Fora de Pauta

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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O espaço para os temas livres e variados.

Lourdes Nassif

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  1. JORNALISMO: MORIBUNDO AGONIZANTE

    Do http://politicafodaemais.com/

    blog da @politicaefoda

     

    JORNALISMO: MORIBUNDO AGONIZANTE

    A gente entra na faculdade de jornalismo sonhando em ser Fátima Bernardes. (Pra vocês verem como eu tô velha. A referência é de uma era atrás.) A gente passa uns três semestres com essa ideia, esse romantismo, essa crença de que pra mudar o mundo basta uma capa de jornal. Mais que isso. A gente jura que vai escrever pra capa do jornal ou sentar na bancada ao lado do William Bonner (Ele anda meio gagá no Twitter. Vale conferir.) um dia depois de sair da faculdade.

    Mas aí no meio da faculdade cê pira. Se cê é nerd tipo eu, cê pira muito. Primeiro que os professores te aterrorizam todo tempo que cê vai ser fudido de duro, mau humorado, fumador e ainda vai morrer cedo vítima de infarte. Verdade seja dita, o jornalismo tem bem pouca emoção pra matar alguém. Esquece tudo que te contaram sobre coberturas maravilhosas, cheias de emoção e aventura. Sendo jornalista mesmo, começando a trabalhar com reportagem sua emoção vai se dividir entre pesquisas no Google e ligações pra repartições públicas. (Coloquei link pro Google porque, por mais estranho que pareça, repórteres raramente sabem que o Google existe e pra que ele serve.)

    Então você, meio aterrorizado e já nem tão confiante que vai ser Fátima Bernardes começa a pensar em assessoria de imprensa (Nunca passou pela minha cabeça!), você pensa até mesmo em fazer concurso público (Já passou pela minha cabeça. Tenho vergonha de admitir.). No final você se forma. Com sorte (Pra quem?) vai ganhar mal numa redação correndo risco de ser demitido semana sim, semana também. Sem sorte (Pra quem?) você consegue um QI, cai no Congresso (Trevas!), num conselho de classe ou numa fucking agência. De publicidade!

    Se você é um futuro jornalista, um novo jornalista, um velho jornalista ou só alguém legal, assista A Montanha dos Sete Abutres. É massa!

    Seus sonhos já morreram há séculos, o que você quer mesmo é ter algum dinheiro pra comprar um celular legal, ir numas paradas cult/hipster no Balaio e viajar uma vez por ano pra uma praia ou uma Europa ostentação. O que dá errado nessa linha do tempo cagada que é a nossa vida? A gente não pensa, não discute, não melhora a profissão.

    Dos dois que entraram românticos na faculdade e o continuam ao sair, tem o cara que vira defensor da empresa em que trabalha. Há seus benefícios. E há status. Não sejam tolos. O outro, no caso eu, passa os dias pensando que merda é essa que o jornalismo virou ou quando foi que aquela parada tão legal virou todo esse cocô que a gente vê hoje em dia.

    Há uma questão fundamental que não ensinam pra gente na faculdade de jornalismo. Desde sempre, e isso vem aumentando, o que vende jornal é publicidade (Eles nos perseguem!) e não matéria. Com as matérias ficando cada dia piores e o consumo sendo cada vez ~mais legal~ a publicidade só nos esmaga cada dia mais e mais. Em tempos de impresso, era vender exemplar. Agora é vender clique. Tudo muda e permanece igual. É a vida. Aceitem.

    oglobofolhaDaí, atolados da necessidade de atender demandas da publicidade temos aberrações do tipo sangue na capa d’O Globo (Sério, gente. Cês não precisam disso.) e um haitiano tomando banho em um mictório num tuíte da Folha, só pra ficar em exemplos de hoje. Isso sem falar numa matéria safada que circulou principalmente em Brasília falando de bons policiais que ajudaram um coitado que roubava pra comer. Desconfiei desde o princípio, mas a história revelada supera minha imaginação fértil…

    Ou seja, descemos a ladeira e descemos feio! A gente não tem análise, mas nossos jornalistas e nossos jornalões se orgulham de ter no expediente pitaqueiros. A gente acha ok a Veja fechar uma sucursal em Brasília e não se importa com Joice Hasselmann fazendo suas caras e bocas afirmando que a revista tem lado, o do leitor. Não exigimos jornalismo, o partidarizamos e não vemos o tamanho do poder que estamos largando nas mãos mais sujas que existem.

    Claro que tem toda uma questão monetária por trás disso. Mas em que ponto nós, leitores, não somos responsáveis pelo jornalismo flaflu. A nossa política é flaflu. Somos os maiores flafluzões de todos os tempos! E lemos mal, acreditamos em qualquer porcaria enquanto somos engabelados por mega empresas que objetivam apenas uma coisa: dinheiro.

    Eu adulteci (Qualquer dia explico o uso do neo verbo adultecer. Qualquer dia.) ouvindo que o jornalismo era o quarto poder na sociedade. Isso é bonito. Isso tem peso. Mas olha que bosta de quarto poder é esse em que pobres não se sentem representados, repórteres são uns babacas elitistas de merda (Minha TL tá cheia!) e a apuração é um detalhe, que aparece vez ou outra ou nenhuma em matérias que interferem na nossa vida quotidiana. Vamos mal.

     

  2. Nassa na área.
    RESQUÍCIOS DA

    Nassa na área.

    RESQUÍCIOS DA SATIAGRAHA

    Procuradora da República é condenada pelo STJ por caluniar juiz em blog

    or Felipe Luchete

    A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça condenou uma procuradora da República a oito meses de prisão por ter publicado comentários contra um juiz, durante investigações ligadas à operação satiagraha. Para os ministros, a procuradora regional da 3ª Região Janice Agostinho Ascari cometeu o crime de calúnia ao acusar o juiz federal Ali Mazloum de “exorbitar suas funções”, “blindar e apartar os verdadeiros criminosos e denegrir a imagem dos investigadores”.

    Ela também foi condenada a pagar 30 dias-multa (no valor de um salário mínimo vigente à época do fato) e teve direitos políticos suspensos. A pena de prisão foi substituída por restritiva de direitos, com prestação de serviços à comunidade. Por oito votos a cinco, a corte entendeu que houve dolo direto da procuradora no comentário, com intenção consciente de denegrir e atacar a figura do juiz.

