Fora de Pauta

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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  1.                DANDO

                   DANDO IDÉIA

     

    Ontem, um conhecido comentava que numa agência bancária

    um indigitado correntista esbravejava e insistia com funcionários

    do banco em fechar  sua conta corrente, cancelar cartões de

    crédito, planos de seguros, etc apesar das insistentes e infrutíferas

    tentativas da gerência em fazê-lo desistir da idéia.  Em sua defesa

    alegava ser a favor do pré-sal e do Bolsa familia e por isso estava

    se desassociando de seu adversário político, no caso, o banco Itau.

    Nada a opor à sua coerência política, dizia o conhecido.” O que

    incomodava era a maneira como ele colocava a sua coerência

    em prática”.

    São questões de somenos.

    A verdade é que se todos os petistas e dilmistas resolverem

    cancelar seus negócios com o banco da Dona Neca,

    ou mesmo transferir suas contas para outros bancos, a

    assessora de Marina irá arrepender-se amargamente de se ter

    iniciado na política partidária da forma como o fez.

    Sem exageros, mas ainda há tempo de o Conselho de Administração

    do Itau – para salvar os anéis – peça a dona Neca para abortar a

    preocupante empreitada. A conferir.

  2. José Simão:
    O Brasileiro é

    José Simão:

    O Brasileiro é Cordial! Olha essa placa no banheiro dum boteco: “Você que tem pau pequeno ou a barriga grande, por favor mijar sentado”. E quem tem os dois, mija deitado? Rarará!

  3.  
    A evolução humana esteve a

     

    A evolução humana esteve a trabalhar para que não houvesse duas caras iguais

     

    17/09/2014 – 09:24

     

     

    Dinâmicas sociais interferiram na evolução da cara humana, aumentando a diversidade nas características faciais. Esta tendência iniciou-se antes da divergência dos neandertais e dos denisovanos.

     

     

    A geometria da cara, a cor dos olhos, o tamanho da boca, do nariz ou das orelhas, a forma do queixo, a altura da testa, o cabelo, a curva das bochechas, a espessura das sobrancelhas, estas são algumas características associadas à cara humana. Apesar de não termos substantivos para todos os aspectos que nos permitem distinguir um rosto do outro, o nosso cérebro está treinado para identificar ainda assim as caras, uma capacidade vantajosa tendo em conta as dinâmicas sociais únicas da nossa espécie.

    Mas ao longo da evolução do Homo sapiens, estas dinâmicas sociais também promoveram o aumento da variabilidade das características faciais, defende uma equipa norte-americana que identificou uma grande diversidade nos traços da cara e nos genes associados à variabilidade destas características faciais. O estudo vem explicado num artigo publicado ontem na revista Nature Communications.

    “Os humanos são fenomenalmente bons a reconhecer as caras, há uma parte do cérebro especializada nisso”, explicou Michael Sheehan, do Museu de Zoologia Comparativa e Biologia Integrada da Universidade da Califórnia, Estados Unidos, e autor do estudo juntamente com Michael Nachman, da mesma instituição. “O nosso estudo mostra agora que os humanos foram seleccionados para serem únicos e facilmente reconhecíveis. É claramente positivo para mim reconhecer as outras pessoas, mas também é benéfico para mim ser reconhecido. De outro modo seríamos todos parecidos”, acrescentou, citado num comunicado daquela universidade.

    “Perguntámo-nos se os traços como a distância entre os dois olhos ou a largura do nariz são variáveis só porque sim, ou se houve uma selecção evolutiva para serem mais variáveis do que seriam de outro modo”, explicou o investigador.

    Segundo os dois autores, a variabilidade da cara humana não é mais forte dentro do género feminino ou masculino, nem numa determinada faixa etária – as caras são diferentes ao longo de toda a vida. Por isso, os cientistas defendem que o que impulsionou este aumento da variabilidade não pode só ter sido as preferências de parceiros sexuais ao longo de centenas de milhares de anos. “Ser-se reconhecível é importante em todos os aspectos das nossas vidas e os benefícios não estão limitados em como isso influencia o facto de sermos mais atraentes”, disse Michael Sheehan ao PÚBLICO.

    A equipa usou informação do exército dos Estados Unidos compilada em 1988. Com este material, os cientistas começaram por analisar a variabilidade facial de homens e mulheres de ascendência africana e europeia comparando características faciais, como a distância entre o queixo e a testa, ou a altura das orelhas, com outras características corporais, como o comprimento do antebraço ou a altura da cintura. Os resultados mostraram que os traços faciais eram mais variáveis em todos os grupos. “As características mais variáveis estão situadas dentro do triângulo dos olhos, a boca e o nariz”, lê-se no comunicado.

    Há, no entanto, outras características corporais que são diferentes em todos humanos, a impressão digital é o exemplo clássico, mas que não nos ajudam a identificar e distinguir normalmente as outras pessoas. “Um problema da análise da morfologia é que a maior variabilidade que existe pode ser apenas o resultado de haver menos constrangimentos na morfologia facial do que na morfologia dos braços ou das pernas”, explicou-nos o investigador.

    Para responder a esta questão, os cientistas usaram uma base de dados de um projecto alemão que sequenciou mais de 1000 genomas humanos e catalogou quase 40 milhões de variações genéticas. Analisando estas variações, a equipa concluiu que há mais diversidade genética associada às características do rosto humano do que as características que, aparentemente, não estão condicionadas evolutivamente, como as impressões digitais.

