Fora de Pauta

O espaço para os temas livres e variados.

Luis Nassif

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  1. No país que só gosta de quem

    No país que só gosta de quem vence, a Fórmula 1 não serve mais para a TV aberta
     

    Em março de 2009, questionei aqui no Esporte Fino se brasileiro gosta mesmo de esporte ou se gosta de quem vence. A resposta não é difícil. Porque funciona assim: aos vencedores, a idolatria. Aos que não vencem, as piadas, a ironia e o desprezo. O brasileiro médio só gosta de quem vence e por este motivo a Fórmula 1 está morrendo aos poucos na TV aberta.

    No sábado, a Globo exibiu apenas os dez minutos finais do treino de classificação para o GP da Alemanha. Um pedaço de F-1 entre sessões de desenhos animados. O SporTV, canal a cabo de esportes que pertence à Globosat, mostrou o treino todo ao vivo.

    Apontar o dedo para a Globo, neste caso, é um erro. Se desiste de exibir o treino é porque não há retorno. E, existem culpados disso, é provável que o maior de todos seja a falta de cultura esportiva de boa parte do país. Estivesse um brasileiro disputando o título, a audiência certamente não estaria em baixa, e o treino seria exibido na íntegra (curiosamente, duas corridas atrás Massa fez a primeira pole de um piloto do país em cinco anos).

    Felipe Massa fora do carro

    Massa abandonou na Alemanha após acidente na primeira curva (Foto: Patrik Stollarz/AFP)

    Como lembrou Flavio Gomes em seu blog, em vários países a Fórmula 1 é mostrada em emissoras de TV a cabo. Talvez seja, hoje, um produto de nicho. Um esporte específico demais e longo demais (mais de uma hora sem intervalos) para aparecer na TV aberta. Mas, no Brasil, é certo que a decadência é motivada pelo interesse em vencedores, não no esporte.

    Este já foi o país do tênis, cheio de especialistas no assunto, enquanto Guga esteve no auge, com seus três títulos de Roland Garros e quase um ano como número 1 do ranking. Virou o país da ginástica subitamente, quando Daiane dos Santos virou campeã mundial. O boxe voltou a fazer sucesso quando Popó conquistou seus dois cinturões. A F-1 seguiria em destaque e com audiência em alta se Sebastian Vettel fosse brasileiro, não alemão. Mas o brasileiro é Massa, o quase-campeão de 2008. Um bom piloto, mas não um gênio.

    TV vive de quem está em frente à tela, é óbvio. Se você já se perguntou por que o Zorra Total está no ar há 15 anos, a resposta é que o programa é líder no horário, sem grandes ameaças, desde que estreou. Em dez anos, a F-1 no Brasil perdeu quase 60% da audiência de TV, como mostrou Ricardo Feltrin, colunista do F5. Há uma queda global de audiência na categoria, mas no Brasil o ritmo é vertiginoso.

    Por aqui, a audiência da F-1 só se salvaria com um novo Fittipaldi, Senna ou Piquet. Ou um piloto que pelo menos vencesse corridas regularmente. Como o automobilismo no Brasil está morrendo, é bem possível que isso nunca mais aconteça.

    A F-1 talvez não demore a estar na televisão apenas pra quem realmente gosta de corridas. E como estas pessoas formam uma minoria, a TV a cabo é o caminho óbvio.

    http://esportefino.cartacapital.com.br/formula-1-brasil-tv-aberta-cabo/

    1. Mas pode ser também porque

      Mas pode ser também porque corrida de fórmula é uma coisa muita chata, como jogo de tênis e golfe. Esportes de ricos entediados com a vida.

  2.  
     Parece piada mas é

     

     Parece piada mas é sério.

    Painel da Folha de São Paulo:

    Sonho meu Azarão na disputa entre Romário e Cesar Maia, o pedetista Carlos Lupi espera ter apoio de Dilma, que o demitiu do Ministério do Trabalho na “faxina” de 2011. “Não que eu seja grande coisa, mas meus adversários são piores…”, diz.

    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    1. Adesivo do Aero Neves com

      Adesivo do Aero Neves com Pimenta da Veiga e um PSDB envergonhado escrito pequenininho em baixo. Tem carro com isso aqui em BH. Mas poderia ser pior:

        1. KKKK. Espero que esses

          KKKK. Espero que esses assessores não sejam responsáveis pelos planos de vôo do jatinho do candidato, senão em vez de pousar em Cláudio, ele vai acabar na Ucrânia.

  3. Meritocracia no rabo dos

    Meritocracia no rabo dos outros é refresco:

    O Conversa Afiada reproduz do Viomundo:

     

    AÉCIO E SUA “BOLSA FAMÍLIA”: PARASITISMO ESTATAL PARA SI, LIBERALISMO PARA OS OUTROS

    por Luis Carlos da Silva, especial para o Viomundo

    Em várias declarações já ouvimos Aécio dizer que os petistas não podem perder a presidência da República, dentre outros motivos, para não ver cair seu padrão de vida. Provocação barata que ocupa o espaço dos debates estruturais que deveriam presidir uma disputa eleitoral da magnitude desta que temos à frente.

    Mas, entremos no clima por ele proposto.

    Aécio, de fato, não precisa se preocupar com seu padrão de vida. Ganhando ou perdendo eleições. Aliás, nunca se preocupou. Descendente das oligarquias conservadoras mineiras, que foram geradas nas entranhas do Estado, desde o império, ele não tem a menor ideia do que seja empreender na iniciativa privada. Do que seja arriscar em negócios e disputas de mercado. Do que seja encarar uma falência, uma cobrança bancária, uma perda de patrimônio.

    Pasmem: é esse o candidato que faz apologia do livre mercado, da iniciativa individual como base para a ascensão social e da ideia do “cada um por si” como critério de sobrevivência na selva do capitalismo contemporâneo.

    Até sua carreira eleitoral tem como fato gerador a agonia terminal do avô, cuja morte “coincidiu” com o dia de Tiradentes . Seu primeiro cargo eletivo é tributário disso: em 1986 ele obteve mais de 200 mil votos para deputado federal sem lastro político próprio. Quatro anos mais tarde, distante do “fato gerador”, ele se reelegeu com magros 42.412 votos.

    No quadro a seguir temos um diminuto resumo da versão de sua “bolsa família”.

    Reitera-se: trata-se de um “diminuto resumo”. A história de seus avós paternos e maternos é a reprodução integral de como foram formadas as elites mineiras: indispensável vínculo estatal (cargos de confiança no Executivo, cartório e muita influência no Judiciário), formação de patrimônio fundiário à base da incorporação de terras devolutas e estreitas ligações com carreiras parlamentares.

    O pai, Aécio Cunha, por exemplo, morava no Rio de Janeiro quando,  em 1952 retorna a Belo Horizonte e, com 27 anos de idade, em 1954,  “elegeu-se deputado estadual, pela região do Mucuri e do Médio Jequitinhonha, ainda que pouco conhecesse a região (…)” conforme descrição no Wikipédia. Seus oito mandatos parlamentares nasceram de sua ascendência oligarca. Do avô materno, Tancredo, dispensa-se maiores apresentações. Atípico sobrevivente de várias crises institucionais que levaram presidentes à morte, à deposição e ao exílio, Tancredo Neves sempre esteve na “crista da onda”. Nunca como empresário. Quase sempre como interlocutor confiável dos que quebravam a normalidade democrática.

    Aécio Neves, por sua vez, era um bon vivant quando passa a secretariar o avô, governador de Minas Gerais, a partir de 1983. Nunca foi empresário, nunca prestou concurso público, nunca chefiou nenhum empreendimento privado. Sua famosa rádio “Arco Íris” foi um presente de José Sarney e Antônio Carlos Magalhães. Boa parte de seu patrimônio é herança familiar construída pelo que se relatou anteriormente. O caso do aeroporto do município mineiro de Cláudio é apenas mais uma ponta do iceberg.

    Enfim, ele é isso: um produto estatal que prega liberalismo, competição, livre mercado… para os outros. Uma contradição em movimento. Herdeiro, portanto, de uma típica “bolsa família”; só que orientada para poucos.

    Aliás, esse parasitismo estatal é característico da maior parte das elites brasileiras. Paradoxal é defenderem os valores neoliberais.

    Luis Carlos da Silva é sociólogo e assessor do bloco Minas Sem Censura

     

  4.  
    Bolívia: Tentativa de chapa

     

    Bolívia: Tentativa de chapa única opositora fracassa e Evo é favorito

     

    A campanha presidencial boliviana começou nesta semana com cinco candidatos ao principal cargo político do país. Quatro chapas de oposição tentarão evitar a reeleição do atual presidente Evo Morales do MAS (Movimento ao Socialismo), que buscará o terceiro mandato consecutivo. O primeiro turno das eleições acontecerá no próximo dia 12 de outubro.

    Por Victor Farinelli, de Santiago para a Opera Mundi

     

     

    Agência Efe

    Evo Morales concorre à reeleição na Bolívia no próximo dia 12 de outubro.

     

    Evo Morales concorre à reeleição na Bolívia no próximo dia 12 de outubro.

     

    Durante o mês, passado, três dos pré-candidatos presidenciais de oposição negociaram para formar uma chapa única, que seria liderada pelo empresário Samuel Doria– que aparece com 14% das intenções de voto, segundo a última pesquisa, do instituto Tal Cual, em abril.

    Porém, divergências programáticas com os movimentos de centro-esquerda que iriam apoiar a candidatura terminaram não possibilitando a união entre todos os movimentos. O prazo de inscrição para as candidaturas se encerrou na última sexta-feira (18).

    As pesquisas apontam Evo Morales com possibilidades de vencer já no primeiro turno, pois tem 36% das intenções de voto. Segundo a lei eleitoral boliviana, existem dois cenários que podem determinar a vitória de um candidato já no primeiro turno: com mais de 50% dos votos válidos, como no Brasil, e recebendo mais de 40%, desde que exista uma vantagem de mais de 10 pontos percentuais sobre o segundo colocado. Caso Morales não consiga alcançar nenhum desses dois cenários no dia 12 de outubro, haverá segundo turno, no dia 7 de dezembro.

    Dos quatro concorrentes que conversaram com o partido de Doria (UN, Unidade Nacional), apenas um aderiu à sua campanha. Rubén Costas, atual governador do estado de Santa Cruz (tradicional reduto eleitoral da oposição), entregou o apoio do MDS (Movimento Democrático Social), à candidatura do empresário e lamentou a falta de um acordo maior entre as oposições.

    “O exemplo da Venezuela mostra que a melhor forma de vencer esses caudilhismos modernos é com a união de diferentes visões de país em prol da mudança, o que infelizmente não foi possível aqui, por causa da intransigência da centro-esquerda”, reclamou Costas, que passou a ser chefe de campanha de Samuel Doria.

    Além de Evo Morales e Samuel Doria – que também disputa o cargo pela terceira vez, já que ficou em terceiro lugar tanto em 2005 quanto em 2009, com 7,8% e 5,6% dos votos, respectivamente –, os outros concorrentes serão dois ex-aliados e um tradicional oponente do atual mandatário.

    O outro candidato da direita será o economista Jorge Quiroga, adversário de Morales em 2005 – quando ficou em segundo, com 28,6%. Porém, se naquela ocasião Quiroga representava uma aliança mais ampla de partidos liberais de direita, desta vez ele se apresenta unicamente como candidato do PDC (Partido Democrata Cristão).

