Fora de Pauta

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Lourdes Nassif

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  1. 189 Motivos para não querer a

    189 Motivos para não querer a esquerda no governo

    Leo Vinicius

    Há um mês a greve de funcionários do IBGE terminava, depois de 70 dias,.
    Em meio a tantas discussões político-eleitorais nesses meses, o que surpreende é que ninguém, nenhum “cientista político”, apontou as evidentes conclusões dessa greve que acabou sendo, pela ação do governo federal, um verdadeiro laboratório de ciência política.

    No campo da esquerda – e estou incluindo para todos os efeitos o PT nesse campo – é lugar-comum as análises e o entendimento que em função da chamada “governabilidade”, da “correlação de forças”, da necessidade de ter o PMDB como base no atual sistema político, etc., o governo do PT acaba tendo uma postura e uma política muito mais à direita do que seria a sua vontade, seu desejo, seu objetivo.

    O que ficou evidente na greve dos funcionários do IBGE é o caráter de ideologia – no sentido marxiano da expressão – do discurso da “governabilidade” e da “correlação de forças” para justificar ou compreender políticas à direita de um partido de esquerda no governo. É preciso buscar a explicação em algum outro lugar.

    189 funcionários do IBGE foram demitidos durante a greve. Todos com contratos de trabalho precarizados, renovados mês a mês, e com os mais baixos salários. Eram os mais vulneráveis, mas mesmo assim foram à greve devido às condições insuportáveis em que se encontravam. Demitir grevistas, certamente não é uma política de esquerda, para dizer o mínimo. O IBGE, e o Ministério do Planejamento, ao qual é vinculado, estão ambos diretamente nas mãos do PT. Não há PMDB no meio, nem outro partido. Alguém ouviu algum Pastor, Partido, banqueiro, Imprensa pedir ou pressionar pela demissão desses grevistas do IBGE? Não. O governo federal não foi submetido a nenhum tipo de constrangimento que pudesse explicar tal medida antissindical e anti-trabalhadores, digna de um Geraldo Alckmin, com base em “governabilidade” ou “correlação de forças”. Fe-lo porque qui-lo.

    Por trás da cortina de fumaça da “governabilidade” e da “correlação de forças”, o que salta aos olhos, para quem quiser olhar, é uma verdade que não é nova: as posições e as funções determinam o comportamento, com enorme grau de independência das crenças políticas daquele que ocupa o cargo. Não é uma “correlação de forças” que explica, em primeira medida, políticas e posturas direitistas de um partido de esquerda levado ao governo, mas sim o simples fato de ser governo. Assim como hoje é com o PT, amanhã será com o próximo partido de esquerda que lá chegar.

    1 Motivo para não querer a direita no governo:

    Por ser a direita.

  2. Como assim, ninguém comentou

    Como assim, ninguém comentou nada, postou nadinha e já tem lá um cara dando uma estrelinha. Caramba, quem è esse(a) cara, ou o sistema é automático?

  3. apenas impressões de um cidadão comum

    Opinião a partir do olhar de um dos tantos cidadãos e cadadães comuns:

    1 – o Fora de Pauta torna-se importante espaço à medida em que o jornalggn traz outros importantes post-títulos cujos autores e comentaristas entram em debates sobre os quais o cidadão comum (mas nem tanto, afinal acessa o blog, sem tê-lo acompanhado desde o seu surgimento, e mal começa a descobrir sua riqueza noutras seções, quase um mundo novo). Não está o cidadão podendo acompanhar os debates cada vez mais complexos. Ao se referir a espaços diferentes entre si, não os ponho em herarquia de um sobre o outro: Para cada público,  cada interesse. Que podem – às vezes, devem – se encontrar aqui no ggn. Não são, necesariamente, excludentes entre si – deixo claro pra evitar outros entendimentos;

    2 – é uma opinião de cidadão que navega pela web, em sua diversidade, quer dizer, não só por blogs políticos (note-se que o cidadão possa ter uma apreciação distanciada que hora permita ver não a floresta, mas parte dela, menos do que sua vaidade presume e recolhe. E hora pode, justamente por não se fixar tanto no tema candente deste período, tropeçar e, por isso, se aproximar numa queda que, se o leva ao chão, o leva a ter contato próximo a pedregulhos e areia não tão desimportantes numa luta em que um detalhe passesse despercebido se estivesse de pé;

    3 – num post em que, sem medo de ser ou de parecer ridículo, arrisca o que assiste tanto na mídia quanto pela web, aí incluindo espaços do que se tem como redes sociais, e rápidas conversas – porque devem ser rápidas – com pequna amostra com pessoas do que simplificadamente chama de povo;

    4 – Com ou sem equívocos, num grau maior ou menor, vê insatisfação generalizada e uma confusão (se negada ou não, acho de menor valor) entre as esquerdas. Não tem aquela frae, cuja origem parece ter sido num apichação em parede de rua – “Se você não está confuso é porque não está bem informado”. Pra piorar, o cidadão (se precisa de óculos ou não,  tam-bém é de menor importância) vê uma luta em que esquerdas e direitas se encontram em quase todos os candidatos apresentados. Há corruptos por todo os lados, num momento exemplar em que transmite sinceridade exatamente porque acredita no que diz. Se fosse um cidadão qualquer a exprimir o que acha, os mais conscientes e mais politizados debitariam a uma inoportuna franqueza equivocada e ingênua, bem intencionada (ou não) ao dar munições aos oponentes em momento tão delicado. “Corruptos por todos os lados”, a candidata Dilma em 2 horas de entrevista com jornalistas selecionados pelo sistema globo, na globonews, semana passada – não, não foi mais uma frasae do cidadão com um, ou quase). Vejo na suposta inoportuna frase um ponto a mais na candidata;

    5 – Por outro lado, na mídia de maior alcance, há candidatos que falam também acreditando no que dizem, transmitem sinceridade por isto, não se refere somente à principal candidata adversária, mas também a candidata de um partido que não é tão menor exatamente por também transmitir o que verdadeiramente acredita. As três são mulheres, pelo menos no seu estado e capital provavelmente terá muito mais votos do que as pesquisas (as pesquisas publicadas) indicam. E daí? Daí é que estão no mesmo patamar neste aspecto, o ponto vai pra estas 3 candidatas. Numa disputa tão acirrada é luxo desconsiderar aspecto aparente-mente pequeno, o que seria noutra ocasião, não nesta;

    6 – Parando pra pensar um pouco, pois precisa decidir (descarta voto nulo e branco, ainda que o cidadão não creia só em alienação ou em analfabetismo político pelo menos em parte dos que escolhem esta via, sem ignorar que é  uma outra opção radical “ao que tudo que está aí”, e provavelmente, outros por uma posição desesperada), então, o “pacato cidadão”  volta à midia pela qual se informa, e pelo boca a boca,  viu e que ouviu de quem viu, e por ouvir dizer, e quem conta um conto aumenta um ponto. O marketing falha ou, só agora, parece ter pudores que antes não teve;

    7 – A candidata que se apresenta como mais frágil, é forte a partir mesmo de seu histórico, sua persistência e determinação não tanto pelo passado mais recente, mas pelas origens e obstáculos por que passou e elegeu uma figura em muito parecida. Com isso, o povo se identifica mais do que com sofrimentos em tortura de ditadura militar, o povo nem sabe o que é ditadura e admira farda verde (não a polícia). Tem-se que mudar de vocabulário. Chama o marido, o noivo, não basta que  combata no portal  ou na folha. A presença física dele tem que ser diária. Assesorias psicológicas, indutores do sono, ansiolíticos estão aí pra não exaurir o homem, que devia se apresentar co o homem  da casa. O cidadão mudou de opinião. Tem mais é que usar esses recursos. O que não quer dizer sem cutela pois todo o cuidado é pouco de tão habilidosa adversária e companha.