    O caso ocorreu em 2009, quando Mazloum era responsável por analisar vazamentos de informações de um inquérito que apurava se a operação satiagraha, comandada pelo então delegado da Polícia Federal Protógenes Queirós contra o banqueiro Daniel Dantas, foi arquitetada por iniciativa de particulares. O juiz determinou que fossem enviadas cópias dos autos a pessoas citadas, como o empresário Luiz Roberto Demarco, ex-sócio de Dantas.

    Procuradora publicou comentário dizendo que decisão do juiz foi “pró-Dantas”.

    Em seu blog, Luis Nassif publicou texto sobre o tema, e a procuradora usou o espaço de comentários para fazer críticas ao despacho. Ela escreveu que “o juiz, exorbitando de suas funções, abre uma linha paralela de investigação pró-Dantas, sob o argumento de ‘interesses comerciais’”.

    “Curioso observar que mesmo Demarco não sendo suspeito ou investigado, o juiz franqueou, a ele e a 6 advogados, acesso a todos os dados do processo, incluindo os dados das ligações telefônicas dos policiais investigados. No Código Penal isso está lá no artigo 325: é mais uma violação de sigilo perpetrada pelo juiz no mesmo processo”, declarou Janice, em outro trecho.

    Em queixa-crime, Mazloum disse que que a procuradora ofendeu sua dignidade de magistrado e sua honra de cidadão. Ele afirmou ter sido caluniado com as acusações de abuso de poder, prevaricação e violação de sigilo funcional.

    Declaração inaceitável
    Para o relator do caso, ministro Og Fernandes, não há como considerar essas palavras como simples comentário, como sustentou a defesa. “O ato de atribuir o comentário de um crime a alguém tem de estar marcado pela seriedade, com aparelhamento probatório, sob pena de incorrer em dolo eventual. É inaceitável que alguém alegue estar de boa-fé quando se abstém de formular contra outrem uma grave acusação”, afirmou.

    Mazloum também alegou ter ocorrido difamação e injúria. Mas os ministros absolveram a ré do primeiro crime, por atipicidade, e consideraram extinta a punibilidade por injúria.

    Em 2012, o comentário já havia criado um revés para Janice: ela foicondenada na esfera cível a indenizar o juiz em R$ 50 mil por danos morais. O Tribunal de Justiça de São Paulo negou pedido dela e impediu que fosse apresentado Recurso Especial ao STJ. A procuradora chegou a apresentar representação criminal contra o mesmo juiz, mas a solicitação foi negada no ano passado pelo Órgão Especial do Tribunal Regional Federal da 3ª Região.

     

    1. ô BONITÃO:
      Hpje eu postei

      ô BONITÃO:

      Hpje eu postei vários segmentos de alegria– com piadas e bom humor.

        A princípio todos me deram 5 estrelas. Mas quando vc acordou me tirou TODAS e só sobrou UMA*.**

            Agora, me tirar estrelas por apenas dar um Bom Dia, algo de errado existe com vc,

               Até pago,tem que ter critérios. Procure um analista.

                 Veja vc a que deixou com 5 estrelas.

               O PT allém de ser um uma mal pra Nação, é mau humorado tbm.

             E com certeza usa bigode,

                   Ô RAÇA MALDITA.

         *  **: A QUE RESTOU, hopoteticamente , favorecia uma ala do PT. Que deve ser a dele, depois que fugiu do zoológico.

  3. Esse tal de Collor não toma

    Esse tal de Collor não toma juizo mesmo.Prestem atenção no último parágrafo e respondam quem é o chantagista.

             

    Alvo da Lava Jato, Collor acusa Janot de chantagem

    Senador protocolou representações contra procurador após ter tido sigilo quebrado

    DE BRASÍLIA

    O senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) acusou nesta quarta (20) o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de fazer “chantagem” ao pedir a quebra dos seus sigilos bancário e fiscal.

    Collor é investigado no STF (Supremo Tribunal Federal) por suspeita de envolvimento com o esquema de corrupção na Petrobras, alvo da Operação Lava Jato.

    Da tribuna do Senado, o ex-presidente disse que Janot agiu em retaliação a pedidos de investigação feitos por ele –na semana passada, Collor protocolou no Senado quatro representações contra Janot por suspeita de crimes de responsabilidade. Se forem acolhidas, podem resultar no impeachment do procurador.

    “Um dia após a divulgação pela imprensa das representações que movo contra ele, o senhor Janot, com o nítido intuito de intimidação, solicitou a quebra de meu sigilo bancário e fiscal. Essa conduta, para mim, tem nome: chantagem”, disse Collor.

    Apesar das acusações, Janot fez oficialmente o pedido de quebra de sigilo no dia 7 de maio. Collor apresentou os requerimentos contra o procurador-geral da República no dia 12.

  4. Roubos contra o fisco: quando o crime compensa

    Chegam ás dezenas de bilhões de reais o montante roubado dos cofres públicos e fica por isso mesmo: neste caso o crime compensa.

    Zelotes: Oposição não comparece à audiência; delegados dizem que lei é condescendente com crimes tributários

     