    Entre os candidatos de centro-esquerda, dois nomes que outrora apoiaram o MAS (Movimento ao Socialismo, representado por Evo Morales) e que se envolveram em polêmicas recentes com o atual governo. O ex-prefeito de La Paz Juan del Granado encabeçará a chapa do MSM (Movimento Sem Medo), uma dissidência do MAS surgida em 2009, após uma controvérsia ocorrida durante as eleições municipais daquele ano. Desde então, o partido se coloca como alternativa eleitoral socialista e venceu os governistas em duas prefeituras emblemáticas: La Paz e Oruro. Na pesquisa de abril, Juan del Granado aparecia em terceiro lugar, com 7% das intenções.

    A quinta candidatura cria um cenário especial, já que pela primeira vez Evo Morales enfrentará um adversário de origem indígena, como ele. Trata-se de Fernando Vargas, do PVB (Partido Verde Boliviano), líder de manifestações contra o governo entre 2011 e 2012. Liderados por Vargas, representantes indígenas do norte do país conseguiram desviar a construção de uma rodovia entre as localidades de Villa Tunari e San Ignacio de Moxos, cujo projeto original deveria cruzar a área do TIPNIS, principal reserva de proteção ecológica da Amazônia boliviana, onde habitam numerosas comunidades de povos originários. Assim como Jorge Quiroga, Vargas não aparece nas últimas pesquisas.

    Maioria feminina nas parlamentárias

    Outro dado confirmado nesta segunda pelas autoridades eleitorais na Bolívia foi o cumprimento, por parte dos partidos, da Lei de Paridade de Gênero, o que significa que as coligações levarão quantidades equivalentes de candidatas e candidatos para disputar cargos na Câmara e no Senado. Na verdade, elas serão uma pequena maioria: 753 mulheres concorrerão nas eleições parlamentárias, em comparação com 723 homens.

    Nas presidenciais, o mesmo fenômeno não aconteceu, e as mulheres terão papel coadjuvante. Os cinco concorrentes ao cargo máximo do executivo boliviano serão homens, mas três dessas fórmulas presidenciais levam mulheres como candidatas à vice-presidência – as exceções são, curiosamente, as duas candidaturas com maior apoio segundo as pesquisas.

    O MSM, de Juan del Granado, levará como vice a deputada Adriana Gil. Jorge Quiroga será acompanhado por Tomasa Yarhui, advogada de origem indígena. Já o Partido Verde escalou a socióloga Margot Soria na chapa junto com Fernando Vargas.

     

    http://www.vermelho.org.br/noticia/246302-7

  5. ONU condena Israel e cria

    ONU condena Israel e cria comissão para investigar ofensiva contra Gaza

     

    Redação | São Paulo – 23/07/2014 – 13p9

     

    O 16º dia da ofensiva militar israelense também teve encontro entre Kerry e Netanyahu, além de uma tentativa do Irã em fornecer ajuda médica a Gaza

     

    * Atualizada às 15h05

    O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas aprovou nesta quarta-feira (23/07) uma resolução que condena Israel por sua ofensiva militar contra Gaza e também cria uma comissão própria para investigar crimes e violações do direito internacional na empreitada.

    Entre os 47 países-membros do conselho, a resolução foi aprovada por 29 votos favoráveis — todos os países latino-americanos, incluindo o Brasil, apoiaram a proposta — e 17 abstenções (Alemanha, Itália, França e Reino Unido permaneceram neutros). Os Estados Unidos foram os únicos a se opor à proposta, assinalando que o conteúdo do documento é “destrutivo” e que em nada contribui para o fim das hostilidades.

     

    Agência Efe


    Sessão especial do Conselho de Direitos Humanos da ONU na Suiça.

    Em termos gerais, o documento pede que Israel detenha imediatamente sua operação na Faixa de Gaza, especialmente os ataques contra os civis. Além disso, reivindica a suspensão do bloqueio contra Gaza, para que seja possível a entrada segura de ajuda humanitária e comércio de bens no território.

     

    Sobre a comissão investigadora, o documento destaca que terá personalidade independente e internacional, e que deve viajar de forma urgente aos territórios palestinos para realizar sua investigação. Suas indagações deverão cobrir o período desde o dia 13 de junho, além de incluir a identificação dos responsáveis dos crimes e recomendar medidas para que sejam julgados por seus atos. “Tudo isto com o propósito de evitar e pôr fim à impunidade, e garantir que os responsáveis prestem contas”, indica a resolução.

    Crimes de guerra

    Mais cedo, na manhã de hoje, a alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, já havia denunciado que os ataques do Exército israelense contra Gaza poderiam constituir crimes de guerra.

    “Os exemplos que acabo de mencionar [ataques israelenses contra civis indefesos] mostram que a lei humanitária internacional foi violada até um alcance que poderiam constituir crimes de guerra”, assinalou Navi perante o Conselho de Direitos Humanos da ONU, que hoje realiza uma sessão especial sobre a incursão israelense.

    Ela começou sua declaração lembrando que os ataques israelenses causaram a morte de 600 palestinos — entre eles 147 crianças e 74 mulheres —, 74% dos quais eram civis. Navi informou ainda que 27 soldados e dois civis israelenses morreram durante estes ataques e destacou que civis e suas casas não devem ser alvos militares, argumento que já havia sido usado pela ONG humanitária Human Rights Watch.

    “As casas de civis não são alvos legítimos, a menos que sejam usados ou contribuam para propósitos militares. Em caso de dúvida, as casas de civis não são alvos legítimos”, criticou.

     

    Agência Efe


     

    Operação Margem Protetora, lançada por Israel há 16 dias, já deixou mais de 600 mortos na Faixa de Gaza

     

    Navy qualificou como “inaceitável” o lançamento de foguetes de áreas densamente povoadas, como presumivelmente faz o grupo islamita Hamas, “no entanto, a lei internacional é clara: as ações de uma parte não absolvem à outra de sua responsabilidade de respeitar suas obrigações sob a lei internacional”.

    Ela concordou com o argumento israelense de alertar antes de atacar, mas disse que estes avisos devem ser claros, críveis e dar tempo para que as pessoas se protejam. No entanto, a população “não tem prazo suficiente para deixar suas casas e, embora o façam, não têm onde se esconder nem sabem quando nem onde será o próximo bombardeio”. Ela lembrou que um destes projéteis lançados supostamente para alertar destruiu uma casa e matou três crianças.

    A alta comissária fez um especial alerta ao alto preço que as crianças pagam, e lembrou o caso de quatro menores que morreram e sete que ficaram gravemente feridos quando brincavam na praia. “A indiferença pela lei humanitária internacional é evidente quando bombardeios aéreos e navais atacam diretamente crianças que brincavam e que, obviamente, não estavam participando das hostilidades”, afirmou.

    Navy reiterou a todas as partes do conflito “Israel, Hamas e outros grupos armados palestinos” que apliquem a lei internacional e deixem de ter como alvo os civis. Ela lembrou que desde 12 de junho Israel deteve mais de 1.200 palestinos na Cisjordânia e Jerusalém Oriental, e que muitos deles foram postos em detenção administrativa. Ou seja, estão presos sem qualquer acusação.

     

    “Na Cisjordânia, Israel continua expandindo assentamentos, demolindo casas palestinas, usando excessivamente a força, abusando de forma contínua e violando constantemente os direitos humanos da população”, informou a alta representante.

    Assistência médica iraniana

    O presidente do Irã, Hassan Rohani, declarou na terça-feira que a missão médica que o país enviou à Faixa de Gaza não teve permissão para entrar em território palestino. “Infelizmente, não se permitiu à assistência médica iraniana chegar a Gaza”, disse Rohani em um encontro ontem à noite em Teerã. O líder iraniano não precisou se são as autoridades israelenses ou as egípcias que atrapalham o fornecimento. Rohani reiterou a oferta do Irã de atender nos hospitais do país aos feridos na ofensiva israelense.

    O porta-voz da Comissão de Segurança Nacional e Política Externa do parlamento iraniano, Hossein Naqavi Hosseini, anunciou ontem que seis deputados iranianos viajarão em breve a Gaza para manifestar o apoio de Teerã ao povo palestino e levar ajuda humanitária.

     

    Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohamad Yavad Zarif, lembrou à comunidade e organismos internacionais que a responsabilidade está sobre seus ombros, especialmente sobre o Conselho de Segurança da ONU e o Alto Comissariado para os Direitos Humanos. Zarif ainda manteve conversações telefônicas com líderes do Hamas na noite de terça-feira.

    O Irã é um dos principais apoiadores da organização islamita Hamas, que governa Gaza. No entanto, ambos sofreram um sério afastamento nos últimos anos por sua diferença de posições em relação ao conflito sírio, no qual o Hamas decidiu não apoiar o presidente Bashar al Assad e fechou sua sede política em Damasco.

    Cessar-fogo

    O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, desembarcou nesta quarta-feira em Israel para negociar com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, o presidente palestino, Mahmoud Abbas, e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, um cessar-fogo imediato. Segundo o jornal norte-americano Washington Post, Kerry afirmou ter feito avanços nas negociações, mas que ainda tinha “muito trabalho a se feito”.

    Agência Efe


     

    O secretário-geral da ONU (direita) e o secretário de Estado dos Estados Unidos discutem durante reunião em Tel Aviv.

     

    Ele esteve no Cairo na terça-feira, onde conversou com o presidente egípcio e representantes da Liga Árabe. O Egito foi o propulsor tem uma tentativa de cessar-fogo que acabou não funcionando e segue dialogando com autoridades israelenses e palestinas para que as hostilidades terminem. Em um discurso durante a comemoração que celebrou a deposição da monarquia egípcia, o presidente Abdel-Fattah Al-sisi afirmou que o país abriria a fronteira com a Palestina caso os dois lados aceitassem o cessar-fogo.

    Voos cancelados

    O secretário norte-americano chegou a Israel pelo aeroporto Ben Gurion, na cidade de Tel Aviv, principal porta de entrada internacional de Israel. Na terça-feira, um foguete do tipo M75, supostamente disparado por militantes do Hamas, conseguiu atravessar o escudo do sistema antimísseis Cúpula de Ferro e causou danos consideráveis em um chalé particular da pequena cidade de Yehud, situada a menos de um quilômetro do aeroporto.

    Por esse motivo, diversas empresas aéreas dos Estados Unidos e da Europa decidiram suspender seus voos a Israel com medo que alguma aeronave seja atingida. Netanyahu pediu a Kerry que interceda na decisão de cancelamento dos voos. A administração de Aviação Civil de Israel considerou ontem que a suspensão de voos a Tel Aviv pelas principais companhias aéreas ocidentais era um “prêmio ao terrorismo”.

    Cronologia das tensões

    A escalada de violência israelense ocorreu após a morte de três adolescentes israelenses na Cisjordânia no final de junho. Como “vingança”, um jovem palestino foi queimado vivo e assassinado em Jerusalém.

    Logo após a descoberta dos corpos dos três jovens, Israel iniciou uma ofensiva contra o Hamas. Aviões de guerra passaram a bombardear Gaza destruindo casas e instituições e foram realizadas execuções extrajudiciais. Até agora, quase 600 palestinos foram sequestrados e presos.

    A tensão aumentou na região após anúncio, no começo de junho, do fim da cisão entre o Fatah e o Hamas, que controlam a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, respectivamente. Israel considera o Hamas um grupo terrorista e por isso suspendeu as conversas de paz que vinham sendo desenvolvidas com os palestinos com a mediação do secretário de Estado norte-americano, John Kerry.

