Fora de Pauta

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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O espaço para os temas livres e variados.

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

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  1. Trechos de depoimento de duas

    Trechos de depoimento de duas das muitas vítimas de Roger Abdelmassih, o Médico Monstro:

    “O maior estupro foi feito pelo Gilmar Mendes (então presidente do Supremo Tribunal Federal), que o soltou. Aí nós criamos mais força na busca.”

    “Gilmar Mendes quando fez isso ele nos colocou em risco. Esse homem é perigoso, nos ameaçou muitas vezes de morte durante a sentença.”

    http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2014/08/vitimas-de-ex-medico-relatam-drama-do-abuso-sexual-e-alivio-com-prisao.html

     

  2. Gostei..

    O idiota político é um fardo social,
    Não vê,
    Não crê,
    Não grita,
    Não reflete,
    Não age,
    Não vota,
    Não colabora,
    E somente sabe dizer amém.

    O idiota político se julga superior,
    Na sua mediocridade,
    Na sua estupidez,
    Na sua covardia,
    Na sua indolência,
    Na sua desfaçatez,
    Na sua falta de caráter,
    Na sua insipiente história.

    O idiota político é uma tartaruga narcísea,
    Com seu casco hostil de asco e indiferença,
    Se esquivando lentamente do mundo debaixo da cama,
    E fica regando a enorme flor-de-umbigo do seu jardim das mazelas.

    O idiota político quer que todos vão pastar,
    Para deixá-lo quieto em seu minúsculo quadrado,
    Quer que cada um se vire por si mesmo e se esqueça dele,
    Deus para proteção própria e Belzebu para os demais.

    O idiota político zomba de todos que lutam nas trincheiras da injustiça,
    Regorjeia de todos que não aceitam serem escravos,
    Critica a todos aqueles que ainda não se venderam,
    E ainda tenta corromper os indecisos na vida.

    O idiota político é um pobre diabo autista,
    Balança a cauda ritmado por um patético latido,
    Lambe com volúpia as feridas da ganância e insensatez,
    E ainda se satisfaz na frigidez do sexo por correspondência.

    O idiota político vale muito pouco ou quase nada,
    Se vende por qualquer quinhão ou por uma promessa esvaziada,
    Pensa apenas no imediato segundo existencial de um fóton,
    E vive oscilando de lado conforme a pressão da dança da maré.

    O idiota político é um pária da ignorância,
    Vota na pior das escolhas somente para febrilmente gargalhar,
    Não percebe que o único palhaço é o seu próprio semblante,
    O grande nariz vermelho que adorna sua face abestalhada.

    O idiota político é um ser moribundo,
    Não se preocupa saber se é noite ou se está frio,
    Vive com o nariz resvalando no teto e joelhos flexíveis,
    E nunca percebe a corda roçar a sua garganta.

    O idiota político é um ser desnorteado,
    Rumina tudo aquilo que é jogado em sua direção,
    Rói com avidez os ossos atirados ao chão,
    E ainda lustra com a própria língua as botas da opressão.

    O idiota político é uma vítima das circunstâncias,
    Fruto do deserto onde foi sadicamente parido,
    Estático no jardim esvaziado de sua história,
    E segue destilando a arrogância frívola dos desmemoriados.

    O idiota político vive dizendo que deseja a Paz,
    Mas diante de seu invólucro adiabático somente fomenta a guerra,
    Permite que a opressão atinja a todos os indefesos,
    E assim colabora para ampliar as estatísticas da barbárie.

    O idiota político não quer verdadeiramente nada na sua vida,
    Prefere que seu destino seja ofertado à própria sorte,
    Comodista, ainda espera que nada atrapalhe o curso de sua vida,
    E assim seguirá tranqüilo para o seu tão esperado leito de morte.

    ………

    Certamente baseado no Analfabeto Político do Bertoldo…

     

     

  3. Mistura bem brasileira
    O

    Mistura bem brasileira

    O antropólogo Roberto DaMatta fala numa sociologia da morte.

    No Brasil, a sociologia da morte é uma boa jogada dos vivos, que continuam mais rápidos.

    Tudo se articula, mistura, cozinha e costura: Lula e Paulo Maluf, Aécio Neves e a direita Miami, a inimiga do agronegócio e o amigo da Monsanto. Não tem santo nesse monte. Os mortos não governam os vivos. São apenas cabos eleitorais.

    Por aqui, roqueiro troca a rebeldia por um discurso de vovó carola com medo dos comunistas.

    Se duvidar, porém, tem quem coma criancinha. Mas só pelos 17.

    O médico estuprador viaja pelo mundo e se esconde, com nome falso, no Paraguai. Diz que foi ideia da mulher. Pura perda de tempo. Se tivesse se entregado desde o começo possivelmente já estaria em liberdade. No semiaberto.

    Aberto é só para aves que escapam do STF.

    E Abel, o treinador do Inter, continua acreditando no “vamos pra dentro deles”.  Sempre que enfia atacantes para virar o jogo, toma na cabeça. Mas sai feliz com o que o “time fez”. E o time, claro, não fez nada além de perder em casa.

    O horário eleitoral está divertido demais.

    Em três dias, ninguém falou a verdade.

    É que a verdade é um conceito do século XIX.

    Mas também ninguém mentiu.

    É que a mentira é uma questão de ponto de vista.

    http://www.correiodopovo.com.br/blogs/juremirmachado/?p=6305

  4. A questão é não desistir do povo

    Por Marcelo Zero (*)

    Ele nasceu miserável, um excluído do Brasil. Como milhões, ele nasceu um “desistido” do seu próprio país. Provavelmente, teria morrido antes dos 5 anos, como muitos iguais a ele. Sobreviveu. Lutou contra a miséria opressiva, a pior forma de violência, como dizia Gandhi. Lutou contra a ditadura, que desistia do povo em prol de uma minoria. Lutou por uma democracia para todos, não uma democracia para poucos, que desistia da maioria. Fundou um partido de esquerda em pleno regime militar, pelo qual ninguém dava nada, e lutou por décadas para chegar à presidência. Fez o melhor governo da história recente do país. Mudou o Brasil.
    Ela também. Qualquer pessoa que é presa e barbaramente torturada aos 19 anos tende a desistir. Até da vida. Mas ela persistiu, e continuou e aprofundou a obra iniciada por ele. Mesmo em meio à pior crise mundial desde 1929, faz um governo para todos os brasileiros. Faz um governo que não desiste de ninguém.
    Lula e Dilma nunca desistiram do Brasil. Apesar de tudo. Apesar do ódio que lhe dedicam os que nunca foram ‘desistidos” pelo país.
    Mas o que significa realmente “não desistir do Brasil”? Significa não desistir do povo brasileiro. Afinal, sem o seu povo, o Brasil é mera abstração.
    Este é um país que historicamente desistiu da maioria da população. Aqui, governava-se para poucos e excluíam-se muitos. Diziam que para crescer, era necessário concentrar renda e patrimônio. Diziam até que os pobres eram um problema. Que o Nordeste era um problema. Tínhamos governos que assistiam a poucos e desistiam de muitos. Tínhamos governos que, ante qualquer crise, “ajustavam” a economia promovendo desemprego e reduzindo salários, desistindo dos trabalhadores.
    Este era o país em que predominava uma lógica perversa, segundo a qual, para que o Brasil e sua economia fossem bem, era necessário que o povo fosse mal. Era preciso desistir do povo para não desistir do Brasil.
    Lula e Dilma inverteram essa lógica perversa. Agora, o Brasil se fortalece junto com seu povo, especialmente a população mais pobre. Na realidade, hoje o Brasil se fortalece graças ao fortalecimento do seu povo. Para os governos de Lula e Dilma, não desistir do Brasil significa realmente não desistir do seu povo.
    Assim, não desistir do Brasil significa tirar 36 milhões da pobreza absoluta, da sua histórica “desistência”, e promover a ascensão de outros 42 milhões à classe média. Não desistir do Brasil implica elevar o salário mínimo e a renda dos trabalhadores, mesmo em meio à crise global. Não desistir do Brasil significa não desistir de gerar empregos com carteira assinada para mais de 20 milhões de brasileiros. Não desistir do Brasil implica não renunciar a abrir as portas das universidades públicas e privadas para pobres e afrodescendentes, como o governo Dilma vem fazendo. Não desistir do Brasil significa tirar das trevas 15 milhões de pessoas que tinham sido “desistidas” de ter luz elétrica. Não desistir do Brasil significa insistir em levar, com o Mais Médicos, médicos para 50 milhões de brasileiros que estavam “desistidos” de ter acesso à Saúde.
    Não desistir do Brasil implica, sobretudo, não desistir de reduzir as desigualdades sociais e regionais do Brasil, pois elas são as mães de todas as nossas “desistências” históricas.
    Todas as nossas fraquezas e insuficiências como país e como nação derivam, essencialmente, do fato de termos, ao longo de 500 anos de história, desistido do nosso povo. Fomos, durante muito tempo, um país cronicamente frágil, vulnerável e dependente porque não apostamos, como deveríamos, na força da nossa população. Não apostamos no imenso potencial do nosso mercado interno. Não apostamos na libertação do nosso povo das garras da miséria. Não apostamos na libertação do nosso povo dos grilhões da ignorância.
    Não apostamos no fato de que essa libertação seria a verdadeira libertação do Brasil.
    Com efeito, o Brasil que desistia de seu povo era um país fraco e fadado ao fracasso. Já a construção recente desse novo país mais forte, mais justo, mais resistente às crises e mais soberano só se faz com a ascensão do seu povo. Só se faz com a insistência em nele investir.
    Esse é um processo que mal começou, pois não se revertem 500 anos de “desistências” em apenas 12 anos.
    Ainda assim, há gente que quer reverter tal processo. Tem gente que quer desistir do aumento do salário mínimo, pois ele estaria “muito elevado”. Há gente que quer desistir da geração de empregos formais, pois seria necessário “ajustar a economia”. Há candidatos que desejam “flexibilizar” direitos trabalhistas e previdenciários, para aumentar a produtividade e reduzir custos. Tem gente que quer desistir da exploração soberana do Pré-Sal. Há forças que querem desistir da Petrobras e implantar a Petrobrax.Tem gente que deseja até desistir do desenvolvimento sustentável, em nome de um ambientalismo conservador e primitivo.
    Há, sobretudo, economistas conservadores, que assessoram candidatos que insistem em se apresentar como progressistas, que querem promover aqui as mesmas políticas ortodoxas que vêm “desistindo” do emprego, da renda, de direitos consolidados e do Estado do Bem-Estar, em países desenvolvidos. Políticas que insistem na concentração dos rendimentos e do patrimônio. As mesmas políticas que, segundo Picketty e vários outros, tendem a fazer que o capitalismo “desista” da democracia.
    Enfim, há forças políticas e candidatos que querem, de novo, desistir do povo brasileiro. Querem, no fundo, voltar a um passado de exclusão. Voltar à lógica perversa que sempre nos colocava o falso dilema de ter de escolher o entre o bem estar do povo e o bem estar do mercado.
    Nessas eleições, o verdadeiro e único embate, não importa qual a cortina de fumaça que se lance, não importam as quimeras imaginadas pelas “terceiras vias”, será o embate entre aqueles que não aceitam desistir do povo brasileiro e aqueles que acham que esse é um “preço aceitável” para não “desistir do Brasil”.
    Insistir no povo ou desistir do povo, essa é a questão.