    zelotes - audiencia 20 de maio

    Na mesa: os delegados Hugo Correia (E) e Marlon Cajado (D); no centro, o deputado Valtenir Pereira (Pros-MT)zelotes - audiência 2Oposição não compareceu à audiência, que foi acompanhada por boa parte dos deputados petistas. Entre eles,  da esquerda para a direita, Adelmo Leão (MG), Paulo Pimenta (RS) e Toninho Wandscheer (PR). Fotos: Zeca Ribeiro/ Câmarados DeputadosZelotes: “Crimes tributários têm tratamento diferenciado de crimes comuns”, critica delegado da Polícia Federal da assessoria de Imprensa do deputado Paulo Pimenta (PT-RS), via e-mailA subcomissão da Câmara dos Deputados que acompanha a Operação Zelotes recebeu, na manhã desta quarta-feira (20), os delegados da Polícia Federal Marlon Oliveira Cajado dos Santos, da Divisão de Repressão a Crimes Fazendários, e Hugo de Barros Correia, da Coordenadoria Geral da Polícia Fazendária. Os dois são responsáveis pela investigação da Operação Zelotes, que apura o esquema de corrupção no Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf), em que empresas com débitos tributários com a Receita Federal pagavam propina a conselheiros que atuavam no órgão para escaparem das dívidas.Na audiência pública, que foi acompanhada durante boa parte somente por deputados petistas, os delegados fizeram críticas à legislação, à composição do Carf e à Súmula Vinculante 24 do Supremo Tribunal Federal que, segundo eles, reduziu pela metade os inquéritos policiais contra crimes tributários nos últimos cinco anos.“Não é que diminuiu a quantidade de crimes tributários, ou que a Polícia está investigando menos. A Súmula do STF, de 2009, consolida o entendimento de que a PF não pode instaurar inquérito policial se a Receita Federal, em sua última instância, não constituir definitivamente o crédito tributário. Isso dificulta e impede o início de uma investigação”, lamentou o delegado Hugo Correia.O delegado informou que muitas das investigações relacionadas ao Carf só foram possíveis a partir de evidências de crimes de corrupção, advocacia administrativa, tráfico de influência e lavagem de dinheiro. Os delegados enfatizaram que a legislação brasileira permite um tratamento diferenciado para crimes tributários em relação aos crimes comuns. Segundo eles, a leis são mais condescendentes no âmbito do direito penal tributário.De acordo com delegado Marlon Cajado dos Santos, a conclusão do inquérito deverá ocorrer em quatro meses, e que a ideia é desmembrar a investigação para dar mais celeridade. Marlon Cajado dos Santos também criticou a fórmula de composição do Carf, que possui 216 conselheiros, sendo metade de servidores de carreira da Receita Federal e a outra metade composta por representantes da sociedade civil. “Está demonstrada que a paridade do Carf facilitava a atuação de pessoas que buscavam cometer irregularidades”, disse com base nas investigações.Deputado Pimenta defende “investigação dentro da investigação”Relator da subcomissão, o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) defendeu que seja feita uma “investigação dentro da investigação”. O deputado disse temer que haja uma contaminação das “esferas superiores” no andamento dos processos, em razão dos vultuosos valores e do envolvimento de pessoas e empresas muito influentes no País.Pimenta classificou como “estranho” o fato de a Justiça ter negado os 26 pedidos de prisão solicitados pelo Ministério Público Federal e ter decretado o sigilo das investigações. Diante desses fatos, o deputado Pimenta anunciou que, na próxima semana, fará uma representação ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pedindo a instauração de procedimento para apurar possíveis irregularidades na prestação jurisdicional na 10ª Vara Criminal Federal do DF.“Não é razoável que um País como o nosso, com as necessidades e as dificuldades que possui, tenha créditos bilionários sem que haja uma agilidade ou prioridade por parte do Poder Judiciário. Como é possível existir processos bilionários como esses prescrevendo em prejuízo da União em varas especializadas de combate à lavagem de dinheiro e aos crimes de colarinho branco?”, questionou o deputado Pimenta.De acordo com o relator, deputado Paulo Pimenta, os próximos convidados para falarem à subcomissão serão o Presidente do Carf, Carlos Alberto Freitas Barreto,  e a Corregedora Geral do Ministério da Fazenda, Fabiana Vieira Lima. Leia também:Fernando Marroni: O estranho silêncio da mídia sobre os R$ 40 bilhões sonegados http://www.viomundo.com.br/denuncias/zelotes-oposicao-nao-comparece-a-audiencia-delegados-dizem-que-leis-brasileiras-sao-condescendentes-com-crimes-tributarios.html 

     

  5. Depois do programa do PSDB na TV, vale a pena ver de novo

    Os crimes de FHC contra a Petrobrás, em vídeo. O conteúdo do vídeo é curto e grosso.

    Com destaque para o trecho compreendido entre 3:15 e 3:40 minutos. Nesse trecho você verá que a Rede Globo está disposta a praticar outro tipo de terrorismo, além do verbal. É aterrorizante!

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=SdxfYO0K9qw align:center]

     

  6. Aos interessados menores de

    Aos interessados menores de 15 anos:

     5 dicas pra ela nunca mais te esquecer

    De:[email protected] Para:[email protected] Cópia: Cópia oculta: Assunto:5 dicas pra ela nunca mais te esquecerData:21/05/2015 04:57
    As imagens externas estão sendo exibidas. Não mostrar as imagens

    Você quer ela hoje? Quer que ela não te esqueça?

     

    1) – Comece o dia pensando na noite

    Poucos homens sabem mas, as mulheres amam ser bajuladas

    com recados e bilhetinhos. Comece o dia dela com algo assim :

    “Sabe quando você quer que um momento dure para sempre?

    Então, é assim quando estou com você.”

     

    2) Lembrete

    Mulher vibra por você lembrar-se dela durante o dia de trabalho.

    Diga simplesmente que viu algo e lembrou-se dela.

     

    3) Use perfume

    Mulher usa o olfato para sentir atração sexual.

    Nada de perfume barato, ok?

     

    4) Ao pé do ouvido

    Quando encontra-la diga sussurrando ao pé de ouvido.

     

    “Pensei em você o dia inteiriiiinhooo…”

     

    5) Cuide de sua saúde sexual

    Um estudo recente mostra que 90% dos problemas de infertilidade

    masculina são causados pela produção insuficiente de espermas e libido.

    Felizmente, muitos homens podem superar o problema apenas

    inserindo alguns alimentos na dieta, por isso, o Globo Repórter da Rede Globo cita

    MACA como o ingrediente que turbina a saúde sexual masculina.

    Você pode assistir a reportagem do Globo Repórter na íntegra CLICANDO AQUI.

     

     

  7. Ocupe Estelita coloca umasaia justa em Geraldo Julio

    Inauguramos uma nova forma de fazer a crítica política de maneira extremamente comunicativa. Mais de 500 mil visualizações em uma semana. Aqui o link para o youtube, mas na pagina do Movimento Ocupe Estelita no Facebook já passou e muito dos 400 mil visualizações.

    Um crítico avaliou a produção em pelo menos 200 mil reais. Gastou-se menos de 5 mil reais e um bocado de engajamento.

    http://youtu.be/uE0wJi6xNBk

  8. Democracia petista, republicanismo tucano, por Janine Ribeiro

    Compartilho com os amigos do blog uma conferência do atual Ministro da Educação, Renato janine Ribeiro, realizada há 13 anos atrás (2002), em que discutia as tensões entre PT e PSDB. Um texto ainda atual e que explica muito da crise política que vivemos hoje.

    Naquele momento, parecia a ele que a Democracia era principal a razão de ser do PT, enquanto que o sentido de República era o que movia o PSDB. Ressalvando que na prática política esses dois conceitos, Democracia e República, não são idênticos, mas podem ser complementares.

    A Democracia em sua acepção mais primitiva significa o governo “dos muitos” ou o poder exercido “pelos mais pobres”. Janine destaca que, mesmo para os gregos, a democracia embutia o risco da tirania, que é a possibilidade de uma vez no poder os mais pobres expropriarem os mais ricos.