    “A variação tende a ser podada pela selecção natural no caso das características essenciais para sobrevivermos”, defendeu Michael Nachman, no mesmo comunicado. “[Na face] é o oposto, a selecção está a manter esta variação. Tudo isto é consistente com a ideia de que tem havido uma selecção para haver variabilidade de modo a facilitar o reconhecimento dos indivíduos.”

    A equipa ainda analisou a variabilidade genética das características faciais nos neandertais e denisovanos, duas espécies que divergiram há menos de um milhão de anos de nós. A equipa encontrou nestas espécies de humanos a mesma variabilidade das características faciais, mostrando que esta é uma tendência evolutiva antiga.

    E no futuro, será que cada rosto humano irá ser cada vez mais único? “Não  é claro”, responde-nos Michael Sheehan. “Uma razão para a variabilidade continuar a aumentar é que temos sociedades maiores e mais complexas onde seria necessário um maior número de características faciais para que todas as pessoas sejam únicas. No entanto, uma razão para isso não acontecer é que hoje temos muitas outras formas de termos aparências únicas tal como os cortes de cabelo, os acessórios, as roupas, etc. Por isso, é possível que a originalidade das caras seja menos importante agora do que foi no passado.”

    http://www.publico.pt/ciencia/noticia/a-evolucao-humana-esteve-a-trabalhar-para-que-nao-houvesse-duas-caras-iguais-1669878#/0

     

  4.  
    Miguel Falabella assina

     

    Miguel Falabella assina versão brasileira de ‘O Homem de la Mancha’

     

    Musical mescla trama de Miguel de Cervantes com obra de Bispo do Rosário

     

    O elenco é formado por 35 atores e a orquestra é composta por 16 músicos. (Foto: João Caldas)

     

    O elenco é formado por 35 atores e a orquestra é composta por 16 músicos. (Foto: João Caldas)

     

     

    Mais de quatro séculos separam dois artistas que dividem o mesmo nome. Um deles foi o romancista responsável pelo maior clássico da literatura ocidental. Outro é um dos grandes nomes do nosso teatro contemporâneo. Suas histórias, no entanto, se cruzam e culminam com a estreia do espetáculo “Homem de La Mancha” amanhã, no Teatro Sesi.

     

    Miguel Falabella assina a versão brasileira do musical que estreou na Broadway em 1965, assinado por Dale Wasserman e inspirado na obra de Miguel de Cervantes. Como é comum em seus trabalhos, ele optou por aproximar a história da realidade brasileira e encontrou um ponto em comum entre o clássico e a trajetória de Arthur Bispo do Rosário.

    – Meu Quixote é brasileiro! A tênue fronteira entre a loucura e o sonho impossível encontra a inspiração ideal na história e na arte de Arthur Bispo do Rosário – antecipa o diretor, referindo-se ao religioso sergipano que foi internado compulsoriamente por sua esquizofrenia e encontrou nas artes plásticas uma fuga para a doença.

     

    Enquanto o musical original se passa durante a Inquisição Espanhola, a nova versão é retratada em um manicômio brasileiro durante a década de 30. Falabella se inspirou em Bispo do Rosário para caracterizar a figura do Governador, louco que comanda os internos do hospital, vivido por Guilherme Santana.

    Cleto Baccic fica responsável por dar vida ao protagonista, um homem que surta e acredita ser Miguel de Cervantes. Internado compulsoriamente na clínica, ele tem seus pertences roubados pelos outros pacientes. Para dar a ele a oportunidade de reaver suas posses, o Governador instala um julgamento. A partir daí, a história é a mesma: para organizar sua defesa, ele convida os loucos para encenarem com ele uma peça de teatro que conta a história de Dom Quixote de La Mancha.

    – Miguel foi mais uma vez genial ao trazer o tema para a nossa realidade. Como não se trata de uma cópia do original, nós conseguimos nos apropriar da obra com muito mais facilidade – avalia o ator.

    Primeira versão brasileira do espetáculo foi dirigida por Flávio Rangel (Foto: João Caldas)

     

    Primeira versão brasileira do espetáculo foi dirigida
    por Flávio Rangel (Foto: João Caldas)

     

     

    Cleto é também o idealizador do espetáculo, produzido por sua empresa, o Atelier de Cultura, em parceria com o Sesi, Senai e Fiesp. O investimento total soma R$ 11 milhões, sem o uso de leis de incentivo. A temporada integra a programação especial dos 50 anos do teatro do Teatro Sesi, um dos marcos culturais da Avenida Paulista. Assim como em “A Madrinha Embriagada”, espetáculo assistido por mais de 150 mil pessoas, os ingressos são gratuitos com o intuito de democratizar a arte e criar uma formação de plateia. Dentro do projeto, há também um curso profissionalizante para atores de musical reconhecido pelo MEC.

    – Por ser gratuito, o espetáculo chega às  classes menos favorecidas, que muitas vezes nunca assistiram a um musical. Ver o encantamento das pessoas é algo incrível. Elas também podem fazer o curso patrocinado pelo Sesi e certamente vou poder contar com grandes atores para as minhas próximas produções – acredita Baccic.