    (*) Marcelo Zero é formado em Ciências Sociais pela Unb e assessor parlamentar do Partido dos Trabalhadores

    http://paulomoreiraleite.com/2014/08/22/questao-e-nao-desistir-povo/

  5. Telescópio Hubble visível hoje em RS, SC, PR, SP, e RJ.

    Telescópio Hubble visível hoje em RS, SC, PR, SP, e RJ.

    Tiangong visível hoje em ES, e litoral mais ao Sul do Nordeste

    Desde anteontem dia 20 até dia 25 segunda-feira nos estados do RJ, SP, PR, SC e RS poderá ser visto o Telescópio Hubble no céu, sem binóculo, a partir das 18h e 57min no RS e a partir das 19h e 00min no Rio de Janeiro, em uma grande magnitude aparente. Esses horários são para o dia de hoje, sexta dia 22.

     

    A seguir as indicações de horários e rumos para três exemplos:

     

    RS

    HST   1.1  18:57:21  10°  W  19:01:31  62°   N   19:04:59  14°   ENE

     

    Onde:

    HST          é o nome do satélite, neste caso Hubble Space Telescope;

    1.1            é a magnitude aparente esperada para a ocasião

    18:57:21   horário em que se inicia a visualização

    10°     W   inclinação em que se inicia a observação em relação ao horizonte e rumo da visualização, ou seja, 10 graus acima do horizonte no rumo Oeste (W);

    19:01:31         horário de maior magnitude mais próximo ao zênite

    62°      N         inclinação da observação em relação ao horizonte e rumo (aqui Norte)

    19:04:59         14°      ENE    horário, inclinação e rumo do sumiço (aqui Leste Nordeste)

     

    SP

    HST   1.2  18:58:59  10°  WSW  19:03:04  49°   SSE   19:04:59  27°   ESE

     

    RJ

    HST   0.8  19:00:22  10°  WSW  19:04:32  60°   SSE   19:04:59  56°   SE

     

    Os horários de maior magnitude aparente são aqueles 19:01, 19:03 e 19:04 respectivamente para RS, SP e RJ.

     

     

    Procurando saber se no ES o HST estaria visível percebi que a Tiangong estará bem mais visível lá do que o próprio HST. A Tiangong estará bem visível também no RJ, região de Porto Seguro e litoral mais ao Sul do Nordeste. Não deixe de olhar as indicações em sua cidade e seu estado para os diferentes satélites possíveis

     

    ES

    Tiangong 1   1.0  18:04:02  10°   SW  18:07:08  88°   SE  18:10:12  10°   NE

     

    Para entender melhor e se preparar para observar satélites em qualquer localização e em qualquer época do ano veja o artigo aqui: como observar satélites artificiais e restos de foguetes a olho nu.

     

    1. Aqui um deles foi bem visível

      Não saberia precisar qual deles. O céu estava bem limpo e ele tinha uma tragetória de Norte/sul. Estava bem lento que creio ser a altitude. Agora show de bola, no mesmo horário (19:00/19:30 hrs) está a constelação de escorpião.

  6. Duas manchetes opostas para um mesmo assunto

    O copo meio cheio, meio vazio e a importância da linha editorial.

    IBGE aponta quadro de pleno emprego no Brasil

    Taxa de desocupação em julho ficou estável nas quatro regiões metropolitanas pesquisadas – São Paulo (4,9%), Recife (6,6%), Rio de Janeiro (3,6%) e Belo Horizonte (4,1%) – e mostram mínimas histórias de desemprego no País; a despeito de todas as previsões de recessão na economia, dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) apontaram essa semana que rendimento real médio do trabalhador cresceu 3,18% em 2013 e que o Brasil gerou 1,49 milhões de empregos formais no período; para o ministro do Trabalho, Manoel Dias, números refletem que o mercado de trabalho continua em expansão e não há indícios de retração

    Dados divulgados nesta quinta-feira 21 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam para uma situação de pleno emprego no País. As quatro regiões metropolitanas pesquisadas mostraram estabilidade na taxa de desocupação de junho para julho desse ano: Recife (6,6%), Belo Horizonte (4,1%), Rio de Janeiro (3,6%) e São Paulo (4,9%). Em relação a julho de 2013, houve estabilidade em Recife e Belo Horizonte, e recuos no Rio de Janeiro e em São Paulo.

    Este foi o terceiro mês que o IBGE não divulgou os dados completos da mostra em razão da greve de seus servidores. Ficaram faltando as regiões metropolitanas de Salvador e Porto Alegre. Em abril, última vez que o instituto divulgou a pesquisa completa, o índice de desemprego registrado foi de 4,9%, o menor da história para o mês.

    Mesmo diante de todas as previsões negativas para a economia brasileira, por parte de analistas e consultorias econômicas, dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) apontaram um cenário inverso essa semana. O rendimento real médio do trabalhador brasileiro cresceu 3,18% em 2013, alcançando R$ 2.265,71 em dezembro contra R$ 2.195,78, registrado em dezembro de 2012.

    No ano passado, o Brasil também gerou 1,49 milhão de empregos formais, segundo a Rais. O número é superior aos dados de 2012, quando foram registrados 1,14 milhão de empregos. O montante de vínculos empregatícios também cresceu, passando de 47,45 milhões em 2012 para 48,94 milhões em 2013.

    Na avaliação do ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, os dados positivos refletem que o mercado de trabalho no Brasil continua em expansão e não há indícios de retração. “Nossos percentuais em todos os setores da economia são altamente positivos. O País vem mantendo a geração de postos, seguindo o crescimento do PIB. Criamos vagas de emprego e tivemos ganhos reais de salários, como demonstra a Rais”, afirmou.

     

    Criação de empregos formais cai 71,5% em julho, em relação a igual mês de 2013

    Dados do Cadastro geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quinta-feira pelo Ministério do Trabalho, mostram que o país criou 11.796 empregos com carteira assinada no mês de julho, uma queda de 71,5% em comparação com igual mês do ano passado, quando foram abertas 41.463 vagas formais. Também foi o pior resultado para meses de julho desde 1999.

    De janeiro a julho deste ano, foram criados 632.224 empregos formais, com queda de 30,3% frente ao mesmo período do ano passado, que registrou 907.214 vagas.

    Também é o pior resultado para os sete primeiros meses do ano desde 2009, quando o país ainda enfrentava os efeitos da crise financeira internacional. Naquele período, as empresas contrataram 566.934 trabalhadores.

    O setor de serviços liderou a criação de empregos formais nos seis primeiros meses deste ano, com 412.987 postos abertos, contra 384.190 no mesmo período do ano passado. A indústria de transformação, como as refinarias de petróleo, foi responsável pela contratação de 30.507 trabalhadores com carteira assinada no mesmo período. 

    A construção civil, por sua vez, registrou a contratação de 80.841 trabalhadores com carteira assinada de janeiro a julho deste ano, contra 146.638 vagas no mesmo período de 2013. Já o setor agrícola gerou 123.816 empregos nos sete primeiros meses deste ano, contra a abertura de 139.350 vagas no mesmo período de 2013.

    O comércio fechou 50.065 vagas formais de janeiro a julho deste ano, contra 3.324 vagas fechadas nos sete primeiros meses de 2013.

    O emprego formal cresceu em quatro das cinco regiões do país nos sete primeiros meses deste ano. No período, a Região Sudeste abriu 338.832 empregos com carteira assinada e a Região Sul, 173.274.

    A Região Centro-Oeste foi responsável pela abertura de 101.156 postos formais de emprego de janeiro a julho deste ano, enquanto que a Região Norte teve a abertura de 29.589 postos de trabalho com carteira assinada. A Região Nordeste, por sua vez, registrou o fechamento de 10,627 empregos com carteira nos seis primeiros meses deste ano.

    Links:

    http://www.brasil247.com/pt/247/economia/150832/IBGE-aponta-quadro-de-pleno-emprego-no-Brasil.htm

    http://www.jb.com.br/economia/noticias/2014/08/21/criacao-de-empregos-formais-cai-715-em-julho-em-relacao-a-igual-mes-de-2013/

  7. Um menino de caráter

    http://blogdojuca.uol.com.br/2014/08/um-menino-de-carater/

    Um menino de caráter

    Juca Kfouri

     

    IMG_2183.JPG

    Guilherme Murray tem 12 anos e está disputando o Campeonato Panamericano de Esgrima pelo Brasil, em Aruba, no Caribe, numa categoria, espada, dois anos acima de sua idade.

    Hoje ele foi eliminado nas oitavas de final.

    Perdeu de 10 a 9.

    Mas só porque quis.

    Ele ganharia o jogo.

    O árbitro deu o toque em favor dele.

    O Guiga foi ao árbitro e disse que havia um engano, que ele não havia tocado o adversário.

    O árbitro tirou-lhe o ponto.

    O menino deixou as pessoas impressionadas com seu espírito olímpico.

    Um garoto, no meio dos grandes , que poderia estar entre os oito melhores da América, vai ao árbitro, comunica o erro e é eliminado da prova por sua atitude, ao recusar um ponto que não era dele.

    Também fruto dos ensinamentos de ética no esporte que os Mestres Régis Trois, Ricardo Ferazzi e Carla Evangelisti professam na sala de esgrima do Club Athletico Paulistano.

    Antes de formarem atletas, se preocupam em formar pessoas de caráter.

    Hoje Guilherme Murray, campeão brasileiro, sul-americano, e de tantos outros torneios nacionais e internacionais, saiu de Aruba mais campeão do que nunca.

  8. Quem é quem no núcleo duro de Marina Silva

    http://www.revistaforum.com.br/blogdorovai/2014/08/21/quem-e-quem-nucleo-duro-de-marina-silva/

    Quem é quem no núcleo duro de Marina Silva

    Por Renato Rovai agosto 21, 2014 19:23

    Marina Silva foi vereadora em Rio Branco e deputada estadual pelo Acre, antes de chegar ao Senado, de forma surpreendente, numa eleição que contrariou todas as pesquisas, em 1994. Sua trajetória no Senado foi de militante ecológica e isso a levou não somente a se reeleger senadora em 2002, como também a ser uma das primeiras ministras anunciadas por Lula para a pasta de Meio Ambiente, em 2002.