    Já a República, também no sentido primitivo, representa o governo cujo fim é o bem comum, a res publica, a coisa de todos. A etimologia da palavra república, segundo ele, nada diz sobre quem vai mandar (ao contrário do que está expresso na palavra democracia), mas sobre o fim por ela almejado: o bem de todos. Uma República não é necessariamente um regime democrático, pois pode ser exercida pela aristocracia ou pela monarquia, por exemplo, desde que se assegure a finalidade comum.

    Assim, para Janine, na época, o PT era o partido das causas democráticas, da defesa das grandes demandas populares, do clamor dos que nada têm, da mobilização social e da transformação dos desejos do povo em direitos. Enquanto o PSDB, na sua visão, era o partido republicano por excelência, que, embora descolado do povo, defendia a governabilidade e era capaz de articular os conflitos sociais em vista do bem comum, e que, por isso mesmo, conferia grande valor ao princípio da ética na política, fundada na recusa da vantagem pessoal na gestão da coisa pública.

    Tempos depois, à época da CPI do Mensalão (2005), Janine chegou a propor a fusão entre PT e PSDB (outros também sugeriram isso), tentando promover a unificação dos principais vetores democráticos e republicanos do país, como uma saída possível para a crise política que ali se instaurou e que ainda permanece viva.

    Importante analisar hoje, passados esses poucos anos, o que mudou e o que ainda permanece dessa visão nas práticas, nos discursos e nas contradições entre discurso e prática das duas principais forças que movem a política brasileira.

    O texto é longo e inclui o registro do debate que se seguiu. Pode ser lido na íntegra no site do próprio Janine.

    http://www.renatojanine.pro.br/brasil/democraciapetista.html

    Democracia petista, republicanismo tucano

    Por Renato Janine Ribeiro

    Como aqui, neste ambiente em que predominam meus colegas de Ciência Política, sou provavelmente o único a trabalhar na área de Filosofia, é óbvio que ao tratar de democracia e república meu enfoque será mais filosófico do que de cientista político; desculpo-me desde já pelas eventuais limitações que este fato ocasionará. Recentemente publiquei um artigo no livro Pensar a república (Editora UFMG, 2000), com um grupo que inclui José Murilo de Carvalho e Luis Werneck Viana. Penso que meu diferencial em relação a meus colegas consistiu em enfatizar a tensão que vejo entre o tema da república e o da democracia. Isso, aliás, eu desdobrei este ano em dois livrinhos que acabo de lançar, numa coleção infelizmente pouco divulgada. Retomarei aqui, em linhas gerais, o que desenvolvi nestes lugares.

    Toda política atual que se preze tem de ser democrática e republicana, mas os dois temas são, senão antagônicos, pelo menos agônicos, tensos entre si. Esse conflito se expressa também no prélio PSDB/PT no Brasil: eu diria que o PSDB é um partido de discurso e inspiração republicanos, enquanto o PT é um partido de prática democrática; a referência a essas duas linhas explicita uma série de tensões que talvez sejam nossas, brasileiras, mas também são tensões dos tempos atuais em escala mundial. Disso tratarei depois.

    Começando pela democracia: ao falarmos dela, não devemos nos contentar com o termo demos, que sempre ativamos de imediato; é preciso lembrar que para os gregos o demos era o domínio de oi polloi, “os muitos”, de onde vem nosso termo poli. O grego diz, da democracia, que ela é o regime dos muitos. Curiosamente, hoje oi polloi é um termo muito utilizado na crítica cultural inglesa, mais aliás do que na norte-americana. Quando alguma obra é dirigida ao grande público, diz-se que vai para oi polloi. Seria uma arte de recepção demótica, popular. Ora, entre os gregos um traço importante dos polloi é que essa multidão seja pobre. A democracia, sendo o domínio dos polloi, é o regime em que os pobres têm o poder. Daí que vários teóricos gregos da política temam a democracia – mesmo um simpatizante dela, como Aristóteles, receia que os pobres usem de seu poder para expropriar os ricos, o que seria tão errado, a seu ver, quanto se um único expropriasse os pobres. É tão condenável a tirania de um quanto a da massa. Muito mais tarde, no século XIX, esse mesmo medo reaparecerá diante do sufrágio universal. Este levaria o povão a confiscar os bens dos ricos – é o que explica, por exemplo, a direita francesa editar uma célebre lei celerada, em 1850 (a lei Falloux), cortando o eleitorado pela metade.

    A questão social está assim no cerne mesmo da discussão da democracia entre os gregos. Não é como na modernidade, que ao retomar a democracia, no século XVIII, restringe-a a uma questão política, jurídica, constitucional, à qual só bem mais tarde, no século XX, se vai agregar a questão social. Na conhecida tipologia de Marshall, começa-se pelos direitos civis, no século XVII, passa-se no XVIII aos políticos e chega-se, entre o XIX e o XX, aos sociais. Ficam cindidos, exteriores uns aos outros. Mas não: para os gregos o político e o social aparecem juntos. Só que esse anseio dos pobres pelos bens dos ricos é visto, já por vários teóricos gregos, como ganância. Ganância é o nome pejorativo para o que é também chamado de desejo.

    Por isso, não é só que o tema do social venha junto com o da política: o tema do desejo está no cerne do social. Os pobres são desejantes. Eles desejam ter, e ter mais. Hoje, partimos de séculos de separação moderna entre o social e o político. Penso, contudo, que quisermos entender alguns fenômenos sociais importantes nos nossos dias, temos muito a aprender com essa fusão grega daquilo que nós cindimos…

    Leia mais aqui: http://www.renatojanine.pro.br/brasil/democraciapetista.html

  9. O descaso com os pesquisadores no Brasil

    Diárias e pró-labore

                    Quando o servidor público, no exercício de sua função, desloca-se do seu local de trabalho em caráter eventual ou transitório para prestar serviço noutro ponto do território nacional, faz jus ao recebimento de diárias destinadas a indenizar as despesas extraordinárias com hospedagem, alimentação e locomoção urbana no destino.

