Fora de Pauta

Lourdes Nassif
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  1. FHC

    Nassif,

    Mais perdido que cego em tiroteio.

     

    FHC: “DILMA ARREBENTOU TUDO AO MESMO TEMPO”

    :

     

    Ao participar de uma palestra em Fortaleza (CE), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso bateu duro na presidente Dilma Rousseff e também admitiu que são remotas as chances do senador Aécio Neves (PSDB-MG) vencer as eleições; “Ela [Dilma] merece o Prêmio Nobel de Economia, pois conseguiu arrebentar tudo ao mesmo tempo. Isso é muito díficil de fazer em economia”, disse ele; FHC também indicou que já está perdendo as esperanças sobre uma vitória do candidato tucano; “Se fosse pelas qualidades, ele iria, mas a máquina federal está muito organizada para reeleger a presidente e o apelo de Marina é forte”

     

    29 DE SETEMBRO DE 2014 ÀS 19:44

     

     

    O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso voltou a ironizar a candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) nesta segunda-feira (29). Em Fortaleza, o político falou para uma platéia de empresários e pediu votos para Aécio Neves (PSDB), enquanto criticou a atual presidente. “Ela [Dilma] merece o Prêmio Nobel de Economia, pois conseguiu arrebentar tudo ao mesmo tempo. Isso é muito díficil de fazer em economia”, disse FHC.

    Durante sua fala, o ex-presidente também indicou que já está perdendo as esperanças sobre uma vitória do candidato tucano. “Se fosse pelas qualidades, ele iria, mas a máquina federal está muito organizada para reeleger a presidente e o apelo de Marina é forte”, destacou FHC, mostrando que para ele as chances de Aécio passar ao segundo turno já começam a ficar pequenas.

    FHC ainda criticou a passagem de Dilma na ONU (Organização das Nações Unidas) na semana passada e seu posicionamento em relação Estado Islâmico. Além disso ele também falou sobre a corrupção no País. “Temos de abrir o jogo da corrupção, mas a crise política é muito maior que as dificuldades econômicas. A dificuldade econômica é mais fácil de resolver que a crise política”, concluiu.

     

  2. Nassif, esse pequeno texto

    escrevi junto com meu irmão Daniel, uma amiga chamada Selma e a nossa grande amiga de blog Dê.

    Um texto que vou enviar para amigos e parentes. Feito com o que temos para fazer nossos amigos meditarem sobre as eleições.  Perdoe os solecismos e os erros gramaticais, ponha todos na minha conta. Grande abraço.

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    O motivo que me faz escrever a todos vocês é a eleição presidencial que se avizinha.

     

    Perto dos cinquenta anos, posso dizer que vivi momentos importantes da nossa História. Nasci na época em que o país estava sob regime militar. Cresci num ambiente em que a redemocratização do país era anseio da maioria da população. Na juventude, acompanhei grandes momentos da nossa política contemporânea: as manifestações pelas eleições diretas para presidência da república e o advento da declaração da assembleia constituinte que instituiu nossa Carta Magna em 1988.

     

    Considerando os percalços e as vicissitudes naturais da vida democrática, podemos afirmar que nesses 26 anos houve inegáveis avanços. É consenso que ainda se faz necessário mudanças. Nossa própria democracia está sendo repensada; o que nos chama à participar e acompanhar mais atentamente os rumos da política.

     

    Já mais maduro, consigo perceber as dificuldades e as virtudes de cada período de governo. Não é meu objetivo me estender e por isso não vou mencionar críticas aos diversos governos do pós ditadura. Essas críticas são bem conhecidas e exploradas a exaustão por rivais políticos e segmentos jornalísticos. Privilegiarei o processo geral que vi se desenhar desde a primeira eleição presidencial da chamada Nova República.

     

    Em meados dos anos 80 nossa economia estava bastante retraída, muitos setores não eram adequadamente regulados, não haviam regras claras e normas eficientes para gerir grande parte das atividades produtivas. Diversos setores tinham ações subdimensionadas , consequentemente insuficientes para atender as demandas de um país com dimensões continentais e uma população em crescimento. Nessa época, enfrentamos problemas diversos, tais como o desemprego e a super inflação que afligiam os brasileiros.