    Marina, mesmo sendo política há mais de 25 anos, costuma ser considerada como uma outsider. Talvez por conta de seu comportamento discreto e ao mesmo tempo bastante autocentrado. São poucas as pessoas que compartilham da intimidade da nova candidata à presidência da República pelo PSB e um número ainda menor aos quais ela oferece os ouvidos. Quem diz isso são seus amigos e aliados, como o deputado federal Alfredo Sirkis.

    A crise de hoje com o secretário-geral do PSB e ex-coordenador da campanha de Eduardo Campos, o pernambucano Carlos Siqueira, é um pouco resultado desse comportamento difícil da candidata. Mas Marina tem um núcleo duro. E é com as pessoas desse grupo que ela tem decidido boa parte dos seus passos políticos desde que saiu do PT mirando uma candidatura presidencial.
    Conheça um pouco daqueles que fazem a cabeça da candidata.

    Walter Feldman – Atualmente deputado federal, é médico de formação e foi uma das principais lideranças do PSDB em São Paulo por muitos anos. É cristão novo na relação política com Marina Silva, mas muito rapidamente ganhou a sua confiança. É o atual porta-voz da Rede e foi guindado ontem a coordenador geral da campanha no lugar do socialista Carlos Siqueira, o que abriu a primeira crise na campanha da candidata.

    Feldman é tudo menos alguém exatamente da “nova política”. Já teve sete cargos legislativos e cinco executivos. Sempre foi próximo de José Serra e foi seu coordenar de subprefeituras em São Paulo, entre 2004-2005. Em 2006 foi um dos principais articuladores da campanha do então ex-prefeito para o governo do estado de São Paulo. Antes já havia sido chefe da Casa Civil durante o governo de Mario Covas. Também foi um dos principais articuladores do PSDB no governo Kassab, tendo sido secretário de Esporte e Lazer no governo do pesedista.

    Feldman tentou ser candidato a prefeito pelo PSDB por algumas vezes, mas não conseguiu. Na última eleição municipal, atribuiu-se a ele articulação do apoio do pastor Silas Malafaia à José Serra.

    Depois que Marina Silva deixou o PV, ele se desfilou do PSDB e ajudou na fundação da Rede, como esta não conseguiu autorização da justiça para se tornar partido, desistiu de disputar novo mandato parlamentar. Até por conta dessa atitude teria se tornado a voz da Rede e ganhado muito espaço junto à candidata.

    Eduardo Gianetti da Fonseca – responsável pelo programa econômico da candidatura de Marina Silva. É formado em Economia (FEA) e Ciências Sociais (FFLCH), ambas na USP. Tem uma postura mais neoliberal e defende que o Banco Central seja independente. Ou seja, não tem nenhuma relação com as políticas econômicas do governo. Apenas com os interesses do mercado. Em declarações à imprensa já disse que um eventual governo Marina Silva será “menos estatizante do que o de Dilma Rousseff” e também tem defendido a tese do corte de ministérios. Ou seja, considera que o Brasil precisa ter um Estado menor.

    Durante a gestão de Lula (2002-2010) classificou como “irresponsável e inaceitável” os aumentos dados às aposentadorias e aos funcionários públicos. O que sinaliza para uma separação entre o salário mínimo do trabalhador na ativa e do aposentado. Algo defendido por economistas neoliberais.

    Pedro Ivo Batista – É amigo e assessor político de Marina Silva há muito tempo. Foi militante do PT desde quase sua fundação, tendo participado da mesma tendência interna da candidata, o Partido Revolucionário Comunista (PRC), que no movimento estudantil se organizava na corrente Caminhando. A principal liderança do PRC era o ex-deputado José Genoino. Naquela época, Marina era bastante ligada a Ozeas Duarte, que era um dos principais dirigentes da tendência. Quando Marina sai do partido e vai para o PV, Pedro Ivo sai junto. Depois deixa o PV junto com Marina para construir a Rede. E agora está junto com ela no PSB.

    Considerado um dos braços direitos de Marina Silva no ministério do Meio Ambiente (2003-2008), Pedro Ivo foi o responsável pela coordenação da Agenda 21 Brasil. Cearense e ex-bancário, foi dirigente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e coordenador nacional de Meio Ambiente. Tem bom trânsito no PT e é considerado uma pessoa equilibrada e bom articulador.

    Neca Setúbal e Marina (Foto: Reprodução)

    Neca Setubal e Marina (Foto: Reprodução)

    Maria Alice Setubal (Neca Setubal) – Conheceu Marina em 2007 e se aproximou muito dela na eleição de 2010. Por isso foi a escolhida para representá-la na coordenação do programa de governo de Eduardo Campos.

    Acionista da holding Itaúsa, possui 1,29% do capital total, o que lhe conferiria uma fortuna de R$ 792 milhões. Em 2010, o Itaú doou R$ 1 milhão para a campanha de Marina.

    Questionada se participaria de um eventual governo de Marina, Maria Alice Setubal  disse: “Supondo que Marina ganhe, eu estarei junto, mas não sei como. Talvez eu preferisse não estar em um cargo formal, mas em algo que eu tivesse um pouco mais de flexibilidade.”

    Bazileu Margarido – É economista e do círculo mais próximo da candidata. Por este motivo, foi indicado por Marina para ser o tesoureiro de sua campanha na tarde de ontem. Na gestão de Marina à frente do Ministério do Meio Ambiente, foi o presidente do Ibama. Membro da executiva nacional da Rede é defensor do PAC e da construção das hidrelétricas. Bazileu foi um dos interlocutores da parceria entre Rede e PSB e defendeu a tese de que membros da Rede não deveriam aceitar cargos na executiva do PSB. É considerado um dos melhores amigos da candidata.

    Alfredo Sirkis – É jornalista e deputado federal (PSB-RJ). Foi o principal articulador da ida de Marina Silva do PT para o Partido Verde. Tem militância ecológica antiga, foi fundador do PV, e na ditadura participou da luta armada no grupo Vanguarda Popular Revolucionária (VPR). Era muito ligado à candidata, mas a relação entre eles estremeceu quando a Rede não conseguiu ser formalizada enquanto partido. Na ocasião, escreveu o seguinte texto em seu blogue:

    “Marina é uma extraordinária líder popular, profundamente dedicada a uma causa da qual compartilhamos (…). Possui, no entanto, limitações, como todos nós. Às vezes falha como operadora política, comete equívocos de avaliação estratégica e tática, cultiva um processo decisório ad hoc e caótico e acaba só conseguindo trabalhar direito com seus incondicionais. Reage mal a críticas e opiniões fortes discordantes e não estabelece alianças estratégicas com seus pares. Tem certas características dos líderes populistas embora deles se distinga por uma generosidade e uma pureza d’alma que em geral eles não têm.”

    Esse texto de Sirkis, que teve forte relação com a candidata, acabou reforçando uma série de críticas que Marina enfrenta. E sua imagem sai ainda mais colada neste tipo de comportamento com a recente declaração de Carlos Siqueira, dizendo que foi rechaçado de forma grosseira por ela da coordenação da campanha. Siqueira gozava de grande confiança de Eduardo Campos.

    Marina e Guilherme Leal, vice na chapa de 2010 (Foto: Valter Campanato / ABr)

    Marina e Guilherme Leal, vice na chapa de 2010 (Foto: Valter Campanato / ABr)

    Guilherme Leal – Co-presidente do Conselho da Natura e dono de 25% das ações da empresa. Está no ranking da Forbes entre as pessoas mais ricas do mundo. Posição de 461 (2010). Foi candidato a vice-presidente na chapa de Marina Silva em 2010 e doou R$ 11 milhões de reais para a campanha. Tinha se distanciado da candidata quando ela foi para a aliança de Campos, mas já deu sinais de que agora voltará a atuar de forma mais próxima.

    A Natura é uma empresa que tem forte discurso de responsabilidade socioambiental, mas responde por processo de trabalho escravo e é acusada de biopirataria pelo Ministério Público Federal.

    João Paulo Capobianco – Biólogo, fotógrafo e ambientalista. Durante a gestão da candidata à frente ao ministério do Meio Ambiente, foi secretário nacional de Biodiversidade e Florestas e secretário-executivo do ministério. Em 2010, foi o coordenador da campanha de Marina Silva e mais recentemente um dos principais articuladores da fundação da Rede.

    Capobianco teve o nome cogitado para disputar o governo do Estado de São Paulo. Porém, em função da negociação do PSB com Geraldo Alckmin (PSDB), essa hipótese nem ganhou muito espaço.

    Capobianco é um crítico ferrenho do governo Dilma e o classifica como um atraso para a questão ambiental no Brasil.

    Além desse grupo, Marina leva muito em consideração a opinião de seu marido, Fábio Vaz de Lima, que até esta semana ocupava um cargo de comissão no governo do Acre, e de pessoas com quem tem relação muito mais pessoal do que política. Esse é um hábito que a candidata cultiva. Ela não leva em consideração apenas a opinião do seu grupo mais político. E muitas vezes surpreende a todos com decisões inesperadas, como a filiação ao PSB para ser vice de Eduardo Campos.

    De qualquer maneira, muito do que Marina vier a fazer nos próximos dias que podem levá-la ou não ao segundo turno e até a presidência da República terá muito a ver com esse grupo apresentado nas linhas acima.

    Colaborou: Marcelo Hailer

  9. As diferenças entre as políticas econômicas de FHC e Lula-Dilma

    http://brasildebate.com.br/928/

    As diferenças entre as políticas econômicas dos períodos FHC e Lula-Dilma

    Graças às estratégias adotadas no período 2003-2014, atravessamos a maior crise internacional desde os anos 1930 empregando políticas anticíclicas que nos garantiram a continuidade da distribuição de renda, a criação de empregos e a manutenção dos investimentos6352 EmailShare

    No período 2003-2014, a economia brasileira gerou mais de 18 milhões de empregos formais, a desigualdade da distribuição de renda foi reduzida, o consumo das famílias aumentou, o investimento também cresceu e as reservas internacionais aumentaram na ordem de dez vezes.

    A despeito desse desempenho, críticos aos governos Lula e Dilma os acusam de não terem dado continuidade às reformas liberalizantes e de terem abandonado as políticas ditas responsáveis.

    Para eles, o baixo crescimento dos últimos três anos é sinal de que o atual modelo, baseado no “consumismo” e no “dirigismo”, estaria se esgotando.