     

    http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/37138/onu+condena+israel+e+cria+comissao+para+investigar+ofensiva+contra+gaza.shtml

  6. Eletricitários lançam campanha contra privatização das estatais
    01/07/2014
    Eletricitários lançam campanha contra privatização das estatais mineiras

     
     
     
    por Thaís Mota – Minas Livre

    Coordenador geral do Sindieletro, Jairo Nogueira Filho, durante entrevista coletiva na Assembleia Legislativa (Foto: Rosana Zica/SindieletroMG)

    Sindieletro quer a retirada imediata da PEC 68 da Assembleia Legislativa de Minas Gerais e reivindicam um debate com a sociedade sobre a proposta que abre a possibilidade de privatização no Estado
     
     
    Em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (1º), representantes do Sindicato dos Eletricitários de Minas Gerais (Sindieletro/MG) lançaram uma campanha contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 68 e pedem a retirada do projeto de tramitação na Assembleia Legislativa. O projeto foi apresentado pela bancada aliada e abre a possibilidade de privatização de empresas subsidiárias do Governo de Minas.
     
    Inicialmente, a mudança na Constituição atenderia a negociação de venda da Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig), subsidiária da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e responsável pela exploração e distribuição do ativo em todo o Estado. Além disso, um comunicado divulgado recentemente pela Cemig informa que a empresa já teria firmado um acordo com a Gás Natural Fenosa (“GNF”) para a “criação da empresa Gás Natural do Brasil S.A. (“GNB”). 
     
    No entanto, como a Gasmig é uma empresa pública administrada indiretamente pelo Estado não pode ser vendida antes que a negociação seja aprovada por 3/5 dos deputados mineiros e referendada pela população por meio de uma consulta popular. Mas, a proposta de emenda em tramitação na ALMG retira essa última condição e permite a desestatização de subsidiárias do Governo de Minas sem qualquer participação popular. 
     
    Segundo o coordenador geral do Sindieletro, Jairo Nogueira Filho, esse é o maior problema na PEC 68. “Essa PEC retira a opção da população mineira de votar em um referendo popular se concorda ou não com a possível privatização de empresas estatais aqui de Minas Gerais, direitos conquistados por meio de duas outras PECs aprovadas ainda no governo Itamar Franco”. 
     
    Atualmente, a Gasmig é controlada pela Cemig e Petrobras e uma negociação em curso prevê que a parte da estatal do petróleo seja adquirida de forma a viabilizar o acordo com a GNF. O principal motivo para a privatização seria a necessidade de recursos para construção de um gasoduto terá 457 quilômetros, entre Betim, na Grande BH, e Uberaba, no Triângulo Mineiro, para atender a uma fábrica de amônia que está sendo construída pela Petrobras na região. 
     
    Entretanto, segundo o deputado estadual Rogério Correia (PT), esse gasoduto, orçado em R$ 2 bilhões, poderia ser financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) ou pela Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig). “As opções são várias e uma delas é o próprio BNDES fazer um financiamento disso pra Cemig ou ainda a Codemig, que ganha 750 milhões por ano e, em dois anos, poderia fazer esse gasoduto”.
     
    Ainda segundo Jairo Nogueira Filho, especialistas e técnicos na área de produção e distribuição gás natural consultados pelo Sindieletro afirmaram que o projeto de construção do gasoduto é inviável em função do custo apresentado pelo Governo do Estado. “Talvez por isso a Petrobras não queria participar do projeto. Segundo técnicos do setor, há projetos mais baratos e formas de se fazer um projeto mais viavel para que esse gás chegue até Uberaba pela metade do preço que está sendo proposto nesse projeto do Governo do Estado.
     
    Ele alertou também para os riscos da privatização. “A empresa espanhola vai explorar o gás aqui em Minas Gerais e é lógico que vai querer ter o maior lucro possível, não deixando nenhum dinheiro dessa produção aqui no Estado. A precupação e a dúvida que nós temos é que todo mundo sabe que o gás, na questão energética, é a grande saída do futuro. E essa negociação, além de não ser boa para os trabalhadores que temem a precarização dos serviços como já acontece pela terceirização, também não será positiva para a sociedade que terá um produto ainda mais caro em casa”. 
     
    Além da campanha pela retirada da PEC 68, o Sindieletro está preparando um amplo debate junto à sociedade e aos candidatos ao governo de Minas Gerais sobre os prejuízos e riscos da privatização de empresas públicas que atuam com a prestação de serviços essenciais à população. Nesta terça-feira, representantes da entidade já se reuniram com o candidato ao governo estadual Fernando Pimentel (PT) e já apresentaram a posição dos trabalhadores sobre o projeto, além de levarem ex-ministro uma plataforma para o setor de energia. 
     
    Risco também para a Cemig
     
    Além da possibilidade de privatização da Gasmig, a PEC 68 abre ainda uma brecha para a entrega da Cemig Distribuição, Cemig Geração e Transmissão, Cemig Telecomunicações e outras dezenas de empresas pertencentes ao grupo à iniciativa privada. Isso porque todas essas empresas são subsidiárias da Cemig Holding e, de acordo com o texto da proposta em tramitação, poderiam ser desestatizadas. Já no caso da Copasa, a proposta deixa dúvidas porque o texto traz uma ressalva para empresas de saneamento básico no Estado. 
     
    População é contrária
     
    Por meio de uma ferramenta disponível no site da ALMG, os internautas conseguem opinar sobre propostas em discussão na Casa e a PEC 68 tem sido amplamente criticada. Até às 17p0 desta terça-feira, o projeto foi avaliado por 577 cidadãos e 573 se manifestaram contra a privatização. 

     

  7. Explosão do seguro desemprego, só que não!

    Reportagem de hoje do Bom Dia Brasil fala sobre a “explosão” do seguro desemprego no Basil, informando que em 2003 o valor gasto com o seguro era de aproximadamente 6 bilhões de reais e atualmente gira em torno de 24 bilhões, enquanto a inflação foi de aproximadamente 135%.

    Bem, não sei se foi um deslize, ou de fato quiseram criar uma confusão com quem assiste à matéria, o salário mínimo saiu de 200 reais  para 724 reais, só aí temos mais de 250%, além disso, a população economicamente ativa no período de 11 anos aumentou em mais de 10 milhões de pessoas, ou seja, sozinho esse número já justifica os questionamentos da reportagem. Já postei antes aqui como parece que jornalistas, especialmente da Globo, não têm familiaridade com os números.

     

  8. Manta Vuitton da Cadelinha China, de Sig Bergamin

    Folha de São Paulo, 24 de julho de 2014. 

    MÔNICA BERGAMO

    [email protected]

    SIG BERGAMIN

    MANTA VUITTON DA CADELINHA CHINA VIRA CAPACHO NA MÁQUINA DE LAVAR

    Ao voltar de uma viagem de trabalho a Nova York e Miami, anteontem, o arquiteto Sig Bergamin teve uma desagradável surpresa. “Aconteceu um desastre. A empregada colocou a manta Louis Vuitton de China [sua cachorrinha] na máquina de lavar. Virou capacho.”

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    A buldogue é tratada como “filha” de Bergamin e do marido dele, Murilo Lomas. É tão popular que tem até perfil no Instagram, com 135 imagens e 1.026 seguidores: China Lomas Bergamin, “legítima French bulldog, jovem dama da sociedade canina paulista”. Sig já postou fotos dele próprio com legendas como se elas tivessem sido escritas pela cadelinha: “Papai lendo e trabalhando!!! Gosto de ficar assim!! Lá fora está chovendo!!”.

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    Na ausência do casal, a “vovó” Regina Lomas foi encarregada de cuidar de China e de outras três cachorrinhas –Ásia, África e América. A sogra de Sig Bergamin publicou no Instagram foto da turma envolta na manta de grife: “Soneca da tarde”. “China adora a mantinha. Vou ter que comprar outra”, diz Sig. “Mandei embora a funcionária que colocou uma manta de cashmere na máquina.”

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    China e as irmãs dormem de pijama e com um ursinho de pelúcia. A foto foi publicada no perfil de Sig. Ele deixou temporariamente de postar no Instagram da “filha” porque perdeu a senha.

     

    http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada/177037-monica-bergamo.shtml

  9. Tudo em família, com aval dos ex-STF

    Tancredoporto de Cláudio também foi irregular. Mas 160 vezes mais barato que o Aecioporto

     

    24 de julho de 2014 | 03:15 Autor: Fernando Brito  

    tancredoporto1

    Quem sai aos seus não degenera, diz o ditado.

    Ficamos sabendo, pelo Estadão, que a pista de terra que antecedeu o aeroporto asfaltado feito com dinheiro público para levar Aécio Neves à sua fazenda, no Município de Cláudio também foi feita com dinheiro público.

    Mais precisamente com dinheiro que Tancredo Neves transferiu do governo de Minas para seu cunhado (e prefeito) Múcio Tolentino abrir a pista de terra que havia antes ali.

    E que o Ministério Público Estadual em 2001, pedindo o bloqueio de bens  do titio Múcio – inclusive da fazenda do aeroporto desapropriada–, entre outras acusações, por dano ao erário, o que não estaria prescrito.

    Será que o netinho –  em 2001 já com 40 anos e novo chefe do clã – não sabia disso, quando mandou desapropriar aquele terreno?

    Aécio pode encomendar pareceres jurídicos até de Rui Barbosa, se quiser.

    Não há o que esconda que cometeu um ato imoral, como governador.

    Mas é pior ainda que o ato de Tancredo, praticado numa época em que se era muito mais leniente com os benefícios pessoais dos atos dos governantes.

    É que Tancredo foi muito mais econômico.

    Gastou perto de 50 mil dólares para fazer seu aeroporto particular, que é a quanto correspondiam, em 1983, os Cr$ 30 milhões repassados ao tio-avô de Aécio.

    Aécio gastou 8 milhões de dólares no seu aeroporto.

    O Fiat Elba virou Ferrari.

    Leia a matéria do Estadão:

    Pista de terra de aeroporto também teve verba pública

    Marcelo Portela

    Belo Horizonte – O aeroporto da fazenda que pertenceu ao ex-prefeito Múcio Guimarães Tolentino, tio-avô do senador e presidenciável Aécio Neves, já era alvo do Ministério Público muito antes de o tucano destinar R$ 13,9 milhões do governo mineiro para construir ali uma pista de asfalto. Múcio é réu em ação de reparação de danos ao erário por ter usado verba pública, também do governo mineiro, para abrir uma pista de terra batida no local em 1983.

    A partir daquele ano o então governador, Tancredo Neves, avô de Aécio, fez repasses para a prefeitura de Cláudio, então dirigida por Múcio, seu cunhado. O dinheiro, cerca de Cr$ 30 milhões, foi usado na fazenda do próprio Múcio para a construção do aeroporto com pista de terra batida.

    Em 2009, quando Aécio era o governador, o Estado de Minas voltou a investir na fazenda. Desapropriou o terreno do aeroporto e injetou R$ 13,9 milhões na construção de uma pista de asfalto no local. O aeroporto ainda não tem autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para funcionar, mas, segundo relato de um parente de Aécio, o candidato à Presidência pelo PSDB já pousou e decolou dali várias vezes.

    Aécio, suas irmãs e sua mãe também têm uma fazenda em Cláudio. Ela fica a cerca de 6 quilômetros do aeroporto. As chaves de acesso à pista ainda estão nas mãos da família de Múcio, que contesta o valor de R$ 1 milhão oferecido pelo Estado de Minas pela desapropriação da área. Aécio nega que tenha havido irregularidades nas obras, mas ainda não esclareceu se utiliza ou não a pista quando vai a Cláudio.

    Ação. A ação civil sobre o repasse de verba pública para a construção da pista de terra foi apresentada pelo Ministério Público Estadual em 2001, pedindo o bloqueio de bens de Múcio – inclusive da fazenda do aeroporto –, a quebra de sigilo bancário e a condenação do ex-prefeito por improbidade, além do ressarcimento de danos. Os pedidos foram atendidos, mas, segundo o Tribunal de Justiça de Minas, a maior parte das acusações já prescreveu. A exceção é a reparação de danos ao erário, pena que ainda pode ser imposta a Múcio.