     

    Esta é a segunda adaptação nacional para a história de “O Homem de la Mancha”. Em 1972, Paulo Pontes e Flavio Rangel assinaram o espetáculo que trazia no elenco Paulo Autran e Bibi Ferreira nos papéis principais. Na época, as músicas originais de Mitch Leigh e Joe Darion foram traduzidas por Chico Buarque e Ruy Guerra. Para a nova versão, Falabella decidiu dar uma nova cara às canções, para que elas se entrosassem de maneira mais natural com os diálogos. Carlos Bauzys foi convidado para assumir a direção musical.

    Os figurinos são assinados por Claudio Tovar e a cenografia foram criados por Matt Kinley e David Harris – nomes reconhecidos por espetáculos como “Mary Poppins”, “Les Misérables” e “Miss Saigon”. Adornado por elementos de arquitetura do início do século XX, o cenário é uma gigantesca estrutura metálica semicircular de oito metros de altura. A estrutura é recoberta por mais de 400 metros quadrados de tule importado e pintada a mão pelo artista cênico Vincent Guilmoto com a caligrafia original de Bispo do Rosário. O elenco é formado por 35 atores e a orquestra é composta por 16 músicos.

     

    Os figurinos são de Claudio Tovar e a cenografia é de Matt Kinley e David Harris  (Foto: João Caldas)

     

    Os figurinos são de Claudio Tovar e a cenografia é de Matt
    Kinley e David Harris (Foto: João Caldas)

     

    Com temporada prevista inicialmente até dezembro deste ano – que possivelmente será prorrogada até 2015 –, o musical fará um ritmo intenso de apresentações. No total, serão sete por semana, sendo uma delas dedicada especialmente para escolas. Os ingressos podem ser reservados pelo site do Sesi sempre com um mês de antecedência. Cinquenta lugares serão distribuídos no dia do espetáculo a partir do horário de abertura da bilheteria.

    – Muitos diretores imprimem mais sofrimento do que prazer no processo de construção de uma peça. Miguel é extremamente exigente, mas trabalhar com ele é uma experiência espetacular. O trabalho é leve, divertido. E isso é transmitido em cena para o público. Tenho certeza que o espetáculo vai encantar todos os espectadores, cada um de uma maneira única e particular – garante Cleto.

     

    http://redeglobo.globo.com/globoteatro/reportagens/noticia/2014/09/miguel-falabella-assina-versao-brasileira-de-o-homem-de-la-mancha.html

  5. Nassif, o seu “Desabafo” de 2009 voltou a circular…

    Voltei a receber por e-mail. Se quiser identifico e informo a você quem veiculou. Correu numa lista de discussão de uma entidade de servidores da AGU.

  6. Tecido puido

    Dá para saber o por que.

    Tatcher plantou, Cameron esta colhendo!  Dos 59 deputados que a Escócia tem direito, apenas um solitário conservador.

    E os ecos para o resto dos colegas , dentro e fora da UE é sentido e incomodo, mormente a espanhois.

    Do Diário de Notícias de Lisboa

    Da Escócia à Jugoslávia

    por VIRIATO SOROMENHO-MARQUES   Hoje

    Hoje saberemos se a Escócia irá ou não permanecer no Reino Unido (RU). Mesmo que o voto do “Não” prevaleça, David Cameron poderá ficar para a História como o primeiro-ministro britânico mais incompetente desde os tempos de Neville Chamberlain (1937-40). Como uma personagem dilacerada, Cameron ameaça colocar Londres fora da União Europeia (UE), ao mesmo tempo que implora para que a Escócia não acabe com um RU que dura desde 1707. Embora o Partido Nacionalista Escocês do actual primeiro-ministro de Edimburgo, Alex Salmond, tenha sido formado em 1934, só o impacto destrutivo da “revolução conservadora” liderada por Margaret Tatcher, ferindo os interesses económicos e os direitos sociais da população escocesa, lhe deu força para chegar a governar a Escócia desde 2007. Cameron desdenhou sempre da hostilidade da nação escocesa contra os Tories (só há 1 deputado conservador entre os 59 escoceses com assento nos Comuns). Até mesmo a pergunta radical do referendo (independência ou “statu quo”) foi ditada pela intransigência de Cameron. A vitória do sim à independência, iria catalisar o processo de desintegração da própria UE. O referendo pode causar aquilo que nem a crise do euro fez até agora: alterar a geografia política da UE, no sentido da contracção. Já não falando no efeito de contágio a Espanha, à Bélgica, à Itália…Mas mesmo que a Escócia se mantenha no RU, a tempestade política viajará para terras gaulesas, onde a Frente Nacional se prepara para ganhar em todas as frentes. Aqueles que tinham medo de que a UE se pudesse transformar num novo império romano podem ficar descansados. A UE cada vez se parece mais com uma grande Jugoslávia. Uma criatura estrepitosa, mas de duração breve.

     

  7. Só notícias ruins

    A mídia sempre falou mal, claro.

    Mas nos últimos dias até as páginas de culinária descem a lenha na Dilma. Parece que estão com esperanças de pôr o Aécio no segundo turno. Chega a ser risível, não fosse trágico.