     

    O governo do primeiro presidente da Nova República tentou medidas de choque para conter o processo inflacionário obtendo êxito parcial. Na sequência, o governo que foi liderado por FHC obteve resultados significativos no combate à inflação e obteve avanços na regulação de diversos setores da economia e da administração. Nessa época houve também a privatização de diversas empresas estatais que passaram para administração privada e submetidas às regras do mercado. Mesmo com alguns avanços importantes, esse governo acabou refém de suas próprias ações: sem instrumentos para equilibrar as contas públicas, assistiu significativa elevação do endividamento, aumentando a concentração de renda, efeito do aumento da carga tributária e dos juros praticados no setor financeiro à época. O governo FHC não conseguiu gerar tantos empregos quanto desejava e incapaz de lidar com tantas assimetrias, chegou ao fim deixando como principal legado o controle da inflação e o estabelecimento de normas econômicas mais adequadas.

     

    Em 2003 o governo passa ao presidente Lula que manteve a estrutura gerencial criada anteriormente, mas priorizou as necessidades e demandas dos segmentos mais populares e a retomada do planejamento estratégico. Aos poucos a economia avança, através da implementação de medidas eficazes; tendo com resultado a queda considerável das taxas de desemprego. Os salários dos segmentos populares conseguem sobrepor as perdas inflacionárias e com o aquecimento da economia, cerca de 60 milhões experimentam mudanças modestas, porém efetivas na suas vidas. Com a economia em crescimento, o resultado não tarda a aparecer e mais de 30 milhões (quase duas vezes a população do Chile) superam a pobreza extrema.

     

    Durante o segundo mandato do presidente Lula, a economia global entra numa profunda recessão que se estende até os dias de hoje. Percebendo que suas políticas não seriam suficientes para manter o país em crescimento, o governo começa a buscar estratégias de longo prazo. No curto prazo Lula apostou acertadamente no aquecimento do mercado interno, estratégia esta que nos permitiu até agora enfrentar a crise global sem perdermos postos de trabalho e mesmo num cenário de retração da economia mundial o governo consegui gerar mais de dez milhões de empregos.

     

    Com grande aprovação, Lula sai do governo deixando sua sucessora, a atual presidente Dilma que havia sido coordenadora das estratégias de longo prazo do seu governo. Idealizados para manter o país em crescimento sustentável e proporcionar o dito salto qualitativo da economia, os programas de aceleração do crescimento investiram em grandes obras estruturais que estão em andamento em todo país. Para tornar nosso país competitivo e modernizar nossa produção agrícola e industrial o governo Dilma tem investido maciçamente na ampliação da matriz energética, fundamental para mover toda cadeia produtiva e suportar a demanda crescente de energia elétrica nos grandes conglomerados urbanos. Para uma noção do volume de investimentos na ampliação da capacidade de geração e segurança energética fomentados pelo governo, atualmente temos 344 empreendimentos de geração de energia elétrica que abarcam grandes hidrelétricas, usinas eólicas, biomassa, pequenas hidrelétricas locais, usinas nucleares e termoelétricas movidas por gás natural. O Brasil se transforma num grande canteiro de obras. Das 50 maiores obras no mundo, 14 estão aqui, dentre elas, a Usina hidrelétrica de Belo Monte no Rio Xingú – PA que opera parcialmente e em 2015 estará concluída se tornando a terceira maior usina hidrelétrica do mundo; a Usina hidrelétrica do São Luiz do Tapajós – PA será a terceira maior usina do país; a Usina hidrelétrica de Jirau – RO e a nuclear de Angra III. As obras de irrigação e saneamento básico, capitaneadas pela transposição do Rio São Francisco são essenciais para promover a emancipação da região nordeste.

     

     

    Atacando outro problema crônico, o governo atual está investindo na ampliação, modernização e estruturação do trasporte de matérias-primas, interligando regiões distantes. Atualmente no país temos 824 empreendimentos na área de transporte agrupando as categorias portos, aeroportos, rodovias (453 empreendimentos em andamento), ferrovias, hidrovias e equipamentos para estradas vicinais. E, dentre essas grandes obras, temos a Ferrovia Norte-sul, que quando concluída ligará o Pará ao Rio Grande do Sul, intensificando as atividades produtivas nas cidades que se estendem ao longo da grande via, e consequentemente promovendo o crescimento econômico integrado do país.

     

    Os recursos do orçamento direcionados a educação, cerca de 30 bilhões em 2002, hoje ultrapassam 117 bilhões . É particularmente notável o incremento dado às escolas de formação profissional de nível médio. Os governos do presidente Lula e da presidente Dilma construíram 436 escolas técnicas em 12 anos (em 2002 o país contava com apenas 140 escolas técnicas de nível médio). Atualmente há mais de 8 milhões de jovens matriculados em cursos técnicos por todo país. Concomitantemente, o governo investiu maciçamente na formação de profissionais do nível superior. É oportuno lembrar que os citados governos dobraram a oferta de vagas no ensino superior. O número de matriculados hoje supera a casa dos 7 bilhões.