    Segundo o Ministério Público, a obra foi feita sem licitação, por meio do convênio 971/83, firmado entre Tancredo e Múcio. Conforme a promotoria, o “dinheiro estadual para construção do Campo de Aviação veio pela ordem da autoridade de Tancredo de Almeida Neves, governador do Estado neste período”, e o convênio, assim como o depósito e a execução da obra, foi feitos “sem participação ou fiscalização da Câmara de Cláudio”.

    A ação relata que vereadores do município tentaram buscar a documentação relativa ao caso e constataram que os recursos foram pagos à Construtora Brasil S/A, mas não houve prestação de contas dos juros da conta, que não aparecem nos extratos de pagamentos e duplicatas relativos ao convênio.

    ‘Acordo verbal’. O Ministério Público relatou ainda que, ao prestar depoimento sobre o caso, Múcio disse que tinha um “acordo verbal” com Tancredo para que a área do aeroporto fosse posteriormente desapropriada. “Apurou-se, assim, pelas versões de Múcio Guimarães Tolentino, que o campo de aviação foi usado pelo finado Tancredo de Almeida Neves, junto com sua comitiva, e que várias outras pessoas e políticos usaram o campo de aviação”, diz trecho da ação civil.

    O processo mostra também que vereadores de Cláudio tentaram “negociar amigavelmente” com Múcio para que ele passasse o aeroporto para o município, mas o ex-prefeito se negou.

    Múcio não foi localizado para comentar o caso.

    Em sua página no Facebook, Aécio negou que a ação contra o tio-avô interfira no processo de desapropriação iniciado por seu governo em 2008. “Uma coisa não tem nada a ver com a outra. A ação civil pública solicita a devolução dos recursos públicos investidos na pista de terra no município. É um processo diferente, que se arrasta já há 13 anos e pode durar ainda muitos mais”, escreveu o candidato à Presidência.

    Em nota, o governo mineiro disse que, no pedido de desapropriação da área, foi citada a existência da ação contra Múcio. “O imóvel será registrado em nome do Estado, independentemente do andamento da ação.”

     

     

     

  10. Copa na Rússia deve custar o triplo da realizada no Brasil

    A Copa do Mundo de 2018, na Rússia, deve custar mais de três vezes que a do Brasil. Além disto, tem tudo para ser o Mundial mais caro da história. No Brasil, o orçamento da Copa ficou em cerca de R$ 26 bilhões. Na Rússia, a previsão atual é de quase R$ 90 bilhões (US$ 40 bilhões), segundo o ministro russo dos Esportes, Vitaly Mutko.

    Além dos altos custos, a Rússia enfrenta tensões com outros países e pode sofrer com estádios sem público, racismo e violência no futebol. Ainda não é possível dizer se as questões políticas – problemas na fronteira com a Ucrânia e a relação de Putin com o Ocidente, que se deteriorou ainda mais após a queda do voo MH17 – terão impacto sobre a realização do torneio.

    Porém, as insatisfações internas crescem na medida em que os custos aumentam. A previsão de gastos para as 11 cidades-sede já dobrou: antes, era de US$ 19 bilhões (cerca de R$ 42 bilhões). Críticos também destacam que a capacidade mínima para estádios de Copa do Mundo é de 45 mil lugares, enquanto que a média de público do campeonato russo é de 11,5 mil.

    Fifa vai pressionar Rússia para evitar “elefantes brancos”

    “Estádios têm uma função, mas eles não devem ficar vazios”, disse Nikolay Levshits, ativista em Moscou. “Os custos de construção podem ser reduzidos com investimento privado e patrocinadores. Eu apoio a Copa do Mundo na Rússia, mas não às custas de retirar dinheiro de escolas, hospitais ou do bolso dos aposentados”, acrescentou.

    Exemplo do Brasil

    O jornalista russo Igor Rabiner disse que os organizadores do país precisam aprender com o exemplo do Brasil. “Quanto mais confortável é o estádio, mais as pessoas vão aos jogos”, afirmou. “Mas uma cidade como Saransk (uma das cidades-sede da Copa de 2018, com uma população de 300 mil habitantes) realmente não precisa de uma arena de 40 mil assentos Por isso, precisamos seguir o exemplo de Arena Corinthians em São Paulo, onde algumas arquibancadas serão parcialmente desmontadas após a Copa”, acrescentou.

    A Copa do Mundo será o segundo grande evento esportivo que Rússia sediará em quatro anos, após os Jogos Olímpicos de Inverno em Sochi neste ano. Os custos da Olimpíada de Inverno, sozinhos, superaram os gastos previstos da Copa e da Olimpíada de 2016 no Brasil. A tocha olímpica chegou a ser enviada ao Pólo Norte e ao espaço.

    Apesar dos enormes custos envolvidos, Levshits, um participante ativo em manifestações da oposição, diz que não espera ver protestos como os que ocorreram no Brasil antes do Mundial e, em menor escala, também durante.

    “Esse tipo de protesto, aqui, prejudicaria aqueles que participam, pois a TV estatal tentaria retratar os manifestantes como pessoas que tentar estragar uma festa do esporte”, disse ele. “Só podemos expressar nossas preocupações ou oposição por meio de um esforço de compartilhamento de informações calmo e razoável”, concluiu.

    Racismo

    Na final da Copa no Maracanã, no dia 13, o presidente russo, Vladimir Putin, disse esperar que a Copa ajude a Rússia a combater o racismo, um dos maiores problemas enfrentados pelo país nos preparativos para o Mundial.

    “O presidente (da Fifa, Joseph) Blatter faz um esforço pessoal para lidar com as questões sociais e esperamos que os preparativos para a Copa do Mundo na Rússia também contribuam para causas como a luta contra as drogas, racismo e outros desafios que enfrentamos hoje “, disse Putin.

    O ex-lateral brasileiro Roberto Carlos e seu ex-colega no clube russo Anzhi Makhachkala, o congolês Christopher Samba, assim como o meia marfinense do Manchester City Yaya Touré, estão entre os que sofreram ataques racistas na Rússia nos últimos anos.

    Vandalismo e violência nos estádios também são grandes problemas do país, com torcedores que entram em conflito com a polícia e atrapalham os jogos.

    O Zenit – um dos maiores da liga russa – foi punido em maio depois que seus fãs invadiram o campo durante um jogo em São Petersburgo contra o Dynamo de Moscou. O capitão do Dynamo, Vladimir Granat, levou um soco na cabeça de um torcedor do Zenit. O clube foi obrigado a jogar seus próximos dois jogos em casa a portas fechadas e multado em US$ 28 mil.

    O jornalista Igor Rabiner, do site de futebol russo Championat, diz que as autoridades precisam lançar uma campanha contra o racismo e o vandalismo ao longo dos próximos quatro anos para evitar que essas cenas se repitam na Copa.

    “Hooligans na Rússia sempre ficam impunes”, disse ele. “Eu não entendo como alguém não é processado por bater em um jogador em campo. Mais importante, isso incentiva outros a repetir esse tipo de comportamento”, explicou.

    Desde que a Rússia foi escolhida para sediar a Copa, em dezembro de 2010, nenhuma das 12 arenas teve futebol de grande importância no cenário mundial. Os estádios em Kazan, Sochi e Moscou devem ser inaugurados em breve. Um dos dois estádios da capital – a nova casa do Spartak Moscou – deve ser aberto no dia 5 de setembro.

    O segundo estádio da capital, o Luzhniki – que vai sediar a final – está passando por uma enorme reforma e foi fechado após sediar o Campeonato Mundial de Atletismo de 2013. Também foram prometidas melhorias em aeroportos, estações de trem e novos hotéis nas 11 cidades-sede. Espera-se que, como aconteceu com os Jogos Olímpicos de Inverno, os custos sejam pagos por fundos estatais e investidores privados.

    Menos sedes

    Moscou, São Petersburgo, Sochi e Kazan também irão sediar a Copa das Confederações em 2017, e a infraestrutura nessas cidades já é melhor do que nas outras sete.

    O governo russo só escolheu em março deste ano as empreiteiras para a construção de estádios em outros sete locais: Nizhny Novgorod, Volgogrado, Samara, Yekaterinburg, Kaliningrado, Saransk e Rostov.

    oseph Blatter disse na semana passada, no Brasil, que a Fifa ainda pode decidir reduzir o número de estádios na Rússia de 12 para 10. Isso pode acontecer, principalmente, devido a preocupações sobre os prazos de construção e a futura utilização dos estádios.
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    Os comentários vêm causando confusão na Rússia: o governo russo disse logo em seguida que era muito cedo para falar sobre alterações nas cidades-sede. Uma delegação da Fifa vai visitar a Rússia em setembro para discutir os planos com os organizadores locais.

    Quanto à segurança, Rabiner diz que o Brasil mostrou que é possível organizar um torneio seguro mesmo em um país com uma elevada taxa de criminalidade. O desafio, segundo ele, é a mudança de atitude.

    “A Rússia é um país bastante fechado e não muito multicultural, por isso precisamos aprender muito. Os russos deve ser amigáveis e hospitaleiros com pessoas de todas as raças e etnias”, decretou.

    http://esportes.terra.com.br/futebol/copa-2014/copa-na-russia-deve-custar-o-triplo-da-realizada-no-brasil,a8dc346511867410VgnCLD200000b1bf46d0RCRD.html

  11. de mal a pior

    Governo ucraniano não tem dinheiro para os salários do Exército

     

    Vencedores das competições de reconhecimento promovidas pelas Forças Terrestres do Exército da Ucrânia, em terreno cross-country, que foram concluídas em 2013 – na foto aabixo.

    As hostilidades prolongadas têm utilizado os recursos financeiros destinados para a realização da operação anti-terrorista (ATO), prejudicando, assim, os pagamentos de salários aos militares ucranianos, já a partir de 1 de agosto de acordo com o Ministro das Finanças ucraniano Oleksandr Shlapak, em 24 de julho.

    O queridinho da América renunciou

    Como Victoria ‘A UE que se foda’ Nuland queria, ‘Yats’ tornou-se Primeiro-Ministro na Ucrânia.

    Nuland e o Embaixador Geoffrey Pyatt analisaram os méritos dos três líderes da oposição ucraniana, Oleh Tyahnybok, Vitaly Klitschko e Arseniy Yatseniuk (óculos).

    Victoria Nuland, secretaria de Estado adjunta dos EUA para os Assuntos Europeus, com os líderes da oposição ucraniana, Arseniy Yatseniuk (D), Vitaly Klischko (C, 2º plano) e Oleh Tyahnybok (E)

    “Penso que Yats (Arseniy Yatseniuk) é o que tem experiência econômica” assegura Victoria Nuland.

    O Primeiro-Ministro ucraniano Arseniy Yatsenyuk no Parlamento da Ucrânia no dia 3 de julho. © AFP

    Arseniy Yatsenyuk, um tecnocrata pró-ocidental que tem liderou o governo ucraniano durante os meses de tumultos, desde a derrubada do presidente Viktor Yanukovyvch, renunciou abruptamente em 24 de julho, após a coalizão governista do Parlamento entrar  em colapso.

    Tá na Net

  12. Campanha nomeada de “Para Poder Abraçar”

    A menina Raissa Victória tem quatro anos e sofre de epidermólise bolhosa (Foto: Arquivo Pessoal)

    ‘Envolve muita dor’, diz mãe de menina com doença rara no RS

    Do G1 RS, por Rafaella Fraga

    Raissa Victória, 4 anos, sofre de epidermólise bolhosa desde que nasceu.

    Doença causa bolhas e lesões pelo corpo após o toque na pele da menina.