    8 – A adversária muda de galho em galho? Isso , cuidado, ela tira de letra. É recurso a ser evitdo. Como pensa o cidadão com seus botões, não são as armas, não são todas as armas da adversária. Ela as domina, e, camaleônica, pode simplesmente, capacidade de superar mais obstáculos se preciso for, chorando ao sair da casa onde foi criada e cresceu, chegando o dia em que teve que partir pra uma vida própria. Se preciso for, muda de casa novamente. Que assessoria de marketing  foi contratada que não lembra uma cigana, sem o ser (mais cautela pra não sofrer revides de umaa outra comunidade minoritária). Para se cntrapor ao indivíduo que parece se impor a cobras e lagartos que a acopanham, tem que aparecer o casal, a classe média com a rcionalidade junto do torneiro mecânico sempre lembrado.

    9 –  Por isso, o maior horário na mídia, não poderia se concetranr em dados, em realizações, em obras disso e daquilo, se não buscar, e nem tentar o equilíbrio. É quando, noutro espaço,  mal ensaiado versinho, chama, sem demora, a presença de Lula a estar constantemente aparecendo abraçado com seu par, um feliz casal de homem e mulher, já uma família que certamente crescerá e se multiplicará;

    10 – Não é por simples acaso que Eduardo Campos reaparece todos os dias, de segunda a sábado, abraçando candidato a governador, a senador , a deputados federais e estaduais, ou discursando ele próprio. Seu trágico desaparecimento é envolto das mas inventivas versões que reforçam um mito. Não é à-toa que dois de seus filhos aparecem em jornal fotografados acompanhando pasesata de seu indicado ao governo do estado. Não é à-toa que se apresenta sorridente, de pele clar e olhos azuis, mas neto do mito Arraes, que não perde a chance de lembrar.

    11 – Não é à-toa que Aécio também sempre aparece sorridente, como bom moço, filmado desembarcando de um jatinho – note-se, um jatinho executivo.

    12 – É o simbólico com que jogam. Mas do lado de cá,  uma gerente sozinha que nao tem nem a criatividade de mudar de roupa, de mudar de blusa, de variar a cor vermelha, diante de  um anti-petismo não fácil de segurar.  A já inoportuna insitência em se deter (não que deva omitir) mais do mesmo, obras, concretos, educação, saúde, segurança, creche. Se vencer o pudor e se apresentar todos os dias lado a lado, abraçados, casal, família, felicidade contagiante e exemplar (cadê marido da outra candidata? Por que não aparece como eleitor do PT? Cadê a filha de Chico Mendes, que também deveriam aparecer todos os dias, mais do que obras, concreto, estradas, pois tempo de sobra há no horário de propaganda “gratuita”.

    13 – A gente não quer só comida. Quer diversão e arte (Comida, Maria Onte, ontem no Multiídia do Dia). Ou o que assim se chame de arte popular, estão aí prefeitos até de capitais que investem em circo, em shows, e se reelegem facilmente.

    14 – Mudem de marketeiros. Outros devem ter melores idéias, aqui são só rscunhos de cidadão falando com seus botões.  

  4. Copa do Mundo impulsiona turismo na América do Sul

    OMT: Copa do Mundo impulsiona crescimento do turismo na América do Sul

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    Segundo agência da ONU, chegadas internacionais subiram quase 5% na primeira metade do ano; crescimento foi maior nas Américas.

    Foto: OMT

    Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.

    Segundo a Organização Mundial do Turismo, OMT, as chegadas internacionais de turistas cresceram 4,6% na primeira metade de 2014.

    O crescimento mais forte foi nas Américas, 6%, seguido de Ásia e Pacífico e Europa, ambos com 5%. A Copa do Mundo no Brasil contribuiu para os resultados positivos da América do Sul.

    Brasil

    Destinos em todo o mundo receberam cerca de 517 milhões de turistas internacionais entre janeiro e junho de 2014. Isto representa 22 mihões a mais do que o mesmo período do ano passado.

    Segundo a OMT, na América do Sul, a Copa do Mundo sediada no Brasil contribuiu para os resultados positivos da região. As receitas do turismo internacional no país cresceram 10% nos primeiros sete meses deste ano. Em junho e julho houve um aumento de 60%.

    A agência afirma que a Europa é a região mais visitada do mundo.

    Tendência

    Segundo o secretário-geral da OMT, Taleb Rifai, “estes resultados mostram que o turismo está consolidando a performance positiva dos últimos anos”. Ele afirmou que isto fornece oportunidades “econômicas e de desenvolvimento”.

    Rifai destacou ainda que apesar de desafios “econômicos e geopolíticos”, a chegada de turistas internacionais tem crescido em média 5% ao ano desde 2010, resultando em “mais crescimento econômico, exportações e empregos”.

    Ebola

    De acordo com a agência, o número de turistas internacionais na África cresceu 3%. A recuperação no norte do continente se consolidou.

    No entanto, segundo a OMT, o atual surto de ebola pode afetar o turismo na região, por causa de “percepções equivocadas sobre a transmissão do vírus”.O secretário-geral da OMT afirmou que a Organização Mundial da Saúde, OMS, não recomenda qualquer proibição de viagens internacionais.

    Fonte: Rádio ONU

  5. Copa do Mundo impulsiona turismo na América do Sul

    OMT: Copa do Mundo impulsiona crescimento do turismo na América do Sul

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    Segundo agência da ONU, chegadas internacionais subiram quase 5% na primeira metade do ano; crescimento foi maior nas Américas.

    Foto: OMT

    Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.

    Segundo a Organização Mundial do Turismo, OMT, as chegadas internacionais de turistas cresceram 4,6% na primeira metade de 2014.

    O crescimento mais forte foi nas Américas, 6%, seguido de Ásia e Pacífico e Europa, ambos com 5%. A Copa do Mundo no Brasil contribuiu para os resultados positivos da América do Sul.

    Brasil

    Destinos em todo o mundo receberam cerca de 517 milhões de turistas internacionais entre janeiro e junho de 2014. Isto representa 22 mihões a mais do que o mesmo período do ano passado.

    Segundo a OMT, na América do Sul, a Copa do Mundo sediada no Brasil contribuiu para os resultados positivos da região. As receitas do turismo internacional no país cresceram 10% nos primeiros sete meses deste ano. Em junho e julho houve um aumento de 60%.