      

    Em síntese o país tem tomado o caminho do desenvolvimento para resolver seus problemas estruturais, e se prepara para um salto de qualidade. É preciso compreender a absoluta necessidade dessas reformas de base. Esse período de restruturação ainda não está terminado. É preciso concluir essa etapa. Mesmo mantendo uma postura crítica, entendo que devemos dar um voto de confiança e de suporte às estratégias que vêm sendo levadas a cabo pela atual administração.

     

    Grande abraço.

     

     

     

  3. A Folha diz que a Dilma fala

    A Folha diz que a Dilma fala difícil  por usar a expressão “no que se refere”. Tá lá na manchete.

    Não tive acesso a matéria como um todo pois não sou assinante.

    O que  a Folha quer dizer é a Dilma fala difícil para “engabelar” o eleitor.

    Extendendo o raciocinio ao Lula, ele seria um demagogo por se comunicar facilmente com as massas. E a coitadinha da Marina é quem fala direitinho e as contradições e as mentiras da candidata não têm a menor importância, pois “falar bem” é o que importa.

    Quá, quá, quá, quá! O primeiro turno vem aí, gente idiota!

  4. A falta de sustentação lógica da denúncia atômica da Veja

    A falta de sustentação lógica da denúncia atômica da Veja

    A absoluta falta de sustentação lógica de um dos principais factoides da Veja, e de sua repercussão na mídia, que ocorrem sem mínima criticidade, causa espécie.

    Esta sendo veiculado, desde o último final de semana que durante a campanha eleitoral da presidente Dilma em 2010, Antonio Palocci teria pedido ajuda a Paulo Roberto Costa para arrecadar 2 milhões de reais, para custear os gastos da campanha, e que este teria repassado tal pedido ao doleiro Youssef. Alerta, entretanto, que não sabe se o tal dinheiro teria sido repassado.

    Convenhamos, esta mesma mídia, que acusa o PT de instrumentalizar a Petrobrás e de ser o culpado pelos desvios, por linhas tortas, nesta tentativa de criminalizar o referido partido, de forma paradoxal, com estas narrativas, o inocenta, ou, no mínimo, demonstra que a farsa montada não resiste nem mesmo a uma análise superficial.

    Explico.

    É logicamente inconcebível que, se fosse o PT que detivesse o controle das ações criminosas de Paulo Costa e de Youssef, que este tivesse pedido dinheiro para a campanha.

    Isso por um singelo motivo, quem detém o controle não pede participação, ao contrário, é quem destina o dinheiro.

    Prosseguindo.

    O montante mencionado corroboraria a não participação do PT, nestes esquemas.

    Neste ponto, este é acusado de ter “pedido” 2 milhões de reais, num anunciado desvio de bilhões de reais.

    Repito novamente, tal ilação afigura-se absurda, pois ofende a lógica.

    Qual a participação de uma organização partidária que seria responsável pelo desvio de bilhões, mas ficaria “pedindo” ajuda para arrecadar  2 milhões, e, ao que consta da reportagem, não levando nada.

    Tal acusação, pela sua total falta de nexo, deveria ter sido descartada de plano, por inverídica, no entanto, foi replicada por diversos veículos da grande mídia. 

  5. PROJETO: O DIA B (DIA DO BEM)
    Rio de Janeiro, 30 de setembro de 2014  PROJETO: O DIA B (DIA DO BEM) Caros amigos (as) gosto de ajudar quem precisa de ajuda, por isso vou sugerir um projeto: O DIA B (DIA DO BEM) onde os comerciantes e lojistas do Brasil, fariam uma grande promoção para ajudar inúmeras Instituições de Caridade e ONGs, que precisam de ajuda. Eles decorariam as suas lojas  e comércio com o tema que pretendem ajudar e dariam um bom desconto para os clientes, e uma parte do lucro seria doada. Como sou fã do saudoso Betinho, esse dia da promoção do DIA B (DO BEM) poderia ser o dia do nascimento dele, 3 de novembro em sua homenagem, pois a sua grande luta, por um país mais justo, solidário, sem fome e do bem, não pode ser esquecida. Observação: todo mundo ganha com essa promoção, o Brasil merece e agradece!  Atenciosamente:
    Cláudio José, um amigo do povo e da paz. 

