 3º… parece um aviso ou a descrição de um cenário…

  46. Quedei-me estupefato e perplexo, Hariovaldo!!

    Pelamordedeus…! O pior é que eu não conseguia parar de ler. Fui até o final, até a última linha da bagaça.

    Documento Histórico.  

    Sugiro até título:”O Manifesto Delirante da Extrema Direita Paulista Enfezada”

    (no sentido literal de “enfezada”).

     

  47. Revolução 32

    Essa “turminha” atual, saudosista dos antigos revolucionários, poderia refazer o caminho de outrora , através do antigo túnel da Serra da Mantiqueira, chegar à Passa Quatro/MG e levar uma surra para largar de ser besta. Até hoje existem resquicios da quixotada desses “revolucionários” na cidade mineira.

    Poderia recomendar um banho de água fria para acalma-los, mas a falta dágua…  

  48. Artigo irresistível

    Artigo irresistivelmente indefinido, apesar das aparências em contrário, revela, dentre outros aspectos do Brasil atual, o nível de subalterneidade a que chegou o jornal conhecido pelo vulgo de “Estadão”. 

    Nem se trata aqui de pedir que o diário se oponha minimamente ao que, de resto, já propõem os seus pares menos antigos (sentido cronológico), Folha e Globo. 

    Seria rogar demais. 

    O que o editorial (se é que foi editorial) sugere não é apenas uma uma espécie de revolta eleitoral dos paulistas contra o que encaram ser uma continuação piorada dos governos Getúlio Vargas e uma visão chovinista agudamente anacrônica do processo desempenhado pelo estado bandeirante na economia nacional. 

    Não, não é só isso. O que, convenhamos, já não seria pouco. 

    Afastada a hipótese de ser produto de um surto decorrente de uma (para alguns analistas) iminente ruína, o artigo parece caminhar no sentido do reconhecimento de uma secundarização do Estadão vis a vis demais membros do muito justificadamente denominado Partido da Imprensa Golpista.

    Quem lê jornais impressos da mesma tipologia do Estado de São Paulo? Noves fora os que leem sem comprar (a Folha, por exemplo, é “dada” aos fregueses de empresas de ônibus intermunicipal e interestadual), creio que são os que se acostumaram com a publicação ao longo de toda uma vida (exageros à parte): pessoas em sua maioria mais velhas e destas, as mais conservadoras.

    Ao que tudo indica, será este o papel a que se conformou o “combativo” diário bandeirante: alimentar, com quimeras elitistas em tudo superadas pelo tempo, frações cada vez mais reduzidas (contudo ainda com certo poder de fogo) do inacreditável porém real conservadorismo de uma Província que se julgava Locomotiva e pior do que tudo, locomotiva por mérito!

    Haja café, leite e – principalmente – saco!   

  49. Tá certo!

    Tá certo o dono de jornal manifestar sua opção de forma aberta, por mais exdrúxula que seja. Pior é a Folha, que quer se mostrar isenta!

  50. Loucura

    Camisa-de-força nele! Ou a Maldição de Tutankamon! Essas múmias do reacionarismo mais ignóbil de SP ainda andam por aí, ou melhor, frequentam as redações de certa imprensa faraônica produzida aqui. R.I.P, eu diria! Mas o problema é que certas múmias não descansam jamais!…rs.

  51. Defende a meritocracia e é

    Defende a meritocracia e é bisneto do dono do jornal. Ganhou de herança todo esse poder e dinheiro e ainda vem falar de meritocracia. O cara é hilário.

    1. Negativo. O dia 21 de abril é

      Negativo. O dia 21 de abril é feriado nacional comemorando a derrota de uma insurreição que resultou na condenação a morte de Tiradentes.  Foi uma derrota completa na luta contra a Rainha de Portugal, todos foram presos e a revolta foi abortada. Há centenas de datas que comemoram derrotas através da Historia, porque são EPISODIOS de uma luta mais ampla e esses episddios apenas marcam uma ETAPA dentro dessa luta.