     

  8. OLHA O RACISMO “PRETO” NO UOL, O CERTO É NEGROS

    Maioria dos desempregados é de pretos ou pardos e mulheres

    34

    Sílvio Guedes Crespo e Taís Vilela
    Do UOL, em São Paulo e no Rio

    18/09/201410h00Compartilhe66137 Imprimir Comunicar erro

    Fabio Teixeira/UOL

    Carolina se enquadra exatamente no perfil da maioria da população desempregada do Brasil

    Carolina se enquadra exatamente no perfil da maioria da população desempregada do Brasil

    O Brasil tinha 6,7 milhões de desempregados no ano passado, de um total de 102,5 milhões de pessoas economicamente ativas, de acordo com a versão mais recente da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

    Os pretos e pardos, que são 53,1% da população, figuram como a maioria dos desempregados: 60,6% no ano passado. Sua participação no total da população desocupada, por sinal, teve um pequeno aumento, pois em 2012 era de 59,9%. 

    O uso do termo “preto” costuma ser criticado nas redes sociais como supostamente preconceituoso, mas é aterminologia oficial da pesquisa do IBGE. O grupo mais genérico de “negros” reúne as cores específicas, “preta” e “parda”, explica o IBGE.

    Com relação a gênero, as mulheres são as que mais sofrem com o desemprego: elas são 56,9% das pessoas sem trabalho. Como comparação, sua participação na população geral é de 51,3%.

    Apesar de continuarem liderando o desemprego, houve uma pequena melhora para elas em relação ao ano anterior, quando correspondiam a 58% do total de desempregados.

    Entre os desocupados, 68,8% já haviam trabalhado antes e apenas 31,2% nunca participaram do mercado de trabalho.

    Outra característica dos desempregados no país é a baixa escolaridade: 50,8% deles não completaram o ensino médio.

    A faixa etária que tem a maior participação na população desocupada é a dos jovens, particularmente entre 18 e 24 anos de idade, na qual estão 32,6% dos desempregados.

    “Só contratam negras maravilhosas”

    Carolina de Souza Batista é carioca, negra, tem 19 anos, ainda não completou o ensino médio e começou a procurar trabalho como vendedora no Rio de Janeirohá aproximadamente dois meses. A jovem se enquadra exatamente no perfil da maioria da população desempregada do Brasil, descrita na Pnad.

    Ela sonha em cursar faculdade de medicina ou nutrição. Reprovada duas vezes no colégio, decidiu fazer um curso técnico em estética enquanto termina o supletivo, para ganhar o próprio dinheiro e deixar de depender da mãe.

    “Como é que a gente vai conseguir o primeiro emprego sem experiência? Já distribuí vários currículos, mas não fui chamada para nenhum. Talvez porque eu não tenha o ensino médio. Eu tenho inglês, mas não consegui”, afirmou.

    Além do desafio de conquistar o primeiro emprego, também sofre com o preconceito. Ela diz que na maior parte das lojas o perfil das vendedoras é de meninas loiras de cabelo liso. “Às vezes sinto vontade de mandar o currículo, mas, quando eles contratam negras, são sempre aquelas negras maravilhosas, que a gente não está acostumado a ver. Nunca são as negras comuns”, disse.

    Intervalo de confiança

    Por ser uma pesquisa por amostra, as variáveis divulgadas pela Pnad estão dentro de um intervalo numérico, que é o chamado “erro amostral”. Segundo o IBGE, não há uma margem de erro específica para toda a amostra. Para a Pnad 2013, foram ouvidas 362.555 pessoas em 148.697 domicílios pelo país.

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    Brasil tem 201 milhões de habitantes; veja mais estimativas da Pnad 201331 fotos

    10 / 31Professora aposentada Anita Barros, 78, gosta de navegar na internet nas horas vagas. Há cerca de um ano, ela comprou um smartphone e usa aplicativos de mensagens para conversar com amigos e familiares. Além da internet no celular, Anita também usa o notebook para navegar e se manter informada. O número de brasileiros que usa internet já ultrapassa a metade da população, segundo dados da Pnad 2013 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios). Pela primeira vez, a proporção de internautas chegou a 50,1% Leia mais Beto Macário/UOL

     

    1. Busquei no diciionário e

      Busquei no diciionário e verifiquei os significados, mas nos Ministério de Iqualdade Racial, não fala do Movimento de Jovens Pretos, e sim de Jovens Negros. portanto… Acho que eles deveriam mudar esse tiítulo na matéria. 

    2. Fui no dicionário , mas no

      Fui no dicionário , mas no Brasil atual , no Ministério de Igualdade Racial, não existe um Movimento de Jovens Pretos e sim o Movimento de Jovens Negros, portanto seria muito bom, mudar o titúlo. 

  9. Cricri

    Ei! Mudaram noavemente a configuração do Blog ? Entrei pelo Chromer e esta tudo largoooooooooo. Foi o Nassif que resolveu alargar o horizonte do blog 🙂

  10. Expulsos militares condenados pela morte de Patrícia Acioli

    Patrícia Acioli tinha 47 anos e foi morta quando chegava em sua casa, em Niterói

    Do Ig Último Segundo

    Vítima de emboscada e morreu com 21 tiros quando chegava em casa, em Piratininga, na região metropolitana do Rio

    O Comando da Polícia Militar (PM) determinou a exclusão de nove policiais militares condenados pela Justiça na morte da juíza Patrícia Acioli, crime ocorrido em agosto de 2011. Ela foi vítima de emboscada e morreu com 21 tiros quando chegava em casa, em Piratininga, região oceânica de Niterói, na região metropolitana do Rio. A exclusão foi publicada no boletim interno da corporação.