                    Em janeiro de 2015, os ministros do STF tomaram uma resolução sobre o valor das suas diárias. Estabeleceram para eles mesmos o valor de um trinta avos dos seus vencimentos: R$ 1.125,43. Como há uma indexação dos valores das diárias pagas aos ministros do Supremo ao das diárias de outros servidores do judiciário, houve um aumento em cascata. Numa nota publicada no portal do TRF da 5ª Região temos explicitados os valores que passaram a vigorar em 2 de março: “Com o reajuste, a diária de analista judiciário ou ocupante de cargo em comissão ficou no valor de R$ R$ 618,99. Já a do técnico judiciário ou ocupante de função comissionada, passa para R$ 506,44. A indenização de despesa de deslocamento será no valor de R$ 495,19. A diária para juízes federais titulares e substitutos ficou estabelecida em R$ 1.015,70; e de desembargadores federais, em R$ 1.069,16”. Cabe notar que, antes do judiciário, o Ministério Público já havia arrogado para si este “direito”. Em portaria, vigente desde 1º de outubro de 2012, ficou estabelecido o valor da diária dos membros do MP em um trinta avos dos seus vencimentos.

                    O corporativismo do Judiciário e do MP, nesta matéria, merece a repulsa da sociedade. Faz-se igualmente merecedor da nossa indignação o tratamento dado aos pesquisadores, cientistas e professores universitários brasileiros no que diz respeito ao pagamento das diárias. Profissionais da mais alta qualificação, que levam ao menos dez anos (4 de graduação, 2 de Mestrado e 4 de doutorado) para iniciarem suas carreiras, veem-se relegados a uma condição de insuportável inferioridade no serviço público. Como explicar, senão pelo viés do descaso e de sua desvalorização pela autoridade estatal, que, para indenização de suas despesas, um professor de receba num deslocamento nacional uma diária de, no máximo, R$ 224,20? Quem pode crer que este valor — inalterado desde julho de 2009 — basta para pagar as despesas com hospedagem, alimentação e transporte urbano numa cidade como o Rio de Janeiro?

                    Nas últimas décadas, o Brasil fez um imenso esforço para incrementar sua produção científica, investindo na formação de novos quadros e no desenvolvimento e consolidação de um sistema de pós-graduação que tem dado frutos muito positivos. Um dos elementos a contar favoravelmente para o avanço científico é a circulação do conhecimento e a submissão da produção à crítica dos pares. É por isso, por exemplo, que se considera fundamental a formação de júris de dissertações e teses acadêmicas com a participação de pesquisadores qualificados, externos à instituição em que o trabalho foi realizado.

    Nota-se, entretanto, que o modelo imposto pelo Estado brasileiro está funcionando com base numa lógica inaceitável. O pesquisador submete-se, praticamente, a pagar de seu próprio bolso parte dos custos de seu deslocamento a outra cidade para exercer um trabalho não remunerado. Ora, um professor recebe salário para exercer sua atividade numa determinada universidade, o que não implica, obviamente, na obrigação de produzir pareceres ou participar de bancas examinadoras de outras instituições. Tais atividades são um trabalho extraordinário que deveria ser objeto de remuneração. Mas a legislação atual veda o pagamento de pró-labore nestes casos. E por que os pesquisadores aceitam tal situação? Entender como funciona o sistema da formação das bancas examinadoras de dissertações e teses pode ser uma boa via para responder a questão.

    O órgão estatal que coordena e avalia todo o sistema de pós-graduação do Brasil — a CAPES —, estimula a circulação dos pesquisadores, avaliando positivamente sua participação em bancas examinadoras de outras instituições, exigindo a composição de bancas com a participação de membros externos à instituição. Estes são elementos importantes para garantir uma boa avaliação dos programas de pós-graduação junto à Capes. Os programas de pós-graduação, por sua vez, almejando a excelência acadêmica, tentam cumprir da melhor forma os critérios estabelecidos. Incentivam a participação do professor da casa em bancas examinadoras de outras universidades e a de membros externos nos júris realizados na própria instituição. Assim, negar-se a participar de uma banca examinadora pode ser visto como um ato grosseiro e, sobretudo, prejudicial ao bom funcionamento do sistema, que enredou os pesquisadores numa espécie de filantropia obrigatória.

                    Ao menos três perguntas parecem emergir desta realidade. Até quando o descaso das autoridades governamentais em relação a esta situação? Até quando os órgãos de classe dos professores permanecerão num silêncio sepulcral sobre os temas da defasagem das diárias e da ausência de pagamento de pró-labore? Até quando nós, pesquisadores, responsáveis por grande parte da produção científica brasileira, iremos aceitar tal ignomínia?

    [Evergton Sales Souza é professor da Universidade Federal da Bahia e Pesquisador do CNPq]

  10. Por gentileza Sr. Luis

    Por gentileza Sr. Luis Nassif, eu gostaria de saber como faço para receber possíveis notificações de meus comentários.

        1. Eu te conheço de longa

          Eu te conheço de longa data.Sempre com 50 anos.

            Me ensina o segredo.Ou vc está no formol ?

            Abraços   ! ! !

      1. Sedex? Parece que vc não

        Sedex? Parece que vc não conhece os recursos da internet.

        Não digo que tudo seja possível em determinados momentos. Mas um comentário fez referência à essas notificações.

        Não ocuparei mais seu tempo, pois vc deve ter que por sua correspondencia em dia, para amanhã colocá-las no correio!

        Não sem antes previni-lo que, caso chegue ao seu ano 2000, não haverá o bug do milênio! Se é que vc imagine o que isso significa.

      2. Anarquista, a Meire foi

        Anarquista, a Meire foi educadíssima solicitando ao Nassif instruções.

        Se você não pode ou não quer orientá-la, deveria abster-se de responder qualquer coisa, já que a mensagem foi direcionada ao dono do blog e você não pôde ajudá-la de forma respeitosa e efetiva.

        Para quê usar de ironia cínica? O que você ganha com isso?

        Respeito é muito bom e acredito que a grande maioria dos membros do blog gostam de ser respeitados. Eu, pelo menos, adoro ser respeitada!

  11. NÃO SEI POR QUE O FUTSAL NÃO É UM ESPORTE OLÍMPICO?

    O Salão do Rio: Ligas paralelas são a ‘salvação’ para os clubes menores

    Clubes que não possuem condições financeiras para estar na Federação se esforçam para continuar em atividade no futsal

    O DIA

    Rio – Quando a liga Rio Futsal foi criada, em 2003, seus fundadores não imaginavam onde ela poderia chegar e os desafios que estavam pela sua frente. Hoje, a entidade possui mais de 700 equipes filiadas, com um número menor disputando campeonatos. Mesmo para quem cuida de mais de 5.000 crianças seria natural que “apoiadores” fossem frequentes, mas as dificuldades para condução dos assuntos da Liga são notáveis. A falta de patrocinadores e o puro interesse eleitoreiro dos políticos estão desgastando o professor de matemática Jorge Rabelo, idealizador da entidade e que se dedica ao esporte para afastar os meninos das ruas.