  52. Posicionamento do Estadão

    Bem, agora não podemos mais reclamar da hipocrisia deles que nunca se posicionaram com relação ao lado que estão como sempre faz Mino Carta.

     

    Querem posicionamento mais claro que este?

  53.   Engraçado o cara falar em

      Engraçado o cara falar em meritocracia, justo ele que (quase) recebeu um jornal caído no colo, e que se mantém com seus amigos encastelados no poder graças à “a cooptação e a cumplicidade com a corrupção”.

      Ou no artigo seguinte ele vai – só pra começar de leve – falar em um Roubson Marinho da vida? Ou nos “especialistas empreendedores” que trocam de empresa pública, mas nunca desmamam (Gesner de Oliveira, etc)? Etc.

  54. Atenção Highlanders! Descansar armas! Dispersar!

    Atenção Highlanders!

    1932  – 2014 = 82  anos

    Idade média da soldadesca: ~30 anos lá em 1932.

    Idade média hoje presumida: ~112 anos.

    Ao invés de um pasquim, melhor seria convocá-los numa sessão espírita. Ou melhor ainda, deixá-los descansar em paz, espiando sua desventura seccionista.

    Brasil, um País uno e indivisível.

  55. Vem cá… alguém aí pode me

    Vem cá… alguém aí pode me ajudar… responder, se o Fernão andou cheirando pó demais?

    Oh, Jesus!

  56. Chavões e lugares comuns

    Chavões e lugares comuns ERRADOS sobre a Revolução de 32. O Partido Democratico de São Paulo foi o maior apoiador da Revolução de 1930, Getulio teve em São Paulo, a caminho do Rio, a maior aclamação popular do movimento de outubro de 1930. Mas Getulio não controlava AINDA os tenentes. Estes ocuparam São Paulo como ivasores-ocupantes e passaram a cometer desmandos e arbitrariedades, muitos criaram fama perene de LADRÕES. O mais detestado entre eles foi o Tenente João Alberto Lins de Barros, pernambucano, que foi Interventor em São Paulo a partir de Novembro de 1930. Foi contra o fato de serem governados por FORASTEIROS que São Paulo se levantou, o Estado mais avançado do Pais em tudo governado por boçais truculentos e primitivos, isso foi considerado um insulto para os paulistas, que pediam um interventor CIVIL E PAULISTA.

    A lenda do SEPARATISMO jamais foi cogitada pelos Revolucionarios de 32, esse lenda foi criada pelos governistas e espalhada pelo radio para jogar os outros Estados contra São Paulo.

    Quem quiser saber mais favor ler os 22 volumes da obra do historiador Helio Silva, especialmente os tres volumes de 1930, 1931 e a GUERRA PAULISTA – 1932, com farta documentação.

    Getulio reconheceu as razões de São Paulo e aceitou depois da derrota militar dos revolucionarios todas as reinvidicações, tirou os tenentes de São Paulo e preparou a Constituição de 1934.

    Para falar mal de São Paulo é preciso tomar banho com sabonete perfumado, em 1932 o Brasil inteiro tinha um PIB menor que o de São Paulo, era o Estado que sustentava o Brasil pela agricultura e industria, o resto era quase nada.

    1. Ato falho separatista?

      Prezado Motta,

      Abtes de mais nada quero dizer que te admiro muito, em que pese muitas vezes discordar de tuas opiniões. Mas não resisti ao teu trecho:

      “em 1932 o Brasil inteiro tinha um PIB menor que o de São Paulo, era o Estado que sustentava o Brasil pela agricultura e industria, o resto era quase nada”.

      Para ficar matematicamente correto e consertar o que alguém poderia chamar de um “ato falho” separatista, eu reescreveria assim:

      “em 1932 o RESTANTE DO Brasil inteiro tinha um PIB menor que o de São Paulo, era o Estado que sustentava o RESTANTE DO Brasil pela agricultura e industria, o resto (“O RESTO” NÃO, PODE SOAR PEJORATIVO PARA OS MAIS SENSÍVEIS, PODERIAS ESCREVER ASSIM: O PIB DOS DEMAIS ESTADOS…) era quase nada”.