    Na lista de expulsos estão o terceiro-sargento Charles de Azevedo Tavares; os cabos Alex Ribeiro Pereira, Jeferson de Araújo Miranda, Sammy dos Santos Quintanilha, Sergio Costa Junior, Carlos Adílio Maciel Santos e Jovanis Falcão Junior e os soldados Júnior Cezar de Medeiros e Handerson Lents Henriques da Silva. Na decisão do comando da PM ficaram de fora o tenente-coronel Cláudio de Oliveira e o tenente Daniel dos Santos Benitez Lopes.

    O 7° Batalhão da PM (São Gonçalo), onde os militares eram lotados, foi comandado, à época do crime, pelo tenente-coronel Cláudio Luiz Silva Oliveira, condenado em março deste ano a 36 anos de prisão pela morte da juíza. Patrícia Acioli trabalhava no Fórum Regional do município e já tinha condenado vários PMs por crimes na região.

    Pelo mesmo crime, o Conselho de Sentença do 3º Tribunal do Júri de Niterói condenou, em dezembro de 2013, o tenente da Polícia Militar Daniel Benitez a 36 anos de reclusão. O réu foi condenado em regime inicialmente fechado pelos crimes de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, assegurar a impunidade de outros crimes e emboscada) e por formação de quadrilha. Ele era considerado o braço direito do tenente-coronel Cláudio de Oliveira no batalhão.

    A Secretaria de Segurança Pública informou que, no caso do tenente-coronel Cláudio de Oliveira e do tenente Daniel Benitez, em função de o processo de expulsão dos policiais ter sido anteriormente sobrestado (suspenso) pela Justiça, os oficiais permanecem como integrantes da corporação. No entanto, assim que o Tribunal de Justiça enviar a conclusão do processo com o pedido de perda do cargo público, a exclusão será confirmada.

     

  11. Marina entra com liminar e tira do ar site de apoio a Dilma

    Marina entra com liminar e tira do ar site Muda Mais de apoio a Dilma

    Do Vermelho

    Na última terça-feira (16), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concedeu liminar para retirar do ar o site Muda Mais. Coordenado pelo jornalista Franklin Martins, a página virtual era usada para defender a reeleição da presidenta Dilma Rousseff e lá continha vários depoimentos de apoio à presidenta, em vídeos e áudios. A medida atendeu ao pedido da coligação da candidata à Presidência, Marina Silva. 

    Já fora do ar, o Muda Mais anuncia no redirecionamento da página a medida do TSE e critica Marina Silva por tentar censurar o site. “Vamos proceder à defesa jurídica de todos os pontos que foram questionados, e não vamos deixar que as posturas antidemocráticas da candidatura de oposição nos calem. Marina precisa entender que na democracia ninguém fala sozinho. Tentar calar o Muda Mais é tentar calar o debate político”, informa.

    O presidente do Partido dos Trabalhadores e coordenador geral da campanha à reeleição de Dilma Rousseff, Rui Falcão criticou a tentativa de censura promovida pela oposição. “A tentativa de censura não vai impedir o debate eleitoral e que a promoção da democracia continue sendo feita”, afirmou Rui.

    “Não temos censurado ninguém, temos debatido livremente. É um absurdo em uma sociedade democrática, depois de 12 anos da mais ampla liberdade de imprensa no País, uma candidata censurar a nossa campanha”, afirmou Rui Falcão, acrescentando que “continuaremos mantendo a linha de não atacar as pessoas, mesmo quando a gente é atacado. Vamos continuar discutindo propostas, criticando as que consideramos prejudiciais ao País. O que estamos fazendo é dissecar um programa que vai e volta”, completou.

    O site Muda Mais divulgou nota sobre a decisão judicial que determina sua retirada do ar. Leia abaixo a íntegra:

    Marina foge do debate e quer calar o Muda Mais

    O Muda Mais acredita que o amplo debate de ideias, posicionamentos e propostas é crucial para a democracia. Acreditamos também que a internet é o meio mais democrático e criativo de fazer o debate politico eleitoral. É o canal de comunicação que quebrou o monólogo da grande mídia, permitindo a milhares de pessoas que expusessem suas vozes e opiniões, antes abafadas. E esse poder de comunicação digital deve ser usado com discernimento, respeito e compromisso com a verdade.

    Por isso mesmo, o Muda Mais sempre teve o caráter de levar o debate para as redes, se baseando na honestidade dos fatos, em uma boa apuração e na checagem das informações que servem ao diálogo franco e aberto. Uma de nossas principais diretrizes é a disputa no campo político entre projetos de país, sem agressões pessoais ou infundadas a ninguém, ataques desrespeitosos ou mentiras. Nossa postura tem sido, inclusive, a de apontar boatos e artificialidades construídas – mesmo quando elas agem em benefício da nossa candidata. 

    Temos lado, e sempre deixamos isso claro: defendemos, baseados em informações verdadeiras, o projeto de país em que acreditamos, e apontamos as incongruências dos projetos de nossos adversários. Esse foi o tipo de debate que estabelecemos com Aécio, com Eduardo Campos e, agora, com Marina Silva.

    Fomos pegos de surpresa com a postura de Marina Silva e sua tentativa de censura ao Muda Mais. Justamente da candidata que afirma ser representante da nova política, que fala em democratizar o debate público e que, assim como Dilma, tem na internet um importante espaço de participação. Foi, no entanto, justamente Marina Silva quem deu uma prova de que não quer o debate, ao entrar no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com um pedido para retirada do Muda Mais do ar.