    A agência afirma que a Europa é a região mais visitada do mundo.

    Tendência

    Segundo o secretário-geral da OMT, Taleb Rifai, “estes resultados mostram que o turismo está consolidando a performance positiva dos últimos anos”. Ele afirmou que isto fornece oportunidades “econômicas e de desenvolvimento”.

    Rifai destacou ainda que apesar de desafios “econômicos e geopolíticos”, a chegada de turistas internacionais tem crescido em média 5% ao ano desde 2010, resultando em “mais crescimento econômico, exportações e empregos”.

    Ebola

    De acordo com a agência, o número de turistas internacionais na África cresceu 3%. A recuperação no norte do continente se consolidou.

    No entanto, segundo a OMT, o atual surto de ebola pode afetar o turismo na região, por causa de “percepções equivocadas sobre a transmissão do vírus”.O secretário-geral da OMT afirmou que a Organização Mundial da Saúde, OMS, não recomenda qualquer proibição de viagens internacionais.

    Fonte: Rádio ONU

  6. NOTICIA

    Interessante que não vi essa notícia em nenhum BLOG sujinho. E olhem que procurei.

    Por isso não tive alternativa senão copiar e colar.

    Vi no JB:

     

    País – Eleições 2014

    15/09 às 20p5 – Atualizada hoje às 02p4

    Artistas e intelectuais fazem ato em apoio à reeleição de Dilma Rousseff

    Nomes como Leonardo Boff e Marilena Chauí se reúnem com Lula no Oi Casagrande

    Jornal do Brasil+A-AImprimirPUBLICIDADE

    Intelectuais, cientistas, lideranças sociais, religiosas, políticos e artistas, ao lado do ex-presidente Lula, lotaram o Teatro Oi Casagrande, na Zona Sul do Rio de Janeiro, em ato de apoio à candidatura de Dilma Rousseff à presidência. Reforma política e maiores investimentos em cultura e educação, principalmente relacionados à valorização dos professores, e necessidade de continuação dos avanços conquistados dominaram os debates dos participantes.

    Evento semelhante foi realizado em 2010. Quatro anos depois, por volta das 21h desta desta segunda-feira (15), teve início o ato de apoio à reeleição. No palco do teatro carioca, na primeira fileira, figuras como Leonardo Boff, Chico César e Marilena Chauí sentaram ao lado de Lula e Dilma, seguidos logo atrás por dezenas de artistas e intelectuais como Elza Soares, Otto, Alcione e Beth Carvalho. Mais de mil pessoas acompanharam o evento, que durou cerca de três horas,  do lado de fora do teatro.

    “Não vamos voltar para trás, e faremos isso investindo em educação qualificada, para todos, e colocando a cultura dentro da nossa estratégia de crescimento e desenvolvimento econômico. Não queremos só obras, queremos utopias. Não queremos só vantagens materiais, queremos nos compreender”, disse Dilma. “Vamos colocar a Cultura dentro da nossa estratégia de crescimento econômico”, salientou.

    "Nunca o Brasil havia vivido um processo tão profundo e prolongado de mudança e justiça social, reconhecendo e assegurando os direitos daqueles que sempre foram abandonados", reforça manifesto“Nunca o Brasil havia vivido um processo tão profundo e prolongado de mudança e justiça social, reconhecendo e assegurando os direitos daqueles que sempre foram abandonados”, reforça manifesto

    O teólogo Leonardo Boff, um dos que lideram o manifesto em prol da candidatura da petista, o cantor Chico César e a filósofa Marilena Chauí destacaram as mudanças promovidas desde a entrada do Partido dos Trabalhadores no poder, salientando também as medidas ainda necessárias – discurso adotado também, na ocasião, pelo ex-presidente Lula e por Dilma Rousseff.

    Primeiro, é preciso fazer a reforma política, alertou Lula, para então enumerar uma série de medidas necessárias para a continuidade de transformações no país. Com críticas à grande imprensa, ao próprio partido e ao discurso dos candidatos de oposição, o ex-presidente buscou apresentar a importância do novo olhar às camadas mais pobres e de um possível fim dos financiamentos privados de campanhas políticas.

    ‘Nós temos uma pobreza histórica que nós temos que recuperar”, disse, apontando como saída o maior acesso dos brasileiros à educação, e dando como exemplo o número de brasileiros em universidades, inclusive em instituições do exterior, a partir de programas como o Ciência sem Fronteiras. Enquanto antes o discurso predominante na sociedade brasileira era que “pobre nasceu para ser pobre” e de que era possível traçar o nível de escolaridade de uma pessoa a partir da cor de sua pele, por exemplo, “a não ser que se tratasse de filho de jogador de futebol ou de artista famoso”, hoje já não é mais possível se basear em tais critérios, acredita o ex-presidente.

    O manifesto intitulado “A Primavera dos direitos de todos: ganhar para avançar”, que já circulava na internet com nomes como Luis Fernando Veríssimo, Frei Beto, Paulo José e Flávio Aguiar, abriu o evento. O documento salienta a necessidade da avaliação de um avanço do país desde 2003. 

    “Nós consideramos que nunca o Brasil havia vivido um processo tão profundo e prolongado de mudança e justiça social, reconhecendo e assegurando os direitos daqueles que sempre foram abandonados”, diz um dos trechos do documento. “Abandonar esse caminho para retomar fórmulas econômicas que protegem os privilegiados de sempre seria um enorme retrocesso.”. 

     

  7. A falta de água em SP e a blindagem da mídia

    Já falta água em SP. A mídia esconde!

     Por Altamiro Borges

    Nesta segunda-feira (15), a Sabesp divulgou mais um balanço alarmante sobre a situação do Sistema Canteira – que abastece mais de 8,8 milhões de pessoas da região metropolitana de São Paulo. Ele atingiu seu nível mais baixo na história: 9,2% de capacidade, incluindo o chamado “volume morto”. O resultado é que vários bairros da capital e das cidades próximas já não têm água na torneira. Até os donos de lava-jatos relatam que serão obrigados a fechar seus estabelecimentos. O racionamento de água – que a mídia tucana insiste em chamar de rodízio – atinge inclusive as áreas nobres da cidade. Restaurantes do bairro boêmio da Vila Madalena não têm sequer como atender os seus clientes.

    Apesar deste verdadeiro caos, os jornalões e as emissoras de tevê e rádio evitam destacar o assunto. Eles não querem criar um clima de pânico na sociedade. Os barões da mídia sabem que a atual crise pode afetar a reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB). Além das afinidades políticas com o tucanato, eles dependem dos milhões em verbas publicitárias e compra de assinaturas que o Palácio dos Bandeirantes despeja mensalmente em seus cofres. Os “calunistas”, que recebem régios salários e mamam nas tetas do Estado, nem sequer mencionam a tragédia – no pior tipo de jornalismo chapa-branca, desonesto e manipulador.