      Não me queiras mal, escrevo com bom humor, que pressinto possuires em alto grau, abraços.

  57. As Organizações Globo
    As Organizações Globo Overseas parecem que já começam a entregar os pontos (e depois do escândalo do “aécioporto” com dinheiro público mais ainda…), ao ponto de (através do Ibope) desmentir as manipulações de um instituto concorrente (o Datafolha, do Grupo Folha de São Paulo).Globo Overseas e Folha adorariam inflar Aécio para dar-lhe sobrevida em um eventual segundo turno, em condições competitivas. Mas já estão começando a perceber que seu candidato é tão frágil como uma pena, e tem os pés de barro… ou seja, apresenta-se como facilmente batível pela presidente e pelo PT.Já perceberam que o candidato é frágil, incompetente e sem discurso (como sem discurso e sem projeto está a oposição – e o que tem para mostrar não presta…)A solução é minimizar a (nova) derrota e já começar a pensar numa nova estratégia (e um novo candidato) para 2018, onde provavelmente o desgaste do PT poderá atingir o seu nível máximo e aliança governista terá que buscar alternativas (fora do PT) para continuar governando… Essa alternativa poderia ser o próprio Eduardo Campos (PSB), mas isso vai depender do nível de relacionamento que Campos ainda conseguirá manter com o PT, e da votação que o ex-governador de Pernambuco vai conquistar nesse primeiro turno.

  58. Mentira têm pernas curtas …. será?

    Recordar é viver

    17 de julho de 2014 § 3 Comentários

    a1

    Vocês lembram como começou o Mensalão?

    Puxo matéria de 29/05/2010 aqui do Vespeiro:

    “O Banco Espírito Santo (BES) foi acusado pelo deputado Roberto Jefferson de ser o pivô de uma fracassada operação para resolver parte das dívidas de campanha do PT e do PTB. Este ultimo partido era, na época, o “dono” do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB), dirigido por Lídio Duarte, indicado pelo próprio Jefferson. O plano era transferir para o BES US$ 600 milhões de reservas técnicas do IRB aplicados em outros bancos europeus, contra o pagamento de uma “comissão” de 50 milhões com os quais o PT saldaria dívidas de campanha com o PTB. Segundo Jefferson, a operação tinha sido combinada entre Dirceu e o diretor do BES no Brasil, Ricardo Espírito Santo, em encontros articulados, no Brasil e em Portugal, por Marcos Valério.

    Jefferson foi mais longe: disse que até o presidente Lula tinha recebido Ricardo Espírito Santo e Miguel Horta e Costa, na época presidente da Portugal Telecom, em Palácio, levados a ele por Marcos Valério em pessoa.

    Foi, naturalmente, desmentido por todos os acusados.

    a1

    Acontece que o “Mensalão” estava no início e o governo Lula ainda não tinha o know-how que tem hoje. Checadas as agendas nos sites oficiais da Presidência e da Casa Civil, tudo se confirmou. Lula tinha recebido Horta e Costa, Espírito Santo, Valério e Dirceu em duas ocasiões: 21 de janeiro de 2003 e 19 de outubro de 2004.

    Instaurou-se o pânico entre os executivos do banco, apavorados com a perspectiva de se verem transformados no elo de ligação que faltava entre Lula em pessoa e o “Mensalão”.

    Nos dias que se seguiram, notas oficiais coordenadas foram disparadas pelo Palácio do Planalto, pela Casa Civil e pelo Banco Espírito Santo onde todos admitiam o que era impossível negar, mas alegando que o que tinha sido tratado no encontro foram apenas os investimentos da Portugal Telecom no Brasil.

    O banco e a Portugal Telecom continuavam negando, entretanto, os outros encontros mais recentes nos quais, segundo Jefferson, teria sido articulada a operação envolvendo o IRB. Novamente as agendas oficiais, desta vez a da Casa Civil, provaram que ele estava dizendo a verdade, e todos tiveram que reformular suas histórias.

    a1

    Sim, tinha havido uma reunião na Casa Civil com a presença de Ricardo Espírito Santo, Jose Dirceu, Marcos Valério e Emerson Palmieiri, tesoureiro do PTB, em 11 de janeiro de 2005. Treze dias depois, Valério, Palmieri e Dirceu seguiram para Lisboa onde, segundo Jefferson, iriam fechar o negócio envolvendo o IRB.