    E, o que seria pior, arriscando as bases econômicas sólidas, construídas por meio da introdução de reformas da década anterior. O Brasil estaria dando um passo para trás no desenvolvimento.

    Curiosamente, muitas análises descartam a Grande Recessão Mundial em que vivemos.

    Não é difícil pinçar artigos que, para testar relações entre variáveis, utilizam metodologias sofisticadas lado a lado a crenças de que “a crise de 2008 não afetou as economias emergentes” ou que “foi rapidamente superada”. E, com base nessa miopia analítica, afirmam que as estatísticas de crescimento brasileiras são decepcionantes.

    O fato é que, quando examinados em perspectiva, os mesmos dados demonstram que o Brasil foi muito bem-sucedido diante da economia mundial e das economias avançadas desde 2003, período em que foram colocadas em prática as políticas distributivistas e o papel do Estado foi fortalecido.

    Os gráficos abaixo comparam a evolução do PIB mundial, das economias avançadas e do Brasil, no período das reformas liberais (1990-2002) e no atual (2003 em diante). Tornando o PIB real dessas economias, no início de cada período igual a 100, fica evidente que o Brasil perdeu espaço na economia mundial no “período liberal”.

    Precisamente o oposto do que se desejava e previa. Esperava-se que o engate do Brasil na economia global pela adesão ao consenso de Washington seria o caminho mais óbvio para o desenvolvimento. Não obstante, testemunhou-se o contrário.

    grafico evolucao pib fhc e lula-dilma

    Observa-se que, no “período liberal”, a economia brasileira conseguiu acompanhar a economia mundial apenas entre 1992 e 1997, período de crescente liquidez na economia internacional.

    Quando ocorreu a crise da Ásia, ficou evidente que a tentativa de se enganchar na economia mundial pela via da liberalização e do enfraquecimento do Estado resultou em fragilidade financeira externa. A economia nacional ficou à deriva, frustrando aqueles que acreditavam ser esse o caminho para desenvolvimento.

    A utopia liberal se revelou uma miragem. A estratégia adotada de se acoplar na economia mundial resultou em perdas de graus de liberdade para a política econômica.

    As crises internacionais, ao longo desse período, afetaram pesadamente a economia brasileira. Não por causa das crises propriamente, com potencial destrutivo muito menor do que a quebra do Lehmann, em 2008, mas porque as repercussões locais foram exacerbadas.

    De um lado, a fragilidade financeira externa do País não nos dava proteção quanto a choques. De outro, as políticas de austeridade adotadas no País provocaram desemprego e atrasaram o crescimento.

    Para piorar, o racionamento de energia elétrica de 2000/2001, fruto do abandono do planejamento do setor elétrico que nos deixou fragilizados diante da escassez de chuvas, mais uma vez atrasou o crescimento.

    De 2003 em diante, a lógica da política mudou. Sem provocar ruptura institucional ou econômica, o governo aproveitou a fase ascendente do ciclo internacional para aumentar os graus de autonomia de política econômica.

    Essa estratégia foi articulada em três frentes. A primeira foi baseada na intensa acumulação de reservas internacionais para mitigar a fragilidade externa que, com frequência, assombrava o País, interrompendo ciclos de crescimento.

    A segunda consistiu no fortalecimento do mercado interno. Os programas de transferência de renda, dentre eles, o Bolsa Família, a política de recuperação do salário mínimo e a ampliação do crédito pessoal fortaleceram o consumo na economia.

    Por último, a política de fortalecimento dos investimentos, com programas como o PAC, o Minha Casa Minha Vida, e o Programa de Sustentação do Investimento do BNDES, tornou o investimento mais robusto, contribuindo para reforçar a demanda e ampliar a capacidade produtiva.

    O Brasil aproveitou a onda das commodities para aumentar seu raio de manobra em relação à economia mundial.

    Graças a essa estratégia, atravessamos a maior crise internacional desde os anos 1930 empregando políticas anticíclicas que nos garantiram a continuidade da distribuição de renda, a criação de empregos e a manutenção dos investimentos, além de um desempenho superior ao das economias avançadas e alinhado à economia mundial.

    O sucesso dos últimos anos não foi um golpe de sorte nem a perseguição de uma miragem. Também não foi a solução de todos os problemas. Mas aumentou a capacidade do País de enfrentar os grandes desafios da modernização do sistema produtivo, do fortalecimento da infraestrutura econômica e social e do avanço na inclusão social. De continuar caminhando.

    45 respostas to “As diferenças entre as políticas econômicas dos períodos FHC e Lula-Dilma”

    Rafael disse:18 de agosto de 2014 às 12:49

    Ótimo artigo. A melhora nos dados de crescimento econômico do período atual em relação a era neoliberal são incontestáveis. De fato, a grande crise financeira que vivemos sumiu do debate sobre o momento atual da economia brasileira, o que demostra a falta de honestidade dos que criticam a nossa política economica atual.

    – See more at: http://brasildebate.com.br/928/#sthash.M4nnSsRE.dpuf

  10. Da reforma política

    Por que um plebiscito popular pela reforma política?

     

     


    Por Juliane Furno*, em Brasil Debate

    Das “jornadas de junho”, como ficaram conhecidas as manifestações em junho de 2013, saíram dois importantes aprendizados. O primeiro deles é que os jovens, em especial, não se sentem representados por essa política institucional brasileira, desacreditando que as necessárias transformações – descritas nos cartazes que empunhavam – ocorrerão no atual Congresso Nacional.

    O segundo foi o da necessidade de construir mecanismos que garantam a unidade dos setores populares e de esquerda, buscando enfrentar a fragmentação e construir uma aliança sob bases programáticas e ideológicas.

    Nesse sentido, essas manifestações demandaram que a esquerda brasileira empunhe uma bandeira política ofensiva, que possa resumir esses anseios populares. Identificou-se que as reivindicações sociais deveriam caminhar em direção à exigência de uma ampla e profunda reforma do sistema político.

    Durante as campanhas eleitorais, o que menos se destaca – paradoxalmente – é a política.

    Atualmente, as candidaturas políticas não se diferenciam por meio da disputa de projetos de país (apesar de existirem). São pautadas sob demandas que não explicitam os seus verdadeiros interesses políticos e de classes.

    Isso ocorre porque, entre outros motivos, nosso voto é nominal. Com isso, votamos em indivíduos e não em um projeto coletivo. Esse sistema de votação nominal abre brechas para as legendas de aluguel, ou seja, partidos sem unidade nem identidade ideológica ou programática – a verdadeira privatização da política.

    Como se não bastasse a apatia na defesa de um projeto nacional claro, as campanhas políticas são profundamente marcadas pelo marketing e caracterizadas pela demasiada atuação do poder econômico.

    Com isso, os candidatos que melhor representam os interesses políticos dos grandes grupos econômicos são os que recebem mais dinheiro para as suas campanhas, e os que contam com uma ampla gama de materiais visuais e com um grupo significativo de militância paga.

    Após eleitos, o financiamento privado das campanhas eleitorais exige a sua contrapartida. Parlamentares passam a defender os interesses dos seus financiadores e dos grupos aos quais são vinculados.

    Sendo o poder dos grandes grupos políticos e econômicos preponderante nas eleições, o Congresso Nacional não expressa a correlação de forças existentes na sociedade brasileira.

    Nesse sentido, dados do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) apontam que dos 594 parlamentares (513 da Câmara e 81 do Senado) eleitos em 2010, 273 são empresários; 160 compõem a bancada ruralista; 66 são da banca evangélica e apenas 91 se definem como representantes dos trabalhadores.

    Para enfrentar os mecanismos que mantêm os trabalhadores e os movimentos sociais excluídos dos espaços de poder e decisão, são necessários três elementos centrais: enfrentar a imposição do poder econômico; combater o oportunismo eleitoral e enfrentar o problema da sub-representação.

    Para finalizar a análise das deficiências e limites desse sistema político, é necessário salientar a imensa disparidade entre a composição da população brasileira e a sua representação na política institucional.

    As mulheres ocupam míseros 9% dos mandatos na Câmara dos Deputados e 12% no Senado (apesar da recente implantação da cota de 30% para mulheres). No item igualdade de gênero na política, o Brasil ocupa a posição 106 entre 187 países.

    No que tange à população negra, em que pesa serem 51% da população brasileira (IBGE 2010), são apenas 8,5% (43) do total dos parlamentares. Menos da metade das 27 unidades federativas da União têm representação negra nas suas câmaras.

    Pressão popular

    Essa bandeira política, empunhada por grande parte da esquerda no Brasil, terá como instrumento de ação um “plebiscito popular” (sem valor legal), nos moldes dos que foram realizados para temas como a Alca, dívida externa, limite da propriedade da terra, entre outros.

    As votações responderão à seguinte questão: “Você é a favor de uma constituinte exclusiva e soberana do sistema político?”

    Nós estaremos nas ruas, de 1 a 7 de setembro, em todos os estados, grande parte dos municípios, bairros, escolas igrejas… Enfim, em todos os locais em que pudermos contribuir para criar as condições para que a população expresse seu desejo de mudança.

    Nossa expectativa é que a votação chegue à casa dos 10 milhões de votos. A proposta de um plebiscito popular contribui para o avanço da luta política, cria as condições objetivas e subjetivas de pressão popular sobre a correlação de forças tensa dentro do governo federal e do Congresso Nacional.

    Pressão essa que pode levar à oficialização de um plebiscito constitucional e abrir caminho para as transformações. Nesse sentido, essa proposta alia a pressão e ação popular com uma perspectiva institucional de ganhos concretos.

    Um dos pontos necessários a uma verdadeira reforma política é justamente a possibilidade de que as práticas de referendos e plebiscitos não sejam uma excepcionalidade. Que possam ser convocados pela sociedade civil organizada, e não como exclusividade do Congresso Nacional, como hoje acontece.

    Para concretizar as tarefas democráticas, nacionais e populares, que não foram realizadas no Brasil, a reforma política é condição primeira para o avanço das demais.

    Ou seja, sem modificar as “regras do jogo”, algumas reformas que no Brasil adquirem caráter revolucionário, como a reforma agrária, a reforma urbana, a reforma tributária e a democratização dos meios de comunicação, ficam prejudicadas.

    É necessário um sistema político que reflita, de fato, os anseios da sociedade brasileira.

    Somente a partir de uma profunda reforma no sistema político brasileiro passaremos, enfim, a cumprir uma prerrogativa máxima da Constituição brasileira, a saber: “Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente”.