    Neste domingo, a Folha tucana teve o desplante de cravar a manchete garrafal: “Desperdício de água de SP é quatro vezes volume poupado”. Como a maioria das pessoas só lê a capa do jornal nas bancas – o diário da famiglia Frias está em decadência, como menos de 300 mil exemplares de tiragem –, a mensagem repassada é a de que o povo é culpado pela crise de abastecimento. Já na chamada de capa mais sacanagem: “Maior cidade do país exemplifica o despreparo do Brasil para a crise hídrica”. Cidade! Brasil! Ambos administrados pelo PT, que não têm qualquer culpa no cartório. Nada sobre o PSDB que hegemoniza o Estado há quase duas décadas e é o maior responsável pelo atual desastre.

    A edição de domingo da Folha foi uma bofetada na cara dos paulistas que ainda votam nos tucanos em São Paulo. Acorda otário! Ela deve ter, inclusive, gerado críticas de alguns leitores menos tapados. Tanto que nesta segunda-feira o jornal voltou a tratar do tema em editorial. Mas a famiglia Frias não recua, não faz autocrítica – nem sequer do seu apoio à ditadura militar, já descrita pelo diário como “ditabranda”. Sem citar novamente o PSDB, a Folha preferiu culpar a “falta de planejamento” do governo federal pela crise no setor. “O Planalto mal consegue tirar do chão as hidrelétricas necessárias para evitar novos apagões”. 

    Nada, nadinha, sobre o racionamento real, que já afeta milhões de pessoas, em São Paulo. Haja cinismo deste diário “chapa branca”, que tem o rabo preso com os tucanos – ou será o contrário? Na atual situação no mundo e no Brasil, não são os partidos da direita que determinam a linha editorial da velha imprensa. Pelo contrário. É a mídia monopolizada e manipuladora que orienta as forças partidárias da direita, que define suas agendas e pautas, que interfere nos rumos de um país. Sem esta força hegemônica, muitas organizações conservadoras inclusive já teriam falido. Como já teorizou o intelectual italiano Antonio Gramsci, a imprensa se transformou no verdadeiro partido da direita!
     ***** Leia também: – Ainda vai faltar água na redação da Folha – Mídia tucana abafa crise da água em SP – Crise da água e o sumiço de Alckmin – Folha dá água para Geraldo Alckmin – Falta de água causa 3 mil demissões em SP – Restaurantes da Vila Madalena sem água Postado por Miro às 23:23  

     

  8. Please, Please Me

    Que chatisse que anda esse mundo, tudo anda interditado.

    Sonho meu, queria ver um UFC Maria da Conceição Tavares vs Olavo de Carvalho. Pelo menos cigarros e palavões não iriam faltar…hehe

     

  9. Jornal ridiculo de São José dos Campos

    O jornal http://www.ovale.com.br/   de São José dos Campos e região é um panfleto tucano bem descarado.

    Quando o Aécio Neves estava em 2º nas pesquisas, diariamente esse ridiculo jornal fazia campanha para o tucano. Agora que a Marina o ultrapassou, o jornaleco passou a fazer campanha para a Marina.

    Esse panfleto ataca diariamente o PT e a Dilma. Todo santo dia mostra matéria para atacar o PT.

     

    Faz campanha descaradamente para o Geraldo Alckimin porque ganha gordas verbas publicitárias do governo Estado SP.

     

  10. Independência é a morte A

    Independência é a morte

     

    A independência do Banco Central se tornou um dos principais temas da corrida eleitoral de 2014. De um lado, a presidenta Dilma Rousseff (PT) defende a manutenção do modo atual; de outro, Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB) querem a autonomia do BC.

     

    O Banco Central é um órgão vinculado ao Ministério da Fazenda e é o responsável pelo sistema financeiro do Brasil e de preservar o valor da moeda. Atualmente, quem nomeia o presidente da instituição é o presidente da República. É o poder executivo que supervisiona a execução do órgão e define as prioridades da economia nacional. Ou seja, é o governo, eleito pela população, que cuida da economia do país.

     

    Um banco independente é um mercado que se autorregula, define e decide a política monetária e os rumos que a economia do país deve seguir. Para os economistas da Unicamp, é importante diferenciar autonomia de independência. Um BC autônomo pode, por exemplo, possuir mandatos estáveis para a diretoria e o Poder Executivo não pode destituí-lo, porém, estaria subordinado à Presidência nas definições da política monetária. A independência daria ao Banco Central a possibilidade de tomar decisões sem consultar o poder Executivo.

     

    Aécio Neves defende uma autonomia formal, garantida por meio de uma resolução presidencial, que determine ao BC a missão de controlar a moeda, a inflação e de manter saudável o sistema financeiro.

     

    Marina Silva é mais contundente. A proposta é, de acordo com seu programa de governo: “Assegurar a independência do Banco Central o mais rapidamente possível, de forma institucional, para que ele possa praticar a política monetária necessária ao controle da inflação”, deixando a economia brasileira nas mãos dos banqueiros.

     

    http://www.contextolivre.com.br/2014/09/independencia-e-morte.html

  11. Brasil reduziu em 50% o número de pessoas que sofrem fome, segun

    fonte: http://noticias.br.msn.com/mundo/brasil-reduziu-em-50percent-o-n%C3%BAmero-de-pessoas-que-sofrem-fome-segundo-a-onu

    A ONU afirmou nesta terça-feira que, nos últimos dez anos, o Brasil conseguiu reduzir à metade a porcentagem de sua população que sofre com a fome, cumprindo assim um dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), fixados pelas Nações Unidas para 2015.

    Estas são as conclusões recolhidas no relatório sobre o estado da insegurança alimentícia no mundo publicado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e outros dois organismos da ONU: o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) e o Programa Mundial de Alimentos (PMA).

    Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio são uma lista de oito pontos, estabelecidos pelas Nações Unidas em 2000, que têm o propósito de melhorar as condições de vida das pessoas no horizonte de 2015.

    Assim, o documento assinala que o programa ‘Fome Zero’ fez da fome um problema fundamental incluído na agenda política do Brasil a partir de 2003.

    ‘Garantir que todas as pessoas comessem três vezes ao dia – como disse o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seu discurso de posse – se transformou em uma prioridade presidencial’, diz o relatório.

    Desta maneira, nos períodos 2000-2002 e 2004-2006, a taxa de desnutrição no Brasil se reduziu de 10,7% a menos de 5%.

    Segundo a ONU, o ‘Fome Zero’ foi o primeiro passo dado para acabar com a fome e, com os anos, este enfoque ganhou impulso através do fortalecimento do marco jurídico para a segurança alimentar.

    O documento assinala que esta redução da fome e da pobreza extrema tanto em zonas rurais como urbanas é o ‘resultado de uma ação coordenada entre o governo e a sociedade civil, mais que de uma só ação isolada’.

    O programa ‘Fome Zero’ se compõe de um sistema integrado de ações realizadas através de 19 ministérios, e aplica uma via dupla ao vincular a proteção social com políticas que fomentam o emprego, a produção familiar agrícola e a nutrição.

    As políticas econômicas, diz o relatório, e os programas de proteção social, combinados ao mesmo tempo com programas para a agricultura familiar, contribuem à criação de emprego e ao aumento de salários, assim como à diminuição da fome.