    O Salão do Rio: Confira os desafios dos clubes cariocas de futsal ainda ativos

    ” Eu estou até pensando em fechar a Rio Futsal . Não é só pela falta de patrocinadores, é também pela falta de caráter das pessoas. Não estou tendo saúde para tocar isso. A verdade do Rio de Janeiro é que as pessoas só querem tirar verba, seja de onde for. Nós vivemos sozinhos nessa batalha . Onde vou colocar essas crianças da Rio Futsal? O Eduardo Paes nunca se preocupou com ligas menores e investimentos em clubes formadores. Tudo, infelizmente, funciona desta forma, na base do interesse”, disse o organizador da Rio Futsal, Jorge Rabelo.

    Jorge Rabelo comanda a liga ‘Rio Futsal’Foto:  Divulgação

    “Não temos nenhum patrocinador. Os políticos querem usar a Rio Futsal com fins eleitoreiros e eu não gosto dessa prática, por isso mantenho a Rio Futsal livre de políticos. Para as empresas, será difícil enquanto não houver equipes do Rio de Janeiro competindo na Liga Nacional com pelo menos três equipes competitivas. A falta de visibilidade no cenário nacional dificulta muito o interesse de grandes empresas. A gente aqui no Rio é o último colocado no ranking dos estados. Tem que mudar um série de coisas, trazer a mídia de volta ao Rio é um começo. Eduardo Paes , quando então presidente da SUDERJ, nunca deu importância ao futsal , mesmo sendo o esporte mais praticado nos colégios municipais. Vai ser muito difícil a prefeitura investir em futsal, se ela nunca investiu. A prefeitura não investe em nada. Esse ano que passou, apareceram mais de 16 candidatos aqui na Rio Futsal . Eles tomaram conta da cidade. Só algumas prefeituras do interior é que fazem este tipo de projeto. O complexo do Miécimo da Silva está sucateado. Fomos duas vezes fazer jogos lá e aquilo está abandonado”, completou.

    Entre as que estão sempre disputando torneios, só no fraldinha, pré-mirim e mirim são 44 clubes. Na chave principal mais 16 equipes, Novo Talento (20), Chave C (8), sub-15 (25), sub-17 (20), juvenil (8) e adulto (8). Legalizada e com o CNPJ em dia, a Rio Futsal se orgulha de ser o primeiro passo na caminhada de muitos jogadores que vão para o futebol de campo. Mesmo com tantas dificuldades, uma vocação da liga é o pioneirismo no futebol de salão.

    “A gente só perde em termo de importância. A Federação tem que se ocupar em trazer visibilidade para o Rio de Janeiro, tais como: TV e jornais. Eles têm que se preocupar em melhorar a Primeira Divisão: com mais clubes no Estadual e colocar os times na Liga Nacional, esse é o diferencial. A Federação deveria se preocupar em fortalecer o Adulto e o sub-20, deixando as divisões de base para as outras ligas. Mas até campeonato de escolinhas eles estão pensando em fazer. Eles precisam encontrar um objetivo concreto”, disse Rabelo.

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    “Nós temos o recorde nacional de números de partidas, gols e quantidade de equipes. Os clubes de camisa jogavam na nossa liga para treinar o time de primeiro ano. Mas nosso campeonato é para clube menores. Meu objetivo é social. Fomos a primeira liga com chupetinha, depois que a Federação foi fazer. A maioria das inovações do futsal e mérito nosso, o resto das ligas e federações só nos copiam. Hoje o mamadeira (sub-6) só eu tenho”, completou.

    A Liga cobra mensalidades aos clubes, em valores menores do que os aplicados pela Federação . Projetos sociais e ONG’S ligadas à educação esportiva , que estejam com os documentos em dia e legalizados, são isentas de taxas . Os atletas que marcaram mais de cinco gols em uma partida ganham brindes.

    “Nós abrimos oportunidades para os clubes de bairros. Preparamos para subirem e seguirem os seus caminhos. Não me preocupo com time grande. Eu me preocupo em tirar os meninos da rua e botá-los para fazer um esporte”, concluiu.

    O Salão do Rio: Celeiro de craques do futebol ontem, hoje e sempre

    Social Ramos Clube é uma das equipes que recorre ao campeonatos paralelos para seguir no futsalFoto:  Divulgação

    A Liga Metropolitana de Futsal do Rio de Janeiro é uma espécie de afiliada da Federação de Futebol de Salão do Estado do Rio de Janeiro (FFSERJ). A criação da liga partiu de integrantes da própria Federação, que queriam ter uma entidade para rivalizar com a extinta Associação de Futsal do Estado do Rio de Janeiro (AFSERJ). A liga não cobra mensalidade aos clubes, apenas uma taxa de inscrição em cada campeonato promovido. O ponto forte do órgão é trabalhar com jovens de 6 anos até 13 anos, mas também mantém o seu torneio na categoria Adulto.

    “Temos o apoio da Federação entre aspas.Nós somos a casa dos clubes de bairro e daqueles que não podem participar dos torneios da Federação (por conta das taxas). Nossos torneios são sem fins lucrativos. Nós damos oportunidades para todos os times jogarem. Somos uma liga totalmente legalizada, CNPJ em dia. Nosso real objetivo étirar as crianças das ruas e trazer para o esporte “, disse Manoel Figueira, presidente da Liga Metropolitana de Futsal do Rio de Janeiro.

    Doze clubes estão ativos na Liga Metropolitana. As equipes que se destacam recebem uma “indicação” para os torneios da FFSERJ . A entidade promove, no momento, apenas um torneio por ano: o Carioca. É cobrado R$ 350 por equipe, em cada categoria, como taxa de inscrição em campeonatos. Da renda obtida nas “matrículas” são comprados troféus, medalhas, além do pagamento da arbitragem e impostos da sede da Liga, como luz, telefone, confecção de súmulas, etc. No passado, o órgão contava com patrocinadores.

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    “Ninguém está patrocinando. Hoje é na base do amor, porque nós gostamos do futsal “, encerrou o presidente da Liga Metropolitana.

    Garotada do Clube Magnatas do Rocha faz uma corrente antes da partida no ginásio do HelênicoFoto:  Reprodução Facebook

    Desde 2006, a União de Futsal do Estado do Rio promove seus campeonatos. A entidade realiza três torneios por ano em cada categoria, além de outro exclusivo para escolinhas. Não há cobrança de mensalidade, apenas taxa de inscrição. A UFSERJ repassa a taxa de arbitragem integralmente aos juízes. Com o arrecadamento nas matrículas, a liga compra troféus e medalhas. Patrocínios fixos não há, apenas alguns parceiros pontuais de baixa frequência.