    Desmentido pelas agendas oficiais, Ricardo Espírito Santo viu-se em maus lençóis. Convidado a depor na Comissão Parlamentar de Inquérito não conseguia esconder sua irritação: “Não precisamos de intermediários … investimos mais de 7 bilhões de euros no Brasil … O encontro com o ministro Dirceu foi uma reunião de apresentação … De onde conheço Valério? Sei lá como conheci Valério! Foi em contatos sociais…”

    A notícia, obviamente, teve intensa repercussão em Portugal de onde veio nova e contundente menção ao nome do presidente Lula relacionado às relações perigosas entre Valério, Dirceu, o BES e a Portugal Telecom.

    A mesma agenda publicada no site da Casa Civil registrava outra viagem anterior de Dirceu e Valério a Lisboa, a 7 de junho de 2004, em que participaram de um jantar com o presidente da Portugal Telecom, Miguel Horta e Costa. Apertado, Valério emitiu nota confirmando esse encontro e acrescentando que, na mesma viagem tinha visitado o então ministro de Obras e Comunicações do governo Antonio Guterres, do Partido Socialista, Antonio Mexia, que lhe tinha sido apresentado por Horta e Costa. E, o que é pior, três semanas antes da revelação entrar no foco dos investigadores brasileiros, o ministro Mexia, numa entrevista ao jornalExpresso, de Lisboa, afirmara, desastradamente, que tinha recebido Valério “na qualidade de consultor do presidente do Brasil”.

    a1

    Seguiu-se nova bateria de desmentidos e novo realinhamento do discurso de todos os envolvidos. Valério, confirmado pelo ministro português, passou a dizer que suas tratativas em Portugal visavam manter em sua agencia a conta publicitária da Telemig cuja compra estaria sendo negociada pela Portugal Telecom. E disse mais: que Palmieri, o tesoureiro do PTB, seria apenas “um amigo pessoal” que só o acompanhou naquela viagem porque “andava estressado” (tinha sido traído pela mulher) e precisava espairecer.

    Investigações subseqüentes indicam que os dois movimentos aconteceram ao mesmo tempo. Valério estava mesmo intermediando a negociação entre a Portugal Telecom e a Telemig, exibindo como credencial o seu acesso privilegiado à Casa Civil. Os contatos que fez em Portugal o colocaram na posição ideal para intermediar, mais adiante, a solução imaginada para as dividas de campanha do PT com o PTB através do “esquema IRB”.

    Valério, aliás, já tinha prestado serviços anteriores à Portugal Telecom, influenciando, com ajuda de Dirceu, a decisão da Anatel de manter a divisão de tarifas nas ligações entre telefones fixos e celulares. Pelas regras de 1998, de cada real gasto nas ligações entre aparelhos celulares e fixos, os primeiros ficavam com a maior parte. Sendo a Vivo a única das grandes teles a só operar com celulares, ela é quem mais ganha com essa decisão.

    a1

    No julgamento de José Dirceu, só duas testemunhas de defesa concordaram em depor a seu favor: o presidente do Banco Espírito Santo no Brasil, Ricardo Espírito Santo, e o escritor Fernando Morais.”

    Corta e salta 4 anos adiante.

    Rolam pelo noticiário aos trambolhões, nas últimas semanas, os acionistas minoritários da Oi, aquela “tele” que o Lula fabricou criando leis especialmente desenhadas para tanto, e que deixou o filho dele rico de repente.

    De que se trata?