  6. Estudante que coloriu de

    Estudante que coloriu de marrom ilustrações da Turma da Mônica, em Nova Iguaçu, festeja a repercussão de sua atitude na prova

     

    Postado em 30 de setembro de 2014 às 10:25 am

     

    O desenho da Turma da Mônica na capa da prova era apenas ilustrativo, menos para Cleidison de Sena Coutinho, de 10 anos. O aluno do 5º ano da Escola municipal Professora Irene da Silva Oliveira, em Vila de Cava, Nova Iguaçu, resolveu colorir a ilustração com lápis marrom para representar o negro e viu seu desenho ganhar as redes sociais.

    Ainda surpreso com a dimensão que sua atitude tomou, o estudante se disse cansado de só ver personagens brancos e revelou que não foi a primeira vez que tomou tal atitude.

    “Já fiz isso algumas vezes, mas nunca na escola, muito menos numa prova. Mas estou cansado de só ver personagens brancos. Sou muito orgulhoso de ser negro”, afirma Cleidison.
    Ontem, no primeiro dia de aula após o caso ganhar repercussão, ele foi festejado na escola pelos colegas de turma:
    — Fiquei muito sem graça. Estou assustado ainda. Todo mundo veio falar comigo.

    image

     

    http://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/estudante-que-coloriu-de-marrom-ilustracoes-da-turma-da-monica-em-nova-iguacu-festeja-a-repercussao-de-sua-atitude-na-prova/

  7. Disponibilizando uma notícia

    Disponibilizando uma notícia para quem não teve acesso, conhecimento:

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    JusBrasil – Notícias30 de setembro de 2014 

    Dono de empresas de serviços terceirizados é condenado a mais de 12 anos de prisão Justiça Federal decretou a prisão preventiva do empresário, mas ele obteve HC junto ao TRF-1 e está em liberdade. Seu grupo empresarial é apontado como o maior devedor

    Publicado por Procuradoria da República em Minas Gerais e mais 3 usuários – 5 dias atrás

    Belo Horizonte. O Ministério Público Federal (MPF) obteve a condenação do empresário José Vicente Fonseca, que já foi considerado o “rei da terceirização” no Brasil, por fraudes contra a Previdência Social. A pena aplicada ao empresário foi de 12 anos, 2 meses e 12 dias de prisão, em regime fechado, e pagamento de 704 dias-multa. O MPF recorreu pedindo aumento das penas.

    O juízo da 11ª Vara Federal de Belo Horizonte/MG também decretou a prisão preventiva do empresário, que é dono de um vasto grupo econômico, composto por mais de 60 empresas, todas dedicadas à prestação de serviços terceirizados. Antes de ser preso, porém, ele obteve habeas corpus junto ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região e está em liberdade.

    Segundo a sentença, proferida na Ação Penal nº 40412-34.2012.4.01.3800, ficou comprovado que entre os anos de 2002 e 2005 o réu sonegou mais de 15,5 milhões de reais em contribuições previdenciárias devidas somente por uma de suas empresas, a Adservis Multiperfil Ltda.

    Foi exatamente a sonegação tributária que permitiu à Adservis apresentar preços mais competitivos do que seus concorrentes e vencer inúmeras licitações país afora. Entre os clientes da empresa, podem ser citados o STF, STJ, TSE, TST, STM, CNJ, TCU, vários Ministérios, Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, seções da Justiça Federal e Tribunais de Justiça, PF e PRF, Bacen, SRFB, IBGE, Ibama, ANS, ANP, ANA, Anvisa, Serpro, Fiocruz, Sunab, IPEA, CNPQ, Embrapa, inúmeras universidades, escolas técnicas, hospitais e tantos outros. A Adservis chegou a ter contratos em mais de 200 municípios brasileiros.

    A denúncia do MPF relata que, no ano de 2010, 14 mil empregados da Adservis foram postos na rua sem receber um único centavo. Além disso, as atividades dos órgãos públicos que eram clientes da empresa tiveram que ser parcialmente paralisadas até a licitação e contratação de novas empresas de terceirização, sem falar na responsabilização subsidiária de todas eles, na Justiça do Trabalho, pelas dívidas acumuladas dolosamente pela Multiperfil. Por sinal, informações fornecidas pelo Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (TRT-3) apontam o Grupo Adservis como o maior devedor do estado perante a Justiça do Trabalho.

