Jornal GGN – A Comissão de Anistia concedeu, nesta quinta-feira (6), os pedidos de anistia a 16 filhos e netos de perseguidos políticos.
Estão na lista de anistiados os familiares de Luiz Carlos Prestes, Luiz Cláudio Braga Duarte, Paulo Freire, Paulo Martinez Medeiros e Eva Martinez Medeiros, Francisco Julião, Firmo Chaves, Miguel Arraes, Afonso Junqueira de Alvarenga e Mara Curtiss Alvarenga.
Durante o combate ao regime militar, esses filhos e netos foram obrigados a se privar da convivência familiar ou morar em outro país. Ainda há os casos de quem nasceu no exílio.
Eles terão direito a uma reparação econômica, pelas violações de direitos com a militância de seus pais e avós. Além dos 16, duas outras pessoas também solicitaram a anistia, mas foram convertidos em diligências para o Conselho analisar com mais detalhes os relatos de perseguição.
No ano em que o golpe completa 50 anos, o presidente da Comissão, Paulo Abrão, lembrou que o momento é oportuno para reparar os erros. “Superar o medo foi nossa primeira conquista. Essa batalha, nós vencemos. Agora estamos reconhecendo que esse passado foi um erro, e que a reparação deve ser sincera e expressamente formalizada”, disse.
Anistiados
O filho do pedagogo e filósofo Paulo Freire, o cientista social Lutgardes Costa Freire, foi um dos anistiados reconhecidos. Ele passou por exílio no Chile e teve a juventude marcada pelo medo. “Achava que estava sedo perseguido a todo momento. Tinha muitas crises. Comecei a tomar remédios e eles provocaram efeitos colaterais. Hoje sofro com discinesia tardia devido ao uso prolongado de antipsicóticos”, disse.
Os netos de Francisco Julião Arruda de Paula e Alexina Lins Crespo de Paula, líderes das Ligas Camponesas no Brasil, nasceram em Cuba, viveram no Chile até o golpe militar de 73, que provocou a prisão de sua mãe, Anataílde de Paula Crespo. Quando solta, Anaximandro Orlenas e Alexina Lúcia exilaram-se na Suécia retornando ao Brasil só em 1979, após a promulgação da Anistia.
Mariana Ribeiro Prestes e Ermelinda Ribeiro Prestes trazem o sobrenome de Luiz Carlos Prestes. Sofreram efeitos decorrentes da perseguição, como o visto para permanência no Brasil negado. “É muito importante no caso da família Prestes, que viveu três regimes de exceção durante sua história. Hoje, na terceira geração, ver esse reconhecimento é sinal de que estamos avançando no Estado de Direito e no direito de se expressar”, falou a neta Ana Maria Prestes que recebeu o reconhecimento pela mãe e pela tia.
Os filhos Luiz Cláudio, Marcos e José Almino, de Miguel Arraes, ex-governador do estado de Pernambuco, cassado em 1964, preso por 11 meses e, posteriormente, exilado na Argélia, viveram fora do Brasil até meados da década de 1980 com as perseguições.
A família Alvarenga teve a vida mudada quando a mãe sofreu Inquérito Policial Militar, com prisão decretada em 1970. Depois de 4 anos, foi banida em território nacional, levando consigo seus quatro filhos para o exterior.
Luciana e Paulo Antônio são filhos dos militantes políticos Paulo Martinez Medeiros e Eva Martinez Medeiros que, em exílio, tiveram que viver na Holanda, Chile e Uruguai.
Filhos de Firmo Chaves, militar preso e expulso por acusação de participação em atividades subversivas no Rio Grande do Sul, exilou-se no Uruguai com a família. Tiveram ajuda de colegas e amigos em Porto Alegre, Canoas e de exilados no Uruguai.
Não diferente, os filhos de Luiz Cláudio Braga Duarte, dirigente sindical da Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima, foram obrigados a se mudar para o México.
Com informações do Ministério da Justiça.
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Alguém saberia dizer se seria
Alguém saberia dizer se seria possível que as reparações financeiras fossem também retiradas dos bolsos dos milicos e seus pensionistas?
Previdência dos militares gasta mais do que Bolsa Família
Veja essa: R$ 24 milhões para 13,7 milhões de pessoas do BF e R$ 24,5 bilhões para 300 mil militares e dependentes:
Intocada, previdência dos militares gasta mais do que o Bolsa Família
POR DINHEIRO PÚBLICO & CIA, na Folha
Preservada das reformas que atingiram os setores público e privado, a previdência dos militares mantém gastos em alta e superiores a, por exemplo, os do Bolsa Família.
Segundo o boletim de pessoal do Ministério do Planejamento, as despesas com aposentadorias e pensões militares somaram R$ 24,5 bilhões no período de 12 meses encerrado em agosto.
Principal programa de combate à miséria da administração petista, o Bolsa Família tem um orçamento de R$ 24 bilhões neste ano, destinado a 13,7 milhões de beneficiários.
Os aposentados e pensionistas da previdência militar não chegam a 300 mil.
Como os servidores públicos civis, os militares ativos e inativos contribuem com valores muito abaixo do necessário para custear as despesas previdenciárias: a receita fica em torno dos R$ 2 bilhões ao ano.
A diferença é que, desde fevereiro, os novos servidores civis foram submetidos a um novo regime de previdência, com um teto de aposentadoria equivalente ao do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), de R$ 4.159 mensais.
Para receber acima desse valor, é preciso contribuir para um fundo de pensão, que, apesar das vantagens oferecidas, tem despertado resistências nas corporações, como a Folha noticiou hoje.
A permanência de privilégios para os militares tem sido justificada pelas condições especiais da carreira, que incluem possíveis riscos de vida, disponibilidade permanente e a sujeição constante a mudanças de residência.
Mas, no próprio Ministério da Defesa há queixas contra o volume de despesas com aposentadorias e pensões, que restringe as verbas disponíveis para investimentos.
A previdência militar consome cerca de 35% dos recursos da pasta e supera os gastos com os militares da ativa.
Assim fica difícil
Agradeço pelas informações!
Quer dizer, os maiores assassinos da história brasileira, suas viúvas e atuais herdeiros agradecem!!!! Esse Brasil…