    Aos quatro anos de idade, a pequena Raissa Victória luta contra uma doença rara com a força de vontade de quem quer viver muito e bem. A menina mora em São Luiz Gonzaga, na Região Noroeste do Rio Grande do Sul, com os pais. É alegre e sorridente, mas convive diariamente com a dor. Desde que nasceu, a menina sofre de epidermólise bolhosa, uma doença rara que causa lesões pelo corpo e a proíbe de gestos simples, como receber um abraço dos pais.

    “É preciso 24 horas de cuidado. Não pode infeccionar [as feridas], porque pode agravar ainda mais uma situação que já é grave. Têm dias melhores, outros nem tanto assim. No geral, é um processo que envolve muita dor”, afirma ao G1 a mãe de Raissa, Silcéia Santos de Oliveira, 34 anos.

    A enfermidade é caracterizada por grande sensibilidade da pele. Devido à falta de adesão entre as células da epiderme, qualquer toque ou traumatismo – ainda que leve – pode levar à formação de bolhas e ao descolamento da pele. As feridas causam dor e sofrimento. A doença ainda não tem cura, mas existe a possibilidade de tratamento. Para isso, a família iniciou uma campanha para tentar arrecadar R$ 3,5 milhões.  

    No ano passado, a doença tornou-se nacionalmente conhecida após um episódio polêmico envolvendo a família da coreógrafa Deborah Colker. Ela enfrentou transtornos e constrangimento para embarcar em um voo porque o neto, de três anos, tem a doença. A aeronave só decolou depois que um médico da Infraero atestou que epidermólise bolhosa não é contagiosa.

    O pai de Raíssa, Jonas Siqueira da Silva, também de 34 anos, trabalha com vendas de produtos, como cosméticos. Ele dedica-se integralmente ao cotidiano da filha, que exige atenção e cuidados permanentes.

    Doença causa bolhas e lesões a partir de um simples toque na pele (Foto: Arquivo pessoal)

    Doença causa bolhas e lesões a partir de um simples toque na pele (Foto: Arquivo Pessoal)

    A menina ainda usa fraldas, porque ir ao banheiro é uma experiência dolorosa. Eventualmente sente desconforto para comer, já que a doença afeta também o esôfago, o que faz com que a paciente tenha dificuldade para engolir os alimentos. Além disso, a gaze comum não pode ser usada como curativo nas feridas, porque, ao ser removida, pode grudar e machucar ainda mais a pele. 

    “Há pouco tempo ela caiu um tombo no chão, em uma brincadeira de criança. Não foi grave, mas ela ficou lesionada, ficou em carne viva, saiu toda a pele. É muito raro ela se bater em algo, por exemplo, e não se machucar”, descreve a mãe. Os ferimentos costumam aparecer no pescoço, pernas, braços, barriga e costas da menina.

    Sem remédio para a doença, o importante é prevenir traumas. Mensalmente, a mãe leva a filha para consultas em Porto Alegre, a cerca de 500 quilômetros de casa. Com frequência, visita pediatras e um gastroenterologista. Há cerca de três meses, iniciou um tratamento psicológico. “Vou com ela a psicóloga uma vez por semana. Nem sempre dá para levá-la. Às vezes ela está ruinzinha, sem vontade. Mas tem sido bom”, conta a mãe.

    Uma esperança é um tratamento experimental realizado pela Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos. O procedimento estimula por meio de células-tronco a produção de colágeno, deficiente nos pacientes com a doença. No entanto, para viabilizar o tratamento, a família precisa reunir U$$ 1,5 milhão, valor que em moeda brasileira chega a cerca de R$ 3,5 milhões.

    Raissa veste a camiseta da campanha 'Para Poder Abraçar' (Foto: Arquivo pessoal)

    Raissa veste a camiseta da campanha ‘Para Poder Abraçar’ (Foto: Arquivo Pessoal)

    No site (clique aqui), há informações de como ajudar a menina com doações ou com a compra de produtos. Camisetas e livros podem ser adquiridos por valores que variam entre R$ 25 e R$ 35. Os recursos serão revertidos para custear o tratamento médico da menina. “A gente ainda não tem metade do dinheiro. Estamos beirando os R$ 700 mil. A campanha deu uma parada por causa da Copa, mas agora estamos retomando. Seguimos com o mesmo objetivo e temos esperança”, revela a mulher. Apesar do alto custo, os pais têm muita esperança. Com apoio de amigos, decidiram criar uma campanha, com o foco na internet e nas redes sociais, nomeada de “Para Poder Abraçar”. Um vídeo produzido pelo grupo que auxilia o casal chegou a 43 mil visualizações no Youtube. A página no Facebook já ganhou mais de 36 mil curtidas.

    Em breve, quando completar cinco anos, a menina deve começar a frequentar a escola. O objetivo dos pais é realizar a matrícula em um colégio particular de São Luiza Gonzaga. “Estou tentando uma bolsa de estudos. Provavelmente, será meio período. Ela é uma criança muito sociável e quer muito estudar”, diz a mãe.

    saiba mais

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    Ator veste camisa e apoia campanha de menina com doença rara no RS‘Despreparada’, diz Deborah Colker
    sobre abordagem a neto em avião
    Coreógrafa Deborah Colker é impedida
    de embarcar em voo na BA

  13. Perdendo a dianteira!!!

    Diante de todas as facetas apresentadas por Flávio Dino, o resultado só poderia ser esse!!!

    Publicado em julho 24, 2014 por Caio Hostilio

    A dianteira que ele tinha vem se exaurindo diante de tantas hipocrisias, arrogâncias, ganâncias, falsidades, truculências e, principalmente, mentiras… Essa última está mais que transparente!!! Basta ver o quanto a promessa do “Novo e da Mudança” não passaram de mentiras jogadas ao vento, pois quem vive nos municípios de São Luís, Caxias, Balsas, Timon, Tuntum, Santa Inês, Parnarama, sabem o que é cair numa mentira deslavada!!!

    corrida00

  14. Postalis – O bode tomando conta do alfaceiro

    Luís,

    Quando a farsa supera a realidade veja o que está ocorrendo além, é claro, de colocarem o bode prá tomar conta da horta de alface:

    https://jornalggn.com.br/noticia/fundo-de-pensao-dos-correios-corre-o-risco-de-perder-r-371-milhoes-em-aplicacoes

     

    Transcrevemos, abaixo, mensagem enviada pela ANAPOST:

    Prezados Participantes do POSTALIS e Associados da ANAPOST,

    “Apesar da combalida situação do POSTALIS, reiteradamente confirmada a cada publicação mensal dos seus resultados (http://novosite.postalis.org.br/sobre/postalis-em-numeros/), a Diretoria da ECT aprovou, em reunião do dia 21/07/14, a indicação do Sr. Paulo Sá para a Diretoria Executiva do instituto. A apreciação pelo Conselho Deliberativo do instituto para chancelar e aprovar a indicação, lamentavelmente o que sempre ocorre, num exercício histórico de subserviência, está prevista para a próxima segunda-feira.
    Conforme se apurou, o referido Senhor é sócio-fundador, presidente e diretor de investimentos (CVM) da Portfólio Investimentos, de Brasília-DF, gestora de recursos autorizada pela CVM, e atua como gestor de investimentos do fundo Portfólio Investimentos FIA, administrado pela BNY Mellon. Coloca-se, assim, em evidente suspeição pelo conflito de interesses.
    Por outro lado configura-se uma flagrante contradição entre o discurso e a prática dos dirigentes da Patrocinadora ECT. O novo Estatuto do POSTALIS em tramitação, já aprovado pela ECT e em apreciação pelos órgãos externos competentes (DEST, PREVIC), prevê a eleição direta pelos Participantes para duas diretorias do instituto. Ora, a mais coerente indicação, no momento, para um mandato na Diretoria, para concluir a transição até a realização das eleições, de acordo com os critérios do novo Estatuto, seria a de um Participante ativo ou assistido. De fato, uma clara sinalização da opção pela preservação dos interesses maiores dos Participantes do Postalis.
    Dessa forma, sugerimos a ampla divulgação dessa mensagem, principalmente aos Conselheiros do CD, alertando-os sobre os eventuais e presumíveis malefícios da aprovação desse Sr. para o POSTALIS e para os seus Participantes.
    Diretoria da ANAPOST.”

    VAMOS ASSINAR ESSA PETIÇÃO E ENTREGÁ-LA AO CONSELHO DELIBERATIVO DO POSTALIS NA REUNIÃO QUE DEVERÁ OCORRER NA SEGUNDA FEIRA (28/07/2014)
    http://www.avaaz.org/po/petition/Conselho_Deliberativo_do_Postalis_Rejeitar_a_indicacao_do_Sr_Paulo_Sa_para_a_Diretoria_Executiva_do_Postalis/?twtdifb

     

    Não bastasse a denúncia do Blog, parece que alguém muito poderoso quer acabar com o Instituto

  15. http://odia.ig.com.br/noticia
    http://odia.ig.com.br/noticia/rio-de-janeiro/2014-07-24/autos-do-processo-contra-ativistas-chamam-atencao-por-termos-da-ditadura.html 24/07/2014 00:00:18- Atualizada às 24/07/2014 08:45:32

    Autos do processo contra ativistas chamam atenção por termos da ditadura

    Desembargador concedeu habes corpus a 23 presos. Acusados da morte de cinegrafista ficam detidos

    Juliana Dal Piva e Nonato Viegas

    Rio – Nos autos do processo contra os 23 ativistas supostamente envolvidos em atos violentos durante manifestações alguns detalhes chamam atenção e lembram até expressões usadas em investigações da ditadura militar. Em determinado momento, o inquérito descreve que Elisa Sanzi, a Sininho, “orientava os manifestantes a quebrarem bens e arremessarem coquetéis molotov”.

    Além disso, o texto faz referência a “matérias jornalísticas”, que indicam que Elisa teria feito “cursos de ativismo político e agitação com formação e ações de guerrilhas e terror urbano em Cuba e na Rússia”. Isso, segundo a investigação, teria relação com ataques feitos por Black Blocs à embaixada brasileira em Berlim, em maio deste ano.

    Clique na imagem para ver maiorFoto:  Arte: O Dia

    Outro trecho que chama atenção é um relatório produzido após uma busca e apreensão realizada na casa do acusado Igor D’Icarahy. Os materiais levados pela polícia se resumem a uma lista de presença na Marcha da Maconha, além de cartazes e panfletos com palavras de ordem como “Não vai ter Copa”. O inquérito também acusa o Instituto de Defensores de Direitos Humanos (IDDH) de “questionar a ordem vigente distribuindo o terror”.

    Desembargador concedeu habeas corpus

    O desembargador Siro Darlan, da 7ª Câmara Criminal do Rio de Janeiro, considerou que os 23 ativistas acusados de participarem de protestos violentos no último ano “não representam perigo a ordem pública” e concedeu no fim da tarde de ontem habeas corpus a todos os acusados. A decisão revoga a prisão preventiva decretada na sexta-feira pelo juiz da 27ª Vara Criminal, Flávio Itabaiana.

    Siro Darlan usou samba-enredo da Imperatriz Leopoldinense para comentar decisãoFoto:  Reprodução Facebook

    “A decisão confirma a anterior, que entendia que a prisão era ilegal”, comentou o advogado Edson Fontes, que representa Drean Moraes de Moura Corrêa, o ‘DR’, apontado pela polícia e pelo Ministério Público do Rio como uma das lideranças da Frente Independente Popular (FIP). Drean, como outros 17, estava foragido.