     * É graduada em ciências sociais pela UFRGS, mestranda em desenvolvimento econômico na Unicamp e militante do plebiscito constituinte do comitê Unicamp

     

    Leia outros textos de Plenos Poderes

     

  11. Mais Médicos: 35% mais consultas e 20% menos internações

    http://www.hugomanso1366.com.br/mais-medicos-saude-para-os-brasileiros/

    Mais Médicos, saúde para os brasileiros

    Publicado em 19 de agosto de 2014

    mais medicos Hugo MansoEntre janeiro de 2013 e janeiro de 2014, o número geral de consultas realizadas na Atenção Básica cresceu quase 35% – saiu de 4,4 milhões para 5,9 milhões. Entre esses atendimentos, destaque para o crescimento de 45% entre as pessoas com diabetes – são 849.751 contra os 587.535 verificados antes do início do programa Mais Médicos, em julho de 2013.

    programa mal completou um ano, mas tem números que surpreendem e mostram o porquê era importante mais uma política pública inclusiva. Os dados ao lado, divulgados pelo Ministério da Saúde, ajudam a construir um quadro sobre o impacto do programa.

    E as boas notícias não param por aí. Cada vez mais mães realizam o pré-natal no Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o país. Graças ao Mais Médico, cresceu em 11% o número de consultas e, como se sabe, o acompanhamento da gestante pode evitar problemas de saúdetanto para as mães quanto para os bebês.

    Além disso, aumentou também o atendimento a pacientes com hipertensão arterial em 5% e, com mais acompanhamento, a saúde melhora e o reflexo disso se dá nos hospitais. Caiu em 20% o percentual de encaminhamento, passando de 20.170 para 15.969, apontou balanço do Ministério da Saúde.

    O Mais Médicos foi criado pelo governo federal para acelerar os investimentos em infraestrutura nos hospitais e nas unidades de saúde e ampliar o número de médicos nas regiões carentes do país, como os municípios do interior e as periferias das grandes cidades. Como podemos ver, em menos de um ano de implantação, a atuação desses profissionais na atenção básica já traz resultados positivos na assistência à população, superando as metasprevistas e oferecendo uma melhor distribuição geográfica dos profissionais de saúde no Brasil.

    Com informações do Muda Mais.

     

  12. http://upload.wikimedia.org/w

    http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/9a/Vargas_e_Roosevelt.jpg

    72 ANOS DA DECLARAÇÃO DE GUERRA DO BRASIL Á ALEMANHA – Em 22 de agosto de 1942 o Brasil declarava guerra à Alemanha tendo como “casus belli” o afundamento de navios cinco navios brasileiros nas costas da Bahia e Sergipe no dia 15 de agosto, pelo submarino alemão U-507, comandado pelo capitão Harro Schacht, com grande perda de vidas civis e militares, superior a 300.

    A declaração foi entregue ao Embaixador alemão no Rio de Janeiro Karl Ritter, seguindo-se declarações semelhantes à Italia e Japão. Os acordos para o Brasil participar de guerra foi conduzidos pelo chanceler Oswaldo Aranha no ambito das conferencias de Havana e Rio de Janeiro, no mesmo ano, lideradas pelo Brasil. O ajuste especial do Brasil para participar da guerra foi tratado entre os Presidentes Vargas e Roosevelt. Os EUA deram enorme importancia à participação do Brasil. tanto que foi assunto tratado no nivel presidencial americano, trazendo inclusive Roosevelt ao Brasil.

    A entrada do Brasil na Guerra tornou o Pais o 8º aliado da Aliança do Atlantico e o Brasil assumiu compromissos de preparar 100.000 homens para o teatro de guerra europeu. Ao fim foram preparadas duas divisões, das quais enviada uma, que teve participação ativa no cenario da Italia. O Brasil foi o unico Pais da America Latina que participou do conflito com tropas e saiu do conflito com grande capital diplomatico, tendo sido inclusive convidado a ser a potencia ocupante da Austria, convite declinado pelo Presidente Dutra por razões economicas.

  13. PROJETO: O DESAFIO DA PAZ
    Rio de Janeiro, 22 de agosto de 2014 ONU: PROJETO: O DESAFIO DA  PAZ Prezados senhores (as) gosto de ajudar quem precisa de ajuda, minha prioridade são as crianças e idosos, pensando nisso, gostaria de sugerir um projeto: O DESAFIO DA PAZ, onde a ONU, convocaria as celebridades do Bem, baixarem para a sua tela do computador a obra Guerra e Paz de Cândido Portinari, que está na sua sede, e fazer uma doação para as crianças vitimas das guerras, que infelizmente estão acontecendo atualmente pelo mundo. Amigos precisamos de mais amor, PAZ, e todos unidos pelo bem comum.  Atenciosamente:
    Cláudio José, um amigo do povo e da paz. 

  14.  
    David Harvey agradece à

     

    David Harvey agradece à Bolívia, que o ajuda a pensar

     

    21/8/2014, Ministério de la Comunicación de Bolívia

    Geógrafo Harvey agradece a Bolivia por la reflexión y García Linera destaca la lucha social

     

    Excerto traduzido pelo pessoal da Vila Vudu

     

     

     

     

    La Paz, 20/8/2014 – O conhecido geógrafo e cientista social britânico David Harvey disse hoje que deve à Bolívia importante material de análise sobre o qual reflete em seus livros, e citou os eventos da Guerra da Água (2001) e da Guerra do Gás (2003).

     

     

    O vice-presidente Álvaro García Linera respondeu que isso se explica, porque a Bolívia orgulha-se de ser exemplo de luta social para toda a América Latina.

     

    “Sinto-me em dívida com a Bolívia” – disse Harvey, em conferência realizada no auditório do Banco Central, depois de falar sobre seu livro Breve historia del neoliberalismo, [1] que acaba de ser editado pela Vice-Presidência do Estado Plurinacional da Bolívia.

     

    Linera (E)  e Harvey (C)

    O geógrafo inglês explicou que o neoliberalismo surgiu por uma excessiva acumulação do capital; então se privatizaram até itens de primeira necessidade para a sobrevivência humana e social, como educação, assistência à saúde e outros. Tudo foi convertido em mercado. Mas o capitalismo tem criado mercados cada dia mais inseguros e mais precários, vendendo objetos que tem vida útil muito curta, ou criando tecnologias que rapidamente se tornam obsoletas. Harvey alertou contudo que “o neoliberalismo está vivo e muito forte. Os milionários aumentaram ainda mais a concentração da riqueza”.

     

     

     

    David Harvey falou na 4ª-feira (20/8/2014) no auditório da Universidad Pública de El Alto(UPEA), às 18p0, e na 5ª-feira (21/8/2014) no auditório da Universidad Mayor de San Simón, em Cochabamba, no mesmo horário.

     

     

    Nota dos tradutores

    [1] HARVEY, David (2005). O Neoliberalismo: História e Implicações. São Paulo: Edições Loyola, 2008.

      

     

     

     

     

    [*] David Harvey (Gillingham, Kent, 7 de dezembro de 1935) é um geógrafo britânico, formado na Universidade de Cambridge. É professor da City University of New York e trabalha com diversas questões ligadas à geografia urbana. Seu primeiro livro, Explanation in Geography, publicado em 1969, versa sobre a epistemologia da geografia, ainda no paradigma da chamada geografia quantitativa. Posteriormente, Harvey muda o foco de sua atenção para a problemática urbana, a partir de uma perspectiva materialista-dialética. Publica então Social Justice and the City no início da década de 1970, onde confronta o paradigma liberal e o paradigma marxista na análise dos problemas urbanos.

     

     

  15. Sistema Nacional de Participação Social não afronta prerrogativa

    Por Gilson Dipp, no Conjur

    O Decreto 8.243, de 23 de maio de 2014, que institui a Política Nacional de Participação Social – PNPS e o Sistema Nacional de Participação Social – SNPS, além de não afrontar ou usurpar poder ou prerrogativa do Legislativo e nem evidenciar irracionalidade administrativa, abuso ou excesso, oferece à opinião pública proposições de diálogo e de participação.

    Cabe desde logo ter claro que a democracia — com a qual tanto críticos quanto defensores do decreto concordam — não se esgota em edição de leis pelo Parlamento, nem em eleições para designar os representantes. Como processo diário e contínuo, constitui o governo do povo, pelo povo e para o povo.

    Por essa razão, pode o Executivo adotar as medidas concretas, em face do que a Constituição e as leis lhe encarregam e lhe permitem, assim como as que seu programa de governo exige. Com isso, resgata compromisso público pelo qual poderia ser politicamente e até judicialmente demandado. De fato, até mesmo a doutrina constitucional reconhece que promessas de campanha podem gerar direitos ao administrado, por elas respondendo o político que as formula e que por elas se elege.

    Desse modo, a iniciativa da presidente da República, ao formatar sua administração com o modelo de execução participativa, como lhe parecer adequado ao conjunto das diretrizes de seu governo e do próprio programa do partido pelo qual se elegeu, cumpre também suas obrigações políticas e administrativas.

    O ato questionado efetivamente veicula ideias de corte político-ideológico, dando acento à participação social, para que a administração pública receba a vitalidade das aspirações de seus integrantes, muitas vezes alijados da participação direta.

    A essência do decreto, nessa linha, é a definição das diretrizes gerais e dosobjetivos da PNPS. Quanto às diretrizes, fica patente a preocupação de fazer inserir nas políticas a cargo da administração pública o reconhecimento do direito à participação e parceria com as forças da sociedade civil. Quanto aosobjetivos, refletem a opção política de eleger a participação como método de governo. Ou seja, essas diretrizes e esses objetivos caracterizam a metodologia escolhida pelo governo, em um quadro inerente ao regime democrático.

    Não se pode negar ao presidente da República o poder de editar decretos para a fiel execução da lei ou impedi-lo de organizar o Poder Executivo, nos limites ditados pela Constituição. A invocação, pelo decreto, do artigo 84, incisos IV e VI, alínea ‘a’, da Constituição, seja como regulamentação da Lei 10.683/2003, seja como regulamento autônomo da organização do Poder Executivo, é inatacável.

    O artigo 84 da Constituição confere ao presidente da República o poder desancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução e dispor mediante decreto sobre organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos. Assim, a presidente está investida da autoridade de imprimir à administração as diretivas que lhe parecerem adequadas.

    De outro lado, o artigo 3°, caput, e inciso I, da Lei 10.683/2003, dispôs que a Secretaria-Geral da Presidência da República tem por função, entre outras,assistir o presidente da República no relacionamento e articulação com as entidades da sociedade civil e na criação e implementação de instrumentos de consulta e participação popular de interesse do Poder Executivo. E no artigo 17 da mesma lei, também invocado, assumiu o Poder Executivo um compromisso formal com a transparência administrativa.