    Vamos proceder à defesa jurídica de todos os pontos que foram questionados, e não vamos deixar que posturas antidemocráticas nos calem. É importante que todos saibam, inclusive nossos adversários: não se cala a internet – a produção, o acesso a informações na web e seu caráter democrático . O Muda Mais carrega em si o espírito da rede. Não se cala a verdade, ela vai continuar circulando pela Internet, entre os militantes e entre aqueles que reconhecem a revolução social que o Brasil trilhou nos últimos 12 anos, sob os governos de Lula e Dilma.

    Vamos continuar fazendo o contraponto na política. Marina precisa entender que na democracia ninguém fala sozinho. Tentar calar o Muda Mais é tentar calar o debate político.

    Da redação,
    Com agências

    1. O Muda Mais está de volta, mais forte e ativo do que nunca!

      O Muda Mais está de volta, mais forte e ativo do que nunca! Salve militância!

      O Muda Mais voltou! A justiça reconheceu o direito de expressão do Muda Mais, o direito a disseminar o debate nas redes, baseando-se na honestidade dos fatos, em uma boa apuração e na checagem das informações que servem ao diálogo franco e aberto, levando em consideração a disputa de projetos que está em jogo nessas eleições.

      Na terça-feira, dia 16 de setembro, fomos surpreendidos com uma decisão liminar do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que atendia ao pedido judicial da coligação encabeçada pela candidata Marina Silva (PSB) para a retirada do Muda Mais do ar.

      Uma decisão liminar é uma ordem judicial que não é definitiva. Sempre, após a decisão liminar, o juiz se debruça sobre o assunto para melhor compreendê-lo e avaliar os detalhes do caso. Assim, a decisão pode ou não se manter. 

       Pois bem, a liminar não foi mantida. Diante de todas as explicações jurídicas que foram prestadas – incluindo a comprovação de que nosso provedor está hospedado no Brasil e de que o Muda Mais está ligado ao Partido dos Trabalhadores – o juiz autorizou a imediata retomada do sítio eletrônico, considerando que o que estava sendo questionado pela coligação adversária eram apenas formalismos jurídicos.

      Nas quase 48 horas que ficamos fora do ar, a militância espontaneamente partiu em defesa da democracia e da liberdade de expressão. A hashtag #MarinaCensura permaneceu entre as mais citadas do twitter por quase 24 horas e inúmeros foram os sites, blogs e perfis das redes sociais que se posicionaram ao nosso lado.

      Continuaremos atuando nas redes sociais, em defesa do projeto de governo em que acreditamos e que tem mudado a vida de milhões de brasileiros ao longo dos últimos 12 anos. É preciso atribuir ao TSE o mérito de restabelecer o primado da liberdade de expressão e favorecer o bom debate político, normal e necessário em um período decisivo como o eleitoral.

      Com a decisão de hoje, o Muda Mais volta ao ar com a mesma proposta de sempre: fazer o debate de argumento e ideias, sem ataques infundados ou pessoais. Na democracia, ninguém fala sozinho, e nós temos muito o que dizer!

      #MundaMaisVoltou

       

  12. ESPERANÇA

    Britânico curado de ebola vai aos EUA doar sangue para paciente infectado

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    18/09/201410p8Compartilhe327 Imprimir Comunicar erro

    Zumapress/Xinhua/National News

    O enfermeiro britânico William Pooley, 29, se recuperou do ebola

    O enfermeiro britânico William Pooley, 29, se recuperou do ebola

    O enfermeiro britânico William Pooley, que sobreviveu ao vírus ebola, viajou para os Estados Unidos para doar sangue para um paciente americano que luta contra a doença. A transfusão de sangue é uma medida experimental para tratar pacientes infectados pelo ebola.

    Pooley foi contaminado pelo vírus enquanto trabalhava em Serra Leoa e retornou para Londres para receber tratamento. Segundo o Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido, ele obteve um passaporte de emergência para que pudesse ir para os Estados Unidos doar sangue, já que seu documento anterior foi queimado, como medida para impedir a transmissão da doença.

    Mais sobre o ebolaCynthia Goldsmith/AFP Photo /Divulgação/CDCVírus é descoberto nos anos 70; entenda ReutersEbola não se pega em avião ou rua, e pode ser evitado com sabão, diz médico EFEOs tratamentos disponíveis contra o ebola DivulgaçãoDiagnóstico de ebola no Brasil pode levar dias até ser confirmado nos EUA DivulgaçãoBrasil está preparado para resgatar paciente com ebola, diz Saúde Marcelo Fonseca/Estadão ConteúdoTratar pacientes com ebola é tão perigoso quanto ‘andar no trânsito do Rio’ T. Jasarevic/OMSVi famílias morrerem de ebola, mas quero voltar, diz médico brasileiro Arquivo pessoalCom medo do ebola, brasileiros na Guiné trocam abraço por soco no ar Samuel Aranda/The New York TimesMesmo após 15 colegas morrerem de ebola, enfermeira continua trabalho em Serra Leoa Erik S. Lesser/EFEAmericanos tratados com droga experimental para ebola nos EUA recebem alta

     

    O paciente americano que receberá o sangue de Pooley não teve a identidade divulgada. A transfusão de sangue é uma das terapias alternativas para o tratamento contra o ebola, já que os cientistas acreditam que os anticorpos no sangue de pessoas que sobreviveram ao vírus podem ajudar outras pessoas infectadas com a doença.