    O Salão do Rio: Falcão lamenta situação do futsal da cidade e cobra mudanças

    “Temos o projeto montado para apresentar para as empresas. Mas os empresários, eu não sei o que acontece, eles não acreditam no futsal no Rio de Janeiro “, disse Oscar Pérez, diretor-técnico e de arbitragem da UFSERJ.

    Dez equipes estão ativas na liga. Na categoria adulto, neste ano, a entidade comemora um recorde. Doze agremiações se inscreveram no torneio, que também conta com o feminino. Em relação à FFSERJ, o representante da UFSERJ diz que o relacionamento é bom entre as entidades e não descarta um parceria entre ambas.

    O Salão do Rio: o supertime dos sonhos de uma época de ouro do futsal carioca

    “Eu conheço o atual presidente da Federação, desde o tempo em que eu era treinador de futsal. Nós utilizamos os árbitros deles em nossas competições e nunca se incomodaram com isso. A relação é boa”, completou o dirigente, deixando as portas abertas para o diálogo entre as entidades.

    “Existe sempre uma possibilidade de conversar. Parcerias são boas para o esporte. Se a gente ficar na vaidade de achar que sua liga é melhor, o futsal não anda. Esse encontro tem que partir da Federação. Ela sempre será a maior e mais estruturada, mas isso não diminui nosso valor. Essa conversa entre as ligas é bom para o futsal do Rio”, concluiu.

    UFSERJ também promove torneios de futsal no Rio de JaneiroFoto:  Divulgação

    Pelo esporte para as mulheres

    Desde 2011, a Associação de Futebol de Salão do Estado (entidade homônima a extinta AFSERJ, mas sem nenhuma relação com ela) promove campeonatos voltados para o públicofeminino. De forma oficiosa, 17 equipes se reúnem para disputar os torneios da liga. O limite mínimo de idade é de 15 anos.

    “Nós trabalhamos exclusivamente com o feminino. Ele é deixado de lado pelas outras federações. Foi a partir dessa visão que iniciamos nosso trabalho. O retorno (financeiro) é bem pouco e nos falta incentivo. Manter uma equipe é complicado por conta dos gastos, imagina manter também um time feminino. Então nós fazemos torneios mais acessíveis para que elas possam jogar”, disse o organizador da Liga, João Emiliano.

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    Não há cobrança de mensalidades na Associação, apenas uma taxa de inscrição (usada para comprar os troféus e medalhas) e de arbitragem que são os mesmos que apitam na Federação, dentro deste valor para árbitros também há um adicional para quitar os custos gerados pela entidade (manutenção de site, telefones, impressão de súmulas, entre outros). Com limitações técnicas, a Liga não conta com patrocinadores oficiais.

    “Para pegar patrocínio com empresas eu preciso de CNPJ. Não tenho esse interesse por conta dos gastos que são gerados pela abertura desse CNPJ e depois por conta da manutenção das contas, o retorno (financeiro) não cobre. Faço os torneios porque eu gosto “, comentou o organizador.

    O Salão do Rio: Clubes cariocas que foram derrotados pelas dificuldades

    Até 2014 eram feitos dois torneios por ano, um em cada semestre. Para 2015, as competições foram fundidas em uma só. O 8º Campeonato Intermunicipal será de abril a dezembro. Mon Recoin, Rio de Janeiro, As Meninas, Rocinha, Igreja Metodista de Irajá, Mackenzie, Vila Olímpica do Engenho Novo, Meriti F.C., Fluminense (de Niterói), Projeto Branca’s, Merck/JPA, IF Chatuba, Independente, América F.C., Barra Mansa F.C., Paty do Alferes e Projeto Loirinho são os inscritos.

    Abertura de torneio da AFSERJ no antigo ginásio do AméricaFoto:  Divulgação

    Federação apoia ligas paralelas, mas pede responsabilidade

    A Federação de Futebol de Salão do RJ está ciente da existência de ligas paralelas. Mas se esquiva da condição de ser contra a prática. Para ela, tirando as crianças da rua e tratando-as com responsabilidade, todas são bem-vindas.

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    “Não vou dizer que sou contra (ligas paralelas). Os clubes que não têm condições para jogar na Federação precisam ter um lugar para jogar. As crianças que não podem ficar na rua. Mas precisa ter uma cautela. Na Maré, uma vez, deram uma facada no árbitro. Algumas quadras estão sem marcação. Mas, apesar de tudo, todo mundo (Ligas e Federação) consegue sobreviver. É melhor tirar as crianças da rua no fim de semana do que deixá-las em casa, porque ela não tem condições de estar num clube que joga na Federação. Para me aproximar delas,elas teriam que aceitar nossos termos e não creio que seja isso o que elas queiram. Em outras ligas, os treinadores, preparadores físicos não são formados. A gente não pode deixar que isso aconteça. Isso é um irresponsabilidade com as crianças”, disse o diretor-técnico da Federação, José Sebastião Ferreira.

    Reportagem de Victor Abreu

      

     

  12. Lava Jato

    Juiz  Sergio Moro persegue Jose Dirceu e protege Aécio Neves

    Fase 13 da operação Lava Jato amplia pressão sobre Jose Dirceu. Pergunta que não quer calar: O juiz Sergio Moro como assistente da ministra Rosa Weber na AP 470 conhecida como mensalão condenou Jose Dirceu sem provas, palavras escritas pelo próprio juiz na AP 470, conhecida como mensalão. …Não tenho provas contra José Dirceu mais a literatura jurídica me permite fazê-lo…  

    Agora Moro é juiz chefe da operação Lava Jato e faz pressão sobre José Dirceu se dá por conta da delação premiada envolvendo a empresa Ecovix Engevix.  O que torna a ação do juiz bastante suspeita é que Aécio Neves do PSDB foi citado pela mesma ferramenta, delação premiada pelo doleiro Alberto Youssef de receber através de sua irmã propina de uma diretoria de Furnas e Aécio nem sequer foi chamado pelo juiz.

     Antonio Anastasia do PSDB, ex governador de Minas Gerais foi citado em delação premiada pelo individuo que, segundo a imprensa é conhecido pelo vulgo de “careca” pelo recebimento de propina. Na maior cara de pau, Aécio Neves saiu em defesa de Anastasia e nada da convocação do ex governador mineiro pelo juiz Moro.