    O conjunto dessas normativas mostra que a proposta da presidente da República tem dois significados claros. Primeiro, transformar em ato específico o propósito de privilegiar a participação direta da sociedade na formulação e execução das políticas públicas. Depois, cumprir um programa de governo, naturalmente ligado ao programa do partido pelo qual foi eleita a presidente. Um e outro são fundamentos lógicos necessários para a exata compreensão da razão e forma do decreto.

    Outra anotação se mostra decisiva. De acordo como artigo 5º do decreto, os órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta deverão, respeitadas as especificidades de cada caso, considerar as instâncias e os mecanismos de participação social para a formulação, a execução, o monitoramento e a avaliação de seus programas e políticas públicas. Isso significa dizer que considerá-los como agentes democraticamente necessários é uma obrigação da administração, se as especificidades de cada caso o admitirem ou não o impedirem. Essa ressalva afasta irracionalidades da operação administrativa nas hipóteses em que a participação direta não contribui efetivamente para a melhoria do serviço ou pode prejudicá-lo.

    A própria Mesa de Monitoramento de Demandas Sociais, incluída no decreto como modalidade de atuação administrativa em face dos movimentos sociais, se integra na concepção mais moderna de solução de conflitos por via de conciliação e negociação extrajudicial, o que, no âmbito do Conselho Nacional de Justiça, foi erigido como política oficial e recomendação expressa. Ou seja, a adoção desses mecanismos de pacificação, além de afinada com as diretrizes de outros Poderes, reflete mais uma vez uma política de aceitação de forças sociais informais como representação do poder popular, sem qualquer diminuição das instituições legais.

    O decreto deve, assim, ser lido nessa perspectiva. As críticas que se elevam contra sua redação podem ter conteúdo técnico-formal, hipótese em que assim deverão ser debatidas. Mas as reservas não terão outro significado se estiverem baseadas em discordância politico-ideológica, quando serão insuficientes para contestação do ato pela via formal.

    No entanto, foi com base nesse viés que o Parlamento — tanto a Câmara dos Deputados quanto o Senado Federal —, através de diversos Projetos de Decreto Legislativo (PDC 1491, PDC 1492 e PDC 1494 na Câmara e PDC 117 Senado), teceu duros questionamentos ao decreto.

    Um dos argumentos veiculados nesses projetos é o de que arregimentar a sociedade civil em favor da administração subtrairia a base de representação do Parlamento. Essa sustentação escorrega em dois pontos: em primeiro lugar, na insegurança quanto à representatividade real dos parlamentares. Em segundo lugar, na concepção equivocada de uma democracia ainda presa à pura formalidade de escolha dos representantes.

    A arguição de que o decreto visa implodir a democracia representativa não tem qualquer fundamento formal, limitando-se a mera crítica defensiva de alguns parlamentares diante da fragilidade de suas bases políticas ou eleitorais. O decreto não impede nem erige obstáculos à participação eleitoral nem tolhe a propaganda ou a mobilização dos partidos. Também não prejudica as demais formas de participação do eleitor pela via do plebiscito, referendo ou iniciativa popular, mecanismos que permanecem inalterados.

    Que o decreto não cria órgão ou cargos públicos ou eleve a despesa pública, a simples leitura desarmada de seus termos desmente a afirmação dos parlamentares que contra ele se insurgiram.

    O aspecto mais sintomático de uma ofensiva ideológica está em dizer que o Executivo busca perpetuar sua influência política junto aos movimentos sociais, imunizando-os de possíveis alterações institucionais ou eleitorais. O argumento pode até ser considerado, mas não tem força para imputar ao decreto a pecha de inconstitucionalidade, já que não é vedado ao titular de poder cercar-se de sustentação política bastante a lhe garantir a continuidade do seu exercício. Essa cooptação, própria da atividade politico-ideológica, não viola regra ou normativo algum. Afinal, mesmo em termos formais, representa uma iniciativa legitima do Executivo, que recebeu o mandato da maioria dos eleitores.

    As fundamentações expostas nos projetos também não vão além do discurso retórico quando alegam que o decreto inviabiliza a participação dos cidadãos que não se incluem nos mecanismos de participação social. Pode o Poder Executivo arregimentar seus eleitores, em legítima sustentação de suas ações e nos limites da legalidade, sem qualquer lesão aos poderes do Legislativo ou do Judiciário.

    http://www.conjur.com.br/2014-jul-11/gilson-dipp-sistema-participacao-social-respeita-prerrogativas

  16. Decisão da Justiça do Espiríto Santo proibe Secret

    Da Deutsche Welle

    Proibição ao Secret pode abrir precedente para ações contra outros apps

    Decisão da Justiça do Espiríto Santo divide especialistas. Enquanto uns veem interpretação exagerada da Constituição, outros ressaltam necessidade de os usuários serem responsáveis por aquilo que publicam.

    O aplicativo para celulares e tablets Secret chegou apenas em maio ao Brasil – e não demorou a causar controvérsia. Um tribunal do Espírito Santo ordenou que o programa fosse retirado do ar pelo Google e a Apple de suas lojas virtuais, numa decisão que divide especialistas e pode abrir um precedente perigoso.

    O juiz da 5ª Vara Cível de Vitória interpretou que o aplicativo viola o artigo 5º, inciso IV da Constituição, que diz ser “livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato”. O Secret permite o compartilhamento anônimo de mensagens com informações e fotos privadas.

    Luiz Fernando Moncau, gestor do Centro de Tecnologia e Sociedade da FGV Direito Rio, afirma que o juiz interpretou de forma radical a Constituição. Segundo ele, a decisão abre um precedente para a proibição de programas e serviços virtuais que permitem a navegação e comunicação anônima.

    “Os EUA encaram o anonimato como um direito, ao contrário do Brasil. Para quem estuda liberdade de expressão, há boas justificativas para se preservar o anonimato”, diz Moncau. “Se a Justiça enveredar para um caminho e entender que qualquer tecnologia que permita o anonimato é ilegal, outros aplicativos e programas podem acabar sendo proibidos também.”

    A decisão do tribunal foi tomada a partir de processo aberto a pedido do Ministério Público do Espírito Santo. A ação civil pública alegava que pessoas, devido ao anonimato dos usuários do aplicativo, estão sendo vítimas de “constrangimentos e ilícitos contra a honra sem que possam se defender”.

    A sentença também vale para o aplicativo similar Cryptic, disponibilizado na loja virtual da Microsoft. As empresas deverão também desinstalar de forma remota o programa nos equipamentos dos usuários e têm o prazo de dez dias para efetuar a remoção sob pena de receber uma multa diária de 20 mil reais.

    Niels Held, um dos editores da revista alemã sobre celulares e computadores Chip, diz que outros países podem seguir o exemplo do Brasil e pedir também a remoção de aplicativos que vão de encontro à Constituição. Mesmo que na Alemanha o anonimato não seja proibido, ele cita como exemplo que no país aplicativos com conteúdos nazistas são proibidos, já que ferem a Lei Fundamental Alemã.

    “Se o anonimato no Brasil é realmente proibido, faz-se a pergunta por que o aplicativo Secret chegou a ser oferecido pelas lojas virtuais”, afirma Held.

    Liberdade e responsabilidade

    Entre outros aplicativos que podem ser banidos, Moncau cita o software Tor, com o qual um usuário pode navegar de forma anônima pela rede, fazendo com que o site visitado não consiga identificar a verdadeira identidade do usuário e ter os dados capturados.

    A Google, que hospeda o app Secret, terá que tirar programa de sua loja virtual

    Para ele, a tecnologia é a mesma que permite que crimes sejam cometidos, mas também a mesma utilizada por pessoas para burlar regimes autoritários e se expressarem. E isso, para ele, é uma situação “complicada”.

    Outro ponto delicado, de acordo com o especialista, é a ordem judicial que manda as empresas desinstalarem o aplicativo que já está nos aparelhos dos usuários. Apesar de ser viável tecnicamente, as companhias teriam que “invadir” um dispositivo privado para deletar o aplicativo sem a autorização dos seus proprietários.

    Para o jurista Cláudio Lins de Vasconcelos, especialista em direito internacional do Ibmec/RJ, a decisão da Justiça capixaba não pode ser considerada um retrocesso em relação a liberdade na internet: “Qualquer um pode escrever o que quiser no Facebook, desde que assine seu texto. Liberdade implica responsabilidade, e o anonimato pode dificultar ou mesmo inviabilizar essa responsabilidade.”

    Anonimato em questão

    Ao ser instalado, o app Secret recolhe contatos do Facebook e da lista de telefones do celular

    O Secret foi lançado nos EUA no final de janeiro de 2014 pela Secret Inc., que tem base em São Francisco. A ideia do serviço é que usuários possam compartilhar um segredo, que pode ser lido ou comentado por qualquer pessoa. O aplicativo, ao ser instalado, recolhe números de celulares e contatos de Facebook do usuário. Ao escrever algo, todos seus amigos que também tenham o programa recebem as mensagens sem a identificação do remetente.

    Para os especialistas ouvidos pela DW Brasil, apesar de afirmar que o usuário terá sua identidade preservada, o aplicativo Secret não promete o que cumpre, já que, do ponto de vista técnico, o programa guarda o endereço IP e vincula o usuário a uma linha telefônica ou ao perfil do Facebook. Dessa forma, os usuários devem estar cientes de que não se tornam invisíveis ao usar o aplicativo.

    “Dessa forma, é mais fácil identificar alguém que envia conteúdo ilícito usando este aplicativo do que outro programa”, diz Renato Opice Blum, especialista em direito digital e professor de direito eletrônico da USP. “Então, teríamos vários elementos para que uma investigação fosse realizada e, assim, o autor da injúria fosse identificado.”

    Para o especialista, o artigo da Constituição que cita o anonimato pode estar defasado ou inadequado nos dias atuais. Mas, para ele, é uma artigo muito importante. “Hoje em dia, isso se justifica, pois pessoas que não têm nada a temer não teriam o porquê de usar o anonimato. A decisão do juiz tem fundamento e não é exagerada”, pondera.

    Um porta-voz do Google no Brasil informou, por meio de nota, que a empresa não é responsável pelo Secret e que apenas hospeda o aplicativo em sua loja virtual, a Google Play: “Qualquer pessoa pode denunciar um aplicativo se julgar que o mesmo viola os termos de uso e políticas da Google Play ou a lei brasileira.”

    As assessorias de imprensa da Apple, Microsoft e Secret Inc. não retornaram o contato feito pela reportagem. A decisão da Justiça capixaba, porém, não é definitiva. As empresas envolvidas poderão recorrer da liminar.