    Desde o início do ano, a epidemia do ebola, a pior desde seu surgimento, em 1976, deixou mais de 2.400 mortos e infectou mais de 5.000 pessoas em Libéria, Serra Leoa e Guiné, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde).

    A ONU (Organização das Nações Unidas) pediu, na última terça-feira (16), quaseum bilhão de dólares para combater o ebola na África, o dobro do valor pedido há menos de um mês. A organização estima que até o fim do ano 20.000 casos de ebola serão registrados. Dos 987,8 milhões de dólares pedidos pela ONU, quase a metade será destinada à Libéria. (Com AP)

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    Ministério da Saúde simula atendimento a caso de ebola em aeroporto de SP10 fotos

    1 / 1016.set.2014 – O Ministério da Saúde realizou uma simulação de atendimento para casos de passageiros com suspeita de ebola em voos internacionais no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo Leia mais Paulo Alexandrowitsch/Secretaria de Estado da Saúde 

     

  13. Futebol

    BOLADA NAS COSTAS DOS CLUBES

    Ontem,  quarta, 17/9, na rodada do Campeonato Brasileiro da série A, duas atitudes anti desportivas me chamaram a atenção. Uma do Emerson “Sheik”, jogador do Botafogo, e outra do Valdívia, jogador do Palmeiras. Ambos os jogadores foram expulsos do jogo nessa quarta. E qualquer cidadão que goste de futebol e sem paixão vai considerar justas as expulsões.   Todos dois jogadores estão acima da média dos jogadores brasileiros, e por isso são muito bem remunerados. Tanto Sheik como Valdívia, a julgar pelos clubes que atuaram e os valores recebidos, devem estar bem financeiramente.  O problema é que esses dois jogadores sempre estão envolvidos em confusão dentro de  campo. São permanentemente expulsos e punidos por cartões que os deixam fora de partidas prejudicando seus times. Não estaria na hora de esses jogadores receberem multas pelo afastamento dos jogos? Além da multa deveriam treinar com o grupo, ir para concentração e ficar no banco durante as partidas que ficassem afastados. Quem sabe, dessa forma, esses atletas poderiam rever suas atitudes, que por enquanto só prejudicaram os clubes.

     

    Rio de Janeiro, 18 de setembro de 2014;

     

  14. Justiça manda retirar do ar

    Justiça manda retirar do ar matérias sobre o “helicoca”

    setembro 18, 2014 13:10 http://www.revistaforum.com.br/blog/2014/09/justica-manda-retirar-ar-materias-sobre-o-helicoca/

    Justiça manda retirar do ar matérias sobre o “helicoca”

     

    O portal Diário do Centro do Mundo recebeu ordem judicial para retirar do ar suas reportagens investigativas sobre a apreensão de 445 quilos de cocaína transportados em um helicóptero da família do senador Zezé Perrella, aliado de Aécio Neves

    Por Redação

    Por conta de uma liminar da juíza Mônica de Cassia Thomaz Perez Reis Lobo, o DCM foi notificado a “suspender a publicidade das notícias veiculadas no site” sob pena de pagar mil reais de multa por dia. O hotel-fazenda Parque D’Anape, no interior de São Paulo, entrou com um processo por ter sido citado em três reportagens sobre o caso do helicóptero da família do senador Zezé Perrella (PDT-MG) – aliado histórico do presidenciável tucano Aécio Neves -, apreendido com 445 quilos de cocaína no Espírito Santo, em novembro de 2013.

    As três matérias, ‘Tenho Medo de Morrer’: o piloto do helicóptero dos Perrellas fala ao DCM”; “O helicóptero dos Perrellas pousou em hotel de São Paulo”; e “O fracasso da guerra às drogas e o helicóptero dos Perrellas” deram base para o documentário investigativo “Helicoca: o helicóptero de 50 milhões de reais”, realizado pelo jornalista Joaquim de Carvalho.

    De acordo com texto publicado, Kiko Nogueira, diretor-adjunto do DCM, o portal não foi ouvido e nem teve a oportunidade de apresentar qualquer defesa. “Mesmo determinando a retirada das reportagens, a juíza Mônica afirma que isso não significa ‘prejuízo do direito de livre expressão e crítica’”, escreveu Nogueira.

    O documentário pode ser visto abaixo, enquanto não for retirado do ar.

  15. Nassif, mandei pra ombudsman da Folha

    Aquele seu texto sobre o caso da enteada do Gilmar Mendes. Argumentei que como a Folha cobriu à exaustão o Mensalão e todos os seus aspectos era um contraponto interessante.

    Pra minha surpresa recebo hoje um e-mail na qual ela diz que é uma boa sugestão e que encaminhou para a avaliação da editoria!

    Vamos aguardar. Sentados…

  16. Haddad assume dupla face,

    Haddad assume dupla face, cala-se sobre a violência policial e critica movimento dos sem-teto

    http://ponte.org/haddad-assume-dupla-face-cala-se-sobre-a-violencia-policial-e-critica-movimento-dos-sem-teto/

    — 18/09/14

     

    As duas faces de um herói: como o super-prefeito amado pelos ciclistas hipsters se esconde acovardado atrás dos escudos da PM repressora

    haddad

    O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, foi eleito em 2012 embrulhado no papel bonito de super-homem. Até o símbolo de sua campanha, o H dentro de um escudo, remetia ao mito do herói de capa e cueca vermelha por cima da calça, que vivia em duas identidades: o jornalista acovardado Clark Kent e o Super-Homem de Krypton.