    A medida põe em liberdade os ativistas Elisa de Quadros Pinto Sanzi, a Sininho, Camila Aparecida Rodrigues Jourdan e Igor Pereira D’Icarahy, presos desde o dia 12 de julho. Os outros acusados deixam de ser considerados foragidos. Já Fabio Raposo Barbosa e Caio Silva de Souza são réus em outra ação penal por terem soltado o rojão que provocou a morte do cinegrafista Santiago Andrade, em fevereiro deste ano, durante manifestação em frente à Central do Brasil.

    O advogado Marino D’Icarahy: “Estou feliz como advogado e pai”Foto:  André Mourão / Agência O Dia

    Pouco depois de proferir sua decisão, Siro Darlan publicou no Facebook a letra da música ‘Felicidade’, cantada por Caetano Veloso: “O pensamento parece uma coisa à toa. Mas como é que a gente voa, quando começa a pensar”. E encerrou com um “Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós.”
    Ao longo da semana, o magistrado criticou a forma como o processo foi conduzido pela Polícia Civil. Ele questionou a falta de acesso aos autos, bem como a atitude do delegado-titular da Delegacia de Repressão a Crimes da Informática (DRCI), Alessandro Thiers.

    Segundo Darlan, o delegado ignorou ofício que pedia a documentação relativa ao inquérito contra os 23 ativistas. A Polícia Civil, entretanto, afirmou que o ofício não foi recebido. Após receber a notícia do habeas corpus, o advogado Marino D’Icarahy comemorou. “Estou feliz duplamente: como advogado e como pai”, disse, pedindo para que “a sociedade utilize a decisão do desembargador para refletir sobre os linchamentos públicos. A pessoa só é considerada culpada por algo quando o processo está julgado”, lembrou D’Icarahy. 

    Segundo os advogados dos ativistas, a partir de agora os documentos serão lidos para que cada acusação possa ser contestada. “Vamos estudar tudo o que está dito no inquérito e derrubaremos todas as acusações”, afirmou. A expectativa é de que os acusados sejam libertados durante o dia de hoje.

    Elisa Quadros, a SininhoFoto:  José Pedro Monteiro / Agência O Dia

    Operação desencadeada após um ano de investigação

    A Operação Fire Wall foi desencadeada pela Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) dia 12, véspera da final da Copa do Mundo, para cumprir mandados de prisão de acusados por envolvimento em atos de vandalismo ocorridos em protestos desde junho de 2013. Vinte e três ativistas foram presos no Rio, em Búzios e em Porto Alegre (RS), onde estava Elisa Quadros Sanzi, a Sininho. A polícia afirma que ela é uma das líderes do movimento.

    Fábio Raposo Barbosa e Caio Silva Rangel, que também tiveram as prisões preventivas decretadas, estão presos no Complexo de Gericinó acusados da morte do cinegrafista Santiago Andrade, em fevereiro, num ato na Central.

    As investigações duraram um ano e contaram com escutas telefônicas autorizadas pela Justiça. No inquérito, a polícia afirma que as gravações comprovariam que ativistas prepararam coquetéis molotov. Muitos artefatos foram usados contra estabelecimentos, prédios públicos e contra PMs. Com prisão decretada, a advogada Eloísa Samy pediu asilo no Consulado do Uruguai. Agora está livre.

  16. A esquerda e a direita

    A esquerda e a direita segundo Ariano Suassuna

     

    “Quem, na sua visão do social, coloca a ênfase na justiça, é de esquerda. Quem a coloca na eficácia e no lucro, é de direita”.

     

    Ariano Suassuna, reproduzido da página do MST

     

    Reprodução

     

    Não concordo com a afirmação, hoje muito comum, de que não mais existem esquerda e direita. Acho até que quem diz isso normalmente é de direita.
     
    Talvez eu pense assim porque mantenho, ainda hoje, uma visão religiosa do mundo e do homem, visão que, muito moço, alguns mestres me ajudaram a encontrar. Entre eles, talvez os mais importantes tenham sido Dostoiévski e aquela grande mulher que foi santa Teresa de Ávila.
     
    Como consequência, também minha visão política tem substrato religioso. Olhando para o futuro, acredito que enquanto houver um desvalido, enquanto perdurar a injustiça com os infortunados de qualquer natureza, teremos que pensar e repensar a história em termos de esquerda e direita.
     
    Temos também que olhar para trás e constatar que Herodes e Pilatos eram de direita, enquanto o Cristo e são João Batista eram de esquerda. Judas inicialmente era da esquerda. Traiu e passou para o outro lado: o de Barrabás, aquele criminoso que, com apoio da direita e do povo por ela enganado, na primeira grande “assembléia geral” da história moderna, ganhou contra o Cristo uma eleição decisiva.
     
    De esquerda eram também os apóstolos que estabeleceram a primeira comunidade cristã, em bases muito parecidas com as do pré-socialismo organizado em Canudos por Antônio Conselheiro. Para demonstrar isso, basta comparar o texto de são Lucas, nos “Atos dos Apóstolos”, com o de Euclydes da Cunha em “Os Sertões”.
     
    Escreve o primeiro: “Ninguém considerava exclusivamente seu o que possuía, mas tudo entre eles era comum. Não havia entre eles necessitado algum. Os que possuíam terras e casas, vendiam-nas, traziam os valores das vendas e os depunham aos pés dos apóstolos. Distribuía-se, então, a cada um, segundo a sua necessidade”.
     
    Afirma o segundo, sobre o pré-socialismo dos seguidores de Antônio Conselheiro: “A propriedade tornou-se-lhes uma forma exagerada do coletivismo tribal dos beduínos: apropriação pessoal apenas de objetos móveis e das casas, comunidade absoluta da terra, das pastagens, dos rebanhos e dos escassos produtos das culturas, cujos donos recebiam exígua quota parte, revertendo o resto para a companhia” (isto é, para a comunidade).
     
    Concluo recordando que, no Brasil atual, outra maneira fácil de manter clara a distinção é a seguinte: quem é de esquerda, luta para manter a soberania nacional e é socialista; quem é de direita, é entreguista e capitalista. Quem, na sua visão do social, coloca a ênfase na justiça, é de esquerda. Quem a coloca na eficácia e no lucro, é de direita.

    ______________

    Ariano Suassuna, ícone do Movimento Armorial, faleceu (1927-2014). A melhor homenagem a Suassuna: ouví-lo.

     

    http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/A-esquerda-e-a-direita-segundo-Ariano-Suassuna/4/31455

  17. A Copa do

    A Copa do Amarildaço

    24/07/2014
    http://uninomade.net/tenda/a-copa-do-amarildaco/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=a-copa-do-amarildaco


    Por Rede Universidade Nômade

    Em 2013, o levante da multidão aconteceu no Brasil em meio à Copa das Confederações, evento preparatório para a Copa do Mundo da FIFA. Deflagrado pelos protestos contra o aumento da tarifa do ônibus, o levante se acelerou e massificou com a visibilidade proporcionada pela Copa das Confederações. Em 2013, o país do futebol também foi o país da mobilização democrática por direitos.

    “Não vai ter Copa” foi um dos gritos que emergiu no levante do ano passado. Rapidamente, o grito se tornou a hashtag #NãoVaiTerCopa nas redes sociais, eixo ao redor do qual passaram a aglutinar-se os manifestantes. “Não vai ter Copa” brotou espontaneamente das redes e ruas de junho de 2013. Foi gritado com ênfase durante momentos críticos, como aqueles em que as marchas eram atacadas e os manifestantes perseguidos pela repressão policial comandada pelos governos. Foi um grito marcante de um breve período em que o medo mudou de lado, significando o reconhecimento da própria força coletiva. Os governantes se entrincheiravam em mecanismos defensivos da própria identidade e, no limite, por trás das tropas de choque, enquanto milhões de manifestantes iam para as ruas para, diretamente, exigir mais democracia.

    É pouco provável que algum dos muitos que, em 2013, engrossaram o coro “Não Vai Ter Copa”, tivessem em mente o desejo de impedir a realização da Copa do Mundo. O grito servia antes de tradução para uma série de demandas que, diante da realização dos megaeventos, podiam ser colocadas em perspectiva. “Não Vai Ter Copa” protestava, por exemplo, contra a prioridade absoluta conferida aos investimentos em estádios, publicidade e segurança para a Copa, num contexto de degradação dos serviços essenciais à população, como transporte coletivo, saúde e educação. Protestava contra a falta de hospitais e escolas “padrão FIFA”. Problematizava, também, o legado de violações de direitos e exclusões dos indesejados da Copa: favelas e comunidades “no caminho” das obras, camelôs, sem-teto, pessoas em situação de rua, dependentes químicos, ocupações urbanas.

    Reunindo um espectro variado de demandas e reclamações, #NãoVaiTerCopa conseguiu se firmar, ao longo do ano passado, como uma senha para a amplitude do desejo dos manifestantes, um inequívoco e provocativo dissenso diante do funcionamento estrutural das instituições, dos governos, da democracia representativa brasileira.

    2013 passou, mas os ventos de junho continuaram a soprar. Toda uma nova geração de ativistas teceu novas redes e transformou as existentes. Num cenário de baixa atração das formas usuais de mobilização e organização políticas, no movimento estudantil, sindical, partidário, ou nos movimentos sociais tradicionais, as grandes mobilizações de 2013 trouxeram uma injeção de ânimo. Em 2014, com a paulatina sedimentação das redes e coletivos em formas mais organizadas e permanentes, emergiu um campo de lutas autônomas. Para esse campo de contornos maleáveis, em constante mutação, convergiu uma heterogeneidade de forças e atores que, no conjunto, constituíram por assim dizer uma “quarta força”, mais difusa, – em relação à configuração político-representativa de governo, oposição de direita e oposição de esquerda.

    Essa “quarta força”, além de insistir na memória viva de 2013, diferencia-se das três outras forças por embutir uma recusa da representação político-partidária. Nisso, o campo autonomista é tributário de vertentes de luta antissistêmica que vinham se desenvolvendo nos últimos anos nas cidades, como os movimentos das ocupas, as assembleias populares e de bairro, arte-ativismos, midiativismos, e que se amalgamaram em junho. Também é tributário do grito “Não nos representa”, signo de um ciclo global de lutas disparado nas revoluções árabes de 2011, passando pelo Movimento do 15-M europeu, o Occupy Wall Street, até as lutas do Parque Gezi em 2013 na Turquia.

    No primeiro semestre de 2014, no Rio de Janeiro, dessa “quarta força”, sem qualquer organização “central” ou lideranças, partiram algumas mobilizações, tais como a luta contra o novo aumento da passagem de ônibus, atos em protesto ante a Copa, contra as remoções, e uma ação solidária em prol dos removidos da favela Oi/Telerj. As manifestações reuniram alguns milhares de pessoas, entre estudantes, agrupamentos anarquistas, frentes autonomistas, indígenas, punks, midiativistas, professores, entidades de direitos humanos, advogados populares. Exerceram grande atração sobre a juventude, afetaram outras lutas importantes do período, como a greve dos garis, e se misturaram com parte da oposição de esquerda mais interessada na ação direta. Embora não houvesse alguma diretriz centralizada, era compartilhada a percepção de que a realização da Copa do Mundo da FIFA, com grande visibilidade nacional e internacional, seria um importante horizonte de chegada para as mobilizações.

    As forças da configuração representativa estabelecida responderam de diversas maneiras ao levante de 2013 e suas repercussões no ano da Copa. O governo federal investiu basicamente em duas frentes.

    Em primeiro lugar, bancou sem qualquer pudor a repressão das manifestações, consideradas como uma ameaça à realização do megaevento de 2014. Através do ministro da justiça, Eduardo Cardozo, prestou inteiro apoio logístico e político aos esforços dos governos estaduais para mapear, espionar e desarticular as redes organizativas precariamente estruturadas. Mas não ficou só nisso. Tem havido uma federalização crescente das ações, com a articulação de vários órgãos da esfera federal, denotando uma estratégia superior que transcende a Copa do Mundo e que sinaliza para um novo sistema de controle de protestos e movimentos sociais. Os únicos escrúpulos do governo federal foram interromper a tramitação do projeto de lei antiterrorismo, que elevaria a intensidade da criminalização dos movimentos, e revisar os termos usados numa portaria do ministério da defesa, que chamava manifestantes de “força oponente”.