    Todos estes esforços realizados pelo Brasil permitiram que a pobreza se reduzisse de 24,3% a 8,4% entre 2001 e 2012, enquanto a pobreza extrema também caiu de 14% a 3,5%.

    A ONU também lembra que em 2011 o Brasil introduziu novas políticas para tratar a pobreza extrema, que contemplavam uma melhora no acesso aos serviços públicos para fomentar a educação, a saúde e o emprego.

    Além disso, o relatório evidencia que outro dos pilares fundamentais da política de segurança alimentar no Brasil é o Programa Nacional de Alimentação Escolar, que proporciona refeições gratuitas aos alunos das escolas públicas e do qual se beneficiaram mais de 43 milhões de crianças em 2012.

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  12. Brasil reduziu em 50% número de pessoas com fome, segundo a ONU

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  13. Caso de Polícia

    Sinceramente, acredito que a notícia do que acontece no Rio é de maior relevância. Ainda não entendi o por que não mereceu um post. A questão não é de pouca monta, além do que fica a questão: o que é maior a banda podre ou a sã?

    RIO – O major da Polícia Militar Edson Alexandre Pinto de Góes, subcomandante do Comando de Operações Especiais (COE), se entregou, na manhã desta terça-feira, na 1ª Delegacia de Polícia Militar Judiciária (DPJM), no Méier, na Zona Norte do Rio. Ele é acusado de integrar o esquema de corrupção na PM desbaratado nesta segunda-feira na operação Amigos S.A. Na casa do major, agentes encontraram R$ 420 mil em espécie e joias. Já o mototaxista José Ricardo de Jesus Oliveira, que recolhia propinas para a quadrilha e estava foragido, foi preso na manhã desta terça em uma operação na Vila Aliança, na Zona Oeste, por agentes da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança.
     

    Integrante da quadrilha que arrecadava propinas de comerciantes, mototaxistas e cooperativas de vans em Bangu, o major Edson tinha a missão de controlar todos os comandantes de companhias do 14º BPM (Bangu). A esses comandantes, ele pedia repasses de propinas e valores em dinheiro para que permanecessem em suas funções. O major Edson, segundo as investigações, tinha ainda a função de motivar as equipes que estavam nas ruas a aumentar o faturamento da quadrilha.

    Ligado diretamente ao coronel Alexandre Fontenelle, ex-comandante do COE e ex-integrante cúpula da PM, o major Edson foi o responsável por colocar no bando o sargento Luiz Fernando Paganini – também denunciado e preso – na organização considerada pelo Ministério Público como uma “grande empresa”. O sargento ficou incumbido de forçar integrantes da cooperativa de vans de Rio da Prata a pagar as propinas. Na denúncia do MP, há a informação de que a ordem do major ao sargento era de que as equipes “batessem nas vans da cooperativa” forçando-a assim a pagar a propina e entrar no esquema.

     

    Organograma da quadrilha de PMs presa em operação na segunda-feira – / Editoria de Arte

    Já a função do mototaxista José Ricardo de Jesus Oliveira, apelidado de Buda pelo grupo, era recolher a propina. Ele passava no comércio, em pontos de vans e mototáxis às sextas-feiras e aos sábados.

    COMANDANTE DO COE ERA O TERCEIRO NA HIERARQUIA DA PM

    O ex-comandante do COE, Alexandre Fontenelle, um dos responsáveis pela formação de centenas de homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope), foi o primeiro a ser capturado nesta segunda durante a Operação Amigos S.A. Ele ocupava a terceira posição na hierarquia da PM e era responsável pelas unidades especiais da corporação, incluindo o Bope, o Grupamento Aeromarítimo (GAM) e o Batalhão de Choque (BPChoque).

    Além de Fontenelle, do major Edson e do mototaxista, outros quatro oficiais – os majores Carlos Alexandre Lucas e Nilton João dos Prazeres Neto e os capitães Walter Colchone Netto e Rodrigo Leitão da Silva – e 18 praças são acusados de formarem uma quadrilha que exigia propinas de donos de empresas de ônibus, motoristas de vans, mototaxistas e comerciantes em Bangu. A ação contra o grupo foi o mais recente esforço para tentar acabar com o longo histórico de crimes relacionados ao batalhão da PM no bairro, um problema que existe há pelo menos 20 anos, desde a época da apreensão de listas de propina elaboradas pelo falecido bicheiro Castor de Andrade.

    Em uma denúncia descrita em 150 páginas, o Gaeco definiu o modus operandi do bando como “forte e bem organizado”. As investigações revelaram que cada integrante do grupo tinha uma função bem definida. O esquema de cobrança de propinas teria sido estabelecido em 2010, quando os policiais envolvidos estavam lotados no 41º BPM (Irajá), e ganhado força em 2012, época em que o grupo trabalhou no 14º BPM (Bangu). Mas um papel encontrado ontem na carteira de Fontenelle levou a Subsecretaria de Inteligência a acreditar que o pagamento de propina continuava até ontem. Nele, há uma contabilidade com uma divisão de R$ 27 mil. Ao lado da quantia “10.000″, está a palavra ‘‘eu’’.

    O subsecretário de Inteligência, delegado federal Fábio Galvão, responsável pela investigação, explicou que a megaoperação desta segunda-feira foi um desdobramento da operação Compadre I, feita no ano passado, que levou à prisão, na época, 78 pessoas, entre eles 60 policiais civis e militares. A operação durou aproximadamente um ano, e o período de investigação aconteceu do segundo semestre de 2012 até o fim de 2013. Só no ano passado, a Subsecretaria de Inteligência prendeu 339 pessoas, sendo 99 PMs e 12 policiais civis. Entre as operações que se destacaram, além da Compadre I, houve também a Fortaleza, que revelou o pagamento de propinas do tráfico para policiais da UPP do Morro da Providência.

    Dos 25 mandados de prisão expedidos pela 1ª Vara Criminal de Bangu para a operação, 23 foram cumpridos nesta segunda-feira. Além do dinheiro encontrado na casa do major Edson, R$ 33 mil foram localizados no apartamento de um sargento. Ao comentar as prisões, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, disse que as investigações sobre supostos casos de corrupção em sua pasta vão continuar.

    Dois fatos chamaram a atenção da equipe que planejou a Operação Amigos S.A. O primeiro foi a nomeação de Colchone para um cargo de confiança no COE — ele já havia sido preso, no ano passado, por suposto envolvimento com a máfia dos caça-níqueis. O segundo foi a descoberta de indícios de pagamentos feitos a um sargento do 14º BPM, Marcelo Valim dos Santos. Licenciado da Polícia Militar por ter sido atropelado, ele recebia dinheiro de propinas sem sair de casa. Para o Ministério Público estadual, isso comprova o nível de organização do esquema, comparado a uma empresa.