     

  17. PROJETO: O DESAFIO DA PAZ
      Rio de Janeiro, 22 de agosto de 2014 ONU: PROJETO: O DESAFIO DA  PAZ Prezados senhores (as) gosto de ajudar quem precisa de ajuda, minha prioridade são as crianças e idosos, pensando nisso, gostaria de sugerir um projeto: O DESAFIO DA PAZ, onde a ONU, convocaria as celebridades do Bem, baixarem para a sua tela de computador a obra Guerra e Paz de Cândido Portinari, que está na sua sede, e fazer uma doação para as crianças vitimas das guerras, que infelizmente estão acontecendo atualmente pelo mundo. Amigos precisamos de mais amor, PAZ, e todos unidos pelo bem comum.  Atenciosamente:
    Cláudio José, um amigo do povo e da paz.  
     

  18. 11 anos do acidente da Base de Alcântara
    22/08/2014 00h01 – Camara dos Deputados

    O grave acidente na base de Alcântara no Maranhão

     

    No dia 22 de agosto de 2003, 21 cientistas morreram após a explosão de um veículo lançador de satélites na base de Alcântara, no Maranhão. A explosão foi provocada por um incêndio na base do foguete, que seria lançado poucos dias depois.

    A base de Alcântara é usada para lançamento de satélites pelo Brasil e também pelos Estados Unidos, devido a sua proximidade à linha do Equador, localização privilegiada. A Música do Dia é”Foguete”, na voz de Maria Bethânia.

    Produção e apresentação – Luiz Cláudio Canuto
    Direção de Núcleo – Mônica Montenegro

     

    Relembrando, o PDC, Projeto de Decreto Legislativo, 1446/2001 que aprova o Acordo entre Brasil e Estados Unidos está dormente, com a última movimentação datada de 11/06/2014 : Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania ( CCJC ), Designado Relator, Dep. Marcos Rogério (PDT-RO).

    Segue artigo publicado no Jornal Hora do Povo: http://www.horadopovo.com.br/2013/08Ago/3180-23-08-2013/P4/pag4a.htm

    Exumação de entrega da base de Alcântara aos EUA provoca repúdio Retomar negociação para assinatura do Tratado de Salvaguardas com governo norte-americano é um ataque à soberania nacional brasileira A notícia que o governo brasileiro retomou as negociações com os EUA, visando o uso da base de Alcântara – que passaria a servir de plataforma de lançamento de satélites norte-americanos, se confirmada nos termos em que se apresenta, pode significar a renúncia definitiva ao programa espacial autônomo desenvolvido até agora a duras penas pelo país. O astucioso plano de submissão aos interesses dos EUA tomou forma no segundo mandato de FHC, com um acordo de salvaguardas tecnológicas assinado entre o Brasil e os Estados Unidos, em abril do ano 2000. As conversações foram abandonadas com a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ratificação do acordo não chegou a ser votada pelo Congresso Nacional. Há poucas semanas, no entanto, o projeto de decreto legislativo (PDC 1446-A/2001) ratificando o acordo por pouco não foi votado na Câmara dos Deputados, onde a tramitação da matéria foi iniciada. Sorrateiramente, sem que houvesse qualquer discussão acerca da proposta, o projeto foi incluído na pauta de votações do plenário, na sessão de 13 de junho passado, sendo retirada na última hora. A tentativa de ressuscitar o esbulho foi denunciada pelo senador Rodrigo Rollemberg (PSB/DF), em pronunciamento na tribuna da Casa, onde questionou as razões que possam estar por trás da recolocação de “tão polêmico acordo” na ordem do dia. Para o senador, o “generoso” gesto da diplomacia brasileira é de causar espécie às vésperas da visita que a presidente Dilma Rousseff fará a Washington, em outubro. “O absurdo volume de restrições impostas pelos americanos em temas que envolvem a área militar já fez com que o Congresso Nacional brasileiro deixasse de aprovar, no ano de 2002, o chamado Tratado de Salvaguardas, que ainda descansa nas gavetas da Comissão de Constituição e Justiça, mas não foi rejeitado definitivamente, o que fez com que entrasse na pauta, há algumas semanas, e fosse apreciado”, afirmou. Rollemberg advertiu que, “por tradição, os norte-americanos evitam a chamada transferência ou compartilhamento de tecnologias”. “Nessa linha, a eventual utilização de Alcântara pelos Estados Unidos alcançaria, de maneira direta, nossa soberania”, enfatizou, cobrando a abertura de um amplo debate sobre as inúmeras aplicações do programa espacial próprio e sua importância estratégica. O senador ressaltou que o Brasil deve aprofundar as atividades do Centro de Lançamento de Alcântara “com a maior brevidade possível, com maior empenho, com mais recursos, com recursos regulares, com formação de recursos humanos”. “Ou seja, o programa espacial brasileiro deve ser um programa estratégico para o país”, sublinhou. Para o cientista político e ex-ministro da Ciência e Tecnologia (entre 2003 e 2004), Roberto Amaral, ceder o território estratégico brasileiro para que nele sejam instaladas bases para lançamentos de satélites só vai suprir as atuais carências do serviço espacial americano, “exatamente aquelas que hoje tornam concorrencialmente viável o projeto espacial brasileiro” do ponto de vista comercial. Em artigo publicado recentemente, com o título “O destino de Alcântara”, ele ressaltou que a cobiça dos EUA sobre a base de Alcântara se deve à sua localização privilegiada, que torna os lançamentos altamente competitivos, ao proporcionar uma redução de até 30% do custo (estimado entre 25 e 30 milhões de dólares) ou um acréscimo de 30% no peso da carga transportada pelo veículo lançador. “Quando os EUA e os demais concorrentes puderem fazer seus lançamentos a partir de Alcântara, transferiremos para eles a economia dos 30%, e os nossos lançamentos e os deles passarão a competir no mercado com o mesmo preço”, observou. Nas comissões da Câmara, o acordo sofreu duras críticas por criar obrigações exclusivamente para o Brasil; impedir a obtenção de tecnologia espacial; colocar o programa espacial brasileiro na órbita dos interesses norte-americanos, para impedir que o Brasil desenvolva a tecnologia do veículo lançador de satélite; e criar “áreas restritas” dentro da base controladas pelo governo dos EUA, entre outras coisas. WALTER FÉLIX

     

  19. Emprego

    Mídia manipula informação sobre emprego

    No momento em que se debate no país o pleno emprego,  a mídia de forma orquestrada tenta atingir o governo com a informação que: *”Criação de empregos formais tem pior mês de junho em 16 anos”. Ora Bolas! se estamos na rota do “pleno emprego” a criação de emprego vai diminuir a medida que avançamos para plenitude da ocupação da mão de obra. Fato é que o Brasil em relação ao restante do mundo, no tema do emprego, principalmente em comparação com a Europa e os EUA  esta numa situação bastante confortável.  Recordando Millôr Fernandes: “Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados”. Agora não podemos confundir oposição com manipulação! 

     

    Fonte: * Globo, G1,  17/07/2014 14p1 – Atualizado em 17/07/2014 22p2

     

    Rio de Janeiro, 22 de agosto de 2014;

    Autor: Emanuel Cancella

    End.: Praia do Flamengo nº 100, apto. 905, CEP 22210-030;

    OAB/RJ 75 300 

     

     

     

     