    Em segundo lugar, através do secretário-geral da presidência, Gilberto Carvalho, o governo fez alguns esforços para abrir “canais de diálogo”, a fim de ouvir as demandas e realizar ofertas a grupos organizados e mesmo diretamente a ativistas, para “intermediar” a rua e o Planalto. Essa tentativa, na linha do “bate-assopra”, levou o governo a concluir que os movimentos sociais e coletivos poderiam ser classificados em duas categorias: os mais convencionais com pautas possíveis de atendimento, passíveis de negociação; e a “turma de Seattle” (G. Carvalho dixit), com as quais o diálogo seria impossível – para estes, a única alternativa seria o monitoramento e o controle. No primeiro tipo, estariam enquadrados movimentos como o MTST, os comitês populares da Copa e boa parte dos grupos que se estruturam com a oposição de esquerda. No segundo tipo, estariam movimentos de estrutura mais precária, autonomistas e anarquistas, como o MPL, a FIP e, em geral, boa parte da “quarta força” que aderiu ao #NãoVaiTerCopa.

    Já a oposição de direita, por sua vez, tentou surfar na onda de insatisfação vinda de 2013, de olho, assim como o governo, nas eleições de 2014. Essa oposição está instalada nos grandes meios de comunicação, e também representa parte dos patrocinadores da Copa. Dessa maneira, a oposição de direita não poderia simplesmente embarcar no #NãoVaiTerCopa. Assim como, no ano passado, não embarcou no levante de junho, preferindo tentar sequestrar sua potência para dirigi-la às suas pautas antipolíticas da corrupção, da criminalização de movimentos, e do ódio à esquerda. Neste ano, a linha política da oposição de direita foi atacar a organização da Copa não pela violação de direitos, mas sim atualizando as usuais críticas antiesquerda: incompetência gerencial, corrupção e aparelhamento partidário. Possivelmente, a hashtag que melhor representou essa linha foi #imaginanaCopa. Aludindo ao caos esperado durante a Copa do Mundo, a oposição de direita pretendia desgastar o governo às vésperas das eleições de outubro.

    Embora os defensores e os publicitários do governo não deixassem de igualar o #NãoVaiTerCopa à oposição de direita, o fato é que esta em momento algum aderiu às pautas concretas dos protestos, relacionadas às remoções urbanas, tarifa zero, recusa da esfera representativa, falta de democracia real nas instituições, entre outras. O governismo repetiu a mesma linha de desqualificação que, desde junho de 2013, vem atribuindo às jornadas de junho um caráter conservador e protofascista, que só poderia beneficiar a direita partidária. Nesse sentido, não foi tanto a oposição de direita que se aliou ao governo no discurso de descrédito e criminalização do campo #NãoVaiTerCopa. Na verdade, a oposição de direita historicamente adota esse discurso, tão frequente nos grandes meios de comunicação com a divisão entre manifestante “de bem”, “família feliz” e cara-pintada, e os “vândalos”, baderneiros e “black blocs”.

    De junho a 2013 até agora, o governo é que se deslocou no campo discursivo e prático, até coincidir com o discurso tradicional da direita, não só se omitindo diante da criminalização dos movimentos, como acionando ele mesmo os mecanismos administrativos e policiais à disposição na esfera federal. Não por acaso, cada vez mais, nos âmbitos de formulação da “quarta força”, se faz cada vez menos distinções entre o governo e a oposição de direita, vistos como um bloco único bipolar cujo efeito final tem sido sempre o fechamento das brechas democráticas, a negação da luta por direitos e a perseguição política.

    Por sua vez, a oposição de esquerda teve uma relação ambivalente com o campo de lutas adensado desde junho de 2013. Em parte, principalmente sua militância e alguns mandatos de luta, a oposição de esquerda participou ativamente de vários círculos de organização e mobilização, além de estar presente nos protestos. Essa participação ajudou a reforçar a estruturação ainda precária das novas redes e, em alguns momentos, foi objeto de acusações por parte do governo e da oposição de direita, como ligação cúmplice com “vândalos”, baderneiros e “black blocs”. No entanto, outra fração da oposição de esquerda, sobretudo dirigentes, preferiu desligar-se e marcar a distância daqueles que reivindicavam o legado de junho. As formas de desligamento variaram. Foram desde a insistência em diferenciar-se – rejeitando o #NãoVaiTerCopa (porque “não se poderia impedir o Sol de nascer”), agendando protestos em horários diferentes, ou evitando qualquer estética mais confrontacional etc. – até a crítica direta no coro contra os “vândalos”, discurso no qual parte da oposição de esquerda se igualou às forças alinhadas ao governo e à oposição de direita/grande mídia conservadora.

    Nos meses anteriores à Copa, enquanto em algumas cidades se realizavam protestos #NãoVaiTerCopa entre cem e alguns milhares de manifestantes, o governo começou a aderir ao clima grandiloquente de tom nacionalista, promovendo antecipadamente o sucesso da “Copa das Copas”. O mesmo verde-e-amarelo denunciado como protofascismo pelo governismo em 2013 era agora adotado com a desculpa de que ganharia votos. Além disso, o governo mobilizou e financiou aparelhos de movimento, tratados praticamente como funcionários subalternos da “estratégia superior” do Planalto, para uma campanha #VaiTerCopa.

    A explícita polarização, contudo, acabou fortalecendo o grupos que pautavam a contestação da Copa. Além disso, a campanha governamental clareou o terreno quanto ao posicionamento do governo federal e da presidenta em relação ao campo emergente de 2013. Enquanto isso, foram mobilizadas as polícias, Judiciário, Força Nacional e até as Forças Armadas, inclusive com a ocupação do complexo de favelas da Maré (Rio) pelo exército, a fim de conter eventuais manifestações. Ademais, aquela estratégia de diálogo com os movimentos, encabeçada por Gilberto Carvalho, restringia-se a apenas um “diálogo” do governo consigo mesmo, voltado meramente a receber reivindicações e negociar caso a caso, isoladamente, sem esboçar qualquer abertura de espaços institucionais para que as redes da “quarta força” pudessem dialogar sem ceder a autonomia. O #VaiTerCopa, na verdade, significava #NãoVaiTerProtesto.

    As greves de garis, rodoviários, professores, petroleiros e outras categorias, algumas abertamente por fora das – e até contra os – representantes sindicais, foram a grande tônica das mobilizações nos meses anteriores à Copa. A poucos dias da partida inaugural, os metroviários de São Paulo em greve enfrentaram o jogo sujo do governo de Geraldo Alckmin, aproveitando a visibilidade que sua causa ganhava, dada a importância do metrô para o transporte dos torcedores ao estádio em Itaquera. A repressão foi dura e contou com o apoio velado do governo federal e do PT, mais preocupados em assegurar a lei e a ordem às vésperas da Copa, do que em ficar do lado dos trabalhadores. No dia da abertura, e do jogo Brasil x Croácia, a polícia paulista fez o ensaio geral do que seria a #CopadasTropas, atacando os manifestantes desde a concentração, imobilizando qualquer movimentação, com gás, chuva de bombas, tiros de balas de borracha, pancadaria e prisões ilegais e sem fundamento. O direito à manifestação estava suspenso.

    Em São Paulo, as únicas iniciativas de movimento que conseguiram furar o cerco foram o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) e o Movimento Passe Livre (MPL). O MTST se organiza segundo um método mais tradicional, estruturado em militância de base/cúpula, e de caráter preponderantemente reivindicatório: exerce pressão sobre as instituições para conquistar direitos e repasses, concentrado na pauta da moradia. Antes e durante a Copa, conseguiu provar a capacidade de mobilização de milhares de sem-teto, tendo realizado importantes ações, como a Copa do Povo, acampamento nas cercanias do Itaquerão, e a ocupação em frente à Câmara de Municipal de São Paulo. O movimento foi bem sucedido em obter concessões dos governos municipal e federal, que assinaram compromissos de desapropriação de áreas por interesse social, construção de moradias populares, e cadastramento no programa Minha Casa Minha Vida. O lado negativo foi colocar na mesa de negociação a saída das ruas (contribuindo com o projeto governamental de “pacificar” os movimentos durante a Copa), num momento em que, potencialmente, elas poderiam ser preenchidas por mobilizações maiores e mais diversificadas.

    Já o MPL, organizado de maneira autônoma, horizontalizada e aberta, conseguiu levar cerca de cinco mil pessoas às ruas de São Paulo num protesto intitulado, sugestivamente, “Não Vai Ter Tarifa”. Um protesto realizado no meio da Copa, preenchido pelo campo autonomista e contemplando as pautas dissensuais do #NãoVaiTerCopa. No final do ato, alguns manifestantes mais exaltados destruíram vidros e danificaram a lataria de carros de luxo expostos numa loja concessionária. A violência contra a propriedade foi, como é usual, super-explorada pela grande imprensa e terminou por dar mais impulso às engrenagens do poder punitivo já azeitadas para a Copa. Nesse caso, a ação direta foi autorreferencial: elaborada e executada sem passar pelas instâncias e espaços do próprio movimento, e terminou criticada por vários outros ativistas presentes.

    A fim de servir de exemplo, das mais de 500 detenções realizadas em São Paulo, duas foram convertidas em prisões políticas em regime fechado, com base em provas forjadas e acusações fantasiosas, com a cínica omissão de boa parte do governismo. Fábio Hideki e Rafael Lusvarghi viriam a se juntar, assim, aos presos políticos do Rio de Janeiro, de Porto Alegre, de Goiânia e outras cidades.

    No Rio, um dia antes da final da Copa, 28 militantes foram presos “preventivamente”, somando aos outros três presos políticos existentes: Rafael Braga Vieira, Fábio Raposo e Caio Silva. Nos dias seguintes à final, o vaivém de mandados e habeas corpus resultou, até a data deste texto, em 3 novos presos em Bangu, e outros 18 ativistas com prisão decretada. Nessa operação, culminância de um inquérito secreto que corre há quase um ano, foram emitidos mandados de prisão contra integrantes de vários coletivos e movimentos, numa espécie de amostragem daqueles que se organizaram para lutar na cidade a partir dos protestos de junho, de 2013. As acusações se baseiam em conjecturas sobre o que cada um poderia fazer e não em fatos concretos devidamente verificados – prisões a título “temporário” ou “preventivo”, antes de qualquer julgamento, e que mal escondem a motivação de vingança política. O propósito claro é intimidar as mobilizações e as tentativas de desenvolver formas de organização do movimento.

    Em Belo Horizonte, os protestos foram asfixiados com a utilização da tática “caldeirão de Hamburgo”, que imobiliza os manifestantes num perímetro fechado, intimidando-os com um contingente policial desmesurado. O protesto mais significativo foi a ocupação de prédios públicos por cerca de mil manifestantes, numa ação direta coordenada pelas 13 ocupações urbanas da metrópole, com as Brigadas Populares, Movimento de Lutas nas Vilas, Bairros e Favelas (MLB), Comissão Pastoral da Terra e Comitê Popular dos Atingidos pela Copa (COPAC). Os ativistas mantiveram as ocupações durante mais de dois dias, protestando pelos direitos de ocupar, à moradia ao acesso a serviços públicos essenciais. Num dos cercos realizados para sufocar as ocupações dos prédios, as forças do governo impediram por um longo período os ocupantes, inclusive crianças e adolescentes, de alimentar-se. Um ativista foi detido quando tentou atirar pães da calçada a uma janela.