    Segundo as investigações, as propinas variavam entre R$ 30 e R$ 10.400, podendo ser diárias, semanais ou mensais. Os alvos do esquema de extorsão variavam de mototaxistas a clubes, passando por lojas, motoristas do transporte alternativo e empresas de ônibus. Os policiais cobravam taxas para não fazer repressão a serviços piratas ou exigiam dinheiro para ignorar problemas com documentação. Em um grampo telefônico feito em 2012 com autorização judicial, um policial, que, segundo o Gaeco, era o major Neto, diz que operações contra vans deveriam acontecer “até alguém levantar a bandeira branca”.

    De acordo com o Gaeco, os acusados responderão a inquéritos por concussão e associação criminosa armada. Se forem condenados, receberão penas que variam de dois a seis anos de prisão.

     

  14. Mafia instalada no Estado Maior da PMRJ

    Preso major da PM que guardava R$ 420 mil em espécie em casa

    Ele se entregou à polícia. Mototaxista que recolhia propinas para quadrilha formada por PMs foi detido na Zona Oeste

     

    http://oglobo.globo.com/rio/preso-major-da-pm-que-guardava-420-mil-em-especie-em-casa-13948636%5B…………………………………………………………….]Policiais encontram R$ 280 mil em espécie na casa do major Edson. Segundo os agentes, o oficial está viajando- / Divulgação

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    RIO – O major da Polícia Militar Edson Alexandre Pinto de Góes, subcomandante do Comando de Operações Especiais (COE), se entregou, na manhã desta terça-feira, na 1ª Delegacia de Polícia Militar Judiciária (DPJM), no Méier, na Zona Norte do Rio. Ele é acusado de integrar o esquema de corrupção na PM desbaratado nesta segunda-feira na operação Amigos S.A. Na casa do major, agentes encontraram R$ 420 mil em espécie e joias. Já o mototaxista José Ricardo de Jesus Oliveira, que recolhia propinas para a quadrilha e estava foragido, foi preso na manhã desta terça em uma operação na Vila Aliança, na Zona Oeste, por agentes da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança.

    Integrante da quadrilha que arrecadava propinas de comerciantes, mototaxistas e cooperativas de vans em Bangu, o major Edson tinha a missão de controlar todos os comandantes de companhias do 14º BPM (Bangu). A esses comandantes, ele pedia repasses de propinas e valores em dinheiro para que permanecessem em suas funções. O major Edson, segundo as investigações, tinha ainda a função de motivar as equipes que estavam nas ruas a aumentar o faturamento da quadrilha.

    Ligado diretamente ao coronel Alexandre Fontenelle, ex-comandante do COE e ex-integrante cúpula da PM, o major Edson foi o responsável por colocar no bando o sargento Luiz Fernando Paganini – também denunciado e preso – na organização considerada pelo Ministério Público como uma “grande empresa”. O sargento ficou incumbido de forçar integrantes da cooperativa de vans de Rio da Prata a pagar as propinas. Na denúncia do MP, há a informação de que a ordem do major ao sargento era de que as equipes “batessem nas vans da cooperativa” forçando-a assim a pagar a propina e entrar no esquema.

    Organograma da quadrilha de PMs presa em operação na segunda-feira – / Editoria de Arte

     

     

  15. Chile: o outro terrorismo
     
    O

    Chile: o outro terrorismo

     

    O raciocínio que coloca no mesmo saco o novo governo, a criminalidade, estudantes, mapuches e a desaceleração da economia é terrorismo antigo no Chile.

     

     

     

    Oscar Cornejo Rideau

    Infolatam

     

    O atentado que aconteceu no metrô é um fato gravíssimo e totalmente condenável. Isso não está em discussão. Entretanto, deste lamentável acontecimento, proliferaram-se outros fatos que são ainda mais inquietantes, diante dos quais é preciso estar em alerta máximo, sobretudo porque eles têm a capacidade de alterar severamente o Estado de Direito e a vida das pessoas.

    Após a explosão, a mídia fez uma cobertura típica de tabloide sensacionalista e apresentou todo tipo de hipótese, conectando gratuitamente casos que não têm qualquer tipo de relação lógica. Por exemplo, os roubos de caixas eletrônicos com avisos de bomba, ou o assalto do carro-forte Brinks no aeroporto, com os pacotes suspeitos encontrados no metrô.

    Em meio deste frenesi conspirativo, que é bastante esperável nesta situação, a tribuna foi oferecida a certas vozes que, com títulos de especialistas, deram declarações francamente inaceitáveis.
     
    Para mencionar apenas uma delas, no canal 13, em uma entrevista ao vivo que durou cerca de duas horas, o senhor Jorge Valdés, especialista em segurança, declarou reiteradamente que era urgente que a lei antiterrorista retornasse mais severa. Sugeriu incorporar mecanismos como infiltração de agentes do Estado nas “juntas de vizinhos, sindicatos e nas universidades”, porque, segundo ele, uma grande organização terrorista com “formação no Chile e no exterior” estava por trás de “todas as explosões” e buscava “impor o terror” no país.  A seu ver, era “evidente que estes grupos estavam instruídos pelo grupo Lautaro e por diversas organizações anarquistas”, que agora se sentiam em plena liberdade para atuar. Estas funções, de tão necessárias, deveriam ser implementadas imediatamente, mesmo se a lei não as contemplasse.

    Em tom similar, o ex-chefe nacional da inteligência argumentava que o ministro Hinzpeter fora injustamente criticado por querer impor “mão dura” em meio ao clima de caos que imperava no país, e que foi um profundo erro não aplicar a lei antiterrorista toda vez que fosse necessário, por exemplo, nos atentados da Araucanía.

    Tais declarações se somam a outra que afirmavam todo tipo de coisa, como a necessária incorporação de tropas especiais no conflito mapuche, a eliminação de “garantias excessivas” para os encapuzados, até barbaridades ditas por transeuntes entrevistados “ao acaso” que iam desde “levar os militares para as ruas” até o retorno da prisão por suspeita. Todas elas seguidas das repetições de reportagens infelizes sobre grupos anárquicos, algumas com erros tão grosseiros como aquele que afirmava, sem pudores, que dentro das facções mais perigosas dos “terroristas”, estavam os denominados “veganos”.

    Em tudo isto, o governo também não ficou para trás, invocando a lei antiterrorista sucessivas vezes, a mesma que havia se comprometido a não usar, e que recebeu severas críticas por parte de organismos internacionais por violar os direitos humanos, a proporcionalidade da pena, a não discriminação racial, entre outros princípios mínimos de justiça.

    Para além dos exemplos, que são muitos, urge que a cidadania esteja extremamente atenta ao possível uso mal-intencionado dos acontecimentos feito por certas pessoas cujos fins políticos e ideológicos não são exatamente os de proteger, mas de propiciar um falso clima de pânico em que se justifique a fragilização das garantias constitucionais e criminalize os movimentos sociais, tirando de cena as demandas de fundo que foram sustentadas pela população.

    A inescrupulosa ligação dos acontecimentos que pretende colocar no mesmo saco o novo governo, a criminalidade, os estudantes, os mapuches e a desaceleração da economia não é uma estratégia nova na política nacional, mas faz parte do comum repertório dos grupos minoritários que veem seus interesses ameaçados pelo empoderamento dos cidadãos. São eles que, apesar de não andarem encapuzados e de usarem armas mais refinadas do que latas de conserva com pólvora, formam as verdadeiras associações terroristas que prejudicam o país.