    Em outubro de 2013, em mais uma operação que requereu alterações sob medida da legislação que regula o setor para acomodá-la, a Oi (grupos Andrade Guitierrez e Jereissati, presenteados com ela pelo governo, e mais as onipresentes Previ dos funcionários do Banco do Brasil/PT e BNDES) juntou-se aos restos da Vivo, da Portugal Telecom (da qual o BES é o maior acionista individual com 10,05%), e sob a batuta da maior estrela em ascensão do mercado financeiro brasileiro na Era PT, Andre Esteves, do BTG Pactual, fundiram-se todos numa nova multinacional, a CorpCo que nascia com um faturamento de R$ 37,5 bi. A Portugal Telecom ficou com 38,2% da nova companhia e os sócios brasileiros com 13,1%. O resto é capital aberto.

    Passados menos de 6 meses, os sócios minoritários brasileiros são acordados, numa bela manhã de abril passado, com a notícia bomba de que, sem consultar ninguém, a Portugal Telecom tinha “investido” 897 milhões de euros na Rioforte, uma subsidiária do Banco Espírito Santo, o maior de Portugal mas que vem tão mal das pernas nos últimos anos que o Fed, dos Estados Unidos, e outros bancos centrais de todo o mundo estão tomando providências urgentes prevendo a sua falência, temendo que o buraco que ela vai abrir no sistema financeiro internacional possa provocar uma nova crise sistêmica, como a que começou com a quebra do Lehman Brothers.

    a1

    A chance desses 897 milhões de euros virarem pó são de praticamente 100%, portanto, fato que, quando se configurar, vai reduzir substancialmente o valor da Portugal Telecom que foi a base usada para definer a sua participação na CorpCo. A Portugal Telecom é, por sua vez, dona de 2,9% do capital do BES. A operação toda, portanto, é conflituosa pelas duas pontas e atingirá os dois participantes duas vezes cada um quando o bumerangue voltar.

    Por isso os sócios brasileiros da CorpCo afirmam que a Portugal Telecom, descontados os 897 milhões, vale muito menos, e por isso querem que sua participação seja reduzida de 38 para 20%. Estão sendo até camaradas a julgar pelo quanto já despencaram as ações da Portugal Telecom desde que esse caso veio à tona.

    A exceção nessa justa gritaria – estranhamente, dir-se-ia se não se conhecesse o que mais se conhece das relações pregressas do PT com a PT – são o representante do BNDES, Luciano Coutinho, que fala também pela fatia da Previ, e o agente Esteves, do BTG Pactual. Eles não admitem ter sido consultados previamente para esse “investimento cruzado” ultra conflituoso de seu “sócio” mas, mesmo assim, põem panos quentes na história: que estão acompanhando tudo de perto, que não ha motivo para tanto alarme, que pode-se até mudar a composição acionária da CorpCo mas não se deve desfazer o negócio com essa gente boa, que a situação do BES não é tão grave quanto diz o Fed, e por aí afora.

    Àparte o fato de que estes dois não lidam com dinheiro próprio, ha uma longa história de velhas amizades e mirabolantes interesses pautando esses discursos.

    O deadline, seja como for, é em 15 de julho próximo quando o BES terá de pagar à Portugal Telecom os 847 milhões de euros.

    a1

    As tramóias entre a Portugal Telecom e o BES, ao longo das quais aparece o tempo todo o rabo do PT, são velhas de muitos anos e estão descritas em minucia numa série de tres matérias publicadas aqui noVespeiro em 2010.

    Nelas relata-se como, aliado ao primeiro ministro socialista da época, José Sócrates, o BES subornou o advogado representante dos acionistas minoritários da Portugal Telecom que estavam dispostos a aceitar uma oferta hostil feita por outro grupo português pela empresa para traí-los na reunião de acionistas que ia decidir essa venda, plantar um testa-de-ferro dentro do Conselho da PT — Nuno Vasconcelos — e, por meio dele, servir-se do caixa da empresa em “aplicações” em “produtos financerios” do BES semelhantes a estes da operação acima discutida, por um lado, e para se tornar dono de mais ações da PT com dinheiro extraido dela própria, de outro (além de aumentar a fatia do BES, Nuno em pessoa ficou com mais de 7% da estatal).