    Outros protestos aconteceram em diversas cidades, contra um mar de constrangimentos, apesar da conjuntura de exceção acertada previamente entre as esferas estaduais e federal. Ao mesmo tempo, no Rio de Janeiro, a rotina assassina da violência policial continuou inalterada nas favelas. Em meio a tudo isso, durante o desdobramento do evento, o governismo batia seus tambores de aprovação e, meio que alucinados, comemorava o fato de estar havendo Copa. O governo e o PT tentaram embalar sua popularidade na corrente “Pra Frente Brasil”, capitalizando a alegria passiva proporcionada pela “paixão nacional” da “pátria das chuteiras”. Essa história é conhecida desde pelo menos 1970. A avalanche midiática ao redor do evento, de fato, impressionava pela captura implacável da atenção, por um momento parecendo jogar para escanteio a possibilidade de conferir visibilidade ao dissenso. Aos trancos e barrancos, a seleção brasileira avançava na competição, mas a atmosfera governista era de ufanismo nacionalista, como se o sucesso dos jogadores em campo significasse o sucesso do governo. Simultaneamente, a presidenta declarava que o #NãoVaiTerCopa tinha sido “enterrado”, enquanto o candidato da oposição de esquerda para a prefeitura de São Paulo decretava arrogantemente o “fracasso” desse campo de lutas. Essa foi basicamente a pauta da esquerda antiprotesto até a derrota para a Alemanha.

    O roteiro “ideal” começou a se complicar com a contusão de Neymar, o craque do time. Diferentemente de 1962, não havia um Amarildo para substituir Pelé. “Cadê o Amarildo?” reapareceu curiosamente como a pergunta sem resposta, confusão entre clamor futebolístico e lembrança dos sem-nome corporificados no corpo negro desaparecido, torturado e morto pelos policiais da UPP da Rocinha, em 13 de julho de 2013, exatamente um ano antes da final.

    Diante da derrota humilhante por 7 x 1 em Belo Horizonte, a publicidade nacionalista do governismo foi para o beleléu. Os mesmos que juravam amor eterno à seleção e condenavam o #NãoVaiTerCopa como antipatriótico, refluíam em revolta contra a seleção, numa onda de deboche. A nova tragédia do futebol nacional, substituindo o Maracanazo de 1950, não deveria se chamar Minerazo, mas Amarildaço. Naquele momento, o governismo mudou completamente a postura e como que inverteu a lógica do discurso. Agora, era “só futebol”, não tinha mais nada a ver com política, governo e Dilma. Continuavam incapazes, assim, de ver que a maior derrota da Copa das Copas não era o 7 x 1, mas o estado de exceção de violações, remoções e “caldeirões de Hamburgo” rolando do lado de fora dos estádios. Tudo para garantir o “padrão FIFA” dos lucros que, em nenhum caso, foram partilhados com a maioria da população. O governismo continuou preso à dialética do #VaiTerCopa x #NãoVaiTerCopa, com a diferença que, em vez de organizar protestos por suas pautas, limitou-se a tentar colar a imagem do futebol no governo, enquanto debochava dos descontentes e se comprazia com a violência da repressão.

    Mas os protestos do #NãoVaiTerCopa, embora atacados por todos os lados, fragmentários, precários e por vezes dispersos, aconteceram. Nas ruas, desfilou outra seleção, aquela das camisas nº “-1” de Amarildo, de Cláudia da Silva, de DG, do menino Luiz Felipe, o incontável de suprimidos para que a democracia não se torne real com a participação de pobres, negros, indígenas, mulheres, LGBTT. Desfilou a seleção dos sem-teto, dos favelados, dos midiativistas, dos advogados populares, dos ativistas dos direitos humanos, dos comitês populares. E de todo um campo de lutas e militância que perseverou em seu esforço comum de existir diferente, singular e pleno, em contraste com o esvaziamento geral da esfera da representação, sua política de alianças, seu rolo compressor contra as manifestações e as “minorias” (que sempre foram a maioria).

    O legado máximo da Copa das Copas, além de estádios vazios em Manaus, Cuiabá, Natal e Brasília, foi o inchamento do limiar de exceção que, apesar de 30 anos de processo de redemocratização pós-ditadura, continua existindo no coração das instituições do estado brasileiro. O estado de exceção que veio à tona nas praças e ruas não é novidade para quem mora em territórios onde a exceção sempre foi a norma, em comunidades vulnerabilizadas e favelas. Em 2013, o levante da multidão expressou o desabrochar dos desejos por uma democratização real do Estado de Direito, para contrair o limiar de exceção e realizar outro Direito: como na campanha Cadê o Amarildo?, no fortalecimento de coletivos ligados à luta pela favela, nas pautas da reforma geral das polícias e das instituições de segurança pública, da democratização dos meios de comunicação e da fruição dos bens comuns. A resposta do poder constituído, em vez de atender à demanda por mais democracia que veio das ruas, foi uma política de polícia, uma redução das pautas democratizantes pela intensificação dos mecanismos ditatoriais latentes. Respondeu com a violência e o terror de Estado à constituição do comum, de onde outras instituições e outro Direito poderiam avançar na democratização do país.

    Hoje, depois da “Copa que não houve”, os movimentos sociais, mais convencionais ou de novo tipo, têm pela frente, além da urgência da luta contra a repressão, um duplo desafio:

    a) por um lado, trata-se de afirmar que a lógica do “menos pior” esgotou-se, porque o “menos pior”, hoje, está comprometido com a interrupção de um ciclo de lutas e sua substituição pela exceção policial e militar; isso significa que o “menos pior” tem sim que aprender do #NaoVaiTerCopa que é preciso propor com força e organizar com inovação “o melhor”, ou seja, o aprofundamento da democracia, voltando a zelar pelos temas dos direitos humanos (nas favelas, com os pobres) e enfrentando de vez a questão da qualidade dos serviços, a começar pelos transportes e a moradia – não mais transportes caros e péssimos, não mais moradia para segregar ainda mais os pobres.

    b) por outro lado, é preciso igualmente se contrapor, dentro dos próprios movimentos, à lógica do “quanto pior, melhor”, porque o achatamento das nuances e dos diferentes níveis das instituições e do direito perde de vista a possibilidade de alianças importantes, táticas defensivas e agenciamentos entre movimentos e apoios institucionais, conquanto minoritários.

    Não é verdade, compas, que ter ou não ter uma OAB comprometida – mesmo que de modo eventualmente insuficiente – com as liberdades e o “Estado de Direito” seja indiferente! Não é verdade que ter ou não ter o habeas corpus e o direito constitucional de manifestar-se seja indiferente!

    Não estamos em uma ditadura. Os pobres das favelas sabem muito bem que a “exceção” é na realidade a regra. Rafael, condenado a cinco anos por porte de água sanitária, sabe que só existe “aplicação da lei” e que a lei não é mesma para ele e para Cabral, pois não usam os mesmos guardanapos. Todo jovem negro sabe que a PM o trata diferentemente, até mesmo nas manifestações, de um colega branco.

    A novidade é outra, aquela de junho de 2013: de uma exceção constituinte, de uma brecha democrática para poder lutar, construir democracia radical, dentro e contra as “copas”. É essa brecha democrática das lutas que precisamos manter aberta, inclusive no terreno da invenção de novas instituições. A “revolução” é a conquista da democracia plena e radical e, nesse momento no Brasil, a conquista do direito efetivo dos pobres de fazer política autonomamente.

    A consagração do Brasil-Potência não aconteceu. O Brasil Maior falhou, mas falhou porque se ampara em uma síndrome de déficit de civilização: sempre perseguimos um modelo e uma medida que não construímos, e que nos é insignificante, enquanto, com a outra mão, desprezamos e afastamos o que realmente temos de singular. Desprezamos o que temos de selvagem e indômito para abraçar a civilização normalizadora que, como fantasma colonizador, nos escapa e nos esnoba.

    Acusam os descontentes de “vira-latismo”, mas “vira-latismo” é achar que tudo está bem porque turistas estrangeiros elogiaram os aeroportos e aprovaram a festa. Fora e dentro de campo, entretanto, seja protestando, seja sucumbindo de forma ridícula diante do rolo compressor alemão, os muitos brasis se revelaram insuprimíveis. Não somos mais apenas o país do futebol. O rodrigueano complexo de vira-latas foi superado fora dos gramados. Ou talvez as ruas tenham revelado uma outra acepção, superior e insubordinável, do “vira-latismo”: o ser livre, sem coleira nem dono. Como os gatos que já nascem pobres, porém já nascem livres, sem reconhecer senhor, senhora ou senhorio, na lição dos Saltimbancos de Chico Buarque. Parecemos ter aprendido, com o Nietzsche de Oswald de Andrade e Paulo Leminski, que o lugar mais importante, o “habitat dos grandes problemas é a rua”.

  18. Nota de esclarecimento do

    Nota de esclarecimento do desembargador Siro Darlan, que é uma verdadeira aula de boas decisõesdo operador jurídico:

    https://www.facebook.com/encontrocomajustica/posts/949823765033738?fref=nf

    Prezados amigos do FACEBOOK
    Agradeço a todos os comentários postados, tanto os elogiosos quanto os críticos. Todos muito bem vindos como consequência de um convívio democrático, onde todas as opiniões devem ser igualmente respeitadas e consideradas.
    A cultura do aprisionamento que levou o Brasil ao terceiro lugar do encarceramento mundial tem sido muito caro e dispendioso para nossa sociedade. Sua inutilidade tem sido demonstrada pelo número de reincidências e violência oriunda dos cárceres. O dispêndio inútil de recursos para aprisionar poderia e deveria ser destinados para a construção de uma sociedade mais justa, onde a educação e saúde de nosso povo.
    No caso concreto a denúncia do Ministério Público, embora as mídias interessadas em enganar seus leitores, tenham noticiado incêndios, lesões corporais, danos ao patrimônio público, porte de explosivos, dentre outros, é exclusivamente o delito de quadrilha armada – artigo 288, parágrafo único do Código Penal, cuja pena pode variar entre um e três anos de reclusão, podendo ser dobrada.
    Ora, ainda que os acusados venham a ser condenados, na pior das hipóteses a pena não ultrapassará dois anos por serem réus primários e de bons antecedentes. Sabe-se que pela nossa legislação a condenação até quatro anos pode e deve ser substituída por penas alternativas em liberdade.
    Assim sendo o que justifica manter presas pessoas que ainda que condenados, permanecerão em liberdade? Prejuízo maior terá a sociedade se tais pessoas vierem posteriormente acionar o Estado para que paguemos com os tributos que nos são cobrados, indenizações por terem sido presos ilegalmente, apenas para saciar a “fome de vingança” de setores raivosos, incapazes de raciocinar além do noticiário indutivo.
    São explicações que me cabem fazer, por dever de oficio, para, mesmo respeitando as posições em contrário, justificar que a decisão além de amparada na melhor interpretação da lei, visa proteger a própria sociedade de eventuais excessos e prejuízos possíveis.
    Acrescento ainda que o próprio Ministério Público, fiscal da lei e principal defensor da sociedade, afirmou expressamente nos autos de processo contra dois dos acusados que “os indiciados não representam qualquer perigo para a ordem pública, entende o Parquet que não se encontram presentes os requisitos autorizadores da manutenção da custódia cautelar dos indiciados”…” o Ministério Público é pelo deferimento do pleito libertário formulado em favor dos indiciados CARJ e IPD`I.” Paulo José Sally – Promotor de Justiça.
    Reitero meus agradecimentos por todas as manifestações favoráveis e contrárias. Siro Darlan

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