  20. Vinte erros que cometemos ao nos vestir (aos olhos delas…)
     Tenho uma amiga que é muito brincalhona e gosta de zoar à bessa. Ontem recebi dela um e-mail contendo um link para o artigo abaixo, publicado no site da areah. Diz ela que estou incurso nos itens 6, 14 e 15 e que quanto a alguns especificamente, não pode opinar por falta de maiores informações (não seja por isso…rs..). No entato, informa que no geral, a minha nota “dá para passar de ano” e diz que esses vinte itens é o que as mulheres acham de mais cafonas no vestir dos homens. Então tá, obrigado pela parte que me toca. Porém, desde já, informo para ela que continuarei saindo com as minhas camisetas de clubes de futebol, ainda mais agora que o meu Cruzeiro caminha para ser campeão e o querido Flamengo está pulando fora da “zona da confusão”, como diz o “professor” Luxemburgo (ufah!!). Por outro lado, talvez para tristeza da minha amiga, ela continuará a me ver “fora de moda”, pois continuarei a usar as minhas camisetas de bandas, principalmente as do Aerosmith, Scorpions, Dire Straits, Deep Purple, Stones e Nazareth. E finalmente, tenho umas bermudas com bolsos laterais que quebram muito o galho em minhas viagens e no meu hobby que é a fotografia. (veja o artigo original que reproduzo logo abaixo, no link:http://www.areah.com.br/vibe/gafe/materia/42799/1/pagina_1/20-erros-que-os-homens-cometem-ao-se-vestir.aspx).  Segue a matéria:    Às vezes o bom gosto pra se vestir é o ponto fraco de um homem. Afinal, entre ir para o trabalho, acompanhar os resultados dos jogos, sair com a namorada e brincar com o cachorro, não sobra muito tempo para conferir quais são as últimas tendências da moda masculina.  Para os antenados, as dicas a seguir servirão como um lembrete das gafes que podem minar definitivamente a sua apresentação pessoal. Mas se você for solteiro, elas te darão a oportunidade de ficar mais parecido com o príncipe encantado do que com o bobo da corte.    #1 Camiseta gola VA moda dessa t-shirt com decote deve ter sido criada por algum marombado que gosta de mostrar para o mundo o volume do peitoral. Decote é coisa de mulher. As camisetas com golas V costumam ser justas, o que deixa o homem com cara de dançarino de clube das mulheres. Evite, mesmo que você tiver um corpo atlético. Menos é mais!   #2 Tênis de praticar esportes com calça jeans para sairO pisante da academia é muito característico e prejudica a harmonia do visual “balada” quando colocado junto com uma calça jeans e uma camiseta, por exemplo. Opte por um tênis mais descolado ou um sapato não tão formal.    #3 Símbolos das grifes em destaqueSe você não for garoto-propaganda das marcas, evite sair por aí com logotipos em destaques nas camisas e camisetas. É coisa de quem quer mostrar que pode pagar mais caro por roupas de marca. Cafona!   #4 Sunga estampadaNão, não faça isso, a menos que você queira virar motivo de chacota na praia. O tecido das sungas ressalta as estampas, o que não fica bom em homens. Mulheres de trajes de banho estampados ok, homens não. Escolha cores neutras e ponto final.   #5 O dilema do pijamaMulheres detestam homens que vestem pijamas, durma com uma camiseta surrada e cueca. Pijama só se você morar com a sua mãe e não for receber donzelas em casa. É broxante demais!   #6 Camiseta de timeCaro leitor, a camiseta do time do seu coração, que vestiu seu corpo num presente do seu pai logo no berçário e permaneceu como costume no seu guarda-roupa até os dias atuais, só serve para ir ao estádio, para churrasco despretensioso com os amigos (se tiverem mulheres na lista de convidados, não vista) e para malhar. Sair para um bar ou festa com o brasão do time estampado na t-shirt não dá.   #7 Sapato com camisetaSe não for uma desert boot, um coturno de cano curto, ou um sapato de nobuque com cadarço, não cometa o sacrilégio de usar um sapato social com camiseta, moletom, e derivados. Sapato combina com camisa, de manga longa ou curta, mas só com camisa.    #8 Camiseta um número menorNós sabemos o sacrifício que precisa ser feito para ganhar massa muscular, mas camiseta apertada não é legal. Passa a impressão que o homem é narciso e precisa provar para o mundo que conquistou um corpo digno de personal trainer.    #9 Gravata de pastorNão temos nada contra religiosos, mas é bom estar atualizado com a moda das gravatas. Por mais que você tenha um trabalho informal, todo homem precisa ter uma boa gravata no guarda-roupa e saber dar o nó é essencial. No youtube tem vários vídeos. Aprenda!   #10 Cinto com fivelas de cowboyNão, não faça o Zezé Di Camargo. Prefira cintos com cores neutras e fivelas da mesma cor, exceto se você for peão de boiadeiro.   #11 Camisa aberta estilo caminhoneiroMeu amigo, pra quê abrir cinco botões da camisa branca? Quem te contou que você tem um peitoral irresistível e precisa mostrar isso para o maior número possível de pessoas?    #12 Abadá, ah, o abada…Amigo leitor, você pode amar o Bel do Chiclete com Banana e querer mostrar a todos que já passou vários carnavais em Salvador seguindo a multidão que canta em couro os hits dos veteranos do axé, mas abadá só serve para este momento. Ou para dormir. E mais nada. Acredite! As mulheres caçoam de homens que vestem abadas em ocasiões como bares à tarde etc.   #13 Adereços e bijuteriasSe você não é jogador de futebol titular de time grande ou pagodeiro de sucesso, cuidado ao colocar brincos, colares, anéis e pulseiras. Homens “árvore de Natal” espantam mulheres. Muitos acessórios juntos causam “poluição no visual”, além de deixarem o homem brega. Cuidado!   #14 Camiseta de bandaO AC/DC é a banda da sua vida? Ok, guarde pra você! Foi-se o tempo que as camisetas de banda conferiam aos homens um visual descolado. Elas se popularizaram e agora carregam o estilo. Além do que, as malhas usadas na confecção não costumam ter boa qualidade, o que deixa as camisetas desbotadas com apenas duas lavadas. Use para malhar e visitar amigos em reuniões na casa deles. Só!   #15 Bermuda e calça de sarja com bolsos nas lateraisAs calças cargo não estão mais em voga, prefira uma calça jeans de corte reto e modelagem simples. Os bolsos nas laterais dão a impressão que você pesa mais do que a balança acusa, além do que você não precisa de tanto bolso para colocar seus pertences.   # 16 Calça brancaVocê é pai de santo? Então, evite. No frio, nem pensar. Deixe as calças claras para ocasiões como réveillon ou visitas a terreiros de macumba.    #17 Camiseta regata fora da academia e da praiaVocê demorou 5 anos para conquistar a definição do tríceps e agora sente a necessidade de mostrar a todos. Não precisa. Regatas só combinam com malhação e praia, para sair, jamais.   #18 Calça justaVocê é cantor sertanejo? Se a resposta for negativa, doe para a campanha do agasalho aquela sua calça jeans agarradinha. As mulheres acham o fim da picada.   # 19 Boné para trásSe você não é o Menino Maluquinho e já passou da idade colegial, evite usar boné, exceto na praia, para proteção solar.    # 20 Camisas estampadasVai ao Baile do Havaí? É cover no Beto Barbosa? Evite estampas nas camisas, dá um tom bicheiro no visual e fica mais difícil combinar com a calça e o sapato no mesmo look.

  21. “Avós da Praça de Maio” encontram 115° neto desaparecido

    “Avós da Praça de Maio” encontram 115° neto desaparecido

    Do R7

    Trata-se da neta de uma das fundadoras e primeira presidente da organização

    A associação Avós da Praça de Maio anunciou nesta sexta-feira (22) que encontrou o 115º neto desaparecido durante a ditadura militar na Argentina.

    Trata-se de Ana Libertad, neta de Alicia Zubasnabar, uma das fundadoras e primeira presidente da organização.

    Estela de Carlotto, atual líder da ONG e que há duas semanas descobriu o seu próprio neto, disse em uma coletiva de imprensa que a mulher em questão vive na Europa e se submeteu voluntariamente a um exame de DNA para comprovar o parentesco.

    Os seus pais, Elena De La Cuadra e Héctor Carlos Baratti, eram militantes comunistas em La Plata, capital da província de Buenos Aires, onde foram presos pelos serviços de segurança do regime militar.

    Depoimentos recolhidos por familiares levaram à conclusão de que, em 16 de junho de 1977, Elena deu à luz uma menina na prisão, a quem o casal batizou de Ana Libertad.

    Ao contrário de Carlotto, Zubasnabar não pode conhecer a neta, já que morreu em 2008. A associação Avós da Praça de Maio foi criada no final dos anos 1970 para identificar os cerca de 500 filhos de presos políticos que foram sequestrados e adotados ilegalmente durante a ditadura militar argentina (1976-1983).

     

  22. Do blog do Ricardo

    Do blog do Ricardo Kotscho

    http://noticias.r7.com/blogs/ricardo-kotscho/

    Publicado em 22/08/14 às 11h05

    Se depender da TV, esta eleição acaba empatada

    14 Comentários

    tb Se depender da TV, esta eleição acaba empatada

    Costumava-se falar antigamente que, se macumba ganhasse jogo, o campeonato baiano terminaria empatado. O mesmo se pode dizer agora da primeira semana da propaganda eleitoral obrigatória: se depender só do que vimos na televisão até agora, todos os candidatos têm a mesma chance de ganhar e de perder, e vai acabar tudo tudo em zero a zero.

    São 110 minutos de horário político por dia, fora as inserções de 30 segundos distribuídas ao longo da programação _ um verdadeiro massacre de mau gosto, mesmice, teatro mambembe, total ausência de propostas viáveis para o país, com o desfile de candidatos maquiados, uma chatice sem fim. Estamos assistindo a um “circo de horrores”, a perfeita definição do meu colega Zé Simão, o mais sério comentarista político do país.

    As campanhas são ricas, não faltam recursos,  os mais modernos equipamentos e marqueteiros de grife, mas os programas, de uma forma geral, são pobres, indigentes mesmo. Fico pensando como conseguem gastar tanto dinheiro para apresentar produtos tão ruins. Colocar Dilma fazendo macarrão na cozinha, cuidando do jardim e do cachorro, para “humanizar a imagem”, é algo tão amador que chega a ser um desrespeito com a presidente e os eleitores.

    Pois é, nem o PT escapa da mediocridade, justamente o partido que em outras épocas chamava a atenção pela criatividade dos seus programas, produzidos muitas vezes por equipes de voluntários e equipamentos emprestados. Os primeiros programas de Dilma, com suas imagens aéreas apoteóticas mostrando grandes obras em construção e um texto ufanista, me fizeram lembrar das “reportagens” de Amaral Neto exibidas pela TV Globo no auge da ditadura militar. Só faltou usar o slogan do “Brasil Grande”.

    Sem emoção e sem humor, sem mostrar e dar voz aos anônimos que fazem a grandeza do país, características dos antigos programas petistas, o latifúndio de 12 minutos em cada bloco que a aliança liderada pelo PT mostra na televisão não tem alma nem rumo, é uma repetição de cenas e discursos de Dilma e Lula, que já não comovem ninguém. O programa repetiu até imagens da campanha de 2010, o que é inconcebível num programa de televisão destinado a surpreender o telespectador, apresentar algo novo e projetar o futuro, renovar as esperanças do eleitor.

    Se o objetivo era mostrar o que mudou para melhor na vida dos brasileiros nestes quase 12 anos de PT no governo federal, por que não fazer um programa jornalístico, mandando repórteres aos quatro cantos do país para mostrar e ouvir os principais beneficiados por estas mudanças? Sairia bem mais barato e teria muito mais efeito do que a presidente ou um locutor falar bem do seu próprio governo.

    Com um terço do tempo de Dilma, o programa do tucano Aécio Neves atinge melhor seus objetivos: apresentar o candidato do PSDB como principal crítico do governo petista, mostrar um governante bem sucedido em Minas, com a imagem de pacato pai de família, o genro em quem a mãe da moça pode confiar. Se isso passa por verdadeiro ou não, é outro problema.

    Dona de apenas dois minutos em cada bloco, a única novidade apresentada pelos marqueteiros de Marina Silva em sua estreia na quinta-feira foi tirar o xale da candidata. O resto é tudo igual à campanha de 2010, em que ela, com menos tempo ainda, conseguiu quase 20 milhões de votos e forçou um segundo turno na eleição presidencial. Fora o discurso da sustentabilidade, o nome do partido próprio que Marina ainda não conseguiu criar, e que a maioria das pessoas não sabe o que quer dizer, o que mais a líder conservacionista tem a oferecer ao país para melhorar a vida dos brasileiros?

    Como de costume, pontificam entre os nanicos as “línguas de aluguel”, nas eternas participações especiais do democrata-cristão Eymael e do aerotrem Fidelix, cada vez mais furiosos ao bater no governo Dilma, no que são acompanhados pelos “revolucionários” PCO, PCB, PSTU e PSOL, a extrema esquerda que faz apenas papel de figurante.

    A mesma pergunta dirigida a Marina poderia ser feita a todos os outros candidatos que invadiram nossas televisões abertas e jogaram grande parte dos telespectadores/eleitores nos braços dos canais pagos. Resultado: em relação à campanha de 2010, o horário político já provocou a queda de 32% na audiência das nossas principais emissoras, enquanto os canais pagos, que não exibem a propaganda eleitoral, batem recordes, chegando à soma de 18,4 pontos na quarta-feira.

    Nem vou falar dos inacreditáveis blocos destinados a candidatos a deputados e senadores porque tenho vergonha. O padrão Tiririca se espalhou pelo vídeo, com a campanha ganhando ares de deboche, a começar pelos nomes de fantasia dos candidatos, mas vou deixar isso aos cuidados do nosso caro Macaco Simão, que está cada vez mais imperdível.

     

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