    A principal recomendação nesta situação é permanecer em constante suspeita, condenando severamente o ataque de inocentes, mas não se deixar enganar pelas armadilhas do discursos de setores ainda mais extremistas que os autores do atentado, pois apenas uma cidadania crítica pode estar realmente a salvo do terrorismo, em qualquer uma das múltiplas formas como ele se apresenta.
    ___________________

    Oscar Cornejo Rideau é estudante de humanidades e ensaísta.
     
    A tradução é de Daniella Cambaúva.

     

    http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Internacional/Chile-o-outro-terrorismo/6/31815

  16. Reintegração de posse leva caos e sofrimento ao centro de SP

    Melhor matéria, com a única equipe de reportagem que esteve dentro da ocupação.

    Reintegração de posse leva caos e sofrimento ao centro de SP

    http://ponte.org/reintegracao-de-posse-leva-caos-e-sofrimento-ao-centro-de-sp/

    — 16/09/14 

    Reportagem: Fausto Salvadori Filho, Laura Capriglione,  Maria Carolina Trevisan, Paulo Eduardo Dias / Imagens : Caio Palazzo e Rafael Bonifácio

    Trabalhadores sem-teto que ocupavam desde fevereiro um prédio, no centro de São Paulo, foram desalojados pela polícia nesta terça-feira, numa reintegração de posso que provocou revolta e confrontos nas ruas da cidade

    Cerca de 800 trabalhadores sem-teto com suas crianças, algumas recém-nascidas; famílias inteiras, mulheres ainda de resguardo, que deram à luz recentemente, idosos. Foi essa gente que enfrentou na manhã de terça-feira, 16 de setembro, a tropa de choque, a Rota, a Força Tática, a Guarda Civil Metropolitana e os motociclistas da Rocam –um contingente estimado em pelo menos 250 homens, armados com cacetetes, bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo, balas de borracha.

    Logo, todo o centro de São Paulo estaria transformado em praça de guerra, com um ônibus articulado incendiado bem na frente do Theatro Municipal, vários focos de incêndio espalhados por todo o centro financeiro, a polícia arremessando bombas de gás lacrimogêneo em tudo o que se movesse, os escritórios fechando as portas às 11h, em um feriado improvisado, e os trabalhadores saindo às carreiras e chorando como bebês -efeito do gás.

    O exército dos miseráveis, entre os quais contavam-se imigrantes africanos, bolivianos e peruanos, equipou-se com as armas do improviso. De uma lanchonete vizinha, pegaram, no lixo, centenas de cocos verdes sem água, que levaram para o primeiro andar; de caçambas de entulho, tomaram sofás velhos, carcaças de televisores, restos de geladeiras e de aparelhos de ar-condicionado, para serem arremessados do alto do prédio contra a tropa de soldados. Também havia latas de tinta branca e rojões, para serem transformados em projéteis.

    O cruzamento das avenidas Ipiranga com São João não teve espaço para a dura poesia concreta, ocupado que estava com contingente policial preparando-se para despejar à força os sem-tetos que se haviam trancado dentro do edificio de número 605 da avenida São João. Tratou-se de uma ação de reintegração de posse, ordenada por uma juíza Maria Fernanda Belli, da 25ª Vara Cível de São Paulo, a pedido do proprietário do imóvel, o empresário Ricardo Pimenta.

    O portentoso prédio com 23 andares, construído para ser o hotel Aquarius, estava fechado há 10 anos e foi ocupado pelos sem-teto em luta pela moradia desde fevereiro.

      Foto: Caio Palazzo Fachada do prédio antes da chegada da polícia | Foto: Caio Palazzo/Ponte Jornalismo« 1 de 29 »

    Para os sem-teto, a ocupação do imóvel foi uma folia. “No Carnaval deste ano, a gente se disfarçou de bloco de rua para fazer a ocupação”, lembrou Antonia Nascimento, 43 anos, uma das coordenadores do MSTRU (Movimento Sem Teto pela Reforma Urbana), que executou a ocupação ao lado da FLM (Frente de Luta por Moradia) e do MSTC (Movimento Sem-Teto do Centro).

    Não restava, contudo, mais nada de clima festivo na manhã desta terça-feira, data escolhida pela PM para executar a reintegração de posse do imóvel. Os sem-teto haviam anunciado que pretendiam resistir à ação dos policiais. “Eu não vou sair”, gritaram os ocupantes, batendo em panelas e jogando papel picado das janelas, pouco antes das 6h, quando a Polícia Militar chegou. Militantes de outras ocupações foram ao prédio para participar da resistência. Mesmo prevendo o choque com a PM, os sem-teto decidiram manter mulheres, inclusive grávidas, e crianças dentro do prédio, reunidas no primeiro andar.

    Bem em frente à entrada da ocupação, junto a aproximadamente 30 pessoas, estava a operadora de telemarketing Priscila, 28 anos, seu marido Hozanio, 29, e o filhos Fernando, 7, e Letícia, 1. “Viemos dar apoio. Somos de outra ocupação e isso pode acontecer com a gente. Quem não luta, está morto”, disse com um sorriso.

    A tensão toda começou às 5p0, quando os primeiros carros de bombeiros adentraram na avenida. “Entra, entra! Ou sai, sai! Quem quiser entra, quem não quiser, até breve, se Deus quiser”, gritou Antônio, 23, um negro forte e musculoso, espécie de faz-tudo para os comerciantes do centro. “Hoje, deixarei meus clientes na mão”, disse ele, atualmente exercendo as funções de pintor em um boteco no vizinho Anhangabaú. Antônio não teve coragem de ir trabalhar largando a mãe -faxineira- para trás.

    A Ponte entrou. Foi o único órgão de imprensa a acompanhar de dentro da ocupacão os embates entre a polícia e os sem-teto, até a rendição desses últimos. Nossos jornalistas estavam também do lado de fora, acompanhando a ação dos policiais e todo o movimento no centro de São Paulo.

    Portaria principal do prédio lacrada, camas desmontadas, sofás, fogões e geladeiras foram transformados em barricadas, bloqueando a passagem. Ninguém mais podia sair.

      _DSC7961a Fotos: Rafael Bonifácio/Ponte Jornalismo« 1 de 12 »

    Crianças com olhos arregalados esperavam a entrada da tropa no prédio. Outras, pequenininhas, dormiam, inocentes. Ninguém tomou café da manhã. Foi de jejum mesmo que a turma esperou a chegada dos soldados.