    Não dava para imaginar então que o herói transformer, duplo de si mesmo, se consolidaria assim como a marca da gestão de Haddad.

    Eleito por um partido de esquerda, o PT, dele se esperaria a solidariedade com os fracos e oprimidos. Mas… É incrível! Basta a Polícia Militar aparecer em um cenário de disputa e o prefeito se transmuta automaticamente.

    Foi assim no início dos protestos de junho de 2013, pelo congelamento da tarifa dos ônibus e do Metrô. Fiel aos métodos herdados da Ditadura Militar, a polícia entrou reprimindo ferozmente manifestações legítimas, das quais participaram centenas de milhares de indignados.

    Pela primeira vez, viu-se o lado trans de Haddad.

    De Paris, onde estava comendo brioches ao lado do governador tucano e chefe máximo das tropas, Geraldo Alckmin, o petista exigiu o retorno à ordem. “Os métodos [dos manifestantes] não são aprovados pela sociedade. Essa liberdade está sendo usada em prejuízo da população”.

    Aproveitou para dar uma declaração sem pé e nem cabeça, acusando os organizadores dos protestos de serem “pessoas inconformadas com o Estado democrático de Direito”.

    Nem precisa dizer que o prefeito recebeu forte apoio de outro petista com dupla identidade, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que chegou a oferecer a Força Nacional e a Polícia Federal para ajudar na repressão aos manifestantes.

    Com a popularidade no fundo do fosso, apesar de, no fim, ter atendido à reivindicação pela manutenção da tarifa a R$ 3 (o eleitor não perdoa a dubiedade), o prefeito achou melhor reassumir a identidade heroica da campanha e ressuscitou pelo menos uma parte da plataforma pela qual foi eleito.

    Ampliou fortemente os corredores de ônibus, implantou as ciclovias, inaugurou pracinhas com pallets e grama artificial, falou mal da elite de Higienópolis, andou de bicicleta. Os fãs e as namoradas de Super-Homem até se animaram.

    Mas, de novo, foi só a PM entrar rasgando em cima de um movimento reivindicatório, para Clark Kent se manifestar.

    Aconteceu na terça-feira (16/09) na ação de reintegração de posse de um prédio de 23 andares abandonado há 10 anos e há seis meses ocupado por 800 miseraveis sem-teto (incluindo muitas mulheres, crianças e bebês, além de idosos e de pessoas com deficiências).

    A kryptonita do prefeito bonitão e super-homem é a polícia. É só ela aparecer, e ele vira a casaca.“Não tem cabimento [os sem-teto resistirem ao despejo]. A decisão judicial foi tomada, foi dado o tempo, os meios e os abrigos foram colocados à disposição”, disse.

    O elo mais fraco de um mundo de especulação imobiliária, expulso de suas casas pelo aumento dos aluguéis, que na cidade de São Paulo subiram muito além da inflação, era o que estava dentro daquele prédio encrustado na mítica esquina das avenidas Ipiranga e São João.

    E essas pessoas foram tangidas à base de bombas de efeito moral, de gás lacrimogêneo, de tiros de balas de borracha –do mais absoluto terror— para fora do imóvel. (Veja vídeo com cenas de desespero diante da ação policial no link http://ponte.org/exclusivo-imagens-de-dentro-do-predio-do-despejo-da-ocupacao-sao-joao/)

    Por que não saíram antes? Porque não têm para onde ir; porque não têm casa; não têm nada. Porque desafinam o coro dos contentes que diz que acabou a miséria no país. Porque são pobres, são pretos (herdeiros diretos do carma da escravidão), imigrantes bolivianos, peruanos e africanos, mulheres faxineiras, ajudantes gerais e cozinheiras. Garis.

    Porque são fracos e oprimidos.

    Mas a kryptonita do prefeito bonitão e super-homem é a polícia. É só ela aparecer, e ele vira a casaca. “Não tem cabimento [os sem-teto resistirem ao despejo]. A decisão judicial foi tomada, foi dado o tempo, os meios e os abrigos foram colocados à disposição”, disse.

    Sobre o alastramento da revolta para outros pontos do centro de São Paulo, Clark Kent Haddad declarou: “Oportunistas se aproveitam da situação para promover ataques ao patrimônio público, aos lojistas, ao cidadão comum. O movimento tem de compreender que não deve deixar ser utilizado por eles.”

    É o cúmulo da insensibilidade o prefeito, morador de um bairro paulistano chamado Paraíso (parece ironia, não é?) vir dar lições de bom comportamento a pessoas que vivem no inferno do despojamento total. De tudo. Aliás, ao dar essa declaração, Haddad já sabia que a própria polícia havia isentado os sem-teto de responsabilidade pelos atos de vandalismo que se seguiram ao despejo.

    E ele proferiu alguma palavra sobre a truculência usada pela PM do governador Geraldo Alckmin? Claro que não. E sobre a decisão da juíza que devolveu a posse a um proprietário que há dez anos mantinha o imóvel fechado e sem uso? Também nenhuma.

    Ciclovias são ok, prefeito. Mas a solidariedade e a compaixão com os sofredores são imprescindíveis. Assim agindo, não há de ser estranho o desempenho pífio do candidato petista, Alexandre Padilha, na eleição paulista. E isso apesar do desastre completo da administração tucana, que deixou São Paulo sem água, educação, metrô ou segurança.

     

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