    Esta claro a imparcialidade do juiz Moro que persegue José Dirceu do PT e protege os políticos do PSDB. O que não está claro é omissão do Ministério Público, da Policia Federal do Procurador Geral da Republica das instituições Republicanas  ante um tribunal de exceção montado no Paraná pelo, Juiz Sérgio Moro!   

     .. *Emanuel Cancella é coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).

     Rio de Janeiro, 21 de maio de 2015

     

    http://emanuelcancella.blogspot.com.br/

     

  13.  Extinta ação de improbidade

     

    Extinta ação de improbidade contra Guilherme Fontes por demora na conclusão do filme “Chatô”

    A Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou nesta quinta-feira (21) recurso do Ministério Público Federal (MPF) que pedia a condenação do ator e diretor Guilherme Fontes por improbidade administrativa. O motivo foi a captação de recursos oriundos de renúncia fiscal para produção do filme “Chatô – O Rei do Brasil”, que não havia sido concluído até o ajuizamento da ação. Só agora, depois de quase 20 anos de produção, o filme está com lançamento anunciado para este ano. 

    Seguindo a jurisprudência consolidada no STJ, a maioria dos ministros entendeu que particulares não podem responder sozinhos a ações com base na Lei de Improbidade Administrativa (LIA), sem que também figure como réu na ação um agente público responsável pela prática do ato considerado ímprobo. O particular só responde como participante do ato.   

    Segundo a posição vencedora na Turma, o conceito de agente público previsto no artigo 2º da LIA deve ser interpretado restritivamente, impedindo seu alargamento para alcançar particulares que não se encontram no exercício de função estatal.

    O processo

    A ação civil pública por improbidade administrativa foi ajuizada pelo MPF em dezembro de 2010 contra a empresa Guilherme Fontes Filmes Ltda., contra o próprio Guilherme Fontes e a empresária Yolanda Coeli. O objetivo era responsabilizá-los pela má administração de R$ 51 milhões que foram captados com base na Lei Rouanet e na Lei do Audiovisual.

    Segundo o MPF, investigações conduzidas pelo Ministério da Cultura, Controladoria Geral da União (CGU), Agência Nacional de Cinema (Ancine) e Comissão de Valores Mobiliários (CVM) constataram diversas irregularidades administrativas cometidas pelos réus, que teriam agido com negligência na gestão de dinheiro público, com vultosos danos ao erário.

    O MPF pediu aplicação das penalidades previstas no artigo 12 da LIA. Citou expressamente a perda da função pública, caso ocupassem; suspensão dos direitos políticos; ressarcimento do dano; pagamento de multa civil e proibição de contratar com o poder público ou receber benefícios ou incentivos fiscais.

    Decisões judiciais

    A sentença julgou o processo extinto sem resolução de mérito ao fundamento de que não se pode falar em ato de improbidade administrativa praticado exclusivamente por particular sem que haja atuação de agente público.

    O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) negou a apelação do MPF. Os magistrados afirmaram que a elaboração de um filme por particular, ainda que haja ajuda financeira da administração pública, não pode ser interpretada como serviço realizado mediante delegação contratual ou legal pelo poder público, a ser executado em razão de concessão.

    A decisão de segundo grau está em sintonia com a jurisprudência do STJ, razão pela qual o recurso do MPF foi negado. Ficou vencida a relatora do caso, desembargadora convocada Marga Tessler, que votou pelo provimento do recurso.

    Fonte : STJ.

  14. Ex-esposa frustra defensores da redução da maioridade penal

     

    Ex-esposa de médico brutalmente assassinado a facadas no Rio de Janeiro dá depoimento emocionado e critica aqueles que tentam se aproveitar da tragédia para justificar a redução da maioridade penal

    Ex-esposa de médico morto frustra defensores da redução da maioridade penal

    Do Pragmatismo Político

    Marcia Amil, ex-mulher do médico Jaime Gold, assassinado no Rio de Janeiro a facadas na última terça-feira, criticou aqueles que pretendem se aproveitar de mais um incidente trágico para levantar a bandeira da redução da maioridade penal no Brasil.

    “Nem sei se foram menores, mas sei que Jaime foi vítima de vítimas, que são vítimas de vítimas. Enquanto nosso país não priorizar saúde, educação e seguranças, vão ter cada vez mais médicos sendo mortos no cartão postal do país. São gerações de vítimas do nosso sistema. O ser humano caiu no valor banal, onde não existe o menor valor humano. Ele era um médico que salvava vidas, se formou no Hospital Universitário do Fundão. É uma loucura uma pessoa que salva vidas, quaisquer vidas, morrer de uma forma dessas. A questão é saber agora como isso vai afetar a vida dos meus filhos, dois jovens”, afirmou.

    Em depoimento emocionado, Marcia, que tinha ótima relação com o ex-marido e pai de seus dois filhos, lembra que não apenas cidadãos de condições privilegiadas continuarão morrendo.

    “E não são só médicos que continuarão morrendo, afinal, morrem cidadãos todos os dias em toda a cidade, não só na Zona Sul”, disse.

    Segundo Marcia, que é designer de interiores, os filhos estão muito abalados.

    “Ele era um excelente pai, provedor, sempre procurando fazer o melhor para os filhos. Não sei o que vai ser agora e como isso vai repercutir”, disse

    Na conta da secretaria de Segurança Pública do Rio no Twitter, o secretário da pasta, José Mariano Beltrame, declarou ser “inadmissível” a morte do médico e anunciou ainda o reforço na segurança no local, com ações conjuntas com a Guarda Municipal.

    “É mais do que lamentável. É inadmissível o que aconteceu ontem na Lagoa, um lugar querido por todos os cariocas. Um lugar frequentado pela população do Rio e estrangeira. Por todos os turistas que vem ao Rio. Cenas dessa natureza não podem se repetir. É um cartão-postal e não podemos assumir de maneira alguma que essas ações aconteçam, muito embora a gente entenda as dificuldades que as polícias têm de trabalhar”, declarou o secretário.

    O caso

    Jaime Gold, que era cardiologista e estava com 55 anos, morreu a facadas após um assalto na Lagoa Rodrigo de Freitas, na última terça-feira (19). Ele estava andando de bicicleta antes de ser abordado por duas pessoas que a polícia suspeita serem menores de idade.

    Na manhã desta quinta-feira (21), a polícia carioca apreendeu um adolescente de 16 anos sob suspeita de ser um dos autores do assassinato do médico.

    Jaime Gold foi sepultado na manhã desta quinta-feira.

    Confira o posicionamento oficial de Pragmatismo Político sobre a redução da maioridade penal

    com informações de O Dia

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