    Tudo isso só se tornou possível, como sempre, gracas à conivência do governo de Portugal, à época encabeçado pelo socialista José Sócrates, cuja mirabolante obsessão era vingar-se de órgãos de imprensa e jornalistas que lhe tinham dado flagrantes de corrupção, comprando com dinheiro da Portugal Telecom vazado por subsidiárias e outros desvios indiretos, uma série de jornais e TVs de Portugal e África, demitir seus desafetos e montar uma rede internacional de “imprensa amiga” lusófona.

    Zeinal Bava, que esteve presente do primeiro ao último dos episódios mencionados aqui e era o encarregado da compra secreta da maior rede de televisão ibérica para o primeiro-ministro Sócrates, denunciada pela imprensa e barrada no último minuto pela Assembleia da Republica portuguesa, está hoje no Brasil e vem a ser o diretor da Oi, cargo que acumula com o de presidente da Portugal Telecom, de cujos “investimentos internacionais” ele é também o encarregado direto.

    a1

    Os golpistas ainda tentaram levar o plano adiante colocando à frente dele o testa-de-ferro plantado pelo BES na PT mas também esse estratagema foi detido pela CPI instalada na Assembleia da Republica. Nuno Vasconcelos acabou vindo, então, para o Brasil onde, violando as leis nacionais sobre propriedade de mídia por estrangeiros, montou o jornalBrasil Econônico, do qual ninguém menos que a mulher de José Dirceu, Evanise dos Santos, vem a ser a “diretora de marketing”.

    A imprensa brasileira, hoje em dia, tem memória curta e, com isso, seus leitores perdem o fio da fascinante meada das tramóias do PT, suas conexões nacionais e internacionais e onde se quer chegar com tudo isso, que é sempre mais emocionante que as conspirações comparativamente infantis das novelas da Globo.

    O Vespeiro está aqui para refrescar essa memoria.

    Entenda como começou e com que objetivo continua rolando a tramóia entre a tele de Lula e o banco que estabeleceu a única ligação direta até hoje comprovada entre ele e o Mensalão colcando-o na mesma sala com Marcos Valério em duas reuniões de propósitos indiscutivelmente escusos, saltando para estas tres materias:

    O jogo mundial do poder

    Um meteoro no céu da mídia

    Obsessão fatal

     

    1. Uma merda de item que eu li

      Uma merda de item que eu li pensando que ia chegar a algum lugar e chego ao ultimo paragrafo mencionando “o banco que estabeleceu a única ligação direta até hoje comprovada entre ele e o Mensalão colcando-o na mesma sala com Marcos Valério em duas reuniões de propósitos indiscutivelmente escusos”.

      Uau.  Merda bem escrita continua merda.

  59. Dizem que a desidratação

    Dizem que a desidratação provoca confusão mental, mas não existem estudos sobre as consequências do consumo de água do volume morto, creio que estamos lendo a primeira vitima do consumo da água benta do Alckmin, do jeito que a coisa caminha em sampa vem coisa pior por ai, espera ele começar  beber a água do volume morto do Tietê.

  60. Que editorial e jornal mais

    Que editorial e jornal mais grotesco.

    Acordem senhores, estamos no século 21.

    É por estas e outras que São Paulo perde, cada vez mais, a sua liderança e pujança.

  61. Ridículo e perigoso

    Perdeu o senso do ridículo e torna-se perigoso em suas proposições. Pra leitor ignorante, sem noção da história passada e recente é um prato cheio.

    Ái Ái Ái São Paulo até quando um estado de tanta gente boa e trabalhadora vai merecer este domínio da ignorância?

     

  62. Antes que eu me

    Antes que eu me esqueça:

    Pessoal, esta é a opinião de um zéruela da elite.

    Por favor não confunda com o povo paulista.

    Tá certo que tá cheio de gente mal informada e manipulada por aqui, talvez, fruto da má comunicação dos partidos mais populares e à esquerda, mas isso não significa que sejamos assim, exatamente como esse sujeito aí.

  63. O FHC admite que concorda com ele!!!

    De fato, lembram? O fhc disse, creio que ainda presidente, que sua missão era destruir o legado de Getúlio. Conseguiu em parte (Vale do Rio Doce, por exemplo), mas não no todo, pois pouca água não apaga fogo grande.

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