    Ainda segundo a ação do Ministério Público Federal, José Vicente Fonseca tem uma personalidade voltada para o cometimento de fraudes. Há inclusive registros de seu envolvimento com o chamado mensalão do PSDB mineiro. Relatório produzido pela Câmara dos Deputados apontou que “outra figura emblemática em todo o esquema Marcos Valério é José Vicente Fonseca. Está registrado nos dados do sigilo bancário que a DNA e SMPB fizeram repasses a José Vicente Fonseca no total de R$ 2.687.967,83 (…). José Vicente é dono das empresas ADSERVIS, SERTEC e ATTEMPO, E OUTRAS MAIS. Merece registro o fato de que a ATTEMPO teve como sócia Denise Pereira Landim, que atuou, juntamente com Cláudio Roberto Mourão da Silveira, no comitê financeiro da campanha (…). José Vicente confirmou ter sido contratado em 1998 pelo PSDB …”.

    Além desse caso, o Grupo Adservis estaria envolvido em um esquema para fraudar concorrências e subfaturar recursos públicos da administração direta e indireta do Estado de Minas Gerais, conforme apura inquérito civil público conduzido pelo Ministério Público de Minas Gerais, devendo-se contar ainda outros inquéritos policias, no âmbito federal, que investigam a prática de diversos delitos, entre eles, lavagem de dinheiro, corrupção, estelionato e fraude à licitação.

    Blindagem patrimonial – José Vicente Fonseca, de acordo com a sentença, utilizava incontáveis alterações societárias e o intercâmbio de sócios entre as suas firmas, bem como a utilização de “laranjas” nos quadros das empresas, para obter a chamada blindagem patrimonial.

    Essa conduta foi confirmada durante as investigações pelo próprio Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região. Segundo o TRT-3, o Grupo Adservis, além de ocupar “… o primeiro lugar no ranking das pessoas jurídicas com débitos perante a Justiça do Trabalho de Minas Gerais …”, possuía “… nítida formação de um grupo empresarial complexo, com inúmeras transferências de cotas sociais entre os componentes do grupo, identidade de sócios/procuradores, incorporações, transferências patrimoniais, criação de empresas offshore no Uruguai (Sertecpar S/A, Donix S/A, Remdex Trading S/A), possivelmente para lesar credores e dificultar a identificação de seu patrimônio, em especial credores trabalhistas, dada a existência de inúmeros processos envolvendo as empresas do grupo, todos inadimplidos”.

    Relatório da Procuradoria da Fazenda Nacional também apontou que “a cadeia de sócios das empresas do Grupo Adservis encobre o fato de que umas participam, simultaneamente, dos quadros das outras; de que a maioria delas limita-se a dividir sazonalmente, com esta ou aquela, uma sala vazia; e que até mesmo os vínculos dos respectivos empregados alternam entre si”.

    Os artifícios eram usados para impedir a execução de créditos fiscais e trabalhistas em face da família Fonseca, permitir a acumulação de passivos em algumas sociedades do grupo e sua posterior descapitalização em proveito das “irmãs ricas” (“Logpar” e “Saff”), dificultar a expropriação dos ativos dessas duas últimas, mediante a respectiva incorporação por sociedades offshore uruguaias, e, no caso das filiais em cidades do interior, facilitar a obtenção de certidões negativas do INSS.

    Por exemplo, entre 2002 e 2005, as sociedades Adser Serviços e Attempo Atendimento Temporário Recursos Humanos Engenharia de Limpeza já haviam sido usadas e “quebradas” por José Vicente; a Adservis Multiperfil trocara várias vezes de endereços e, sobretudo, de sócios, muitos dos quais eram sabidamente “laranjas”.

    “Justiça gratuita” – Por sinal, as fraudes praticadas por José Vicente não se limitaram à esfera trabalhista, mas também ocorreram durante o processo criminal a que foi submetido. Durante a instrução processual, o empresário demonstrou, conforme aponta o Ministério Público Federal ao pedir o aumento das penas, “índole antiética, mendaz, insensível à culpa ou ao arrependimento”.

    Assim é que, em seu interrogatório perante o Juízo Federal, José Vicente afirmou nada saber sobre questões de natureza tributária e que possuía poucos recursos financeiros, “tanto que [segundo ele] o juiz da ação que ajuizou contra o INSS lhe deferiu justiça gratuita” e “vive da ajuda dos filhos”.