    A ordem da principal líder dos sem-teto, a Nete (Ivaneti Araújo), era que a turma se espalhasse por todos os andares, a fim de dificultar a ação da PM. Mas o pessoal preferiu reunir-se nos 2 primeiros andares. Logo ficou claro que a resistência ficaria a cargo do pessoal pendurado nas janelas. Do alto de seus postos de observação, a soldadesca pobre calçava sandálias havaianas, e usava camisetas e shorts. E tinha ao seu lado os cocos que seriam arremessados, além das demais “armas”…

    Às 7p7, o tenente Weisshaupt, da Força Tática do 7º Batalhão, e um grupo de aproximadamente 10 PMs, usando capacetes e armados com escopetas e escudos, avançaram em direção ao prédio. Foram recebidos por uma chuva de objetos atirados pelos sem-teto, que fez os policiais recuarem. Os sem-teto começaram jogando cocos, paus, pedras e tijolos, depois passaram para vasos, camas, televisores e sofás.

    A PM reagiu com o arremesso maciço de bombas de gás lacrimogêneo pelas janelas do prédio, além de invólucros de efeito moral e balas de borracha.

    Logo chegaram equipes de batalhões próximos, como o 13° e o 11°. O helicóptero Águia 15 foi enviado, mas os focos de confrontos e as barricadas de fogo atingiram o Largo Paissandu, a Praça da República e a avenida São João com a rua Timbiras, o que fez com que o 3º Batalhão do Choque, chamado apenas em casos de distúrbios, fosse acionado.

    Dentro do prédio, a atmosfera ficou irrespirável. Cauã, de 9 anos, chorava e tremia todo de medo. Chorava pelo gás lacrimogêneo e pelo terror. A avó dele não conseguia consolá-lo. Estava desesperada por ter perdido a filha na correria insana escada acima, que se seguiu ao ataque.

    A boliviana Juanita, com um bebê de dois meses no colo (“nasceu na ocupação”), ainda ilegal no país e sem documentos, de repente esqueceu o pouco português que falava ainda há pouco. O aymara (mesmo idioma nativo do presidente Evo Morales) afirmou-se como a sua língua do medo. Só dava para entender o “Dios, Dios, Dios y Madre mia”, que vinha ritmado como um mantra.

    Quando ficou claro que o navio estava mesmo afundando, um dos organizadores da ocupação gritou: “Tem saída pelo prédio ao lado. Primeiro as mulheres, as crianças e os idosos. Os homens ficam.” Uma fila indiana de desespero, choro e solidariedade se formou, para ajudar os mais frágeis a subir no telhado vizinho, transpor um abismo de andaimes e subir as escadas que os levariam ao prédio vizinho, que está em obras de restauro. Os jovens ajudavam a içar as pessoas com dificuldades de movimentos.

    “Tive que pular 3 prédios, com minha filha no colo, para vir até aqui. Ela tem bronquite e desmaiou com a fumaça”, contou Carla Batista Araújo, 22 anos, segurando a filha de 1 ano e meio na avenida Ipiranga. “Tem criança lá dentro, pelo amor de Deus”, gritou várias vezes para os policiais. “Eu tenho mais 3 filhos que estão lá dentro e meu marido não conseguiu
    trazer”, chorou. A Tropa de Choque chegou em seguida.

    Por volta das 8h da manhã, 2 caminhões blindados da Tropa de Choque, conhecidos como Centurion, se aproximaram do prédio. À medida em que o choque ameaçava invadir a ocupação, a tensão crescia e os moradores reagiam. Objetos eram arremessados do prédio em direção aos policiais, que revidavam com disparos de bomba em direção à ocupação. Até que um dos veículos blindados forçou a entrada do prédio e derrubou a porta. Outro arrancou uma palmeira imperial da avenida São João. Às 9p7, cerca de 20 homens da Tropa de Choque da PM invadiram a ocupação São João. Bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo explodiam dentro e fora do edifício.

     

    Lá dentro, cerca de 50 remanescentes insistiam na resistência, inclusive algumas mulheres e crianças, e uma jovem de 16 anos, grávida. O grupo subiu a pé até o último andar do prédio, e ali aguardou a chegada do choque.

    Todos começaram a procurar pela reportagem da Ponte, a única presente no interior, pedindo que intercedesse junto ao comando da tropa policial. Queriam passar a mensagem de sua rendição, que não mais resistiriam e nem atacariam os PMs. Só queriam sair, mas não conseguiam. Era impossível descer com os policiais jogando bombas através das janelas.

    Outra repórter da Ponte, do lado de fora, em contato com o comando da tropa, transmitiu a notícia de que o choque garantia que não haveria violência.

    Policiais gritavam de um lado para que os manifestantes se afastassem, dando ordens ora de encostar na parede, ora de deitar no chão (alagado) e outra de ir para a parede oposta. Os ocupantes do outro lado gritavam que não iam resistir e pediam para tirar as pessoas que estavam passando mal.

    Começaram então a descer – primeiro os que estavam passando mal, principalmente gestantes, depois as demais mulheres e crianças. Por fim, os homens.

    Acabava a ocupação São João.

    De repente, contudo, o conflito se alastrou para muito além do antigo hotel Aquarius. A Tropa de Choque avançou pelas ruas próximas, disparando bombas e balas de borracha. Além da República, o conflito chegou ao largo do Paissandu e à Praça Ramos de Azevedo, onde um ônibus foi incendiado.

    Os policiais miravam em qualquer pessoa que estivesse passando pela rua, mesmo quem não estivesse praticando violência. O único critério parecia ser o de esvaziar as vias, usando tiro, porrada e bomba. Logo apareceram adeptos da tática black bloc, apedrejando os policiais com as camisetas enroladas no rosto. “Nunca vi a polícia adotar uma ação tão violenta nas ruas, nem nas jornadas de junho”, disse o redator Josias Rodrigues Vianna Filho, 41 anos, observador legal dos Advogados Ativistas.

    No largo do Paissandu, um grupo de pessoas invadiu três ônibus e fugiu levando as chaves dos veículos. “Eles disseram: não temos nada contra vocês, só queremos as chaves”, contou um motorista. Protegidos atrás dos veículos parados, o grupo aproveitou para incendiar a cabine de uma empresa de ônibus e jogar mais pedras contra os policiais. A Igreja Senhora do Rosário, em frente, trancou as portas com cadeado.

    Três homens em roupas rasgadas comemoraram o conflito no centro de São Paulo. “Vamos lá tentar pegar uns tênis naquela loja. Ela ficou aberta”, comentou um deles. As bombas da polícia fizeram o grupo recuar antes de chegar à loja. Acabaram se contentando em remexer nos restos carbonizados da cabine da empresa de ônibus. Encontraram um relógio e algum dinheiro chamuscados e saíram sorrindo.

    Outro que sorriu com a guerra no centro de São Paulo foi o vendedor ambulante Genésio dos Santos – os amigos o chamam de Kassab, por ter atirado um saco de gelo no então prefeito Gilberto Kassab, em 2010, numa vingança contra os fiscais da prefeitura que haviam apreendido sua mercadorias. Diante do ônibus pegando fogo na Praça Ramos de Azevedo, em frente ao Theatro Municipal, o senhor de 51 anos, com um guarda-sol vermelho e branco acoplado na careca, corria de um lado para outro vendendo suas garrafas de água a dois reais, ignorando o trovão das bombas e o cheiro do gás lacrimogêneo como se não existissem. “Eu vendo a minha água gostosa para acalmar o povo. O povo anda muito nervoso.”

     

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