    O empresário chegou inclusive a informar ao juiz que residia em um modesto prédio de três andares situado na Rua Flórida, no Bairro Sion, quando seu real endereço, na verdade, é um luxuoso condomínio, localizado em bairro nobre da capital mineira, e descrito pela construtora como “uma das construções icônicas da grande Belo Horizonte”.

    Ele também afirmou que possuía apenas um veículo “impedido pela Justiça”, adquirido na época em “tinha condição”, o que o MPF demonstrou ser falso.

    Essas mentiras foram determinantes para a decisão sobre a prisão preventiva. De acordo com o juiz da 11ª Vara Federal, durante toda a instrução processual o réu procurou se esvair da aplicação da lei penal. “Além de ter informado, durante seu interrogatório, endereço residencial incorreto, a todo o momento buscou afastar sua responsabilidade, bem como de seus familiares, sobre os fatos delituosos narrados na denúncia”, diz a sentença.

    Para o magistrado, a prisão do réu seria necessária para evitar que ele continuasse a cometer os mesmos crimes pelos quais foi condenado, ocultando-se por detrás das diversas empresas do grupo de sua propriedade.

    O Ministério Público Federal ainda chamou atenção para o fato de que a evasão fiscal descrita na denúncia representa somente uma parte da sangria causada pelo grupo Adservis aos cofres públicos. É que os “débitos inscritos em dívida ativa no nome das principais empresas do grupo — ou seja, excluídos os lançamentos que ainda não se tornaram definitivos e aqueles em face de pessoas físicas envolvidas, como uma pessoa que é titular, sozinha, de CDA no valor de R$ 97 milhões — atingem extraordinários R$ 483.780.215,95, quase meio bilhão de reais”.

    Também foi condenado na mesma ação penal o funcionário da Adservis, Luiz Antônio Fonseca, responsável pela execução dos atos fraudulentos. Ele recebeu pena de 6 anos, 2 meses e 7 dias de reclusão, no regime semiaberto.

    (Ação Penal nº 40412-34.2012.4.01.3800)

    Assessoria de Comunicação Social

    Ministério Público Federal em Minas Gerais

    Tel.: (31) 2123.9008

    No twitter: mpf_mg

     Disponível em: http://pr-mg.jusbrasil.com.br/noticias/141515209/dono-de-empresas-de-servicos-terceirizados-e-condenado-a-mais-de-12-anos-de-prisao-justica-federal-decretou-a-prisao-preventiva-do-empresario-mas-ele-obteve-hc-junto-ao-trf-1-e-esta-em-liberdade-seu-grupo-empresarial-e-apontado-como-o-maior-devedor

  8. Documento interno da polícia
    Documento interno da polícia mostra que a corporação tem ordem para abordar negros e pardos http://www.pco.org.br/conoticias/negros/documento-interno-da-policia-mostra-que-a-corporacao-tem-ordem-para-abordar-negros-e-pardos/epsz,j.html Segundo o documento, a PM deve atuar para “revistar indivíduos em atitude suspeita, em especial os de cor parda e negra”

    Policiais do bairro Taquaral, um dos mais pobres de Campinas, São Paulo, receberam ordens diretas para revistar “indivíduos em atitude suspeita, em especial os de cor parda e negra”

    Desde o dia 21 de dezembro do ano passado, policiais militares do bairro Taquaral, um dos mais nobres de Campinas, cumprem a ordem de abordar “indivíduos em atitude suspeita, em especial os de cor parda e negra”.

    A orientação foi dada pelo oficial que chefia a companhia responsável pela região, mas o Comando da PM nega teor racista na determinação.

    O documento para a ação é assinado pelo capitão Ubiratan de Carvalho Góes Beneducci, que orienta a tropa a “agir com rigor, caso se depare com jovens de 18 a 25 anos, que estejam em grupos de três a cinco pessoas e tenham a pele escura”. Supostamente foi elaborado para investigar um grupo criminoso.

    A ordem da PM teve como pretexto uma carta de dois moradores que foram vítimas de um roubo, contudo, em nenhum momento os supostos bandidos foram identificados como sendo negros e pardos.

    Após algumas denúncias, a Polícia Militar respondeu que “lamenta” que um grupo “historicamente discriminado pela sociedade, que são os negros, seja usado para fazer sensacionalismo”, de acordo com nota divulgada no site Terra.

    Obviamente este documento que vazou se trata de orientações e princípios que são utilizados pela Polícia Militar em todo Brasil para suas abordagens e revistas.

    O pretexto de “investigar crime” sempre é usado para reprimir indiscriminadamente a população negra e pobre das cidades.

     

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